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Texto do meu blog: Paulo

mzanetti49

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Era dia de folga de Paulo. Como sempre fazia, independe de ter de trabalhar ou não, acordava cedo e tomava um banho quente. Não gostava de demorar muito, não o agradava a ideia de desperdiçar água. Depois do banho, Paulo preparava e tomava o café. Se fosse dia de trabalhar, faria a barba antes de ir para a cozinha. Mas era dia de folga e algumas coisas eram permitidas, como o prazer de deixar de fazer algo rotineiro. Depois do café escovou os dentes e foi até o quarto para pegar a roupa de banho. Adorava ir nas folgas e nos domingos para a piscina do condomínio para nadar um pouco, mas para relaxar na água fria da manhã. Nadava de costas bem lentamente, sem a pretensão de trabalhar os músculos. Isto já fazia quase que diariamente.

Depois de ficar cerca de meia hora dentro da piscina, saiu e foi para o banheiro ali perto tomar uma ducha. Tomava sem roupa alguma, mesmo que houvesse outras pessoas dentro do banheiro masculino. Não tinha vergonha de se mostrar. Aliás, pensava que ninguém deveria er vergonha. Paulo, depois de se enxugar e se vestir, voltou para o apartamento.

Ligou um pouco a televisão. Os programas culinários da manhã eram um passatempo a parte. Era quase uma criança olhando para os doces maravilhosos que se faziam de chocolate e leite condensado. Entretanto, nunca cozinhara nenhuma daquelas delícias. Tanto açúcar não faz bem para o corpo. E ele tinha de ter uma especial atenção ao próprio. Instrutor de academia fora de forma perde o emprego, como bem sabia.

Quando já eram dez horas, levantou-se e foi comer um pedaço de abacate. Teve de colocar bastante açúcar para que a fruta ficasse palatável. Não sabia comprar frutas. Os morangos que escolhia estavam sempre muito ácidos e as melancias sempre sem gosto quase que nenhum. Mas mesmo assim comia, e com prazer. Gostava das frutas, mesmo que não soubesse comprá-las.

Estava com vontade de encontrar Ana. Já era quinta feira e não falava com ela desde o domingo. Pegou o celular e ligou. Naquele horário ela já estava acordada. O telefone chamou e chamou várias vezes e ninguém atendeu. Paulo ficou chateado. Queria Ana, queria os braços, os cabelos, as coxas, os peitos e suas carícias. Mas ela não atendeu. Nas últimas semanas estava quase que sempre como a segunda opção para a namorada. Quando ela não tinha que trabalhar, ou então estava cansada de seus divertimentos como a costura e a internet, Ana dava alguma atenção. Mas Paulo sentia que a atenção já não era a mesma de antes. Ele já não a sentia tão disposta para a intimidade como no início. Ela ultimamente mal conversava com ele. Aborreceu-se ainda mais com a chamada não atendida e foi tratar de fazer o almoço, mas antes de ir, desligou o celular.

Começou a fazer o almoço. Não tinha ideia do que iria fazer para comer junto do arroz e do feijão. Não estava com vontade de fritar alguns bifes, mas acabou fritando mesmo assim. Comeu bastante. Sem a pressa de sempre. Quando acabou, limpou a mesa e lavou as panelas. O que tinha cozinhado a mais comeria na janta. Não gostava de desperdiçar comida também.

Ligou para a mãe. Ela perguntou se ele estava bem e o que tinha feito no almoço. Respondeu que estava tudo bem e falou do arroz, feijão e bife. A mãe perguntou qualquer coisa a respeito de Ana. Paulo se controlou para não demonstrar sua irritação com a namorada. Paulo falou qualquer coisa e logo mudou de assunto. Ele perguntou como estavam os irmãos mais novos. Fazia mais de uma semana que não falava com eles. Ela disse que estava tudo bem e a ligação terminou.

Depois de falar com a mãe, Paulo foi tirar um cochilo. Dormiu cerca de meia hora. De maneira quase que ritualística, tomou outro banho quente quando acordou. Lembrou-se que precisava comprar algumas coisas para a casa. Sabão em pó, desinfetante, açúcar e leite. Desceu de elevador e foi andando para o mercado mais próximo.

Quando voltou para o apartamento, uma moça tomou o elevador junto com ele. De início não percebeu quem era, mas a moça o reconheceu logo que o viu.

–Paulo, não sabia que você morava no mesmo prédio que eu.

Paulo, ao ouvir a voz, soube logo quem era. Ela se chamava Clara, uma das alunas da academia. Nunca dera aulas para a moça, mas ela era conhecida de todos.

–Clara, também não sabia que você também mora aqui. Para qual andar você vai?

–Doze.

–É bem no alto.

–É mesmo. O outro dia que o elevador teve de ficar na manutenção cheguei cansadíssima lá em cima.

–Humm…

–Paulo, posso pedir um favor?

–Se eu puder ajudar pode pedir.

–Tem uns móveis que eu quero mudar na sala e eles são muito pesados. Não consigo movê-los. Você pode me ajudar?

–Posso sim. Vamos lá agora.

O elevador parou no andar de Paulo, mas ele não desceu. Subiu junto com Clara. Chegando lá deixou as compras em cima da mesa da cozinha e moveu os móveis como ela bem quis. Não teve muita dificuldade. Os móveis nem eram tão pesados. Clara agradeceu e ele voltou para o seu apartamento.

Duas horas mais tarde, alguém bateu na porta do apartamento. Paulo olhou pelo olho mágico e viu que era Clara. Fez ela entrar. Clara trouxera um pequeno bolo de laranja, em agradecimento. Paulo aceitou o presente e convidou Clara para um café. Ele adorava quando uma mulher cozinhava especialmente para ele. Gostou ainda mais pois aquele era seu bolo preferido. Não conseguiu disfarçar o sorriso de satisfação. Clara, depois de muitos elogios de Paulo, foi ficando mais a vontade no apartamento. Aceitou assistir televisão com Paulo.

As horas foram passando e os dois continuavam a conversar. Paulo já nem se preocupava com o que estava acontecendo fora do apartamento. Clara também não. Ele foi se aproximando e sentiu o perfume dos cabelos daquela moça. Ela não se esquivou. Paulo foi descendo a cabeça para sentir o cheiro do pescoço e depois do colo. Mal o tempo passou e tinha beijado Clara. Ela começou a desabotoar a camisa que ele vestia. Foi o suficiente para Paulo pegá-la no colo e levá-la para o quarto.

Não pensava mais em Ana desde a hora em que ganhou o bolo de laranja. Pensava apenas em Clara, em seus cabelos e em suas formas de mulher. Despiu-a toda e finalmente recebeu as carícias que tanto desejava.


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