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[align=justify]O futuro dos e-readers?
A melhor coisa sobre ler um livro num tablet (até agora) é o quanto a experiência se aproxima de ler um livro "de verdade" - que é a razão da tela do Kindle ser fosca como um papel e não luminescente como um monitor. Alguns, não todos, temem pelo falecimento da leitura e escrita de verdade, mas é mais provável que estejamos na ponta de uma curva de inovação que irá trazer nova vida à palavra escrita.
Por exemplo: E se as palavras escritas estivessem assistindo você enquanto as lê e ajustando-se de acordo? Tecnologia de rastreamento dos olhos e tablets com processadores embutidos prometem reagir, baseados em como você está olhando para o texto - onde você pausa, como você encara, onde você para de ler de todo - numa implementação redutora de fricção do Efeito do Observador. O ato de ler irá mudar o que você está lendo.
Nós notamos algo similar acontecendo com as televisões, que logo serão capazes de ajustar o playback baseado em como os espectadores estão se movendo, e parece que o texto está se encaminhando para a mesma direção. No vídeo acima, um time de cientistas do Centro de Pesquisa Alemã para Inteligência Artificial atrelam tecnologia de rastreamento dos olhos a códigos HTML, CSS e Javascript para criar o que eles chamam de "Text 2.0".
A tecnologia deles é capaz de monitorar seus olhos a fim de definir palavras caso você as encare em confusão, eliminando informações não essenciais quando você estiver lendo superficialmente, ajudando a você retomar a leitura de onde parou, mostrando imagens baseadas no que você estiver lendo, trazendo à superfície materiais de referência e mais.
O vídeo acima foi postado em Outubro, mais de três meses antes do iPad ser anunciado, e desde então mais pessoas começaram a re-examinar o potencial do tablet para aprimorar a experiência da leitura além da implementação do Kindle para o livro. O primeiro iPad quase tinha uma câmera, de acordo com alguns relatórios, e modelos mais novos quase que certamente que terão, dado o potencial do tablet como um aparelho para videoconferências. Câmeras voltadas para os leitores, atachadas à largas telas e acopladas a processadores capazes de executar softwares de rastreamento dos olhos, agora parecem inevitáveis.
Supostamente a Apple adquiriu unidades de rastreamento dos olhos de uma companhia holandesa, Tobii Technology, que também os fabrica para paraplégicos, para que eles possam controlar coisas que de outra forma não teriam como. Quanto à parte do software na equação, a Apple já arquivou uma patente para "vetores de contemplação", que rearranjam e modificam o conteúdo da tela baseado em onde o usuário está olhando.
Entra o iPad.
Com tecnologias de rastreamento dos olhos já em posse da Apple, e-readers mais populares do que nunca antes, e a Apple preparada para lançar um e-reader que é mais computador do que livro, o palco está montado para que a tecnologia de rastreamento dos olhos apareça na próxima geração de tablets. Isso pode representar oportunidades incalculáveis para revigorar a palavra escrita, e tornar-se um diferenciador chave entre o texto digital e o impresso - de uma maneira positiva.
Se vai pegar é uma outra história.
Text 2.0 irá sem dúvidas atrair uma parcela de detratores - alguns dos mesmos que caluniam o texto eletrônico como sendo inferior mesmo quando contém a mesma informação contida na versão árvore-morta. Garantido, pode ser um pouco de exagero adicionar informações sobre os hábitos alimentares das baleias a "Moby Dick" quando seus olhos se demoram numa certa passagem por muito tempo, e o potencial para abuso do Text 2.0 pode ser maior que sua utilidade potencial. Mas esses são os mesmos tipos de desafios de prática que nos ensinaram a não usar o hyperlink para cada palavra numa página da web, ou enviar alguém para um site corporativo à menção de cada nome de empresa.
Produzida numa maneira apurada e prestativa, Text 2.0 promete ressuscitar a leitura de livros em uma nova forma.
Se o Text 2.0 se tornar uma realidade, seja no iPad ou em outro lugar, conte-me dentro. Eu já não leio tantos livros como antes costumava ler, e os números das editoras sugerem que eu não sou o único. Para competir por nossa atenção com outras formas de narrativas, livros precisam evoluir - especialmente para leitores nascidos recentemente - e o Text 2.0 é uma maneira que parece respeitar a palavra escrita, enriquecendo nossa habilidade de consumí-la ao invés de subjugá-lo a fogos de artifício multimidia.
O tempo ainda está cedo para o Text 2.0. O hardware ainda é volumoso e caro (exeplares da Tobii mencionados aqui ainda custam dezenas de milhares de dólares, com o preço dependendo do volume), mas o preço de hardware cai vertiginosamente quando a tecnologia migra de campos especializados, como ajudar a paraplégicos controlarem coisas, para campos gerais, como ler.
Tradicionalistas certamente se questionarão se as palavras precisam nos ver, e eles estão certo. Mas se alguém acredita na mágca da prosa, esse alguém não teria problemas com ela se tornando ainda mais mágica, e isso é exatamente o que Text 2.0 promete fazer.
Fonte: Wired
A tradução é minha. Cortei algumas partes mais específicas, mas deixei o principal. E então, o que vocês acham?[/align]
A melhor coisa sobre ler um livro num tablet (até agora) é o quanto a experiência se aproxima de ler um livro "de verdade" - que é a razão da tela do Kindle ser fosca como um papel e não luminescente como um monitor. Alguns, não todos, temem pelo falecimento da leitura e escrita de verdade, mas é mais provável que estejamos na ponta de uma curva de inovação que irá trazer nova vida à palavra escrita.
Por exemplo: E se as palavras escritas estivessem assistindo você enquanto as lê e ajustando-se de acordo? Tecnologia de rastreamento dos olhos e tablets com processadores embutidos prometem reagir, baseados em como você está olhando para o texto - onde você pausa, como você encara, onde você para de ler de todo - numa implementação redutora de fricção do Efeito do Observador. O ato de ler irá mudar o que você está lendo.
Nós notamos algo similar acontecendo com as televisões, que logo serão capazes de ajustar o playback baseado em como os espectadores estão se movendo, e parece que o texto está se encaminhando para a mesma direção. No vídeo acima, um time de cientistas do Centro de Pesquisa Alemã para Inteligência Artificial atrelam tecnologia de rastreamento dos olhos a códigos HTML, CSS e Javascript para criar o que eles chamam de "Text 2.0".
A tecnologia deles é capaz de monitorar seus olhos a fim de definir palavras caso você as encare em confusão, eliminando informações não essenciais quando você estiver lendo superficialmente, ajudando a você retomar a leitura de onde parou, mostrando imagens baseadas no que você estiver lendo, trazendo à superfície materiais de referência e mais.
O vídeo acima foi postado em Outubro, mais de três meses antes do iPad ser anunciado, e desde então mais pessoas começaram a re-examinar o potencial do tablet para aprimorar a experiência da leitura além da implementação do Kindle para o livro. O primeiro iPad quase tinha uma câmera, de acordo com alguns relatórios, e modelos mais novos quase que certamente que terão, dado o potencial do tablet como um aparelho para videoconferências. Câmeras voltadas para os leitores, atachadas à largas telas e acopladas a processadores capazes de executar softwares de rastreamento dos olhos, agora parecem inevitáveis.
Supostamente a Apple adquiriu unidades de rastreamento dos olhos de uma companhia holandesa, Tobii Technology, que também os fabrica para paraplégicos, para que eles possam controlar coisas que de outra forma não teriam como. Quanto à parte do software na equação, a Apple já arquivou uma patente para "vetores de contemplação", que rearranjam e modificam o conteúdo da tela baseado em onde o usuário está olhando.
Entra o iPad.
Com tecnologias de rastreamento dos olhos já em posse da Apple, e-readers mais populares do que nunca antes, e a Apple preparada para lançar um e-reader que é mais computador do que livro, o palco está montado para que a tecnologia de rastreamento dos olhos apareça na próxima geração de tablets. Isso pode representar oportunidades incalculáveis para revigorar a palavra escrita, e tornar-se um diferenciador chave entre o texto digital e o impresso - de uma maneira positiva.
Se vai pegar é uma outra história.
Text 2.0 irá sem dúvidas atrair uma parcela de detratores - alguns dos mesmos que caluniam o texto eletrônico como sendo inferior mesmo quando contém a mesma informação contida na versão árvore-morta. Garantido, pode ser um pouco de exagero adicionar informações sobre os hábitos alimentares das baleias a "Moby Dick" quando seus olhos se demoram numa certa passagem por muito tempo, e o potencial para abuso do Text 2.0 pode ser maior que sua utilidade potencial. Mas esses são os mesmos tipos de desafios de prática que nos ensinaram a não usar o hyperlink para cada palavra numa página da web, ou enviar alguém para um site corporativo à menção de cada nome de empresa.
Produzida numa maneira apurada e prestativa, Text 2.0 promete ressuscitar a leitura de livros em uma nova forma.
Se o Text 2.0 se tornar uma realidade, seja no iPad ou em outro lugar, conte-me dentro. Eu já não leio tantos livros como antes costumava ler, e os números das editoras sugerem que eu não sou o único. Para competir por nossa atenção com outras formas de narrativas, livros precisam evoluir - especialmente para leitores nascidos recentemente - e o Text 2.0 é uma maneira que parece respeitar a palavra escrita, enriquecendo nossa habilidade de consumí-la ao invés de subjugá-lo a fogos de artifício multimidia.
O tempo ainda está cedo para o Text 2.0. O hardware ainda é volumoso e caro (exeplares da Tobii mencionados aqui ainda custam dezenas de milhares de dólares, com o preço dependendo do volume), mas o preço de hardware cai vertiginosamente quando a tecnologia migra de campos especializados, como ajudar a paraplégicos controlarem coisas, para campos gerais, como ler.
Tradicionalistas certamente se questionarão se as palavras precisam nos ver, e eles estão certo. Mas se alguém acredita na mágca da prosa, esse alguém não teria problemas com ela se tornando ainda mais mágica, e isso é exatamente o que Text 2.0 promete fazer.
Fonte: Wired
A tradução é minha. Cortei algumas partes mais específicas, mas deixei o principal. E então, o que vocês acham?[/align]
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