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Teorias Sobre o Caso Isabella

Então, Fring, é bem interessante sim.
Ela já está sendo realizada, desde o início desse ano ou o final do outro. Tinha um site contendo informações melhores, mas eu anotei e sumiu.
 
Quando eu tiver com um pouquinho mais de tempo googlearei sobre o assunto e vejo se acho o site. Aí te mando uma MP passando ele pra você.
Obrigado, Lune.
 
Queria saber onde o BBB entrou na morte da menina.


Primeiro vamos esperar pra saber quem matou e quais os motivos.
Depois poderemos falar o que levou o alguém a cometer o crime.


E tem mais.
Já digo que esse assunto ainda vai ficar por um mês na mídia. Assim São Paulo está livre dos transito e a CPI do cartão corporativo não vai pra frente.
 
Menegroth, o assunto surgiu e eu citei sobre o BBB, só isso.
Só vai ter haver com a morte da menina se você ler tudo.
 
Menegroth, o assunto surgiu e eu citei sobre o BBB, só isso.
Só vai ter haver com a morte da menina se você ler tudo.
Eu sei..eu li. E disse porque discordo.

No mundo perfeito o que você diz tem todo o significado.

Mas como eu disse, não adianta ficarmos fazendo conjecturas. Devemos esperar.

Mesmo sendo o pai da menina, precisaremos ver por qual motivo ele a matou. Era um cara estudado e de familia classe média.

O fato de termos pessoas que preferem ver BBB a ler um livro ou pagar pra votar no BBB do que doar o dinheiro nada tem a ver com a sociedade ter sua conta de assassinos.
 
Opiniões, são opinões meu caro.
E é o que eu acho.

O cara pode estar cursando direito e tal, mas isso não muda o caráter dele, em nenhum sentido.
Eu acho que muita coisa a polícia, ou seja lá quem for, ainda vai esconder a verdade.
 
Depois de girar rapidamente o botão de rolagem em cima disso tudo pegando com minha visão alucinoexpress eu agora sei de coisas importantes.

A familia não vai ganhar o milhão porque já foi pro paredão.

Nós podemos salvar a compania telefônica com ligações.

Eu tenho que parar de fumar enquanto rolo o texto.

By Raphael S
 
Primula, eu não estou falando em aumentar a tecnologia, mas sim em tentar tornar o Direito Penal mais eficaz.

Necessidade de revisar as leis é uma coisa, mas "tornar mais eficaz" significa que já estamos usando as leis de forma correta, e que é a lei quem emperra o Judiciário.

É esse o problema real de nosso sistema?

Acho que o seguinte cenário lhe é familiar (é assim como para o resto do povo brasileiro): 10% se esforçam e porque o chefe dá trela para o outros 10% puxa-sacos, os outros 80% ficam amigos dos puxa-sacos e fazem nada (e não adianta demitir: sempre surgirão os que fossilizam a empresa querendo que "tudo seja como antigamente").

(Ver livro do Max Gehringer, sobre o que ele fala na CBN)

Apenas as empresas de sucesso sabem que não é para animar os puxa-sacos e mumificadores, mas tem de dar apoio aos 10% que querem coisas novas todo ano. Assim os outros 80% das marias-vai-com-as-outras vão apoiar os inovadores.

Como o Judiciário não é uma empresa com o fator de risco, os Lineus (Grande Família) são soterrados e vistos com antipatia, quando não como chatos mesmo, e os safados (Agostinhos) são vistos com mais simpatia.

Leis absurdas e caducas tem em qualquer lugar do mundo, como da cidade que proibiu o uso e comercialização de peróxido de dihidrogênio (água comum) porque recebeu alguém zeloso uma mensagem de internet dizendo os perigos dessa substância (http://en.wikipedia.org/wiki/Dihydrogen_monoxide_hoax)

Ou do prefeito frances que proibiu as pessoas de morrer até arranjar novo cemitério para a cidade.

Entre outros exemplos (http://www.iol.pt/centros/gargalhadas/artigo.php?cat_id=16&seccao=2)

A questão é que INDEPENDENTE de legislação idiotas, as pessoas que as interpretam não precisam ser idiotas ou preguiçosas.

Então, novas tecnologias, nova leitura da lei (:eek:), etc., tudo isso é perfumaria para esconder cancer. Distrai e deixa paciente contente por um tempo mas não é a solução.

Há muito tempo já descobriran que o sistema carcerário não reintegra o preso à sociedade e muita pesquisa foi feita/está sendo feita para descobrir o que fazer com criminosos. Idéias como colocá-los em trabalhos sociais, fazer com que eles convivam com vítimas de crimes semelhantes ao deles ajudando essas pessoas, um sistema que não apenas tire a liberdade mas que eduque, de condições pra pessoa sair da cadeia com alguma chance de ter algum emprego/fazer alguma coisa depois de ser livre.

Na boa? Como professora de alunos tranquilos (preguiçosos para o seu próprio bem futuro, mas já aprendi a separar problemas educacionais de pessoais) posso te dizer que se não conseguimos educar as crianças e jovens com eficiência, como é que vamos ter maior sucesso com os que se perderam? Eu não achei que tinha cacife pra dar palpite para o colega que tinha de trabalhar com alunos com 38 na cintura (tecnicamente não foi preso ainda então não é criminoso), e com certeza não vou achar que é trivial reeducar criminosos confessos.

(Devíamos nos concentrar em parar de criar jovens incapazes que virem marginais)

Uma boa leitura sobre sistema carcerário digno pode ser lida no mangá "Na prisão", onde o autor - Kazuichi Hanawa , que havia sido preso por porte ilegal de armas e cumpre 2 anos de reclusão - descreve como era seu dia-a-dia.

Sem sindrome de Papillon "Oh que sistema carcerário opressor! Os guardas são autoritários", yaddayadda (ao que o autor mesmo fala: "É UMA PRISÃO, tecnicamente os guardas lógico serão opressores contra infratores da lei, e tentarão nos botar na linha")

É uma descrição de acordar, comer, dormir, fazer exercícios, fazer regime (tavam ficando gordos), aprendizado de uma nova profissão, sistema de recompensa para presos com bom comportamento (podiam ver um filme e comer chocolate uma vez ao mês).

O que o autor concluiu: mesmo com tudo isso, o preso não reflete sobre o que fez, nem se arrepende. Ele falou por experiência própria e pelo que viu nos colegas (ele próprio comenta isso no prefácio). E isso considerando que são penas por crimes que aqui seriam considerados "bobinhos", e nem seriam presos.

O que sabemos é que são indivíduos que não contribuem para a sociedade (ou como diz House, não se adequam ao círculo), e que para que eles entrem na linha eu vislumbro necessidade de: 1) psiquiatria 2) professores capacitados 3) terapia de desintoxicação em muitos casos.

Ao mesmo tempo nosso sistema educacional, vai continuar gerando candidatos a prisão em formato exponencial, o que sobrecarregaria o sistema carcerário educacional, o que sucatearia qualquer sistema de sucesso educacional carcerário.

Isso se tecnicamente as pessoas querem ser transformadas "para melhor", e como House diz, nem sempre o que oferecemos é interessante para um autista. Bem, um autista tecnicamente não é produtivo para a sociedade, mas não é prejudicial àos integrantes da sociedade e de vez em quando faz coisas bonitas como musica, pinturas...

De acordo com um ex professor meu (eu não conferi os dados), 4 a cada 100 assassinatos são efetivamente levados a julgamento, e a cada 4 casos levados a julgamento 1 é concluído. Eu não sei se esse número é exagerado. Mas serve pra mostrar o tanto que diversos criminosos saem impunes. Quando eu digo pesquisar nessas áreas, é tentar tornar a aplicação de penas mais efetiva e tentar fazer com que ela gere efeitos mais benéficos do que o que ela vem gerando.

O que você precisa é jurisprudência. Muito se falou no Fórum sobre isso em algum tópico esquecido, mas o problema até o momento no Brasil é que NÃO HAVIA jurisprudência.

Cada juiz julga(va) um caso sem respeitar julgamentos e casos semelhantes.

Só no ano passado tornou-se obrigatório o estudo de casos. Não dá mais para aliviar para um caso, quando houve um igual/semelhante.

Claro que como a gente vive assistindo filmes americanos, e volta e meia algum repórter sensacionalista vive falando jurisprudência, a gente pensava que já existia no Brasil. Só descobri que não era bem assim porque um amigo meu que adora notas de rodapé de jornal me chamou a atenção para essa GRANDE novidade ano passado.

(grande novidade, mas como no caso do julgamento da M. Suplicy sair do foro privilegiado e ir para foro comum, não saiu em letras garrafais).

Como sempre, não encontro uma notícia importante porque o que importa é vender manchete... :disgustin: O máximo que achei foi no wikipedia (que tá misturado com Portugal)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jurisprudência

Em razão das recentes reformas legislativas, em especial no que tange aos procedimentos realizados nos tribunais e em consequência da nova mentalidade de oferecimento de serviços eficientes a população, a adotou-se, no Brasil, uma maior vinculação dos juízes às decisões de órgãos jurisdicionais - tribunais - superiores. Como podemos observar com a criação de súmulas vinculantes e bem como do procedimento de repercussão geral. Assumindo assim, o direito brasileiro, características que antigamente referenciavam apenas os países da Commom Law.

O que acontece, em educação, se cada criança tem de reinventar a roda, descobrir como se faz fogo?

Como disse Richard P. Feymann "pediremos para vocês aprenderem em 4 anos, 400 anos de conhecimento científico". Se formos pelo ritmo construtivista tão somente, vai demorar uns 90 anos para a criança aprender a fazer bronze!

Em termos de judiciário: cada juiz tem de ter uma intuição para resolver cada caso cabeludo que aparece e que não se parece com nada que tenha julgado antes.

Ou seja, reinventar a roda! E isso se considerarmos um juiz íntegro, e não aqueles que querem ganhar mais que o presidente do brasil.

Mas claro que seu professor é otimista e ingênuo e acha que eles não são julgados e por isso saem impunes. Acho que a realidade é que nosso sistema moroso deixa gente sem julgamento presa indefinidamente, e quando sai a pena de 1 ano de prisão por furto de supermercado o cara/a mina já cumpriu dois anos de prisão literalmente, mas vai ter de cumprir a partir da data do julgamento os 5 anos de prisão.

Outra realidade é que os mesmos juízes resolvem soltar no indulto de Natal, Páscoa, Dia das Bruxas (isso faria sentido :think:), réus de crimes hediondos, mas deixa a doméstica que furtou shampoo presa porque não foi julgada. :eek:

Não... por mais que a legislação seja biruta, as pessoas são ainda mais birutas. Será que ninguém escuta o ditado de nossos avós "se está no fundo do poço, não me invente de ficar cavando mais pro fundo!"

Lune, essa pesquisa é muito interessante, tem alguma data em que ela vai ser realizada? Por quanto tempo deve durar? Ela tem algum objetivo anunciado além de analisar as ações humanas?
Imagino que ela vai ser polêmica, muitas pessoas podem querer desistir de participar dela quando as coisas apertarem, algumas pessoas podem achar que isso é cruel, etc.

Ah, meu deus, tão tentando reinventar a roda de novo neste sentido também!?!?

Aquele circo que fizeram com aquela pirâmide de vidro, Bioma alguma coisa? E as nações indígenas isoladas?

Em termos EDUCACIONAIS: Summerhill, anyone?

*****
Lune disse:
Eu tava apenas querendo dizer que se as pessoas tomassem consciência de como a coisa ta crescendo, cada uma delas tentassem melhorar a situação do seu jeito. Como? Educando melhor os seus filhos, por exemplo. As crianças de hoje são o mundo de amanhã, e atualmente as crianças vem tendo uma educação meio desviada de valores.

Joy deve ter entendido perfeitamente, afinal ela é uma das poucas que entendem o que eu digo.

A questão é: você como cidadã abdicaria de seus gostos pessoais para uma vida melhor?

Claro que sim, muitos diriam. Mas na prática, toda pessoa que abdica de TUDO que lhe dá prazer na vida, não é saudável e acaba se matando.

Assistir BBB e ficar telefonando idioticamente para que um estrupício fique rico é um prazer idiota, mas é o passatempo da pessoa em questão. Da mesma forma, eu ficarei irada se alguém me disser para parar de postar na Valinor porque não ajuda minha independencia financeira futura, mas eu ficarei possessa de me tirarem meus poucos prazeres intelectuais.

E parar de assistir BBB não implica em tornar o mundo melhor. Talvez eles encontrem um programa ainda pior (ou melhor) para colocar no lugar. Mas definitivamente a única coisa que teríamos é um monte de gente mais frustrada porque não tem um hobbie.

Li um conto de Martha Argel (Livro dos Contos Enfeitiçados), sobre Bruxas erradicando o futebol. Um armilo aqui, um pouco de salsinha e algumas pitadas de vários anos de ressentimento dos maridos entrando fedidos, com lama nos kichutes (o conto se passa nos idos de 1970), vindo com os amigos para tomar cerveja e os salgadinhos fazer zona na sala, etc.. Quando o futebol some da face da Terra, todos os maridos ficam meio estranhos. Um que era atletico ficou gordo e não dava no couro, outro ficou perdido sem parmera e ficava zanzando pelo quintal falando que faltava alguma coisa, outro resolveu começar a fumar charuto enquanto jogava truco com os amigos e com as malditas cerveja e os pasteis que a esposa ainda tinha de fritar. Então elas perceberam que apesar de futebol ser algo horrível para elas, era um defeito do homem que elas amavam e se elas amavam seus homens, tinha de ser do jeito que eram, senão viravam (viraram) outra coisa. E o futebol retornou ao mundo, mas só elas sabem que ele sumiu por um mês.

Claro que podemos tornar o mundo melhor. Mas antes de sair arrumando o mundo, feito Bush Jr., melhor a gente arruma o nosso próprio quintal primeiro. Tipo, eu sei que tem muita mulher que fica falando mal das outras que criam errado os filhos, mas quando isso acontece com minha mãe, eu sou a primeira a falar "peraí, eu e os meus irmãos também estamos sendo/fomos mal educados, não é privilégio das fulanas não!"

Claro que isso rendeu uma mulher com enorme auto-cobrança, que nem mesmo se Newton e Einstein fossem meus examinadores, seriam mais exigentes que eu comigo mesma. (testemunho de ex-orientador)
 
Ah, meu deus, tão tentando reinventar a roda de novo neste sentido também!?!?

Aquele circo que fizeram com aquela pirâmide de vidro, Bioma alguma coisa? E as nações indígenas isoladas?

Em termos EDUCACIONAIS: Summerhill, anyone?

Não fiquei sabendo disso não.
O que foi?

Eu sei que tem um lugar, nos EUA em que as pessoas de um vilarejo, escolheram viver como se vivia em alguns séculos atrás.

A questão é: você como cidadã abdicaria de seus gostos pessoais para uma vida melhor?

Depende.
Bem vamos ver se eu entendi o que você quis dizer com isso.
Se eu mudaria minha vida, trocando meus gostos pessoais, para uma vida melhor?
Eu mudaria sim, mesmo que isso fizesse muita falta para mim. Se é para ficar melhor, quer dizer que tem algo mais ou menos.
Algo como mudar a comida que você come, porque um tipo está te fazendo mal? É mais ou menos isso?

E parar de assistir BBB não implica em tornar o mundo melhor. Talvez eles encontrem um programa ainda pior (ou melhor) para colocar no lugar. Mas definitivamente a única coisa que teríamos é um monte de gente mais frustrada porque não tem um hobbie.

Todo mundo tem que entender que eu não estou dizendo para parar de assistir BBB. E nem para assistir, gente.
Só estou dizendo que as pessoas se alienam sobre as coisas que estão realmente acontecendo ao nosso redor, para assistir quem vai para o paredão!
É como se a televisão e o mundo irreal e perfeito do BBB, fosse bem mais importante do que saber que tem um maníaco solto e perigoso.
 
Malz Lune, é que já fiquei saturado com esse crime. Esse tópico foi longe demais, até ultrapassou meu livro, e olh que tô escrevendo a mais de um mês.

Acho que já recebemos informações mas só a perícia tem tudo em detalhes. Eu só queria o resultado mesmo pra encerrar essa tragédia.

A imprenssa já passou dos limites e o jornalismo sério já se tornou um circo. Só quero um ponto final nisso, não continuar discutindo sobre o que acho que aconteceu, o que eu acho eu já disse.

By Raphael S
 
Última edição:
É, Rapha, to saturada também.
O ruim é que nem dá para tentar esquecer. TODO lugar que você vai, ou você vê, lê ou escuta sobre isso.
Hoje eu fui dormir com minha vó escutando isso no rádio.
 
Entendi seu ponto de vista, Primula.
Mas se a lei não funciona porque o Judiciário emperra, como você mesma disse, então está na hora de mudar alguma coisa no Judiciário. De criar um poder que fiscalize o judiciário.
Existem juízes que trabalham feito uma mula enquanto outros não fazem nada. E os que trabalham são realmente vistos com olhos de raiva, já que, se alguém trabalha muito, cria-se a expectativa que os outros façam o mesmo.
Mas quando eu falo em reforma de lei não é só da lei penal que eu to falando. Eu falo da própria lei processual. É necessário criar um sistema mais pragmático e menos burocrático que permita que os julgamentos não fiquem emperrados. E isso é fundamental, pois como você mesmo disse, as vezes um caso bobo demora anos para ser julgado.

Sim, você falou de professores capacitados, psicólogos, etc. Eu sei que seria muito caro e que seria utópico, mas será que se os presos tivessem acesso a esse tipo de serviço durante o tempo que estão presos, alguns não se redimiriam??? E tem aqueles que estão preso por algum crime culposo, ou seja, um crime que não teve intenção. Pode ser que não adiante na maioria dos presos, mas se for possível corrigir um ou outro já é positivo para a sociedade. Eu sei que o certo seria se preocupar com questões mais básicas, como uma educação boa para todos, condições sócio-econômicas que potencializasse as habilidades de cada um. É um início difícil. É quase impossível pensar isso no Brasil, mas eu estou falando em ideais que devem nos guiar.

Quando eu dei o exemplo dos assassinatos, eu não estava querendo dizer sobre julgamentos com resultados diferentes. Simplesmente que de cada 100 assassinatos, apenas 4 vão a julgamento. A investigação de 96 a cada 100 assassinatos não chega a lugar nenhum, não conseguem achar o culpado ou simplesmente deixam de lado. É, afinal de contas, só mais um assassinato em uma pilha de assassinatos. Aí o que a gente precisa é uma reforma no sistema policial. Afinal de contas, o salário de um policial é muito baixo pro risco que ele corre. Quem vai se aventurar a investigar assassinatos por quase nada de dinheiro e com risco de perder a vida ainda? É muito mais fácil fingir que não aconteceu nada.

E sim, quanto aos vereditos diferentes, temos um problema grave. Existem juízes que simplesmente dizem coisas sem pé nem cabeça. Escolhem um lado e se justificam da forma mais boçal. Fazem isso porque são comprados? Talvez.
De qualquer forma, infelizmente, no Brasil, existem vários julgamentos que são arranjados, levados na base da influência. Aí eu destaco novamente o que eu disse de ser necessário alguma forma de fiscalizar também o poder judiciário.

Mas eu acho que as súmulas vinculantes do STF já existem há um bom tempo, não? O STF funciona como um órgão que dá diretrizes a ser tomada em casos semelhantes. Não obriga pois nenhum caso concreto é igual, mas direciona a forma de pensar. Até as súmulas vinculantes as vezes podem ser "desobedecidas", embora o mais comum é segui-las.

Não sei se me perdi na minha linha de raciocínio, eu não costumo escrever muito nos meus tópicos. Mas espero que dê pra me entender:wink:
 
use o google, oras. ou ligue a TV.

Uma preocupação que eu tenho é que, depois, se descobrirem que nenhum dos dois é culpado, a cara deles já apareceu tanto na TV que é capaz de serem discriminados para o resto da vida.

"Eu acho que não" - Kevin McCallister

Ontem, assistindo sensacionalismo sobre o 'caso Isabella', o promotor Francisco Cembranelli deu muitíssimo a entender que só falta descobrir quem jogou, se foi o pai ou se foi a madrasta. Com um exame da perícia saberão a altura e peso, aí, bam.
 
Vale a pena ler o artigo escrito por Guilherme Fiuza:

A vida dos outros

É difícil escrever sobre uma tragédia sem ser acusado de insensibilidade com a dor alheia. Talvez a saída mais segura seja falar da nossa própria.

No dia 2 de julho de 1990 meu primeiro filho, Pedro, caiu do oitavo andar do prédio onde morávamos, em Botafogo.

Desci de escada achando que seria mais veloz do que o elevador, talvez do que a própria queda. Encontrei-o já morto, e não precisava ser médico para constatar. Os ferimentos eram brutais.

Voltei com ele de elevador, mas ainda com pressa, agora de dizer à mãe dele que não podíamos fazer mais nada.

Antes que pudéssemos entender o que fazer da nossa própria vida, já tínhamos uma certeza: não podíamos sair de casa. Estávamos presos lá, com dois policiais militares armados na porta do apartamento.

Antes de poder enterrar meu filho, tive que contratar um advogado. Recebi-o no quarto de empregada, para poupar a mãe do Pedro, minha ex-mulher, daquela conversa surrealista.

Embora vivêssemos em harmonia e fôssemos particularmente tranqüilos, o advogado vinha relatar depoimentos comprometedores do síndico e de vizinhos à polícia. Eles diziam ter ouvido ruídos altos de portas batendo, discussões febris, gritaria.

Foi longo o tempo até encerrar esse processo insano e provar que os vizinhos tinham delirado. Mas foi muito rápido, instantâneo, o castigo imposto pelos homens da lei, de mãos dadas com os vizinhos diligentes: ser tratado como suspeito da morte do próprio filho.

Quando a Polícia Militar nos permitiu deixar o apartamento, no qual nunca mais voltaríamos a morar, tivemos que deitar no chão do carro, para evitar a multidão de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas.

Escapamos de passar pelo que passou a mãe de Isabella Nardoni, quase jogada no chão pela sanha da imprensa. Uma mãe de quem a vida acabara de arrancar uma filha, que portanto mal se punha de pé por si mesma… Bem, colegas, morram de vergonha.

No Espírito Santo, há outro pai preso porque a filha caiu da janela. São todas situações sobre as quais é preciso encontrar a verdade. Se os pais forem desgraçadamente culpados, precisam ser exemplarmente punidos.

Nada disso dá direito à sociedade de invadir a vida de uma família com a sua curiosidade mórbida e a sua estupidez.

Se não é possível à coletividade imaginar na sua própria pele o ardor da tragédia, já seria um belo avanço civilizatório se ela entendesse, de uma vez por todas, que a vida (dos outros) não é um Big Brother.

http://www.guilhermefiuza.com.br/?p=20

Obs. Aqui a relação com Big Brother foi melhor estabelecida :dente:
 
A sitiuação deve ser bem difícil quando se é inocente.
A mídia em cima das pessoas numa situação tão triste assim dá uma raiva danada:(
 
Fiquei confuso com isso de se colocar no lugar...

Meu Deus... Eu matei a Isabela! O_O

O que eu fiz?!!

Oh meu DEUS! Não não fui eu, eu tenho certeza de ter visto o batman ou o rambo lá em cima, era um dos dois, podem procurar na área.

Tá, mas falando sério, uma criança foi assassinada brutalmente, isso dá a outras pessoas o direito de intervir, tanto que o Brasil todo está acompanhando o desenrolar dos acontecimentos. Se o pai é inocente ou não, o que aconteceu expôs a vida dele a sociedade, ele passou a ser uma pessoa pública e a vida dele também. O povo tem uma certa curiosidade mórbida também, reconheço, mas somos humanos afinal. Se ele for inocente, então o cara que fez isso conseguiu virar a vida dele em 360º e se é assim espero que quando ele sair da cadeia ele procure esse cara até no inferno. E se ele for culpado, bom, então ele deve estar até tranquilo. Passou uns dias numa celinha especial, agora tá num hotelzinho e daqui a um ano ninguém nem vai lembrar que aconteceu alguma coisa com ele.
A mídia zoneia por um tempo porque a memória do brasileiro é de noz. O que vai Fder a vida dele mesmo é a cadeia se ele for condenado.

Alguém tá com peninha? Isso aí são férias do trabalho, e com atestado.

By Raphael S
 

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