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Teoria Literária - Por onde começar?

DiegoMP

Usuário
Help!

Digamos que eu esteja meio curioso por esse campo. Por onde começo?
Sei lhufas sobre o assunto, conheço uns nomes aqui e acolá mas nunca li nada muito específico sobre eles. E também não sou das Humanas, faço faculdade mas é da área das Biológicas, então na parte acadêmica não contribui em nada. É meio por hobby/curiosidade mesmo, daí não queria começar dando tiro no escuro.

Enfim, alguém saberia dizer algum autor ou material mais recomendado? :D
Não sei se conta em algo mas tenho aqui em casa o Como funciona a ficção, do James Wood, e também o Arte da ficção, do David Lodge. Ah, e também um Harold Bloom, o Como e por que ler.
 
tem o teoria da literatura: uma introdução do terry eagleton mas acabei de sondar no buscapé e tá meio caro, acabei de lembrar pq na época da graduação eu só lia pegando na biblioteca e só anos depois de começar a trabalhar tive coragem de comprar um pra mim :rofl:
 
Valeu, @Ana Lovejoy. Já dei uma olhada online e vi que tem aqui na biblioteca da UEM.
Livro caro a gente dá um jeito, só ser um pouquinho rato de OLX e ML que sempre aparece um anjo lá se desfazendo de coisa boa. :D
 
Era pseudo? Damn it! :lol:

pseudo-Longino Nome ‒ consacrato da una lunga tradizione ‒ dell’autore non noto del celebre trattato Del sublime (Περὶ ὕψους). Attribuito erroneamente a Cassio Longino, nel titolo del Codex Parisinus graecus 2036, del 10° sec., lo scritto viene detto «Διονυσίου Λογγίνου», ma nell’indice del contenuto del medesimo codice, e in un manoscritto vaticano di età rinascimentale, si legge la più dubbiosa, e perciò rivelatrice, indicazione «Διονυσίου ἢ Λογγίνου» («di Dionisio o di Longino»). Tale scritto è uno dei più importanti documenti della critica letteraria nell’antichità, composto da un ignoto filologo dei primi decenni del 1° sec. d.C. Nel trattato, diretto contro un’omonima opera non giunta a noi di Cecilio di Calatte, l’autore, più che definire che cosa sia il sublime, vuole insegnare «in qualche modo e per quali vie si possono sollevare le anime nostre a quella certa altezza»; più che insegnare una maniera di scrivere, vuole mostrarne gli effetti. La trattazione, che non è strettamente letteraria ma morale, indaga sulle fonti del sublime, individuate innanzitutto nelle doti naturali della ricchezza di pensiero e del pathos entusiastico, quindi anche in procedimenti artificiali, quali l’uso adeguato delle figure retoriche, il ricorso a un linguaggio elevato, un’accorta combinazione di parole. La letteratura è concepita come una realtà interiore e come una capacità quasi congenita, tale da non poter essere insegnata mediante modelli. Il tradizionale concetto della poesia come «mimesi» è superato e si delinea il concetto della fantasia, che è in rapporto non con la realtà esterna ma con l’anima del poeta.


http://www.treccani.it/enciclopedia/pseudo-longino_(Dizionario-di-filosofia)/
 
Obrigado pelas dicas, Anica e Calib.

E quanto ao Alfredo Bosi? Recomendam? Ou aí já foge um pouco de teoria literária e entra mais na crítica?
Os textos do Umberto Eco e do Auerbach (tô pensando naquele 'introdução aos estudos literários') são um bom começo também?

Encontrei também uma série de aulas lá no youtube, do Paul Fry (não conheço, malz aí se for alguém importante) pela universidade de Yale que me pareceu bem promissor. Vou dar uma verificada.
 
Última edição:
Qndo chegar em casa (tô na fac) eu te passo as dicas q, autodidaticamente, catei. Mas a dica do Calib eh fundamental: decore a Poética. Todos os grandes temas da teoria literátia (q eh recente: surgiu na Rússia pré-revolucionária) estão nele ou a ele fazem menção
 
Então vamos lá.

O curso dado pelo professor Paul Fry pra Yale é um ótimo curso. Você o acha legendado pela Univesp TV aqui:

O livro-base que ele usa é o The Critical Tradition, organizado pelo David Richter. Você consegue achá-lo, atual-atualmente, por 16 obamas no Better World Books (é o melhor site pra você procurar pelo livro):
http://www.betterworldbooks.com/cri...Dxp:3&=&SearchTerm=critical+tradition+richter

Compensa bastante você fazer o curso do professor Paul Fry com a apostila do lado, ou, pelo menos, escutar as explicações dele, sempre esclarecedoras e não raro brilhantes.

Além desse The Critical Tradition, caso você leia em inglês você pode comprar a Norton Anthology of Theory and Criticism. As antologias da Norton são famosas por serem muito completas, mas essa of Theory and Criticism é extremamente cara, de modo que a relação custo-benefício pende muito pro The Critical Tradition.

Agora isso em inglês. Essas antologias fornecem ensaios, trechos e capítulos de livros de alguns dos autores mais famosos a respeito de literatura e teoria literária. Como eu disse, teoria literária é algo recente: surgiu na Rússia pré-revolucionária, com uma turminha que hoje nós chamamos, de forma um tanto quanto imprecisa, de Formalistas Russos. São uns medalhões da crítica literária, gente como Viktor Shklovsky, Vladimir Propp, Ósip Brik e parte da carreira inicial do Roman Jakobson, por exemplo. Não quer dizer que antes não tivéssemos pensamento a respeito da literatura. A literatura como nós a entendemos hoje é algo que começou a ser pensado depois da Revolução Francesa, numa época em que começou, também, a própria crítica literária (por exemplo em jornais ingleses como o Spectator, o Tatler ou a crítica de um cara como o Samuel Johnson). Mas é claro que existiram textos luminosos que hoje nós usamos muito ao interpretarmos obras literárias, como a própria Poética do Aristóteles, que, embora pensada muito mais pro teatro, é capaz de discutir categorias fundamentais como a da mímesis, que é um dos assuntos centrais da teoria literária.

Porque teoria literária fala é de assuntos assim. O termo crítica literária passou a adquirir um significado muito amplo no decorrer do século, de modo que aquele sentido originário, que se consolidou no século XIX, da crítica como dizer se um livro é bom ou ruim, foi deixado de lado com o advento da teoria literária, e crítico passou a ser alguém que escreve a respeito de um livro, que o estuda com escopo científico, essas coisas. E a tal ponto que muitos desses teóricos passaram a ver o crítico literário, o camarada que se preocupa com questões valorativas, como sendo inclusive um cara simplório, uma espécie de crítico menor. O Northrop Frye, pra você ter uma ideia, no prefácio do Anatomia da Crítica, diz que a crítica entendida nesse sentido valorativo é a cenoura na frente do burro da crítica literária.

No Brasil isso ficou bem claro mais ou menos na metade do século passado com aquilo que se batizou de a Cátedra versus o Rodapé. O rodapé era representado por esses críticos preocupados com questões valorativas (os chamados "críticos impressionistas": críticos que diziam suas impressões a respeito da obra), e fazia referência à crítica de rodapé ou, de modo geral, à crítica que era feita nos jornais da época, e que tinha em seu panteão gente do calibre de Álvaro Lins. Já a cátedra representava a crítica universitária, de escopo propriamente científico (teoria literária na veia, em suma), e o grande propagador dessas ideias foi um cara chamado Afrânio Coutinho.

O embate entre a cátedra e o rodapé não foi exatamente um água e óleo, e há muita tinta que ser corrida a respeito do assunto, como, por exemplo, o fato de que o rodapé não se fazia ignorante em relação ao que a cátedra trazia consigo ou, então, que não é bem que a cátedra venceu o rodapé (quantos críticos de jornal nós temos hoje, por exemplo?): na verdade o que houve foi uma mudança de paradigmas jornalísticos na segunda metade do século que chutou pra escanteio um modelo impressionista de pensar o jornal.

Mas acho que tergiversei um pouco. A questão é:

No Brasil, se você quiser livros introdutórios a respeito do assunto, a dica da Anica é muito boa: o Eagleton é, ao que me consta, o autor mais usado nos cursos universitários Brasil afora. Ele vai te explicar todas as correntes teóricas, e vai te explicar muito bem. Há muito o que ser contestado, é claro, como por exemplo os famosos prefácio e posfácio que ele escreveu ao livro, onde ele defende, entre outras coisas, que os estudos literários deveriam se dissolver num campo mais amplo chamado apenas de estudos culturais, posto que nós não temos como chegar a um conceito de literatura. É uma ideia que ele recentemente mudaria em livros como o The event of literature, em que ele chega, aliás, àquele que pra mim é o melhor conceito de literatura já formulado.

Além do Eagleton, tem o Teoria Literária, do Wellek e do Warren, que foi um clássico a respeito do assunto por pelo menos meio século. É um livro fundamental a respeito do assunto. Como eu disse, um clássico. Os autores são expoentes da chamada Nova Crítica, que foi uma das primeiras correntes de teoria literária a surgir. Compensa muito você ler.

Uma terceira indicação é o Teoria Literária do Jonathan Culler, que possui uma linguagem muito acessível. Ao que me consta, ele está esgotado, mas é possível achar um pdf dele.

E uma quarta indicação, só que mais hardcore, é O demônio da teoria, do Antoine Compagnon. Ele pega os principais pontos da teoria literária (por exemplo a questão do autor e da intencionalidade, ou a questão da mímesis) e discute só que fazendo um apanhado e balanço da teoria literária praticamente toda. Um livro muito foda, mas que requer um esforço bem grande por parte do leitor.

São indicações pra você se aclimatar (ao mesmo tempo, claro, que se aprofunda). Agora se você quiser ler direto na fonte, o que diga-se de passagem é recomendável, ou seja, busque SEMPRE ler direto os próprios textos, os próprios livros, por mais que isso faça de sua jornada uma jornada mil vezes mais longa; se você quiser ir direto na fonte, tem o Teoria da literatura em suas fontes, uma compilação em dois volumes feita pelo Luiz Costa Lima (que é um dos maiores teóricos literários brasileiros, mas um cara de leitura extremamente difícil, num nível hardcore extreme). Ele está esgotado, mas, ao que me consta, será republicado em breve por uma editora goiana. Você acha facilmente um pdf dele. Todas as vertentes principais de teoria literária estão contidas nele.

Além desse, tem o Do mito das musas à razão das letras, que é uma compilação de textos relevantes para o estudo da literatura que começa com Platão e termina no século XVII. Uma obra fundamental também. 150 dilmas, nova.

Agora se você quiser algo mais nacional, daí eu já te recomendo os dois volumes organizados pelo Afrânio Coutinho chamados Caminhos do pensamento crítico, que fazem uma compilação de praticamente toda a crítica literária nacional até início do século passado.

Por fim, você perguntou sobre o Bosi. Bosi é mais crítico e historiador, de fato, mas ele tem um livro chamado O ser e o tempo da poesia que é a meu ver um clássico a respeito do assunto teoria da poesia. Um livro espetacular, pura e simplesmente.

Já o Umberto Eco... Bem, ele foi um estruturalista e um semioticista. O Estruturalismo foi uma das principais correntes de teoria literária do século passado (na verdade não só de teoria literária: o Estruturalismo era uma pan-teoria, cuja proposta era a de poder explicar tudo). Uma dica que eu posso te dar, caso você não queira ter muitos problemas com teoria literária, é ler dois carinhas que vão te ajudar muito:

-- Ferdinand de Saussure, o chamado pai da linguística, com um livro chamado Curso de linguística geral;
-- Charles Sanders Peirce, o chamado pai da semiótica, com um livro chamado Semiótica;

Conceitos retirados da obra desses caras aparecem igual água na teoria literária, então é bom você ler direto na fonte pois, de resto, eles não são de uma leitura penosa: o curso do Saussure, por exemplo, foi escrito tomando como base notas que uns alunos CDFs dele faziam das aulas.

Então isso pode ser útil pra você conseguir encarar melhor a obra do Eco enquanto teórico literária. Mas, caso você queira uma sugestão, comece pelo A Obra Aberta e, depois, pela obra (um pouco esquecida, mas excelente) chamada Conceito de Texto. Depois você pode ir, hum, pro Lector in Fabula ou pro A Estrutura Aberta, se quiser uma visada mais próxima do escopo Estruturalista. Deixe uma obra como Os Limites da Interpretação por último.
 
Poxa, @Mavericco, cadê um botãozinho de gratidão eterna aqui pra mandar nesse teu último post?

Obrigado pelo guia, muito mais completo do que qualquer informação que eu pudesse esperar quando criei o tópico. Já li tudo mas depois volto pra ler com mais calma e ver por onde eu vou começar a investir primeiro.

Bom saber que o curso do Paul Fry vale a pena também, tinha achado esse link aí mesmo já com legendas. Até leio em inglês mas é com um pouco de dificuldade e um passo de tartaruga. :oops:

Obrigadão mesmo. :smile:
 
recomendo, além dos títulos supracitados, dois livrinhos assaz interessantes: a criação literária (massaud moisés, edusp) e conceitos fundamentais da poética (emil staiger, tempo brasileiro). juro que ambos foram de grande valia quando comecei a estudar, embora hoje eu tenha certas ressalvas ao livro do moisés. mas, é claro, não convém comentar ora e cá. vai fundo e sem medo.

ora e cá cabe dizer que, com um pé atrás, também vou te recomendar outras duas obras: o abc da literatura (ezra pound, cultrix; doravante abc) e o introdução aos estudos literários (auerbach, cosacnaify; doravante iael); mas lembre-se: bato e muito na tecla do "com um pé atrás", porque nenhum desses dois é aquilo que você quer (ou que eu presumo que você queira). são grandes livros, claro, poder-se-ia dizer até essenciais, mas que funcionam melhor em outras áreas: o abc na área da crítica e o introdução na área da historiografia.

na verdade, dá pra dizer que, isoladamente, o abc tá numa área de confluência entre teoria e crítica; ora ele pende pra uma e ora ele pende pra outra, mas é mister lembrarmos que o abc possui um lugar muito específico dentro da obra do pound e que a obra de pound possui um lugar muito específico dentro da historiografia literária (vale dizer que o pound era, usando a sua própria terminologia, um inventor); então, dessarte, fica impossível desconsiderarmos o todo poundiano pra emitirmos qualquer juízo sobre o abc; e, quando consideramos o todo poundiano, sobretudo aquilo que constitui o seu make it new, fica impossível desconsiderarmos o importante papel que pound exerce no cânone ocidental. e, bem, o papel dele foi o de crítico e renovador/reinventor da poesia no século XX; da mesma forma que o papel do abc dentro de sua obra era ser uma experiência altamente pragmática dessa crítica renovadora/reinventora, ainda que apresentasse consigo alguns elementos teóricos (como os conceitos de fanopeia, melopeia e logopeia) que pound julgava essenciais para a sua práxis crítica. a teoria literária, portanto, acaba assumindo um caráter secundário; o protagonismo do abc, pela natureza do opus que pound erigiu, pertence, na real, à crítica.

(perdão se ficou confuso. eu tou com um sono angustiante e sem os meus livros do pound. se você tiver qualquer dúvida numa eventual leitura do abc, eu recomendo que você confira os ensaios que o mário faustino escreveu sobre ele [pound]. tais ensaios estão em artefatos de poesia [cia. das letras] ou poesia-experiêmcia [perspectiva].)

agora, falando do iael, o buraco não é tão embaixo; é um livro altamente didático e de leitura muito fácil. e, de quebra, não precisamos estabelecer todo um arcabouço complexo para analisá-lo adequadamente... bem, boa parte da didaticidade (didatismo + facilidade) desse texto é oriunda do fato dele ter sido, se não me falha a memória, uma conferência introdutória (aha!) que auerbach proferiu aos seus estudantes enquanto esteve, acho, exilado (perdão tamanha imprecisão; na real que eu não tou com qualquer livro aqui comigo) na turquia.

enquadrei o iael no âmbito da historiografia porque ele é, factualmente, uma introdução histórica às mais diversas disciplinas do mundo das letras;vou dizer, de cabeça, algumas áreas que ele aborda dessa maneira: filologia, linguística/gramática, crítica literária, a própria historiografia literária, as formas literárias e a teoria literária. (e, claro, não podemos esquecer da preciosa reconstituição que o autor fez da formação das línguas neorromânicas.)

enfim. é um texto beeeeeem legal e beeeeeeeeeeeem abrangente; e por isso mesmo precisamos tomar cuidado, rs. mas note que ele não é, necessariamente, um livro de teoria. longe disso, aliás.

é, no âmago, uma introdução ampla às letras. mas vale a leitura.

Como eu disse, teoria literária é algo recente: surgiu na Rússia pré-revolucionária, com uma turminha que hoje nós chamamos, de forma um tanto quanto imprecisa, de Formalistas Russos. São uns medalhões da crítica literária, gente como Viktor Shklovsky, Vladimir Propp, Ósip Brik e parte da carreira inicial do Roman Jakobson, por exemplo.

completando a informação do colega: há um livro, teoria da literatura (compilação de tzvetan todorov; editora da unesp, se não me engano), que reúne diversos textos dos ditos-formalistas russos. eis aí um outro livro essencial.
 
o que dizer desse alfredprufrock que eu mal conheço e já considero pacas?
 
Uma terceira indicação é o Teoria Literária do Jonathan Culler, que possui uma linguagem muito acessível. Ao que me consta, ele está esgotado, mas é possível achar um pdf dele.
Esse livro é uma tradução do Literary Theory: A very short introduction da coleção Very Short Introductions da Oxford Press. Tem disponível no Submarino e na Amazon.

Se a tua universidade for federal, @DiegoMP , dá para ter acesso a ele através dela também. O governo federal fez convênio com esses grandes grupos como a Oxford para eles disponibilizarem certos tipos de acesso online e até empréstimo digital.
 
Ah! Faltou dizer o principal: o livro é bonzão! :joinha: Discute o que é teoria, o que é literatura e traz algumas das discussões recentes (dos anos 90 pra cá) nas Humanas: linguagem performativa, identidades, representação e pós-colonialismo, por exemplo, em suas relações com a literatura.
 
Última edição:
Valeu pelo complemento, @alfredprufrock.
Pra início vou começar com o Teoria Literária, do Eagleton e também já me arranjei aqui com o pdf do Jonathan Culler. Depois desses eu vou abrindo o leque daí, mas o livro do Auerbauch eu vou pegar assim que possível. Dei uma olhada aqui na seção de teoria literária da faculdade e tem praticamente uns 80% dos títulos indicados pelo Mavs, então pelo menos não vou passar muito aperto para ter acesso ao material.

É não, @-Jorge- , é estadual. Mas já consegui bastante indicação dentro do que eu esperava, pra começo acho que tá mais do que bom. Mas obrigadão pela dica também. :D
 
Bakhtin.

Apesar que ele transcende bastante a Teoria Literária. Linguística crítica, fenomenologia estética, filosofia da arte verbal... Bakhtin é um autor de múltiplas facetas, interdisciplinar, bem ao gosto dos estudos contemporâneos em linguística, antropologia e filosofia. Além de ser um marxista bem diferente.

Em Teoria Literária, seus estudos sobre a gênese, formação e desenvolvimento do romance ocidental estão entre as coisas mais interessantes que já li na vida, principalmente pelas ligações com a sociologia e antropologia marxistas e estruturalistas, e aspectos específicos de estilística e metanarrativa.

Talvez não para um iniciante mas é quem eu indicaria para quem chegou à Teoria Literária, como eu, através da filosofia.

Seguindo a dica do alfred, uma boa introdução ao mundo de Bakhtin também é o Tzvetan Todorov, que chega a prefaciar alguns livros dele. Todorov tem trabalhos fulcrais sobre o formalismo russo, tradição no esteio da qual (e como reação a ela) surgem os trabalhos de Voloshinov, Bakhtin e do Círculo de Bakhtin.
 
Última edição:
Acho que inicialmente é legal conhecer a obra do Jakobson, Linguística e Poética. Depois A República, de Platão (cap. 2, 3 e 10), Poética, de Aristóteles, Arte poética, do Horácio, Do Sublime, do Longino. Também lemos Teoria da Literatura, do Todorov. Como o Mavericco mencionou, é importante conhecer Linguística e Semiótica. Depois tem coisas mais aprofundadas, vai depender se você quer ver a progressão da teoria da literatura na história, etc. Além disso, posso dizer que o Borges, em suas obras literárias, versa muito sobre as questões da teoria literária.
 
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