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Teoria da Relatividade Restrita

etienne

Usuário
Bem gente passei em Introdução à Teoria da Relatividade e Física Quântica, e para fechar vou colocar um post sobre a Teoria da Relatividade Restrita, já que a geral é mais complicada pois não se trata de um referencial inercial. Se alguém quiser agora até recito a dedução da euação de Schrödinger para o atómo de hidrôgenio em 3 dimensões, hihihi:


A teoria da relatividade restrita foi construída por Einstein a partir de dois importantes postulados:

1ª – Postulado da Relatividade: as leis da Física são as mesmas em todos os sistemas de referência inercial.
2ª – Postulado da Constância da Velocidade da Luz: a velocidade da luz no vácuo tem o mesmo valor para qualquer referencial inercial, ou seja, c = 300 000 km/s (valor aproximado).

Essas duas equações validam as equações de Maxwell, e estão no artigo entitulado "Sobre a eletrodinâmica dos Corpos em movimento".

Uma boa abordagem, eu adoro paradoxos, é o Paradoxo dos Irmãos gêmeos, que revela as consequências da relatividade restrita, a dilatação temporal:

Sejam dois gêmeos A e B idênticos, estando o irmão A em uma nave espacial na qual ele viajará a uma velocidade muito próxima de c (velocidade da luz) - enquanto o outro, B, permanece em repouso na Terra. Para B, a nave está se movendo, e por conta disso ele pode afirmar que o tempo está correndo mais lentamente para seu irmão A que está na nave.
Analogamente, A vê a Terra se afastar, pelo que ele pode, da mesma forma, afirmar que o tempo corre mais lentamente para B.
Quando a nave retornar à Terra, qual dos dois efetivamente estará mais jovem?

Em primeiro lugar, o enunciado parte de uma premissa errada. No quadro da relatividade restrita, a simultaneidade de acontecimentos não é garantida entre referenciais movendo-se um em relação ao outro, logo, não faz sentido comparar o correr do tempo para o gêmeo A com o correr do tempo para o gêmeo B sem referir qual o referencial em que essa comparação está a ser feita.
O que o gêmeo B pode afirmar é que o tempo corre mais lentamente para o seu irmão A quando medido no seu referencial (de B). Do mesmo modo, o gêmeo A pode afirmar que o tempo corre mais lentamente para o seu irmão B quando medido no seu referencial (de A). A situação dos dois gêmeos é simétrica enquanto cada qual estiver no seu referencial inercial.
Mas existe uma quebra de simetria fundamental no problema: somente o irmão B pode afirmar que esteve todo o tempo em um mesmo referencial inercial, a Terra, enquanto que o irmão A saiu do referencial inercial Terra e foi para um referencial movendo-se a velocidade constante em relação ao primeiro; mais tarde, teve de inverter o sentido do movimento (outra mudança de referencial inercial) e, finalmente, abrandar e regressar ao referencial em que se encontrava à partida (uma terceira mudança de referencial inercial).
Assim, a comparação do correr do tempo pode ser feita no referencial inercial da Terra - que foi onde B sempre esteve e de onde A partiu e chegou - e conclui-se que B é mais velho do que A.
Estas mudanças de referencial inercial implicam uma aceleração, e A, enquanto acelerado, encontra-se num referencial não-inercial.

Dois eventos que são simultâneos em um referencial não são simultâneos em nenhum outro
referencial inercial que esteja em movimento em relação ao primeiro.

Beijos, até a próxima.
 
Li numa reportagem uma vez que a relação "observador-observado" no universo poderia influenciar certos experimentos físicos. Faz sentido, se considerarmos o observador como um ator ligado ao experimento. Quanto maior a ligação com ele, maior a influência.

Um professor na faculdade uma vez precisou construir um veículo de rodas e para isso precisava estabilizar o equipamento. Para obter sucesso foi preciso que as forças que agem sobre cada um dos pontos da estrutura estivessem equilibradas ou o sistema se quebraria em alguma parte. Da mesma forma seria a relação "observador-observado", um equilíbrio de forças, virtuais e reais.
 
Última edição:
o que me lembra os novos paradigmas de uma razão comunicativa. Basicamente a relação entre sujeito e objeto só ocorre a partir de simbologia linguística, referenciais psicológicos e certa fenomenologia... bom, desculpem a salada. O velho conceito kantiano já deu o que tinha de dar.
 
Eu tenho trauma da cadeira de relatividade geral. Foi a única matéria que eu reprovei na faculdade. E reprovação de verdade, fazendo todas as provas, levando tudo a sério, mas não consegui. Fui querer puxar a cadeira cedo demais. Só fui puxar a cadeira de novo 3 períodos mais tarde, e deu pra aproveitar bem mais.
 
Se alguém quiser agora até recito a dedução da euação de Schrödinger para o atómo de hidrôgenio em 3 dimensões, hihihi:

Ontem mesmo antes de tomar o café meio com sono eu deduzi também.

Li numa reportagem uma vez que a relação "observador-observado" no universo poderia influenciar certos experimentos físicos.

Não é que possa influenciar, isso realmente acontece, em maior ou menor grau, para sistemas macroscópicos a influência pode ser desprezada, mas em nível sub-atômico a influência é muito grande, por isso o Princípio da Incerteza.
 
Não é que possa influenciar, isso realmente acontece, em maior ou menor grau, para sistemas macroscópicos a influência pode ser desprezada, mas em nível sub-atômico a influência é muito grande, por isso o Princípio da Incerteza.[/QUOTE]

Ele tem razão, pelo principio da correspondência de Bohr em sistemas macroscópicos a mecânica quântica tendem à mecânica clássica. Mas em sistemas microscópicos a influência de um equipamento macroscópico interfere nos resultados, por isso no experimento de dupla fenda quando descobrimos por qual fenda o eletrón passou não temos mais a probabilidade quântica e sim a clássica.
 

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