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Tendências/Debates: Greve remunerada nas universidades federais

abylos

USS Voyager - NCC-74656 - Classe Intrepid
Usuário Premium
Nada é mais caro nos dias de hoje para todos nós contribuintes do que nossos professores universitários funcionários públicos.

Oficialmente, eles entraram em greve no dia 17 de maio. Desde então, eles recebem integralmente, e sem atraso, seus salários.

Trata-se de algo absurdo: uma greve na qual os grevistas são pagos para não trabalhar. Seria cômico se não fosse trágico.

Trata-se da mais longa e abrangente greve remunerada do mundo. Eles querem mais recursos para as universidades. Obviamente, querem aumento salarial, querem que o governo gaste mais com eles. A reivindicação deles poderia também ser colocada do ponto de vista da receita: eles querem que o governo aumente os impostos.

Aumentar impostos com a finalidade de investir na educação básica, de melhorar o sistema de saúde, de ampliar a abrangência do Bolsa Família para diminuir a desigualdade de renda é muito mais legítimo e defensável do que aumentar impostos e ampliar os gastos com professores universitários que em sua grande maioria concluíram o doutorado, algo que os qualifica para obter recursos para a universidade de fontes que não o governo.

Eles são o elo forte da sociedade porque são as pessoas mais qualificadas do ponto de vista da educação formal. Fizeram graduação, mestrado e doutorado e ainda assim querem mais recursos públicos.
Herman Tacasey/Folhapress

O elevado nível educacional de nossos professores é um ativo que poderia facilmente ser convertido em mais recursos para as universidades. É isso que fazem vários departamentos de engenharia, por exemplo, na Universidade Federal Fluminense e na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Além de não fazerem greves, eles se utilizam de sua elevada qualificação técnica e educacional para fecharem contratos com empresas que financiam pesquisas.

Com esses recursos, eles equipam suas universidades, constroem prédios novos, complementam seus salários --enfim, realizam investimentos importantes em seu próprio trabalho sem onerar ainda mais o contribuinte. Eles cultivam, de fato, a identidade de professores universitários, pesquisadores e cientistas.

Por outro lado, os professores grevistas cultivam a identidade de funcionários públicos. É muito conveniente fazer greve sem nenhum tipo de custo, sem ter o ponto cortado ou sem sofrer ameaça de demissão.

Aliás, nada mais maléfico para o ensino e a pesquisa no Brasil do que professores universitários que são funcionários públicos. Aqueles professores que se consideram mais professores universitários do que funcionários públicos tendem a não entrar em greve. Por outro lado, aqueles que se consideram mais funcionários públicos do que professores, pesquisadores ou cientistas tendem a não titubear quando se trata de entrar em greve.

A greve remunerada caminha para o fracasso, pois provavelmente a presidente Dilma e o ministro Mercadante não irão ceder. Não há novidade nisso. Não se trata da primeira greve remunerada de professores funcionários públicos que fracassará. Infelizmente, não será a última, posto que o governo não decide pelo corte de ponto dos dias não trabalhados.

O fato é que a prioridade do governo é o atendimento das demandas dos pobres que nunca entraram em uma universidade e que, portanto, não fazem ideia do que é um doutorado.

O governo federal não irá ceder para um grupo de privilegiados que, apesar de chorar miséria, pertence à classe A brasileira, compõe o andar de cima de nossa pirâmide social. É preciso direcionar os recursos públicos para quem realmente precisa. Dilma e Mercadante sabem disso.

fonte
~~

Não matem(nem banam, deem fail, etc) o mensageiro /o\

Enfim, eu acho o que esse cara falou ai ridiculo, mas estou curioso pra saber a opinião do pessoal, porque sei que tem um bocado de pessoas aqui que esta fazendo faculdade/pós/mestrado/etc
 
matéria horrível. toda greve "homologada" deve ser remunerada. tá escrito lá no estatuto do trabalho, basta conferir com qualquer sindicalista de esquina.

fora que o cara me falar que se gasta demais com educação no brasil...pelamor :lol:

eu acho sim que passamos um pouco dos limites no aspecto de greve em instituições públicas de ensino, mas também não faz sentido ficar soltando absurdos assim né.
 
:lol: eu comecei a ler quase dando fail para você abylos.

Greve é greve. Direito de todo trabalhador a reinvidicação, e é remunerada. Esse cara falou um tanto de besteira. Se ele, por exemplo, questionasse as reinvidicações, beleza, mas nem isso. Por exemplo, algo que não é citado é que não apenas os professores estão em greve, mas os funcionários também. Onde eu estudo a principal reinvidicação dos funcionários é que eles não concordam com a instalção de um ponto eletrônico que o governo está obrigando. Eu sou contra essa reinvidicação, conheço vários outros servidores públicos que batem ponto, por que nas universidades não?
 
Como eu disse no facebook, acho que precisaria de uns 5 anos de greve pro "prejuizo" dos professores começar a chegar perto do dos parlamentares que em sua maioria nunca fazem nada...

Grato pelo não fail, pearl XD
 
Boa parte das interrupções nos serviços públicos do Brasil ainda ocorrem por razões estruturais/básicas por falta de manutenção, instalações precárias e inadequadas, falta de insumos, etc... Que poderiam comprometer a segurança de quem trabalha e quem usa. Para piorar a situação existe um núcleo ideológico atrasado muito forte na administração das universidades públicas que influencia negativamente a ciência produzida quando isola pesquisadores em prol de favoritismo ao invés do valor de um projeto, ou deixar de cobrar do governo integração com as políticas públicas em troca de cargos.

Para ilustrar isso eu lembro de um caso que ocorreu comigo mês passado. Se voltar um pouco no texto e fizer uma análise do link desse texto ele está incluído nas colunas de opinião do jornal então isso deve ser relevado (a área de opinião é para criar pontos de tensão e gerar debate por meio de texto pessoal). Entretanto a situação é mais difícil em matérias que deveriam ser sem tendência. Por exemplo, outro dia eu passei por isso em uma área de matérias neutras quando postei minha opinião na seção de ciência do site. Eu fiz uns apontes importantes sobre uma matéria de evolução que defendia o material errado usado hoje no país e o jornalista se limitou a ver a questão pelo prisma de luta de classes dizendo que não queria ofender nenhuma classe. (What? E a ciência?) Aí é complicado melhorar a visão das pessoas, eu me senti trollado.
 
Última edição:
Queria saber o que o acefalado que escreveu a matéria acha das férias dos parlamentares no meio do ano. Enquanto o trabalhador comum tira férias uma vez por ano, às vezes nem consegue tirar, a cambada de vagabundo em Brasília tira férias duas vezes por ano.

Se diminuíssem o salário dos inúteis do Planalto o salário dos professores poderia ser melhorado sem problema nenhum.
Dinheiro não falta, o problema é que sem vergonha rouba tudo na boca do cofre.
 

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