Vilya
Pai curuja, marido apaixonado
Estive relendo "O Silmarillion" e mais uma vez me deparei com a seguinte passagem, que trata especificamente da criação dos filhos de Eru, mas que pode se encaixar na forma como deveríamos olhar para a obra. Principalmente para aqueles pontos que naturalmente geram controvérsia e discussão.
"Mas algumas coisas há que eles (Ainur) não conseguem ver, nem sozinhos nem reunidos em conselhos; pois a ninguém a não ser a si mesmo Ilúvatar revelou tudo o que tem guardado; e em cada Era surgem novidades que não haviam sido previstas, pois não derivam do passado.(*)"
Sabemos de antemão que algumas questões que discutimos não terão resposta conclusiva. Coisas que estão na obra mas não derivam do passado, que não poderemos compreender a partir da dedução lógica feita baseada nos fatos pré-existentes conhecidos.
Pense em qualquer pergunta sem reposta que você tenha feito ou tomado conhecimento. Seria o caso de abandonar a discussão pois não se chegará a uma conclusão lógica? Seria o caso de simplesmente tratar essas coisas como aberrações dentro da obra?
Minha opinião é que não. Toda discussão é válida e deixá-las de lado é se afastar do que o próprio Tolkien nos sugere em seguida.
"(...) por neles (nos filhos de Ilúvatar) verem (Ainur) a mente de Ilúvatar refletida mais uma vez e aprenderem um pouco mais de sua sabedoria, a qual, não fosse por eles, teria permanecido oculta até mesmo para os Ainur.(**)"
Guardando as devidas proporções, pensemos comparativamente que, Tolkien está para Eru, assim como nós ao lermos a obra estamos para os Valar ao observarem os filhos de Eru.
(*) e (**) trechos retirados do Ainulindalë.
"Mas algumas coisas há que eles (Ainur) não conseguem ver, nem sozinhos nem reunidos em conselhos; pois a ninguém a não ser a si mesmo Ilúvatar revelou tudo o que tem guardado; e em cada Era surgem novidades que não haviam sido previstas, pois não derivam do passado.(*)"
Sabemos de antemão que algumas questões que discutimos não terão resposta conclusiva. Coisas que estão na obra mas não derivam do passado, que não poderemos compreender a partir da dedução lógica feita baseada nos fatos pré-existentes conhecidos.
Pense em qualquer pergunta sem reposta que você tenha feito ou tomado conhecimento. Seria o caso de abandonar a discussão pois não se chegará a uma conclusão lógica? Seria o caso de simplesmente tratar essas coisas como aberrações dentro da obra?
Minha opinião é que não. Toda discussão é válida e deixá-las de lado é se afastar do que o próprio Tolkien nos sugere em seguida.
"(...) por neles (nos filhos de Ilúvatar) verem (Ainur) a mente de Ilúvatar refletida mais uma vez e aprenderem um pouco mais de sua sabedoria, a qual, não fosse por eles, teria permanecido oculta até mesmo para os Ainur.(**)"
Guardando as devidas proporções, pensemos comparativamente que, Tolkien está para Eru, assim como nós ao lermos a obra estamos para os Valar ao observarem os filhos de Eru.
(*) e (**) trechos retirados do Ainulindalë.
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