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Tem muita gente confundindo estilos Hq com anime u.u"

Verdade, p/ mim desenho japonês, tem q ser japonês!
Pq eh o estilo deles, os americanos q estão inventando isso agora...
Mas se um desenho americano foi feito exatamente igual a um japonês pq ñ seria anime?
Pq ñ classificá-lo assim se eles são idênticos?
Só pq um foi feito nos E.U.A. e outro no Japão?
Sim,é um estilo q foi criado no Japão,mas nenhum outro país poderia usar esse estilo pra fazer animações?
Pq??

Isso não tem sentido.
Animações e HQs tem q serem classificadas quanto ao estilo e não ao local onde foram produzidas.
 
Morgoth disse:
Animações e HQs tem q serem classificadas quanto ao estilo e não ao local onde foram produzidas.

Acho melhor ainda serem classificadas por gêneros.

Sei o que você quis dizer, mas quando o mangá em geral comoeçou a ser identificado pelos olhos grandes, já começou mal, muito mal, porque esse foi o estilo de traço do Tezuka, por mais que esse lance dos olhos seja em parte um fator socio-cultural.

Esse tipo de classificação gerou uma massificação horrenda que deu no que deu hoje em dia, que é a padronização do traço ao ponto dele em si ser classificado, ao invés do tipo de história. :?

Ridículo demais, limitante e babaca. Sanção da padronização em detrimento da arte pessoal não tem justificativa. :stop:
 
Lord Ashram disse:
Tipo... vc se contradisse :roll:
Caiu na mesma confusão que eu citei acima.
Anime nunca vai ser HQ pq são mídias diferentes.
Então mangá é HQ e anime não... anime é desenho animado.

:wall: :doh: E Nào é q eu fiz essa estupidez? Foi a pressa de escrever... :roll:
 
Nossa, esse tópico é legal. :)

Bom, o que eu vou postar aqui não é algo que eu tirei da minha cabeça, são coisas que eu aprendi fazendo cursos, lendo livros e pesquisando. Então se forem contestar algo do que eu disser eu recomendo fazer no mínimo alguma dessas coisas, pois eu vou contestar a maioria das coisas que foram ditas aqui.

Ok, existem basicamente três estilos de HQ:

- o americano

- o japonês

- o europeu


Apesar desses estilos serem definidos pela região onde foram criados (ou popularizados), eles não têm nada a ver com o lugar onde a HQ é produzida.

Eu posso fazer uma HQ no estilo japonês na Etiópia, como o Ash exemplificou, ou posso fazer uma HQ no estilo europeu na Costa Rica, não importa. Estilo não tem a ver com procedência.

O problema é que o estilo japonês é erroneamente chamado de "mangá" pela maioria das pessoas. Isso está errado. "Mangá" é a palavra japonesa para "quadrinhos", não uma designação de estilo. Quando uma pessoa fala "estilo mangá", ela está automaticamente entrando em contradição. Mangá não tem um estilo obrigatório. "Preto & Branco" é mangá (foi produzido no Japão) e foi feito num estilo bastante europeu. Perceberam a complicação?

Um exemplo que já deram aqui, Holy Avenger. Holy Avenger é uma HQ brasileira feita no estilo japonês. Pela definição correta de "mangá", Holy Avenger não é mangá. Mas pela definição que vocês estão dando, sim, é mangá. Mas torno a frisar que não é a definição correta, mind you. O certo seria chamar de mangá só o que é feito no Japão, mesmo se não for algo feito no estilo japonês. Mas isso é impraticável, muitos fãs de "mangá" consideram "mangá" todas as HQs feitas no "estilo japonês", e não consideram como "mangá" qualquer coisa que não for feita no estilo japonês, mesmo que tenha sido produzida no Japão.

Aí a coisa complica de vez. Tipo, pra falar de Holy Avenger é em que fórum? Aqui, certo? Mas e pra falar de Deadpool? No Quadrinhos? Mas é feito em estilo japonês! Ah, mas se fala no Quadrinhos porque é da Marvel. Ok, e o Marvel Mangaverso? Perceberam? Até as editoras usam as designações erroneamente, sabendo exatamente o que estão fazendo. Por que? Porque estilo japonês tá na moda. E os fãs, como eu já disse, costumam chamar qualquer HQ feita no estilo japonês de "mangá". Aí a Marvel resolveu fazer versões de seus personagens mais famosos no estilo japonês, e colocou "mangá" no título pra chamar mais atenção.

Mas está errado, não é mangá.

Porém, não tem como mudar a cabeça do público, então fica essa linha tênue e irregular pra definir o que é ou não mangá, o que torna essa discussão totalmente inútil. O problema é que é muito mais fácil dizer "mangá" do que "estilo japonês".

Não tem como querer que todo mundo aceite o que eu estou falando assim de uma hora pra outra, eu sei, mas é a verdade. Sinto muito.

A questão é que houve um tempo em que havia realmente uma segregação de estilo a partir da região, mas hoje em dia tudo está muito misturado. Usa-se os estilos pra ajudar a definir o trabalho dos artistas, não importa de onde eles venham ou o que eles façam. Mas houve uma época onde ninguém fazia HQs no estilo Japonês fora do Japão, e foi a partir daí que surgiu a idéia infeliz de usar o termo "mangá" pra definir estilo.

Bom, eu disse isso tudo pra quê? O lance é o seguinte: separar por estilos está se tornando algo cada vez mais complicado. Seria muito mais fácil separar por gêneros, como o Fox disse, mas isso não vai acontecer.

Sabem por que?

Única e exclusivamente por causa dos fãs de "mangá". A maioria dos fãs de "mangá" gosta de "mangá", e vai continuar chamando de "mangá" tudo feito no estilo japonês, mesmo que não seja tecnicamente mangá. Isso é conseqüência da praga da falta de diversificação do mangá que a gente tava discutindo no tópico da Primula.

Não é questão de falta de criatividade, é questão de apostar na fórmula que já funciona, e que tem aquele público fiel que já teve o cérebro lavado e não quer nada diferente. O problema são os leitores.

A única solução pra quem não faz concessões é aceitar essa designação errada e considerar "mangá" tudo que é feito no estilo japonês. Eu não gosto disso, então eu falo "mangá" quando é algo feito no japão e "estilo mangá" quando é algo feito fora do japão mas no estilo japonês.

Então, na minha definição (errada, mas mais certa que a da maioria), Holy Avenger é uma HQ "estilo mangá", mas que não é mangá per se.

O certo mesmo seria o público parar de procurar sempre a mesma coisa e abrir a mente pra estilos diferentes. Aí quem sabe os japoneses não resolviam fazer algo que preste, pra variar? :pray:

Tipo, pra mim os quadrinhos ocidentais estão passando por uma fase ótima. Os artistas estão variando bastante os estilos, ao ponto de alguns títulos utilizarem algo como uma mescla dos estilos americano e europeu. Se os japoneses fazem isso, eu não vejo. A única HQ japonesa que eu vi que realmente fugiu da fórmula nos últimos anos foi Preto & Branco, mesmo.

Vejam bem, influências são positivas, mas cópia é algo extremamente prejudicial para o amadurecimento da arte. O Mundo mudou. A tendência hoje seria utilizar influências diversas pra produzir algo com um estilo único, algo autoral. Algo que você não chega, bate o olho e diz "Ah, isso aqui é parecido com..."

Saca?
 
Tipo, V, eu concordo com o quue vc postou e obrigado por me esclarecer sobre a origem do termo "mangá"
 
Heruost disse:
Tipo, V, eu concordo com o quue vc postou e obrigado por me esclarecer sobre a origem do termo "mangá"

Isso foi sério ou irônico? :eh:

Tipo, se pareceu que eu tava falando diretamente com alguém foi impressão, ok?

Eu na verdade tava falando mais do povo em geral do que do povo do fórum.

Não insinuei que ninguém aqui precisa aprender nada.
 
:lol: Cara, foi sério.... E, tipo, eu sofria dessa contradição.. Pois sempre chamei quadrinho japones (não importa de q estilo) de mangá e o estilo japobnes de estilo mangá tb... Alias, para vc, qual é o estilo do Kya Assamya em X-Men?
 
Heruost disse:
:lol: Cara, foi sério.... E, tipo, eu sofria dessa contradição.. Pois sempre chamei quadrinho japones (não importa de q estilo) de mangá e o estilo japobnes de estilo mangá tb... Alias, para vc, qual é o estilo do Kya Assamya em X-Men?

É japonês, mas um tanto quanto ocidentalizado. Mistura uma estilização "mangá" com uma narrativa "comics", sei lá, é um estilo que particularmente não me agrada.
 
V disse:
Vejam bem, influências são positivas, mas cópia é algo extremamente prejudicial para o amadurecimento da arte. O Mundo mudou. A tendência hoje seria utilizar influências diversas pra produzir algo com um estilo único, algo autoral. Algo que você não chega, bate o olho e diz "Ah, isso aqui é parecido com..."

Saca?

Saco! ^_^
Eu tava falando sobre isso esses dias...comentando que essa mistura e essa confusão têm um lado bom, principalmente para um país sem esse estilo autoral, vc não ouve falar em estilo brasileiro de hq.É uma grande oportunidade para os desenhistas se influenciarem de várias formas e chegarem a um traço próprio.E isso só se faz conhecendo muita coisa ( até parece que os grandes mangakás só leem mangá...u.u)
A busca pelo traço próprio é muito importante.
Mas é difícil vc não associar um traço com nada do que tenha visto antes...Se bem que se a história compensa, o importante é que o traço esteja em harmonia com ela.
Acho que é por isso que eu não gosto de Mangaverso_O traço não encaixa..( no minimo, pq tem coisa que é feia mesmo XD) Já em Deadpool, combinou direitinho ^^
 
As próprias influências na cristalização do mangá/anime são tanto orientais quanto ocidentais.

Ditto. Até Walt Disney foi considerado por Osamu Tesuka como referência nos estudos dos personagens que criou. Astroboy é assumidamente e descaradamente inspirado em Pinoquio, e por aí vai. Há muitos casos de desenhistas de mangá com forte influência ocidental, como Katsuhiro Otomo que mesmo tendo um traço bem "oriental" é visivelmente inspirado no francês Moebius, ou Tayuo Matsumoto, que estudou belas artes na Europa e criou algo novo através da mistura das duas escolas.


Báaicamente, é isso mesmo. Uma quadrinho onde a única regra real é ser mais cinematográfico. É o máximo de divisão que tolero, porque todo resto é uma palhaçada só. Claro que mesmo essa divisão é uma babaquice pra mim.

Se bem que mesmo esse tipo de divisão se esvai um pouco. Há quadrinhos ocidentais que, acho eu, tem um que forte de cinematográfico, vide algumas tiras do Will Eisner e o próprio Cavaleiro das Trevas.

Mas se quisermos fazer algumas distinções no campo prático da narrativa, podemos apontar, por exemplo, o sentido invertido de leitura do mangá se comparado ao comic, por questões até culturais. O uso mais explícito de ideogramas enquanto componentes integrados de uma ilustração (coisas como um carinha dando um chute e no fundo da imagem aparecer um kanji enorme de "fúria"); algumas sutilezas na forma de contar a história que meio que se diluiram pela influência mútua que comics tiveram sobre mangás e vice-versa em tempos de globalização; e por aí vai...
 

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