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TÉCNICAS DE ESCRITA

Sim, eu podia faze-lo. Mas o interessante seria responder à perguntas. Regras são muito maçantes. Ma`s, com já disse, estou à disposição. ;)
 
Deixo o link pra uma entrevista com o Alan Moore sobre técnicas de escrita, que é o que eu uso como texto sagrado. Ele fala de tudo, desde o mais "baixo nível", que seriam as palavras, até o "alto nível", como por exemplo, enredo, personagens. É uma entrevista bem extensa, mas muito boa mesmo. Por ser o Alan Moore, ele viaja bastante em algumas partes, falando de sinestesia, das origens da escrita na bruxaria, comparando consciência e linguagem.

Aqui o link (em inglês).

Um páragrafo que acho bem interessante (traduzido por mim):

O que uma história deve ter? Deve ter uma trama, mas isso não tem que ser a coisa mais importante. A trama é o esqueleto. Às vezes uma trama bonita e elegante é todo o propósito da história, e isso é excelente, mas às vezes a trama só precisa ser uma sequencia de eventos que te leve do ponto A ao ponto B ou D ou o que seja.

Agora, você deve saber também sobre o que a história é, que não é o mesmo que a trama. A história é sobre o que? O que você está tentando dizer? Que tipo de impressão você espera deixar sobre o leitor? De certa maneira, a história, ou poema ou verso ou o que for que você estiver escrevendo, você pode pensar nela como um tipo de projétil. Imagine como se fosse um projétil especialmente desenhado para ser aerodinâmico, e que seu alvo é a massa cinzenta e macia do cérebro do leitor. Que tipo de marca, que tipo de identação, que tipo de cicatriz permanente você quer deixar em seu leitor? Você projeta seu míssil de acordo. O que você quer passar para ele? Será algum tipo de informação. Pode ser informação fatual, informação emocional, informação psicológica... será algum tipo de informação... pode ser não-linear, pode ser mais parecido com ruído que informação.
 
Achei isso ótimo, Lelo. É muito bom poder trocar experiências e discutir essas coisas, mas eu tenho um problemão: eu não consigo me prender às regras. Se eu fizer isso sai tudo uma porcaria. Eu deleto e escrevo tudo de novo. Às vezes eu acho que é exatamente por isso que eu não gosto das coisas que eu escrevo, elas fogem às regras, mas não consigo fazer de outro jeito, tudo o que eu escrevo sai de mim de maneira tão espontânea que eu nem sei como e quando eu vou ter inspiração, raramente me inspiro em alguma coisa concreta, muitos textos que eu escrevo aparecem nos meus sonhos e no outro dia de manhã uma voz sussura no meu ouvido: escreve isso... A voz dita, eu vejo as imagens na minha cabeça e a história sai.

Não, povo, não são vozes do além!

Acho que preciso de ajuda. :susto:
 
ariane, concordo q as técnicas ñ devem mandar no texto, mas podem ser mto úteis para lapidá-lo, ñ?

eu, como escritor, penso q a falta de técnica pode revelar os meus defeitos de escrita e desviar a atenção dos leitores inteligentes (a gente sempre procura por estes unicórnios) da história para o método ou autor, no mau sentido. falo do mau sentido pq qdo vc dá um break na história pq o escritor escreveu aquela frase, sentença ou parágrafo mto bem, isso é bom. por isso sempre procuro ler&ler para melhorar os meus textos, nem q seja de uma maneira inconsciente.
 
Nao sigo nenhuma regra de escrita em si, acho que nao acredito muito nelas, so como uma guia geral, talvez. E acredito que o apuro formal so e valido na medida em que voce nao desrespeite (muito) as regras de gramatica e nem saia por ai escrevendo nada errado.

Como um amador ainda, prossigo da seguinte maneira: comeco com uma ideia vaga do que quero escrever, o que pode ser uma ideia pra uma historia, ou so pra uma cena, ou uma sensacao, uma visao, uma musica, uma frase, seja o que for... dai comeco a escrever e deixo o texto seguir um fluxo natural a medida em que eu for escrevendo. Depois de escrito volto e vou retocando, tirando os excessos, adicionando alguma coisa, apagando e reescrevendo o que for necessario. Meu objetivo final e so deixar que o texto tenha uma leitura fluida para o leitor, sem momentos "truncados", e que eu passe todas as informacoes que achar necessario, da maneira que eu imaginei. Dai entao paro pra pensar na tecnica ou no estilo do texto e concluo que varia muito dependendo do que vc tiver escrevendo. Ou seja, concluo que nada sei e vou aprendendo a medida que escrevo.

(estou num teclado sem acentos)
 
JLM disse:
ariane, concordo q as técnicas ñ devem mandar no texto, mas podem ser mto úteis para lapidá-lo, ñ?

eu, como escritor, penso q a falta de técnica pode revelar os meus defeitos de escrita e desviar a atenção dos leitores inteligentes (a gente sempre procura por estes unicórnios) da história para o método ou autor, no mau sentido. falo do mau sentido pq qdo vc dá um break na história pq o escritor escreveu aquela frase, sentença ou parágrafo mto bem, isso é bom. por isso sempre procuro ler&ler para melhorar os meus textos, nem q seja de uma maneira inconsciente.

Sim, sim, eu concordo. Mas comigo só funciona se for assim mesmo. Eu tenho que me preocupar com a técnica quando a coisa toda já está pronta. Porque, se no momento da minha inspiração eu me preocupar com a forma de escrever, não vai sair nada.
 
Acho que o tópico não tá falando de regras fixas e obrigatórias... Tá falando de ter o estilo próprio e tals, e isso é obrigatório. ou não?
 
Concordo com a Ariane. A correção textual deve ser feita após o término. Lembrar-se dela durante o momento da inspiração acaba sendo frustrante. Geralmente eu faço exatamente isso.
 
LucasCF disse:
Acho que o tópico não tá falando de regras fixas e obrigatórias... Tá falando de ter o estilo próprio e tals, e isso é obrigatório. ou não?

Nao é uma questao de ser obrigatório ter um estilo próprio... aliás, isso seria bem estranho :susto: Mas acho que naturalmente, a medida que a pessoa vai escrevendo mais ela vai adquirindo um estilo natural dela, ou talvez eliminando o que nao funciona.

Acho que foi o Neil Gaiman que falou uma vez (lembro de ter lido algo parecido no blog dele), que o estilo do autor é marcado nao pelo que ele deixa no texto, mas pelo que ele joga fora.
 
o livro oficina de escritores, de stephen koch, diz q há 2 tipos de escritores: os q vão escrevendo parágrafo por parágrafo, retocando-os infinitamente antes de passar para o próximo e os que escrevem tudo de uma só vez e depois vão revisando. eqto os gênios estão no primeiro grupo, nós, os 99,9% restantes, estamos no segundo.

por isso, qdo eu falo q uso&aprecio a técnica, é pq faço exatamente igual a todos v6. e ñ digo q a inspiração é melhor q ela ou vice-versa. ambas são essenciais.
 
a inspiracao serve só mesmo pra comecar o texto. nao creio que escritores profissionais, que precisam terminar livros pra encher a barriga, esperem por momentos de inspiracao para continuar suas historias. a tecnica seria o que vc faz para transformar aquele monte de sinapses dentro de seu cerebro em uma sequencia de palavras que se aproxime do que voce imaginou. creio que uma coisa completa a outra.
 
Na introducao de "Deus, um delírio", de Richard Dawkins (nada a ver com escrita, mas com Deus e religiao), ele dá uma boa dica para quem escreve, que é pedir que outra pessoa leia em voz alta para voce o que voce escreveu. No caso, ele fazia isso com a mulher dele. Nunca tentei isso...
 
Eu não consigo ler meus textos em voz alta...

Para mim depende. Poesia sai num jorro, mas normalmente eu penso num tema antes ( fiz duas séries de 50 poemas temáticos)

Prosa é diferente. Normalmente sonho com minhas protagonistas (Ariane, se você precisa de ajuda, eu também...), estudo a época em que elas vivem e procuro ver o mundo pelos olhos dela. Pelo menos é o que estou fazendo para escrever a Victoria (no blog). Estou lendo livros da época, fazendo pesquisas na internet sobre o que ela conhece ou não, expressões, maneira de vestir, etc., para depois escrever.

Possuo também alguns contos pitorescos (baseados nas sensações causadas por uma imagem) de uma página, com personagens sem nome, que simplesmente aparecem e já me fizeram parar no meio da rua para escrever

E quanto às resenhas... Aí eu engatinho... muuuuito a aprender.

Estou longe de ser profissional...
 
Eu vou relendo tudo mais ou menos a cada dois parágrafos, revisando, pensando. E acabo demorando horas e as vezes só no outro dia faço mais um ou dois. haha.

Ao menos no conto que estou escrevendo no momento, isso tá acontecendo... (já que escrevi muito pouco)
 
Lelolelélêlegal disse:
LucasCF disse:
Eu vou relendo tudo mais ou menos a cada dois parágrafos, revisando, pensando. E acabo demorando horas e as vezes só no outro dia faço mais um ou dois. haha.

Ao menos no conto que estou escrevendo no momento, isso tá acontecendo... (já que escrevi muito pouco)

Ué, mas você está certo em fazer assim Lucas. O trabalho de escritor é bem mais de revisão que de criação (pelo menos isso é o que todos escritores que conheço dizem) :)

Agora que percebi. Estou na categoria dos gênios que o JLM falou. hahaha
 

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