Dando uma revivida no tópico, consegui três resultados em minhas pesquisas:
1) o tanka parece ser, ao menos pela tradição, disposto de forma monostrófica, com um avanço de parágrafo entre a chamada "estrofe de cima" e a "estrofe de baixo" (as explicações são bem literais). Mais ou menos como os sonetos italianos de antigamente, onde ele era todo monostróficos e os tercetos tinham esse avanço (ou como o soneto inglês ainda hoje).
2) os tanka primordiais eram poemas com o esquema métrico 5-7-5-7-7, visto que a tradição poética japonesa praticamente desconhecia outros metros. No entanto, a disposição estrófica poderia ser tanto 5-7/5-7-7 como, o que mais se consagrou, 5-7-5/7-7, visto que, desta última, nasceu o haikai.
3) ao que me consta, meus tankas são o que se pode chamar, ao menos tradicionalmente, de tankas de segunda ordem, pois eles não apresentam uma justaposição, uma comparação brusca entre duas imagens, de modo a que a ordem lógica entre a estrofe de cima e a estrofe de baixo seja rompida (e isso é fundamental na tradição japonesa, pois é o que possibilitou posteriormente o renga).