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Sumô Lego: como torneio ajuda a avançarmos na medicina e automação

Fúria da cidade

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Esporte milenar, o sumô (com luta entre pequenos robôs) serve de inspiração para avanços tecnológicos Imagem: Daniel Leite/UOL

Resumo da notícia
  • Luta de sumô entre robôs desperta a curiosidade de estudantes brasileiros
  • UOL Tecnologia conversou com membros de equipe campeã nacional do Sumô Lego
  • Atividade serve para "testar" as máquinas e desenvolver avanços na saúde e automação
Uma simples luta de sumô envolvendo robôs não é apenas hobby, mas sim uma atividade que pode servir como pontapé inicial para avanços tecnológicos em campos importantes da sociedade, como o da medicina e o de carros autônomos, por exemplo. A Sumô Lego, modalidade que coloca os protótipos para "lutarem" entre si, existe por uma boa causa.

Pequenos e alvo de inspiração para estudantes, estes dispositivos, feitos com centenas de peças de Lego, participam de competições criadas exclusivamente para "testar" as ações das máquinas e progredir no campo tecnológico. Um destes campeonatos é o Torneio Smile.

A reportagem do UOL Tecnologia foi até a UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), em Minas Gerais, para conversar com a Rinobot Team, equipe formada por 13 estudantes que venceu o torneio na categoria 1 kg. Apesar da vitória, o importante para os integrantes da equipe é o que ela pode trazer na prática.

Os robôs e o futuro

O trabalho tem uma única finalidade: utilizar os robôs para melhorar a vida das pessoas. E é justamente a experiência nos laboratórios - ou no dohyö, como são conhecidos os ringues do Sumô Lego - que mexe com o futuro destes estudantes, que pretendem tirar as máquinas do sumô e mudá-las de lugar. "Já tem projeto que a gente começou a fazer, por exemplo, de braços robóticos usando só peças da Lego", explicou o estudante de engenharia de telecomunicações Gabriel Damasceno.



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Equipe da Rinobot, vencedora de torneio nacional de Sumô Lego Imagem: Daniel Leite/UOL

"O nosso objetivo é pesquisar e utilizar a teoria para tentar tirar o máximo possível do que a gente tem, que é o Lego. Essa competição reflete muito o quanto você trabalha porque todos têm o mesmo equipamento, então ganha quem souber utilizá-lo da melhor forma possível", falou João Gabriel, de 21 anos.

Ao aprender sobre como essas máquinas "lutam", Bruno Nasser, de 22 anos, decidiu que vai trabalhar com engenharia assistiva, possivelmente na área da saúde. "O robô tem que aprender a mexer o braço e a perna. Do mesmo jeito que a gente consegue fazer isso no sumô, a gente teoricamente é capaz de criar um braço robótico que alguém possa vestir". Ele citou também testes que estão sendo feitos para robôs procurarem tumores em chapas de exame de mama. "Isso aumenta a chance de identificar e tratar".

Na conclusão do curso de graduação, o estudante João Vítor pesquisou sobre o controle compartilhado de cadeiras de rodas usando inteligência artificial. Para ajudar na segurança da pessoa com deficiência, sensores sonares ou a laser identificam o ambiente e os obstáculos. Assim, evitam, por exemplo, tombos e batidas. "Ela fica em um meio-termo entre o manual, da decisão do cadeirante, e o comando automático", disse.

Hoje, João Vítor, que é engenheiro, faz parte de um grupo de pesquisas da Unicamp que desenvolve cadeira de rodas para pessoas com deficiência. De baixo custo, o item deverá acoplar módulos de acordo com as dificuldades de cada um. Com esse recurso, o modelo poderá "aprender" os movimentos do usuário e saberá como fazer determinado trajeto.

Mas não é só na saúde que estes robôs podem ajudar: a indústria automobilística pode ser beneficiada. Alexander Barbosa, que passou pela equipe de robôs da UFJF e hoje faz mestrado na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), estuda há anos a tomada de decisão de um robô. O objetivo é aperfeiçoar o modo com que eles tenham autonomia para executar uma tarefa sem que os humanos tenham que dizer os passos que precisam dar. "Isso que a gente faz de trabalhar com tomada de decisão robótica é diretamente ligado aos carros autônomos, que estão em alta", afirmou.

O Sumô Lego

A modalidade é disputada em uma pequena arena de 77 cm de diâmetro. A Lego já possui o kit de robótica próprio para os robôs - o da Rinobot, por exemplo, tem cerca de 400 componentes -, mas é permitido aos competidores a utilização de qualquer peça da marca, respeitando, porém, o peso e as dimensões de 15,2 x 15,2 cm.

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Troféu é exibido ao lado do robô da Rinobot Imagem: Daniel Leite/UOL

A Rinobot começou a trabalhar em setembro no protótipo. O desenvolvimento custou, no total, cerca de R$ 5 mil em componentes, pagos com verba pública de pesquisa. Já o prêmio do Torneio Smile foi apenas o troféu, sem dinheiro envolvido.

O duelo em si é formado por rounds, cada um com um minuto cada (podendo chegar a um minuto e meio se a arbitragem decidir). As máquinas são programadas para identificar e interpretar a movimentação do adversário pelos sensores e, assim, reagir até jogar o oponente fora do tablado - isso acontece quando qualquer parte do dispositivo fica fora das dimensões estabelecidas.

Ganha o que vencer mais rounds, que podem chegar a cinco. Há ainda a possibilidade de a disputa ser definida por critério de desempate, como, por exemplo, pelo menor tempo de vitória em um dos rounds. Veja um exemplo de luta.

https://noticias.uol.com.br/tecnolo...juda-a-avancarmos-na-medicina-e-automacao.htm
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Pra quem ainda acha que Lego é apenas um simples bloquinho de encaixe, existem peças com interface para eletrônica, informática, automação e robótica que são excelentes. Há muito tempo Lego deixou de ser apenas uma brincadeira de criança.
 

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