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Sugestão Do Dia - LP's, CD's e Afins.

Gandalf disse:
Não foi você quem fez um top5 sobre coisas (péssimas diga-se de passagem) melhores que Radiohead?

Que grande conhecimento você tinha/tem sobre a banda para tal coisa ahn? :clap:

É, descer a lenha em uma banda conhecendo apenas duas músicas dela é realmente inaceitável. :nope:
 
Imagino a qualidade dos criticos da revista. :gira:

Esses rankings de revistas costumam ser idiotas.
Sim, porque não tem essa de melhor disco da história. Ninguém ouviu todos os discos do mundo, então afirmar tal coisa é se proclamar retardado.
 
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Aí, pessoal, minha sugestão de hoje:

THE GATHERING – How to Measure a Planet?

Ano de lançamento: 1998
País: Holanda
Gênero: Trip-Rock / Progressivo


O grupo holandês The Gathering surgiu em 1989, originalmente como uma banda de doom metal pesado, conforme se constata em seus dois primeiros discos – Always, de 1992, e Almost a Dance, de 1993 –, mas diante da crescente insatisfação do líder e guitarrista René Rutten com a proposta musical adotada, foi pouco a pouco mudando sua sonoridade para algo cada vez mais viajante, atmosférico, emocional por assim dizer, de forma que hoje a própria banda se autodefine como Trip-Rock.

Tal mudança foi sendo especialmente percebida após a entrada da vocalista Anneke Van Giersbergen, ao longo de discos como Mandylion, de 1995, e Nighttime Birds, de 1997, consolidando-se definitivamente com o magnífico álbum duplo How to Measure a Planet?, de 1998, ora comentado.

O disco mescla, de forma magistral, momentos um pouco mais pesados com passagens bem viajantes realmente, um pouco na linha Trip-Hop. A título de comparação, uma interessante mistura de prog metal com Massive Attack e Dead Can Dance. Minhas faixas prediletas são The Big Sleep, Frail, Great Ocean Road e Liberty Bell, mas o disco todo é excelente. :clap:

http://images.amazon.com/images/P/B00000GWYQ.01._SCLZZZZZZZ_.jpg

Demétrio.
 
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Magma - Mekanïk Destruktïw Kommandöh (1973)
Estilo: Zheul
Total de faixas:

1. Hortz Fur Dehn Stekehn West (9:34)
2. Ima suri Dondai (4:28)
3. Kobaia is de Hundin (3:35)
4. Da Zeuhl wortz Mekanik (7:48)
5. Nebehr Gudahtt (6:00)
6. Mekanik Kommandoh (4:08)
7. Kreuhn Kohrmahn Iss de Hundin (3:14)
Bonus Track on Seventh Rex CD
8. M.D.K. - Alt. Version (*) C. Vander (34:35)

Deus no céu, Magma na terra.

É de se imaginar que pouquissimas pessoas conheçam tal banda, pois bem como já descrevi em outro tópico, o Magma é uma banda super peculiar, porque peculiar, podem perguntar? Porque esta banda criou não só um mundo como também uma lingua, a qual é cantada neste maravilhoso cd, a lingua é o Kobaia, e se assemelha um pouco com o alemão, é bem diferente mesmo.
O líder da banda, o baterista( Cristian Vander) foi tido e ainda é como psicopata, em algumas turnês desse cd pode-se notar de longe suas atitudes pouco "normais": puxar um prato da bateria e dançar com ele, dançar uma dança muito louca e "baixar o santo" e beijar o emblema do Magma por mais de 40 vezes em um mesmo minuto.
Neste cd, abreviado de MDK, pode-se de longe perceber o auge da carreira da banda, é uma pena ver que eles não creditaram a obra de Car Orff, Carmina Burana a qual se mostra presente no cd.

O cd fala de uma história de um homem estranho que veio para terra com a missão de salvar a humanidade dos males, e para isso todos necessitariam se matar, para que encontrassem a paz, é possivel notar que na faixa 4 é ouvido muitos gritos, o que enfatiza a teoria de que tal ser obrigou então os seres humanos a morrer...mas é uma teoria....

Vale a pena ouvir este cd, que é também uma mistura de rock progressivo com ópera, o que dá Zheul( palavra em Kobaian, lingua formada pelo Magma), os toques os instrumentos, os gritos são muito fortes e causam um terror interno perigoso, é uma obra muito complexa, muito mesmo, mas de tal encanto...que me fez ouvi-la 15 vezes em um dia só.....

Confesso que a primeira vez que ouvi o Mekanik, não consegui dormir direito, minha mão tremeu durante dois dias... é um impacto que só ouvindo pra ver....esperem algo forte, mas irão se iludir, é mais que forte....é simplesmente Magma.
 
Banda: Lynyrd Skynyrd
Título: pronounced leh-nerd skin-nerd

Faixas:

I Ain't the One
Tuesday's Gone
Gimme Three Steps
Simple Man
Things Goin' On
Mississippi Kid
Poison Whiskey
Freebird

Primeiro album dessa grande (e pouco conhecida, pelo menos aqui) banda de Southern Rock (provavelmente a maior de todas do gênero), as músicas variam desde rocks básicos como I Ain't the One e outras puxando mais pro Country (e que eu sinceramente, aprecio menos) como Mississipi Kid...

Destaque pra linda Free Bird, uma das músicas mais bonitas da história e que tem um solo antológico e pra Simple Man...
 
NICK CAVE - Murder Ballads (1995)

1. Song of Joy
2. Stagger Lee
3. Henry Lee
4. Lovely Creature
5. Where The Wild Roses Grow
6. The Curse of Millhaven
7. The Kindness of Strangers
8. Crow Jane
9. O'Malley's Bar
10. Death Is Not The End

Só mesmo Nick Cave em toda a sua esquisitice pra lançar um disco só com músicas sobre assassinato. O resultado é o excelente 'Murder Ballads', que mescla influências de rock, folk, blues e outros gêneros variados. Apesar do conceito do álbum, as músicas tratam do tema de modos diferentes, desde a assustadora 'Song of Joy' até a vibrante 'The Curse of Millhaven'. Destaque para os dois duetos, com PJ Harvey (na mórbida 'Henry Lee') e Kylie Minogue (na belíssima 'Where The Wild Roses Grow'). O grande final reúne os convidados do álbum para um cover de Bob Dylan, "Death Is Not The End" (irônico?).
 
PORCUPINE TREE – In Absentia

Origem: Inglaterrra
Ano: 2002
Gênero: Progressivo

Uma das melhores bandas da atualidade, o Porcupine Tree já está na estrada deste 1992, tendo em sua prolífica carreira onze álbuns de estúdio já gravados até o presente momento, além de alguns discos ao vivo e pelo menos duas excelentes coletâneas também.

Em seus primeiros discos (pelo menos até o magnífico The Sky Moves Sideways), o som do Porcupine Tree era um prog/space rock meio viajante com algumas reminiscências de Pink Floyd e Hawkwind, em seguida partiram para uma sonoridade um pouco mais pesada (isso a partir do excelente Signify) e até com reminiscências de indie rock à la Radiohead (notadamente em Stupid Dream e de certa maneira em Lightbulb Sun também), para finalmente assumirem uma pegada meio prog metal nos dois últimos trabalhos, que são justamente este In Absentia e o último, Deadwing (talvez até influenciada pelo fato do líder e guitarrista da banda, Steven Wilson, haver se envolvido na produção de alguns discos recentes da banda Opeth, em especial o Blackwater Park e o Damnation).

Eu particularmente considero este In Absentia um dos melhores discos do Porcupine Tree (juntamente com outras pérolas como The Sky Moves Sideways, Signify, Stupid Dream, Lightbulb Sun e o mais recente, Deadwing) e por ser um dos mais recentes e também um dos mais consistentes trabalhos do grupo, decidi que precisava fazer uma pequena resenha dele como forma de recomendá-lo àqueles que porventura ainda não conheçam esta verdadeira pérola. O disco tende, como já salientei, para uma linha meio prog metal, bastante parecido com o Damnation do Opeth (disco este que foi produzido, como já salientei acima, pelo líder e guitarrista do Porcupine Tree, o Steven Wilson). O disco é impecável, magnífico da primeira à última faixa. :clap: :clap: :clap: :clap: :clap:

http://www.progreviews.com/reviews/images/PT-IA.jpg

Demétrio.
 
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saindo do meu lado Indie (o metaleiro tá morrendo :( )

Wir Sind Helden - Die Reklamation (2003)
- Von Hier An Blind (2005)

Banda de indie/pop alemâo, fantásticos, inovadores... escutem, vale a pena
 
FRANK ZAPPA – One Size Fits All

Origem: USA
Ano: 1975
Gênero: Rock Experimental

Um satirizador e anarquista por excelência, Frank Zappa foi um verdadeiro gênio da vanguarda do rock. Revolucionou definitivamente a maneira de fazer música moderna, não se sujeitando em nenhum momento aos ditames do mercado fonográfico e levando o experimentalismo a limites inéditos, tendo composto, ao longo de sua prolífica carreira, obras fundamentadas em praticamente tudo que se fez na história da música até hoje: jazz, ópera, música clássica, eletrônica, minimalismo, etc, tudo isso mesclado com um rock visceral e uma dose maciça de muito bom humor e irreverência. Seu primeiro disco – Feak Out, de 1966 – é considerado o primeiro álbum conceitual da história do rock e reconhecidamente uma das maiores influências presentes no disco Sgt. Peppers, dos Beatles (lançado no ano seguinte). Grandes feras da música trabalharam com ele ao longo de sua extensa discografia, incluindo Jean Luc-Ponty, Steve Vai, Mike Keneally, Terry Bozzio e Bob Martin. Foi também um virtuose na guitarra e um inovador na busca de novas possibilidades no uso desse instrumento, sendo efetivamente considerado um dos melhores guitarristas da história. Faleceu em 1993 (após uma luta de vários anos contra um câncer de próstata), deixando um legado extraordinário de mais de 50 discos gravados.

Difícil dizer quais discos do Zappa são os melhores, já que todos são dignos de audição. Mas como este One Size Fits All, de 1975, é um dos quais eu particularmente gosto mais, resolvi colocá-lo hoje na minha sugestão do dia, com a ressalva, repito, de que há muitos outros discos igualmente magníficos na extensa discografia desse verdadeiro gênio da música moderna. :clap: :joinha:

http://images.amazon.com/images/P/B0000009SM.01._SCLZZZZZZZ_.jpg

Demétrio.
 
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Uma pena que a turma parece não ter gostado muito da idéia... :tsc:

Na falta de contribuições, aqui vai mais uma:

ANATHEMA – A Fine Day to Exit

País: Inglaterra
Ano: 2001
Gênero: Trip Rock, Progressivo

Depois de enveredar pelo doom / death metal nos discos iniciais da sua carreira (1992 a 1996), a banda inglesa Anathema mergulhou fundo no progressivo a partir de seu disco Alternative 4, de 1998, consolidando definitivamente essa nova tendência no disco seguinte, Judgement (1999), e nos seus dois últimos trabalhos de estúdio, A Fine Day to Exit (2001) e A Natural Disaster (2003).

Bastante introspectivo e macambúzio, A Fine Day to Exit constitui-se num dos melhores discos do Anathema (juntamente com Judgement e A Natural Disaster, também excelentes). A produção de Nick Griffiths (que trabalhou com o Pink Floyd em The Wall) é a maior prova do mergulho definitivo da banda nas melodias intrincadas do progressivo. O disco é uma viagem, emotivo, climático, soturno, melancólico, um disco que consegue realmente nos transportar a atmosferas viajantes e belas.

Um verdadeiro must para fãs de bandas como Porcupine Tree, Opeth (Damnation), Radiohead e Pink Floyd. Indicado especialmente para aqueles que também apreciam essa deliciosa fusão de peso e agressividade com melodias e atmosferas altamente sensíveis, que nos tocam fundo n'alma. :clap: :clap: :clap:

http://ec1.images-amazon.com/images/P/B00005Q47V.01._SCLZZZZZZZ_.jpg

Demétrio.
 
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Grupo ou artista: Fuzagi
Título: The Argument
Ano: 2001
Gênero: post hardcore
Breve avaliação: Fugazi é conhecido por muitos como a maior banda underground de todas. Esse é o último disco deles até então, e na minha opinião o melhor, ele traz um toque experimental como já é conhecido da banda (dos discos Red Medicine, In on the Kill Taker) unido a um clima sombrio, além dos riffs fantásticos do guitarrista Guy Picciotto. O disco ainda conta com uma puta produção, notável claramente em músicas como Nightshop.
Não é um disco tão fácil, mas diante de todos os trabalhos mais experimentais da banda é o mais indicado. Caso você queira algo mais punk e cru, comece pelo primeiro: Repeater.

Highlight: Cashout, Epic Problems, Life and Limb, The Kill, Ex-Speactor, Nightshop.

Nota: 83
 

Anexos

  • Fugazi-Argument.jpg
    Fugazi-Argument.jpg
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Reativando o tópico com esta excelente sugestão:

BOZZIO LEVIN STEVENS – Black Light Syndrome

Supergrupo/projeto formado por três virtuoses: Terry Bozzio, baterista com enorme experiência adquirida ao longo de participações em discos e turnês do Frank Zappa, Jeff Beck e do grupo UK, além de sua própria banda, o Missing Persons; Tony Levin, um dos baixistas mais respeitados atualmente, membro do King Crimson e com presenças em discos e inúmeras turnês do Peter Gabriel, California Guitar Trio, etc; e Steve Stevens, talvez o menos conhecido dos três (consta que trabalhou em diversos discos do Billy Idol e Michael Jackson), mas um fantástico guitarrista.

Eles já gravaram juntos dois discos, sendo este Black Light Syndrome o primeiro e Situation Dangerous o segundo. Mesclando um jazz-rock fusion instrumental com bastante pegada, guitarras distorcidas e deliciosas influências da música flamenca, o disco é uma autêntica pérola da primeira à última faixa. A música Duende (faixa 3), por exemplo, é de uma dinâmica e detalhismo impressionantes, podendo ser utilizada (como aliás efetivamente o tem sido por diversos expositores em hi-fi shows pelo mundo afora) como música de referência para demonstração de sistemas. Aliás o disco todo é um primor também sob o aspecto técnico, proporcionando um palco sonoro realmente impressionante. :joinha: :clap:

Informações adicionais e samples disponíveis neste link:

http://www.magnacarta.net/releases/blacklightsyndrome.html

Demétrio.
 
Minha sugestão de hoje:

DEAD CAN DANCE – Into the Labyrinth

Origem: Austrália
Ano: 1993
Gênero: Pop alternativo

Consistindo essencialmente do duo Lisa Gerrard e Brendan Perry, o Dead Can Dance é o tipo de música difícil de categorizar. Uma deliciosa fusão de música pop, folk, medieval, árabe, ritmos tribais e algumas reminiscências progressivas, criando uma sonoridade única, meio hipnótica, predominantemente soturna e misteriosa. Considerado um de seus melhores trabalhos, Into the Labyrinth é realmente sensacional, contendo algumas das músicas mais representativas desse duo ao longo de sua carreira, tais como "Yulunga (Ghost Dance)", "The Carnival is Over" e "How Fortunate the Man With None". :clap: :clap: :clap:

Como se não bastasse, uma excelente gravação sob o aspecto técnico também.

Demétrio.
 
Eu adorei esse tópico!Não conheço todas as bandas já citadas,mas eu vejo que vocês tem um bom gosto,só pelo o que eu conheço daqui!!!Anathema,All about Eve...Madonna,lógico,enfim....
 
Minha sugestão de hoje:

DREDG – Catch Without Arms

Ano: 2005
País: USA
Gênero: Indie Rock, Progressivo

Este grupo norte-americano conta com três discos lançados até agora: Leitmotif (1998), El Cielo (2002) e Catch Without Arms (2005). Eu gosto bem mais destes dois últimos (El Cielo e Catch Without Arms), nos quais a banda faz uma interessantíssima fusão de rock progressivo à la Porcupine Tree / Pineapple Thief com rock alternativo na linha Coldplay / Ours / Radiohead. O primeiro disco, Leitmotif, embora também utilizasse mais ou menos essa mesma fórmula, tinha uma sonoridade bem mais pesada, um pouco mais na linha The Mars Volta, característica esta da qual eu particularmente não gostei muito não (embora conheça quem, por exemplo, prefira o Leitmotif a este último trabalho do grupo, Catch Without Arms).

Comparado com os dois trabalhos anteriores, Catch Without Arms é um disco mais acessível (menos progressivo que o magnífico El Cielo, devo admitir), mas que nem por isso deixa de ser também deveras interessante. As típicas alternâncias de momentos mais viajantes com passagens de explosão mais roqueira, que bem caracterizam o som do Dredg, estão presentes também neste trabalho. Os bonitos riffs de guitarras à la The Edge (U2), o vocal carregado de emoção do Gavin Hayes, as canções bonitas e cativantes, tudo isso está aqui presente neste último trabalho também. Em suma, dentro da avaliação que eu faço de Catch Without Arms, este disco soa indubitavelmente tão bom quanto o magnífico El Cielo, apenas com a peculiaridade de ser um pouco menos complexo e progressivo que aquele. Dentre as faixas prediletas minhas neste trabalho eu destacaria as belíssimas "Bug Eyes", "Catch Without Arms", "Not That Simple", "The Tanbark Is Hot Lava", "Planting Seeds", "Jamais Vu" e "Matroshka". :clap: :clap:

Com uma legião crescente de fãs, o Dredg assume cada vez mais esse interessante equilíbrio entre peso e melodia, entre o complexo e o acessível, com um rock alternativo / progressivo muito bonito e moderno onde essa alternância de passagens bem atmosféricas com outras de explosão instrumental dita o estilo. :clap:

O baixista (Drew Roulette) é quem desenha as capas dos discos do Dredg e, além disso, ele também criou um quadro para cada uma das músicas contidas neste último trabalho da banda. Os quadros podem ser vistos neste link:

http://www.dredg.com/art.html

Espaço dedicado à banda no site MySpace:

http://www.myspace.com/dredg

E a foto da bonita capa:

http://images-eu.amazon.com/images/P/B0009VJZ4C.03.LZZZZZZZ.jpg

Demétrio.
 
Como sugestão de hoje, mais um excelente disco do DREDG:

DREDG – El Cielo

Ano: 2002
País: USA
Gênero: Indie Rock, Progressivo

Como já mencionado acima (vide sugestão anterior), o DREDG é um grupo norte-americano que já conta com três discos lançados, sendo este El Cielo o segundo.

Comparado com os outros dois, El Cielo é mais espacial e introspectivo, embora mantendo as típicas alternâncias de momentos mais viajantes com passagens de explosão mais roqueira, que bem caracterizam o som do Dredg. El Cielo também é o mais progressivo dos três, sendo, a propósito, um disco conceitual, com temática girando ao redor de dois temas específicos: 1) o fenômeno conhecido como "paralisia do sono" (estado durante o qual atingimos lucidamente o limiar entre sonho e vigília, ou, em outras palavras, aquelas situações em que, após nos deitarmos para dormir ou ao acordarmos, eventualmente nos damos conta do que acontece ao nosso redor, uma vez que nossos olhos e mente já estão ativados, mas, ao mesmo tempo, em decorrência de um mecanismo natural do cérebro que bloqueia os nossos movimentos a fim de evitar que o corpo se mova durante os sonhos, nossos músculos ainda estão totalmente paralisados, de maneira que não conseguimos falar ou mover absolutamente nenhuma parte do corpo, o que pode nos levar a experiências e alucinações as mais diversas, tanto tranqüilas quanto perturbadoras) e 2) um quadro do pintor surrealista espanhol Salvador Dali, intitulado "Dream Caused by the Flight of a Bee Around a Pomegranate One Second Before Awakening" (Sonho causado pelo vôo de uma abelha ao redor de uma romã um segundo antes de acordar), representando o abrupto despertar de uma mulher de um sonho tranqüilo, num exemplo característico da influência de Sigmund Freud na arte surrealista e na tentativa do pintor Salvador Dali em explorar o mundo dos sonhos através de sua arte.

O disco se inicia bem tranqüilamente para, logo na faixa 2, apresentar alguns riffs mais pesados, com bastante presença de guitarras à la The Edge (U2). A partir daí as alternâncias entre calmaria e explosões sonoras (proporcionadas mais notadamente pelos bonitos riffs de guitarras) tornam-se bastante recorrentes. Os vocais de Gavin Hayes constituem outro ponto alto neste magnífico trabalho do Dredg, além das atmosferas criadas através dos belíssimos tapetes de sons. Fica até um pouco difícil apontar quais seriam as melhores músicas deste álbum, já que todas são realmente belíssimas, mas se eu tivesse que escolher apenas duas para, digamos assim, apresentar eventualmente a um amigo, estas muito provavelmente seriam as faixas 3 (Sanzen) e 16 (The Canyon Behind Her), ambas realmente maravilhosas. :clap: :clap: :clap:

A quem interessar possa, este disco também está até disponível na versão DVD-Audio, com capa diferente da versão CD normal, conforme se vê nesta foto:

http://images-eu.amazon.com/images/P/B0000ALFXX.03.LZZZZZZZ.jpg

Espaço dedicado à banda no site MySpace:

http://www.myspace.com/dredg

E aqui uma foto do quadro que inspirou este belíssimo trabalho:

http://www.essentialart.com/mh/Salvador_Dali_Dream_Caused_by_the_Flight_of_a_Bee.jpg

Demétrio.
 
Poxa, que pena que ninguém mais quer participar deste tópico... :tsc:

Enquanto isso, segue mais uma boa sugestão:

Jah Wobble & Bill Laswell – Radioaxiom: A Dub Transmission

Este álbum é resultado de um projeto encabeçado pelos baixistas Jah Wobble (ex-Public Image Limited) e Bill Laswell (produtor de jazz e dub, proprietário do selo Axiom Records e com participações em diversos grupos, dentre os quais Golden Palominos e Material), contando ainda com participações de outros nomes importantes, dentre os quais o renomado trompetista norueguês Nils Petter Molvaer.

O subtítulo do disco é Bass: The Final Frontier, um claro indicativo de que é prudente ter bastante cautela com o botão de volume do equipamento antes de apertar a tecla play, pois os graves são realmente impressionantes (afinal são dois contrabaixistas de renome que encabeçam este projeto, portanto há uma grande ênfase realmente nesse instrumento). Mas depois de botar o disco pra rodar é só ir atochando mais e mais volume no amplificador, pois a gente acaba não resistindo mesmo a essa tentação ao escutar este álbum. :dance: :g:

O disco é excelente, com paisagens sonoras bem viajandonas, sempre pontuadas por graves profundos na linha drum 'n' bass, além de fortes elementos étnicos, evidenciados na participação de músicos de diversas nacionalidades, tais como o senegalês Aiyb Dieng, o etíope Ejigayehu Shibabaw, o indiano Karsh Kale e o jamaicano Sly Dunbar, dentre outros. :clap:

http://www.silent-watcher.net/billlaswell/discography/laswell/radioaxiom.jpg

Demétrio.
 

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