Heroínas em mundos medievais é algo bem amplo. Tem as históricas e as fictícias.
Até seria possível dar uma olhada em listas de romances mais folhetinescos como as do Goodreads tipo essa:
Best Strong Medieval Heroines
Romance novels from medieval ages that feature a strong heroine
48 books based on 21 votes: How to Train Your Knight by Stella Marie Alden, Galiene: A Twelfth-Century Tale of Love and War by Dawn Hammill, Forbidden by...
www.goodreads.com
Mas verdade é que bom dar antes uma olhada no que os folcloristas igual a Terri do blog Myth and Moor comentam sobre heroínas em fantasia pra ajudar a filtrar pois o Martin é dark Fantasy, diferente da alta fantasia do Tolkien:
Wily and brave: the heroines of fairy tales
Continuing our discussion of stories, storytelling, and the fairy tale tradition, here's one more passage from Katherine Langrish's fine book Seven Miles of Steel Thistles: "Fairy-tale heroines do not signifiy passivity and helplessness. Far more often they exhibit resourcefulness, resilience,...
www.terriwindling.com
A Terri mora em Dartmoor que é a região aonde moram um dos artistas que desenham para o material de Tolkien.
No sentido do típico do "conto de fadas" do assunto Cinderela e E Bela e a Fera são títulos com raízes na idade média ("Era uma vez em um reino distante..." da época dos feudos) em que a protagonista traz qualidades de heroísmo (bravura, honestidade, etc...)
Autores medievalistas como o Tolkien buscam a abordagem mais clássica (o medievo se inspirava no clássico) voltada para uma organização que deriva de um panteão (das mulheres comuns, passando pelas elfas e meio-sangues até as deusas) e algumas heroínas são efetivamente figuras que entre os gregos seriam deusas, por exemplo a Eos a titanesa do amanhecer combina com a Arien Ainu guardiã do sol:
en.wikipedia.org
Autores que inspiram o Tolkien como o George McDonald também escrevem sobre heroínas medievais como a garota no livro A Princesa e o Goblin (The Princess and The Goblin, que está gratuito em inglês no site Project Gutenberg)
Com a característica mais humana Shakespeare também tem mulheres bem heróicas como Rei Lear em que uma das filhas é a pessoa com a cabeça mais no lugar de todo o reino. É importante frisar o "humano" porque algumas fantasias a heroína é de outra raça igual o conto da Polegarzinha (Thumbelina).
No mundo pop atual, na fantasia mais superficial (exemplo, o gênero de tecno-fantasia igual Final Fantasy), autoras floresceram com livros que as vezes eram apenas com protagonistas mulheres como a Marion Zimmer em A Corrente Partida (fala de uma guilda de mulheres chamadas As Renunciantes), e mesmo alguns livros do ciclo de Avalon que é algo mais pesquisado e rebuscado se afastando da superfície tipo A Casa da Floresta e A Senhora de Avalon.
Eos,
William-Adolphe Bouguereau