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Suave é a Noite (F.Scott Fitzgerald)

Lucas_Deschain

Biblionauta
[size=medium][align=center]Suave é a Noite (F. Scott Fitzgerald)[/align][/size]

Sinopse

Ambientado na riviera francesa em fins da década de 1920, este livro narra a história de Dick Diver, um psiquiatra que se casa com a paciente Nicole Warren. A vida do casal não é mais do que uma farsa - dominados pelo tédio, incapazes de dialogar, entre incessantes coquetéis, recepções e dinheiro, vivem numa atmosfera de falsa euforia. 'Suave é a noite', em tom autobiográfico, revela personagens com uma carga de realismo.

Fonte: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=2602338

Não é um primor de ação e aventura, mas é um belo e rico retrato de uma época específica, que passou a ser conhecida, através de Fitzgerald, como a Era do Jazz. O clima suntuoso das festas e da vida de uma classe social elevada e com grande poder e prestígio representadas através da vida de Dick Diver. Alguém mais aí tem algo a dizer?
 
Depende de que tipo de leitor você é. É forçoso dizer que o livro tem um desenrolar mais lento, o desenvolvimento psicológico dos personagens é que é bem interessante. Não tem lá muita ação, as situações são mais reflexivas, mais na mente e daí a seus atos que a história vai. O livro tem um valor histórico muito grande, já que traça um belo retrato de seu tempo, marcado por mudanças, rupturas, crises econômicas (Crise de 29), o que inspirou Fitzgerald a criar uma literatura muito característica dessa mudança que estava acontecendo. É preciso observar por um viés mais histórico para saber apreciar a obra, mas dá pra passar bons momentos também, vai muito da forma que cada um lê, interpreta e julga uma obra.
 
LonelyPirate disse:
Pra mim tá ótimo então, aiaiaai esses meus colegas preguiçosos :happyt:

Hehehe, pelo contrário LonelyPirate, eu soube apreciar a obra sim, e fui minimamente capaz de compreender o porque dela ser um clássico. Ela tem um valor histórico grande justamente por explorar um estrato social cuja decadência na Crise de 29 trouxe desdobramentos que nos chegam até hoje. O estudo da obra através também de seu contexto mostraria como Fitzgerald ao usar essa temática estava imprimindo a ela seu ponto de vista enquanto norte-americano. Fitzgerald faz parte da chamada "geração perdida", certamente suas visões sobre todo o processo tão pujante e marcante que foi a crise econômica em contraste a saúde financeira prá-Crise e que, de uma forma ou de outra, de maneira mais clara ou mais obscura, acabaram por influenciar os escritos de Fitzgerald.
Não é chato, mas a abordagem da obra tem que se dar tendo noção de algumas peculiaridades e conhecimentos, se esses detalhes passarem batidos, muito provavelmente a riqueza da obra será perdida.
Espero estar conseguindo compreender o ponto principal ou o mote das obras que leio, tenho me esforçado bastante nesse sentido. Para saber melhor, é preciso ouvir as opiniões de outros leitores e comparar com as minhas, por isso....postem e opinem, por favor. XD
 
Também acho que é um bom retrato para a época. Mas o que eu mais gostei foi o modo como ele tratou os relacionamentos amorosos, mostrando como outra mulher pode se tornar mais atraente do que a parceira do homem e também como duas pessoas podem se amar e odiar ao mesmo tempo.
 
Eu encontrei no sebo por 7 reais, mas não tinha ouvido opiniões sobre ele (o mais comentado é O Grande Gatzby), mas depois das impressões do Lucas, vou comprar sim!
 
Brianstorm disse:
É retirado do poema Ode to a Nightingale, de Keats: http://www.bartleby.com/101/624.html

Valeus cara, imaginei que podia ter vindo de algum lugar essa frase, mas nem me dei ao trabalho de procurar, obrigado por prestar esse serviço pra mim que banquei o preguiçoso, hehehe.
 
Brianstorm disse:
Você leu qual edição? A minha é dos Imortais... Logo no começo tem um trecho do poema.

É do Imortais sim, mas na minha distração não vi então Brianstorm, hehehe. Bom, de qualquer forma valeu cara.
 
Suave é a Noite (1934) é considerado por muitos a obra prima de Francis Scott Fitzgerald, muito embora o autor seja também muitíssimo conhecido por O Grande Gatsby (1925), ou, recentemente pelo filme O Curioso Caso de Benjamim Button (2008), adaptado de uma história sua (1922).

O romance de 1934 possui uma ambientação muito similar a de O Grande Gatsby, embora se passe em grande parte na Europa, e conta a história de Richard Diver, um psiquiatra que se apaixona por uma paciente sua, Nicole Warren. É forçoso reconhecer que a trama não é marcada por grandes reviravoltas nem por conter muita ação ou aventura. Além disso, Fitzgerald mantém o tom de suas outras obras, o da chamada “geração perdida”, da qual é considerado representante; e o desenvolvimento dos personagens no âmbito psicológico, com menção especial, logicamente, de Dick Diver; refletem preocupações muito características de um estrato muito específico da sociedade da época, uma high society que ainda parecia sentir os eflúvios inebriantes da Belle Époque, ao mesmo tempo em que se encontra às voltas com uma crise econômica sem precedentes, a famosa Crise de 29.

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Esse artigo é uma colaboração do Lucas_Deschain. Você também pode colaborar com artigos para o Meia Palavra, basta enviar um email para meiapalavra@meiapalavral.com.br
 
O título da obra é lindo mesmo, sempre gostei e como alguém já explicou, é retirado de um poema de Keats.

Eu terminei a leitura há pouco tempo, gostei, embora não tenha sido o melhor livro da minha vida. Ao que parece Fitzgerald estava muito seguro deste livro, anunciando uma reviravolta na literatura americana senão mundial. Não era para tanto, é um bom livro, retrato de uma época, como alguém disse.
 
Foi o primeiro livro que li do Fitzgerald,naquela edição da Bestbolso. Confesso q o me atraiu para comprá-lo foi quando,lendo a sinopse, soube q o fio condutor da história seria um casamento de um psiquiatra com sua paciente. Psicologia sempre me atraiu.Aí resolvi ler...vi que o foco não era exatamente a psicanálise, mas não me decepcionei. O livro fala de sentimentos, escolhas que fazemos em nossas vidas,as consequências delas...achei o livro devagar, mas gostosinho de ler. E tem um final feliz.
 
Engraçado, eu achei o livro triste na verdade. Foi doloroso ver como Dick foi se destruindo ao longo que Nicole começava a crescer, principalmente quando no meio do livro encontramos a história dos Diver, onde no começo Nicole era apenas uma paciente de Dick. Pra mim o livro explicou basicamente como uma pessoa se torna forte enquanto ao seu lado outra se destrói. Sempre lembro do diálogo de Nicole Diver com Baby Warren e fico pensando se foi um final feliz mesmo. Era algo do tipo: "Dick foi um bom marido durante seis anos. Não sofri nem por um minuto nesse tempo, ele sempre fez de tudo para não me machucar." e baby responde, "Ele foi educado para isso.". Talvez fosse Dick quem precisasse de um psicólogo.
 

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