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Steve Jobs (2015)

Sua nota para o filme


  • Total de votantes
    6

Bartleby

fossore
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Diretor:
Danny Boyle
Roteiro: Aaron Sorkin
Elenco: Michael Fassbender, Kate Winslet, Katherine Waterston, Seth Rogan, Jeff Deniels
Sinopse:
Três momentos importantes da vida do inventor, empresário e magnata Steve Jobs: os bastidores do lançamento do computador Macintosh, em 1984; da empresa NeXT, doze anos depois e do iPod, no ano de 2001.

Trailer:

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Adorei esse filme. É bacana como não segue o molde típico de uma biopic, mostrando o personagem do início da carreira, passando por problemas até alcançar o sucesso. Ao invés, são três momentos (todos nos bastidores das apresentações dele - legal que nunca mostra ele dando o seu show de fato) de Jobs, focados nos embates com as pessoas na vida dele (sua assessora(? assistente?), interpretada pela Winslet; seus colegas de trabalho - e competidores, esua ex, buscando ajuda por uma filha, Lisa, que ela afirma ter tido com com o Steve mas que ele reluta em reconhecê-la como sua), o filme todo em diálogos rápidos, espertos, que não param e dão um clima eletrizante ao filme, sempre interessante, fazendo vc ficar vidrado aos acontecimentos (quem já gosta de como o Sorkin escreve e apresenta seus personagens em The Newsroom vai amar isso aqui).

Uma das coisas bacanas, como falei, é que ele não para para explicar como Jobs veio daqui até lá, você pega tudo pelo que é dito (e em rápidos flashbacks), e o filme consegue, assim, como muita sutileza, expor tanto a mente genial do cara como o seu gênio intempestivo dificultando a aproximação emocional dele com as pessoas (sem ser piegas, de modo que o final tocante e sugestivo, se torna merecido).

Enfim, amei de mais isso aqui, atuações excelentes de todos - destaque, claro, pro Fassbender, que vc percebe estar diferente até na voz, ele traz mesmo uma energia essencial ao papel.

Na torcida pro Oscar :joy:
 
vou ser bem sincera: inicialmente nem que me falassem que tinha o fassbender fazendo pintocóptero* eu assistiria porque ah, né, segunda biopic e o cara morreu sei lá, tem cinco anos? e ele é tão interessante assim? etc. mas agora você e os prêmios no globo de ouro me deixaram curiosa, então lá vou eu.

______
*amo fassbender de coração, ele não precisa nem fazer pintocóptero para eu querer ver filme com ele, porque ele geralmente escolhe bem os papéis e aí dá show e talz mãs, ai, não tenho saco para esse culto ao steve jobs, não.
 
Tbm nunca me interessei pela vida do cara e tal... fui ver mesmo por causa de Fassbender+Danny Boyle+Sorkin e pam, apaixonei. Esse roteirista consegue deixar toda conversa interessante - por mais que vc não faça ideia do que estão falando, não importa, vc fica lá do mesmo jeito acompanhando de olhos bem abertos e atentos. É a tensão, a imposição no modo de falar, o que querem dizer por traz do que dizem (se ofendem, elogiam, alfinetam uns aos outros) que importa :)
 
Eu tinha até esquecido de ver esse filme, vou correr atrás.

Pra mim a motivação em vê-lo é justamente pela carreira e a vida do Jobs, então se o roteiro procurou ser o mais fiel já fico bem contente em saber.
 
Steve Jobs é bom e merece ser visto.
Quando li essa crítica, minha opinião veio de encontro a ela.

Steve Jobs e a ditadura do sucesso comercial

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Steve Jobs morreu em 2011, depois de mudar o mundo para sempre. Sua vida já foi esmiuçada em dezenas de livros, documentários, uma peça de teatro e aquele filme com Ashton Kutcher – uma exposição que acelerou depois de sua morte. Muita coisa, talvez, para falar de alguém que se foi há tão pouco tempo.

Mas pouco perto da genialidade de Steve Jobs, da dupla Danny Boyle e Aaron Sorkin. Assistir a Michael Fassbender em um dos melhores papéis de sua carreira é essencial para entender parte das engrenagens que movem o século 21. O filme é brilhante, urgente, uma montanha russa de palavras arquitetadas com tamanha precisão e executadas com tamanha firmeza que transcende a simples cinebiografia: é uma verdadeira obra-prima.

Ainda assim, ninguém parece estar muito interessado. Quando estreou nos Estados Unidos, em 9 de outubro do ano passado, Steve Jobs fez barulho em lançamento limitado, e parecia que o estúdio tinha mais um sucesso em mãos – vale lembrar que, em 2015, a Universal colocou em cartaz 50 Tons de Cinza, o sétimo Velozes & Furiosos, Minions e Jurassic World. A expansão para todo o território americano duas semanas depois, porém, viu o filme de Danny Boyle perder tração, estacionando em decepcionantes 18 milhões de dólares nas bilheterias. Somando uma performance igualmente decepcionante no resto do mundo, Steve Jobs bateu em pouco mais de 30 milhões, apenas encostando em seu custo de produção.

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Danny Boyle e Aaron Sorkin no set de Steve Jobs

No Brasil a coisa não foi diferente. Quando estreou, há pouco mais de uma semana, Steve Jobs ficou atrás dos igualmente novatos Snoopy e Charlie Brown – Peanuts, o Filme, Creed, A Grande Aposta e Carol. A Academia também deu de ombros para o filme de Boyle e Sorkin, que foi indicado para a estatueta de melhor ator (Fassbender) e melhor atriz coadjuvante (Kate Winslet). E só. Apesar da avalanche de reconhecimento da crítica – o filme aparece nas listas de melhores filmes de 2015, só para citar alguns, da Variety, Rolling Stone, BBC, Empire, Los Angeles Times e a minha própria –, o público não se interessou em (re)ver uma história que, talvez, ainda precisasse de mais tempo para ser regurgitada. O fracasso inicial alimentou o desinteresse posterior, e em tempos em que estar no “top 10” das bilheterias parece sinônimo de qualidade, Steve Jobs permanece como uma gema a ser descoberta.

O que é extremamente injusto.

Um Sonho de Liberdade
, que em 1994 esteve digladiando-se com Forrest Gump e Pulp Fiction na temporada de premiações, foi ignorado nas bilheterias. O que não impediu que o filme de Frank Darabont fosse reconhecido como uma obra-prima e ganhasse status cult, até hoje sendo lembrado como um dos grandes filmes da década de 90 – no momento em que eu escrevo estas linhas ele é, segundo o IMDb, o melhor filme de todos os tempos, à frente de O Poderoso Chefão. Fosse lançado hoje, é provável que o drama com Tim Robbins e Morgan Freeman fosse ignorado como um grande filme pelo simples fato de não ter feito cantar as caixas registradoras.

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Kate Winslet tenta colocar juízo na cabeça de Michael Fassbender

Descobrir Steve Jobs, portanto, é um prazer inusitado. Afinal, aquele filme com Ashton Kutcher foi lançado logo ali, em 2013, e fez um péssimo trabalho em mostrar quem era o homem que, como empresário e inovador, criou a Apple e inventou a tecnologia pessoal do novo século. Esqueça Kutcher! O que Danny Boyle e Aaron Sorkin fizeram foi quebrar o molde da cinebiografia tradicional, para se concentrar em três momentos cruciais da vida de Jobs. Neles, não tentaram julgar o homem que foi demitido da empresa que criou, retornou e a recolocou no topo. O objetivo era descobrir onde estava sua humanidade, ambientando a ação nos bastidores dos lançamentos de três produtos-chave: o Macintosh em 1984, o NeXT em 1988, e o iMac G3 em 1998.

Michael Fassbender faz um trabalho notável como Jobs, equilibrando o sujeito aparentemente frio – que insistia em não reconhecer a paternidade de sua filha, Lisa –, com o inovador implacável, exigente ao máximo com sua equipe e deixando uma trilha de desafetos. O contraponto é Kate Winslet, que surge como sua consciência e seu elo com a humanidade no papel de Joanna Hoffman, executiva de marketing da Apple e da NeXT, confidente de Jobs e, provavelmente, única pessoa que o encarava de frente. O restante do elenco, de Seth Rogen (no papel de Steve Wozniak) a Jeff Daniels (como o executivo John Sculley), passando pela estupenda Katherine Waterston, transforma as palavras de Aaron Sorkin, provavelmente o melhor roteirista em atividade em Hollywood hoje, em uma metralhadora verbal fascinante, cujo efeito é amplificado pela direção de Boyle e pela forma como ele conduz cada uma das linhas temporais (e os providenciais flashbacks) que pintam o retrato de Jobs.

Um filme precisa sobreviver por seus próprios méritos artísticos, e números nas bilheterias só interessam aos executivos dos estúdios. O que importa, no fim das contas, é a história sendo contada. Embora a vida de Steve Jobs tenha sido mastigada de diversas maneiras e em várias mídias, nenhuma tentativa de separar o homem do ícone, sem julgar e sem louvar, chega aos pés do resultado obtido por Danny Boyle, Aaron Sorkin, Michael Fassbender e cia. O filme não é um documentário, não pretende cobrir cada rodapé da vida de seu biografado e dramatiza acontecimentos reais para fluidez narrativa. Afinal, é ficção, mesmo que caminhe na ilusão da vida real. Steve Jobs, por fim, é uma obra-prima. Não cometa o crime de deixar de assistir no cinema.
 
gostei do filme, bastante. mas eu percebi uma coisa: ele usa a trilha sonora para nos manipular. fassbender tá ótimo, kate winslet idem, nossa, amei todo o elenco. mas a principal personagem ali é a trilha. é constante. dum dum dum dum no seu ouvido, dando ritmo para a fala das personagens, aumentando o drama. aquela cena final é o melhor exemplo do que estou dizendo:

a filha observando o pai apresentar o imac, a música vai aumentando, aumentando e enquanto aumenta as luzes começam a piscar e quando você vê você tá lá com lágrimas nos olhos. já postei isso aqui, mas vão lá, no item 44 >> http://www.cracked.com/article_20065_5-ways-your-taste-in-music-scientifically-programmed.html

enfim, bem bom. ia deixar passar batido (como farei com joy) não fosse a empolgação do gabriel, então valeu, gabriel (não dá para fazer mention com seu nick)
 

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