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Star Trek: 50 anos sonhando com um mundo melhor

Bilbo Bolseiro

Bread and butter
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Em 8 de setembro de 1966, uma frase seria dita na NBC e mudaria a ficção científica e a cultura pop para sempre: “Espaço, a fronteira final”. Ali surgia Star Trek – ou simplesmente Jornada nas Estrelas – e a série iria revolucionar o mundo a partir daquele ponto.

Criada pelo ex-piloto da Força Aérea dos EUA Gene Roddenberry, Star Trek conseguia unir histórias divertidas com conceitos filosóficos, utópicos e humanísticos de uma forma que nunca tinha sido feita na TV até então. A premissa era simples: cada episódio acompanhava uma missão específica da U.S.S. Enterprise. Alguma ameaça aparecia e Capitão Kirk (William Shatner), Sr. Spock (Leonard Nimoy), Dr. McCoy (DeForest Kelley), a tenente Uhura (Nichelle Nichols) e outros membros da tripulação da nave tinham de achar uma maneira de resolver a situação.

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Na época, a Guerra Fria estava em seu auge e a sociedade média americana temia a “ameaça comunista”. O racismo era realidade institucionalizada em alguns lugares. A xenofobia do país transformava os países asiáticos em um grande bloco de inimigos. E mesmo assim, Roddenberry colocou uma negra, um russo e um japonês em posições de destaque na trama do programa. Os passos que Star Trek deu em termos de representatividade são gigantescos e inspiraram milhares de pessoas ao redor do mundo de serem quem são sem medo ou vergonha.

A série original gerou seis derivadas (A Nova Geração, A Série Animada, Voyager, Deep Space Nine, Enterprise e a vindoura Discovery) e 13 filmes. E não importa a idade, é possível achar fãs para diferentes gerações e fases da série: "Sempre vi Star Trek como uma aula sobre ética, política e ciência, abordando acontecimentos da época com uma visão no futuro"Jeferson Almeida, 20, estagiário de TI, São Paulo-SP

Uma das que foram inspiradas foi a atriz Whoopi Goldberg, que, no contexto da época, viu que uma mulher negra poderia ser atriz e decidiu que essa seria sua carreira para o resto da vida. Os dois volumes do documentário Trekkies mostram como a franquia tocou a vida de milhares de pessoas ao redor do mundo. Para aqueles que cresceram ao lado de Star Trek, a franquia tem um significado diferente: "Eu acho que o segredo do meu amor por Star Trek está nos filmes ruins. Porque é fácil gostar dos filmes bons e dos episódios aclamados pela crítica, mas, quando eu pego um filme ruim da franquia na TV, assisto do mesmo jeito. E adoro do mesmo jeito.

Não se trata mais de admiração por personagens carismáticos ou por histórias fantásticas. Para mim, o termo se tornou “cumplicidade”. Aos meus olhos, Kirk, Picard, Sisko, Janeway e Archer não são apenas personagens de seriados. Eles – e cada membro de suas tripulações, sem nenhuma exceção – estiveram ao meu lado durante décadas e fizeram parte de cada momento importante da minha vida.

É por isso que sempre que eu assisto a Star Trek (e isso vale para qualquer filme ou qualquer série da franquia) eu não estou apenas revendo uma série de ficção científica que adoro. O sentimento que tenho é o de reencontrar alguns dos meus melhores amigos. E a cada vez que assisto, aprendo algo novo ao lado desses amigos – exatamente como deveria acontecer em todas grandes amizades"
Rob Gordon, 40, escritor e roteirista, São Paulo-SP

Uma jornada pessoal

É possível fazer um artigo contando todo o histórico do programa, como ele revolucionou a TV e inspirou tecnologias como os celulares, tablets e escadas rolantes. Mas, para mim, Star Trek sempre foi uma jornada pessoal. Não consigo me lembrar exatamente em qual momento da minha vida Star Trek surgiu — para mim, parece que sempre esteve lá.

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Quando criança, obviamente eu não conseguia entender toda a profundidade apresentada nos episódios. Mas eu sabia que era bom. A gente tem isso em dadas fases da vida, não entendemos muito do mundo mas alguma coisa dentro de nós diz que aquilo é bom. Só no final do Ensino Médio, entrando em contato com as ciências sociais e a filosofia que pude começar a perceber todo o subtexto inserido em cada capítulo da série original.

É importante lembrar também que histórias podem mudar vidas para sempre. Em momentos de extrema dificuldade emocional, Star Trek me lembrou o melhor de cada um de nós e o nosso melhor como espécie. Pode soar absurdo para alguns, mas isso conseguiu me dar forças o suficiente para enxergar que a nossa vida vale a pena ser vivida, que eventualmente tudo vai ficar bem e que a verdadeira coragem e rebeldia está em ser quem somos, sem máscaras, sem nos escondermos.

Em tempos quando filmes blockbuster querem ser sombrios, tentando transmitir cinismo e apatia sob o pretexto absurdo de que “isso é a realidade e o mundo é assim”, Star Trek — e o recente Sem Fronteiras — continua se posicionando no diâmetro oposto, fincando o pé em tudo que existe de mais louvável no espírito humano.

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Mostrando uma sociedade sem preconceitos, sem guerras, sem economia, sem hierarquias e com igualdade plena, Star Trek está há 50 anos nos ajudando a sonhar com um futuro melhor, nos dando a coragem e a força necessárias para afirmarmos: Podemos chegar lá, audaciosamente indo onde ninguém jamais esteve.

Fonte: site https://jovemnerd.com.br
 

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Lembrando que a Whoopi fez parte da série A Nova Geração, como Guinan:

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Whoopi Goldberg lembrou a primeira vez que encontrou com Gene Roddenberry, de um encontro organizado via amigo em comum, LeVar Burton e como Gene estava cético quanto sua participação.

“Posso lhe fazer uma pergunta?”, disse Roddenberry, de acordo com Goldberg.”Posso perguntar por que você quer estar em Star Trek?”

Contando sua alegria de como uma jovem viu uma mulher negra na ponte da Enterprise, ela respondeu:

“Você não sabe? Você não sabe que não existia isso em qualquer lugar na ficção científica antes de colocar a tenente Uhura lá? “

Duas semanas depois, Roddenberry ligou e disse “Whoopi, na verdade você está certa.”

“Sim senhor. Eu sei. Posso estar na série agora?”

Esta foi apenas uma das jóias que Goldberg compartilhou com um auditório lotado, sua primeira aparição numa convenção.

“Quando eu era criança, eu amava sci-fi, eu adorava filmes de terror, eu amava todas essas coisas”, disse, continuando. “Havia muita gente na televisão, você poderia ver os negros na televisão, mas nunca vê-los no futuro. E até Gene Roddenberry colocar uma bela mulher negra, que era a oficial de comunicações – ela não estava limpando casas.

Vendo-a no futuro, responsável pela comunicação e ser tão quente como uma mulher poderia ser, a tal ponto que até mesmo os aliens a queriam. Você veria Spock olhando para ela e você sabia o que ele estava pensando (risos). Ela era parte integrante deles e ser capaz de sobreviver onde quer que eles estavam indo.”

Fonte e reportagem completa
 
Com novo filme, "Star Trek" comemora 50 anos de esperança interestelar

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    Em "Jornada nas Estrelas" (1966-1969), a tripulação era formada pelo Capitão Kirk (William Shatner), o Dr. Spock (Leonard Nimoy), o Dr. Mc Coy (DeForest Kelly), a Tenente Uhura (Nichelle Nichols) e outros
Clássico da ficção-científica, referência da cultura geek e pioneiro da diversidade e da inclusão no universo cinematográfico. Tudo isso é "Star Trek", a imprescindível saga interestelar cuja mensagem utópica e de esperança no progresso completa 50 anos nesta quinta-feira (8).

Com o episódio "The Man Trap", o universo de "Star Trek", idealizado por Gene Roddenberry, chegou pela primeira vez à televisão no dia 8 de setembro de 1966, mas era impossível prever o surgimento de um fenômeno de massas.

"Diário de bordo. Data estelar, 1513.1. Nossa posição, órbita do planeta M-113". Essas foram as primeiras frases que, sobre um fundo com a nave Enterprise no espaço, os telespectadores escutaram no começo da série, que serviu para apresentar personagens agora famosos como o capitão Kirk (William Shatner) e Spock (Leonard Nimoy).

A história de "The Man Trap" era bastante convencional. Os tripulantes da Enterprise viajavam a um planeta quase abandonado e tinham que lidar com um misterioso monstro, que se alimentava à base de sal e que tinha a assombrosa capacidade de transformar sua aparência conforme sua vontade.
O episódio também revelou algumas fórmulas para o futuro sucesso da saga, como a mensagem utópica, idealista e de parceria entre a humanidade que passou a considerar "Star Trek" como parte de sua essência.

A Enterprise parecia uma versão mais que perfeita da ONU. Em total harmonia e com uma fé sólida na tecnologia e no conhecimento, na tripulação apareciam, por exemplo, uma mulher negra (Uhura, interpretada por Nichelle Nichols), um russo (Chekov, Walter Koenig), e um asiático (Sulu, George Takei).
A mensagem a favor da diversidade era chamativa em um áspero e paranoico contexto internacional marcado pela Guerra Fria, mas também era sustentada pelos novos ventos que sopravam nos Estados Unidos nos anos 60, com o Movimento pelos Direitos Civis e o ideal de uma nova realidade social.
Um exemplo das inovações da franquia foi mostrar em 1968 o primeiro beijo interracial da história da televisão, entre o capitão Kirk e Uhura.
A primeira série durou três temporadas e cerca de 80 episódios, o que seria apenas o início do impressionante universo de "Star Trek", que além das produções televisivas conta, até o momento, com 13 filmes.

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O futuro da saga

Impulsionada pelo extraordinário sucesso da franquia concorrente "Star Wars" em 1977, "Star Trek" se aventurou no cinema pela primeira vez em 1979 e seu último filme, "Star Trek: Sem Fronteiras", estreou neste ano com Chris Pine, Zachary Quinto e Zoe Saldaña no elenco.
Esse longa-metragem incluiu o primeiro personagem gay da saga e representa a terceira parte do relançamento de "Star Trek". A Paramount já confirmou que haverá, pelo menos, mais um quarto filme.

Mas os fãs não precisarão esperar muito para continuar a acompanhar a saga, já que "Star Trek: Discovery", a sétima série, estreará em janeiro de 2017 na emissora americana "CBS".

O produtor executivo, Bryan Fuller, adiantou que a nova série seguirá com a intenção de derrubar barreiras e lançar uma mensagem de esperança para o futuro. Como primeira prova disso, foi divulgado que a produção terá como protagonista uma mulher não branca.
A comemoração dos 50 anos de "Star Trek" chega com energia renovada para a saga e até a Nasa (agência espacial americana) divulgou um vídeo com as felicitações de seus cientistas.
 
Eu só assisti a série original. Até mais ou menos um terço da segunda temporada. Essa série é muito boa. Quando discute os conceitos filosóficos e sociológicos o faz com muita qualidade. E o mais interessante não é nem tanto o que fez, mas quando fez.

Enviado de meu XT1069 usando Tapatalk
 
STAR TREK é fantástico. Não assisti todos os episódios, mas vi vários da série clássica e vários também da "Nova geração". Além de todos os filmes.
Sem sombra de dúvidas um conteúdo de qualidade e entretenimento que perdura até hoje.
 
Eu só assisti a série original. Até mais ou menos um terço da segunda temporada. Essa série é muito boa. Quando discute os conceitos filosóficos e sociológicos o faz com muita qualidade. E o mais interessante não é nem tanto o que fez, mas quando fez.

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STAR TREK é fantástico. Não assisti todos os episódios, mas vi vários da série clássica e vários também da "Nova geração". Além de todos os filmes.
Sem sombra de dúvidas um conteúdo de qualidade e entretenimento que perdura até hoje.

Eu assisti a série original e a Enterprise e o primeiro longa, de 1979. Espero assistir todo o resto logo.
Sem dúvida as tramas são muito profundas, muitas vezes eles resolvendo as disputas e conflitos apenas diplomaticamente, sem o recurso da força.
 
Agora que a área finalmente está criada (valeu @Bilbo Bolseiro pela iniciativa :joinha:) agora com um pouco mais de tempo, quero dedicar um comentário.

Comigo não foi muito diferente, a série original foi o meu ponto de partida. Eu sempre gostei de ficção científica, astronomia e ST foi concebida nos anos 60 que foi uma década bem emblemática, por ser a época da famosa "Corrida Espacial" na época da Guerra Fria EUA x URSS e que direta ou indiretamente teve uma influência que considero de modo geral bem positiva nos filmes, séries e desenhos animados que surgiram, já que todos sonhavam em explorar o universo e chegar em mundos distantes.

E concordo com aqueles que declararam que ST conseguiu ir muito mais além do que apenas fazer sonharmos em chegar longe no espaço, mas também sonharmos com todo um universo melhor, em paz, próspero e mais harmonioso com reflexão para o nosso próprio mundo. Acho que é bem por aí mesmo e quando bem pequeno sonhava em estar na cabine do Capitão Kirk, ver de perto os painéis e pergunta-lo sobre todas as missões. É sem dúvida uma das séries que de forma bastante saudável mexeu bem com meu imaginário e sonhos de criança e fico feliz que ao completar meio século de existência continua sendo uma referência importante pra outras séries e filmes que foram baseados direta ou indiretamente a partir dela.
 
Eu assisti boa parte da serie clássica, 6 temporadas de a nova geração, alguns episódios de a nova missão(deep space nine) e enterprise quase inteira, além de todos os filmes da serie clássica e nova geração.

Mas fiquei triste com o reboot que deram na ultima sequencia de filmes... Por isso, não vi mais nenhum filme depois de "star trek" e não to muito empolgado pra ver não...

Espero que algum dia, antes de eu morrer eles façam mais alguma coisa do universo que conheci, mas acho difícil...
 
Pra mim e pra muitos outros aquela lista só vale até a Enterprise, hehe. Mas mesmo assim realmente é um número impressionante.
 
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