• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

[Springfield a.k.a. Bauru-SP] Onça no Parque Vitória Régia leva bombeiros a isolar a área

13/03/14 17:10 - Geral
Onça no Vitória Régia leva bombeiros a isolar a área

A presença de uma onça no Parque Vitória Régia levou os bombeiros a isolar a área nesta quinta-feira (13), por volta das 17h, em Bauru. Ela está em cima de uma árvore. Um dardo tranquilizante já foi disparado e o animal não dormiu. Equipes de resgate se preparam para disparar um segundo dardo.

Além dos bombeiros, a Polícia Militar, Polícia Ambiental, integrantes do Zoológico de Bauru e a Defesa Civil estão no local neste momento para tentar remover a onça. Outros organismos ambientais também foram acionados. O prefeito Rodrigo Agostinho também acompanha o resgate.

Foto celular/Vitor Oshiro

A onça está em cima de uma árvore no Parque Vitória Régia


Não se sabe como a onça foi parar no local. É um animal da espécie sussuarana, também conhecido como "puma". A onça é marrom e deve ter em torno de 1 ano e 4 meses. O bicho é típico do cerrado.

O animal não é do Zoológico Municipal de Bauru, segundo o diretor do local, Luiz Pires. Ele seguiu para o Vitória Régia onde ajudará no resgate do animal.

Apesar de todas as medidas de segurança terem sido tomadas, as pessoas devem evitar ir ao Vitória Régia neste momento.

O JCNet acompanha o caso com uma equipe no local

Ana Cláudia Teiseira Mattos/Divulgação

A presença da onça no Parque Vitória Régia atraiu muitos curiosos na tarde desta quinta-feira

Malavolta Jr.

A onça é da espécie sussuarana e é típica do cerrado


Fonte

-------------------------------------------------------------------

Tipo, até agora tô assim: :eek:

Pros muitos aqui que não conhecem Bauru, o Parque Vitória Régia é o principal parque, próximo do centro da cidade, numa região muito povoada:

vitoria-regia.jpg

Tomara que tudo corra bem pro bichinho.
 
Que coisa, não? Como será que ele foi parar lá?
Tadinho do bicho. :tsc:
 
Fui numa palestra com a veterinária do zoológico de Bauru. Pelo visto o destino da moça (deve ter finalizado o mestrado dela já) está traçado para se cruzar com esses casos de onças.

Ela contava de um dia em que estavam com uma onça na mesa e o anestésico passou o efeito e quando voltaram a onça estava de pé solta na mesa.

Na palestra ela explicava também como eles confeccionavam os dardos anestésicos e como é difícil as vezes acertar no lugar e que as vezes tem que lançar outro para fazer efeito.

Curiosamente, na época ela decidira escolher justamente a mim para fazer umas demonstrações de contenção de jacarés e cobras e achei muito divertido. Ela sentiu o faro porque aparentemente é verdade o que dizem sobre o instinto de algumas pessoas para um trabalho. Eu já morei em um lugar aonde uma pessoa morreu no terreno em frente da minha casa por causa de ataque de bicho selvagem que no caso havia sido justamente uma onça. Até minha mãe conta que quando criança ela ficou diante de uma que tinha saltado para dentro do quintal enquanto lavava a roupa. Mas a onça não lhe fizera mal (era uma onça pintada).

No interior direto que dava para sentir o fedor de carniça quando elas aproximavam e rondavam demais nossas casas (tipo o filme com o Michael Douglas "A Sombra e a Escuridão")

Apesar que as onças eram só mais uma das coisas estranhas do interior porque tenho cá comigo um ou dois casos de "pé grande" (que não é o meu) de lugares remotos.

Mas tipo...de volta ao caso acima, não tenho simpatia pelas onças pardas, essas sussuaranas fazem as onças pintadas e pretas parecerem um anjo de candura com flores de gentileza. Elas precisam ser coletadas e enviadas pra bem longe. No zoológico aonde eu ia antigamente elas ficavam ansiosas quando viam crianças de pouca idade. Elas cravavam os olhos nas crianças e começavam a seguir o movimento dos pequenos do lado de dentro da grade com a boca aberta faminta. Era sinistro de ver. Porque enquanto a onça pintada do zoo ficava mais mansa com a barriga cheia essa onça parda era estressada em qualquer situação. XD
 
Como já tive parentes numa cidade vizinha chamada Arealva, nas minhas idas a Bauru eu já passei algumas vezes por esse ponto da cidade e como conheço, realmente achei bastante surpreendente a onça aparecer por lá.

Diferente de onde moro em que apenas 100 metros de minha casa tem uma pequena reserva de Mata Atlântica bem preservada e há oito meses já foi encontrada uma onça dessas escondida na garagem de um morador distante apenas 2 quadras de onde moro. Felizmente ninguém se machucou e correu tudo bem.
 
Só pra atualizar:

Após quatro dardos tranquilizantes, foi possível, às 20h, retirar a onça da árvore.
O animal, da espécie suçuarana, típica do cerrado, foi levado para o Zoológico de Bauru, onde passará por exames e ficará separado dos demais bichos. Assim que estiver bem, a onça será devolvida à natureza.

----------------------------------------------------------------------------

Até agora me pergunto como ela chegou ali. Provavelmente veio da grande mata pertencente à Unesp, mas ela está a quase 5km do Vitória, além do que a ligação entre os dois pontos é a Avenida Nações Unidas, que é muito movimentada e iluminada à noite. Mesmo de madrugada alguém veria ela passando.
 
Até agora me pergunto como ela chegou ali. Provavelmente veio da grande mata pertencente à Unesp, mas ela está a quase 5km do Vitória, além do que a ligação entre os dois pontos é a Avenida Nações Unidas, que é muito movimentada e iluminada à noite. Mesmo de madrugada alguém veria ela passando.

Se bem que esses animais conseguem percorrer grandes distâncias e com uma velocidade de escape que nenhum humano dá conta de acompanhar correndo a pé.

Seria uma possibilidade muito improvável, mas não impossível se tivesse alguma casa por perto com um espaço razoável que clandestinamente estava criando as escondidas essa onça em cativeiro e de repente ela conseguiu fugir.

Aí caberia uma investigação apurada e o responsável que aprontou isso teria que ser punido com o rigor da lei.
 
Ela é capaz de cobrir longas distâncias em razão de ser uma animal extremamente forte adaptado para cobrir territórios extremos:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Puma_concolor

Segundo o texto ela aparece desde o Canadá até o Chile, vivendo em climas que variam do tropical ao sub-ártico e consegue sobreviver em ambientes pesadamente modificados pelo homem. Ela é tão resistente que habita desde selvas a lugares desérticos. Em uma citação eles relatam que uma delas conseguiu cobrir 32Km em uma única noite.

Faz sentido porque se ela cobre uma área tão vasta das Américas (só não vive na tundra) então quando falta comida ou quando a pressão do ambiente é extrema ela desapega do lugar e tende a se mudar para áreas distantes.

Animais pequenos como mosquitos e moscas conseguem cobrir distâncias de 5Km em um único dia (principalmente se o vento estiver a favor). Já os grandes predadores podem esticar a distância para dezenas de quilômetros (a onça pintada pode ter territórios de 25 a 40 quilômetros quadrados e se faltar comida ela muda de lugar).

Outro ponto interessante é que áreas verdes podem enganar bastante. Entre a parte de cima da camada de folhas e as copas eles chamam essa parte das selvas de "deserto de vida" porque os animais ficam escondidos em tocas, abaixo do solo ou nas copas, então para encontrar uma cotia ou um jacaré pra matar a fome ela pode ter que andar bastante de madrugada (ela gosta de sair em horas escuras) e aí ninguém vê ela entrando nos quintais ou correndo pelas ruas (todos estão dormindo).
 
Bicho manso, geralmente corre dos homens, só ataca se acuadíssima, não sei pra que tanto drama.
 
Ela é capaz de cobrir longas distâncias em razão de ser uma animal extremamente forte adaptado para cobrir territórios extremos:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Puma_concolor

Segundo o texto ela aparece desde o Canadá até o Chile, vivendo em climas que variam do tropical ao sub-ártico e consegue sobreviver em ambientes pesadamente modificados pelo homem. Ela é tão resistente que habita desde selvas a lugares desérticos. Em uma citação eles relatam que uma delas conseguiu cobrir 32Km em uma única noite.

Faz sentido porque se ela cobre uma área tão vasta das Américas (só não vive na tundra) então quando falta comida ou quando a pressão do ambiente é extrema ela desapega do lugar e tende a se mudar para áreas distantes.

Animais pequenos como mosquitos e moscas conseguem cobrir distâncias de 5Km em um único dia (principalmente se o vento estiver a favor). Já os grandes predadores podem esticar a distância para dezenas de quilômetros (a onça pintada pode ter territórios de 25 a 40 quilômetros quadrados e se faltar comida ela muda de lugar).

Outro ponto interessante é que áreas verdes podem enganar bastante. Entre a parte de cima da camada de folhas e as copas eles chamam essa parte das selvas de "deserto de vida" porque os animais ficam escondidos em tocas, abaixo do solo ou nas copas, então para encontrar uma cotia ou um jacaré pra matar a fome ela pode ter que andar bastante de madrugada (ela gosta de sair em horas escuras) e aí ninguém vê ela entrando nos quintais ou correndo pelas ruas (todos estão dormindo).

Eu entendo, Akira, mas mesmo assim é estranho. Repito, o local por onde ela passou é bem movimentado, inclusive de madrugada. Se ela veio de onde estou pensando, que é da mata que faz parte do terreno da Unesp, ela passou em frente de um Habib's e de um McDonald's, ambos 24 horas! Além de um posto de gasolina com loja de conveniência, que também não fecha.

Pensei em dois trajetos. Este é o que pensei primeiro:

1.jpg

O ponto de origem que marquei é onde começa a área preservada da Unesp, cerrado original (ironicamente, esse ponto é onde fica o zoológico também). O posto e os fast-foods ficam poucas quadras antes do Parque onde ela apareceu.

Outro dado: são dois morros, alguns dos maiores da cidade, no caminho. Um começa ali na origem mesmo, sobe até a primeira curva, aí tem a descidona do Núcleo Geisel, depois tem a maior subida (sempre sofri pra subir ela de bike) até a Rodovia Marechal Rondon, depois a Nações segue numa descida mais leve.

Depois pensei neste outro:

2.jpg

Nesse ponto tem uma parte da mata que já foi da Unesp também, mas hoje está sendo gradualmente ocupada por condomínios de luxo (sendo o primeiro o Jardim Colonial, em frente à Unesp, que hoje virou o nome do bairro) e pelo Jardim Nicéia, um dos bairros mais pobres da cidade. O ponto que coloquei de origem é a baixada da Nações, onde tem um córrego, e (ainda) não é muito habitado. Mesmo assim, passaria nos locais que falei. Só se ela passou pelas ruas paralelas, onde realmente é vazio de madrugada. Sei lá...


Bicho manso, geralmente corre dos homens, só ataca se acuadíssima, não sei pra que tanto drama.

Numa cidade de médio porte, que muitos consideram uma cidade grande, com muita gente que vem de fora (principalmente de São Paulo), onde o principal parque é rodeado de prédios, casas, a Faculdade de Odontologia da USP, o Centrinho e uma porrada de repúblicas, aí de repente aparece um bicho desses no meio desse parque. Não digo com medo, mas você não ficaria, no mínimo, curiosa? Além disso, certamente 90% dos curiosos ali nunca viram uma onça ou sabem o comportamento dela. Eu mesmo não sei, se você diz que é bicho manso eu acredito, mas não passaria nem perto do lugar, tenho medo mesmo.
 
É porque o que parece estranho para as pessoas, pra ela é apenas natural Olórin. O ser humano nas cidades quase não usa instintos de sobrevivência de selva porque já vê tudo que é básico como garantido, de modo que as pessoas acabam se perdendo.

As crises das cidades fazem mal aos instintos humanos que é amortecer os sentidos. É só observar que por causa da violência as pessoas procuram não olhar para os lados para evitar o contato visual. Com o tempo isso internaliza na população e se transforma em indiferença, apatia, frieza e crueldade. Mas vem também a cegueira. Tem quem ouça disparos de revólver contra o vizinho e já conclui que é "rojão" (nem vai perguntar na rua o que houve). O povo dá como garantido um monte de coisas diferentes e variadas que se passam na rua, o tempo inteiro e estimulam que os outros fiquem ignorantes iguais a eles.

Até a própria língua portuguesa tem gente que pensa que as relações entre as palavras são coisas que caem do céu (as pessoas se tornam estranhas à natureza). A coisa mais fácil hoje é uma pessoa dizer que algo é "estranho" ou que ficou "assustado", quando dentro do contexto do acontecimento o natural seria justamente que aquilo ocorresse. Porque a civilização criou as condições para aquilo acontecer e porque o povo se "desarmou" ou fez pouco caso de que não era com ele (algumas áreas das cidades tem tanta apatia que é um suplício até conseguir chamar a polícia).

Nos Eua eles chamam de leão da montanha e não é a toa. A especialidade dela são justamente rotas não convencionais, em silêncio (todo mundo fala em "felino predador carnívoro" mas usa a palavra com banalidade quando na verdade o bicho merece cada significado de seus substantivos) e possui deslocamentos em horários frescos pelas sombras (lugares escuros e menos iluminados). Ela consegue detectar (mais que isso, ela pode até identificar) um animal ou perigo a distância grande pelo cheiro e pelo som (o ser humano dá muita bandeira) e baseado nisso desvia rapidamente de rota porque só deseja ser vista quando cai em cima da presa.

Para ela os muros são como simples pedregulhos, afinal, até simples gatos domésticos ultrapassam essas supostas barreiras urbanas humanas com facilidade. Pra conter esse bicho nos zoológicos colocam 2 barreiras. Uma cerca menor de 3 metros e outra alta de 5 metros com o último metro composto de chapas de "aço liso" (muito mais escorregadio que muros comuns).

Com as garras e músculos dela um muro de cimento cheio de pontos de apoio fica fácil.

Em quase tudo ela é um predador muito superior a um gato comum (Felis catus). Enquanto uma mordida de um gato comum abre "só" um buraco na mão, uma mordida dela esfarela o membro.

Quer dizer, o lugar dela até pode parecer estranho mas do ponto de vista do comportamento dela é comum e dentro do esperado de ocorrer no contexto da pressão urbana sobre áreas naturais degradadas. Muitos bichos ficam refugiados em garagens e vivendo em esgotos e de vez em quando um deles sai de um bueiro quando não tem movimento na área. Inclusive no texto da wiki eles falam que ela é um dos animais que mais se adaptou as alterações radicais das fazendas e cidades.

Um predador formidável, no mínimo, já que outros animais do topo da cadeia alimentar sucumbem com mais facilidade iguais as grandes cobras que precisam de mais recursos.
 
Última edição:
É, até parece que a onça ia seguir uma avenida pra chegar no parque =P
Ela deve ter perambulado bastante pela cidade antes de ser encontrada...
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo