Ka Bral o Negro
Tchokwe Pós-Moderno
A polêmica banda Soulfly, do ex-Sepultura Max Cavalera, que estreou com o CD Soulfly em 1998, propondo o que pode-se chamar de "Tribal Metal", embora o resultado final mais parecesse um flerte com o "New Metal". Temas como "Tribe" (referências a conhecidades comunidades tribais, incluindo africanas e indígenas brasileiras), "Quilombo" (homenagem a Zumbi dos Palmares), "Bumba" (referências a Candomblé), "Umbabarauma" (letra em português de Jorge Ben Jor, inspirada em jogador africano) e "Predujice" ("Preconceito") chamam a atenção no CD estréia.
Concordo; eu gosto do album Primitive (2000), mas é o pior dos quatro albuns do Soulfly, e, infelizmente, grande responsável por sua forte rejeição por parte da galera conservadora e adesão em massa da molecada faminta por novas "modinhas".Lord Skywalker disse:KaBral, o segundo disco (Primitive) é bem New Metal sim. New Metal meio misturado com aqueles Metal Macumba a lá Roots do Sepultura. O primeiro tem esse 'feeling' também, mas um pouco menos. Os discos seguintes eu não ouvi...
O album seguinte, 3 (2002), resgata a agressividade simples e objetiva dos tempos do Chaos AD do Sepultura, embora mantivesse a temática de exaltação à cultura afro-brasileira e a ídolos revolucionários latino-americanos. Recebeu nota 9 nas revistas "Roadie Crew" e "Rock Brigade"
O quarto album, prophecy (2004) é indiscutivelmente o melhor de todos, síntese da maturação musical de Max e excelente reorganização de suas idéias. Há uma fusão bem-sucedida de estilos, onde até mesmo um reggae, um chorinho a la MPB e um surpreendente samba conseguem destacar-se em meio ao instrumental agressivo, direto, bem tocado e sincero. Assim como seu antecessor, também ganhou nota 9.