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Soul (2020)

Esqueci de comentar, mas eu assisti o filme hoje e achei muito bacana. Gostei de um modo geral da história e a animação ficou bonita. É um bom filme para se assistir.
 
Perto de Viva e Divertidamente, de fato Soul é um filme menos divertido... É menos encantador, até porque foi menos criativo no design... Emociona menos: se trata mais de uma "mensagem" e não de sentimentos que pegam o espectador em cheio.... E também o worldbuilding surpreende bem menos: nos outros filmes salta aos olhos que houve diversas pessoas pensando o universo dos filmes e cada elemento do roteiro; já nesse filme eu fico com a sensação de que apenas uma única pessoa poderia tê-lo escrito....

Seja como for, ainda assim é um ótimo filme, com uma ótima mensagem. A Pixar colocou a régua no alto demais, se fosse uma animação de qualquer outra empresa, todo mundo estaria positivamente surpreso...

Quanto ao final, achei que...

....eles forçaram a barra para o Gardner viver, tudo indicava que o seu tempo na Terra estava praticamente terminado. Faria muito sentido ele morrer tocando piano em sua casa, tendo realizado seu sonho, se reconciliado com a mãe, e entendido a falta (?) de sentido da vida... Tá certo que é um filme (também) direcionado ao público infantil, mas a Pixar já trabalhou com sutileza a temática da morte em Viva e também, em certo sentido, em Divertidamente, então seria possível fazê-lo em Soul... Aí sim o filme teria sido bem corajoso e ganharia vários pontos comigo, porque nesse caso seria a história da vida de um sujeito ordinário que morreu precocemente (e aparentemente meio louco!), mas mesmo assim teria tido uma vida munida de completo sentido... E, quem sabe, poderia emocionar bem mais e se igualar aos outros filmes da Pixar...
 
Última edição:
Eu vou na mesma do Haran. O "Viva - A vida é uma festa" que também aborda o tema vida após a morte, me emocionou bem mais. Eu achava que o Soul ao menos igualasse, mas pra mim ficou abaixo.
 
O que dizer desse filme?
Apenas que minha escolha pra primeiro filme assistido em 2021 não podia ser melhor! :amor:

Soul no IMDb



E vale mencionar que a dublagem brasileira é ótima. Parece que os estúdios finalmente pararam (ou diminuíram) de usar lucianos hucks e sabrinas satos como "dubladores" e voltaram pra os profissionais da área.

 
Soul ganhou uma continuidade.


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Eu me emocionei bastante, foi o primeiro filme que assisti com a assinatura da Disney Plus (sim, me julguem), e gostei da arte, do mundo construído, dos personagens. Ele é pretensioso em excesso? Acho que sim. Não concordo que uma criança não possa assistir, mas como falaram, acho que miraram um pouco alto demais e ficamos com aquela sensação de Hora de Aventura, Steven Universo e afins, animações que são feitas mais para os adultos que para as crianças, que deveriam ser, em tese, seu público alvo. Talvez seja um reflexo desse fenômeno da autoficção que vemos na literatura, afinal, roteiristas são escritores né, e isso tem tudo a ver com essas questões de conflitos de gerações, o pós-modernismo, essa dificuldade de amadurecimento das emoções etc.

Sintomático é que os filmes da Pixar estejam cada vez mais emotivos. Não estou reclamando. Chorei com as metáforas teológicas de Toy Story 3, curti a distopia de Wall-E, me emocionei com Up e não chorei com Viva: a vida é uma festa, eu me DEBULHEI em lágrimas. Eu adoro esses filmes, mas fico pensando... será que não tá meio fora de foco a coisa? Não é melhor fazer como os animes, deixar bem claro quais são para crianças e quais são para adolescentes ou adultos? Nem falo a classificação indicativa, porque animações para adultos existem há tempos, mas se a Pixar quer mesmo fazer esse tipo de coisa com designs fofinhos e coloridos, que seja, é sua opção estética, ou filosofia artística, tudo bem. Mas seria bom separar, porque se você for ver alguns reviews de Viva, vai ver muitas críticas de pais reclamando que tanto a estética sombria quanto a temática foram pesadas demais pra alguns pequenos. Lembremos que ali o tema da morte é tratado com muita profundidade, bem como o da memória, relacionando-se até com o Alzheimer.

Sobre Soul, eu concordo com o Haran que parece feito por uma única pessoa, produto da mente de um único artista. Eu, como artista também, como escritor, me solidarizo e adoro ver isso, mas não seria esse aspecto mais 'autoral', digamos, algo a se preocupar, tanto em termos de público quanto em termos de ingressos vendidos ou streaming consumido? Porque me parece, pelo que eu entendi do filme, que tudo é muito autoral mesmo. Comparando com Viva, os personagens são menos vivos, são mais avatares da consciência autoral, bem como o enredo e suas muitas idas e vindas entre os mundos é confusa, é confusa porque o enredo é confuso, porque ele não é importante, diferente de Viva, que é essencial. Aqui o enredo é mero instrumento de uma filosofia holística de vida, a filosofia do autor, seja lá quem seja ele ou eles, e assim se perde em empatia, em identificação, até em emoção.

Não se enganem, eu gostei muito do filme, eu chorei, mas não me emocionei com os personagens. Nem com a história. Só li a Grande História. Entendi o que o autor está tentando me comunicar, e foi lindo, profundo, algo ingênuo, talvez, mas é algo que toca, não é sobre a morte (como Viva), mas é fundamentalmente sobre a vida, sobre planejamento, agenciamento e administração de afetos. Mas... não é um filme infantil, nem é mesmo um bom entretenimento. É um filme para pensar, e para chorar. Não reclamo, adoro assistir filmes para me sentir mal, para chorar, mas acho que estamos indo para uma direção meio confusa.
 

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