C
Calib
Visitante
SOMBRAS
Na ausência do conforto, me conformo
em ser e estar. Só vivo.
O lar sem vida convida ao inferno,
e o sangue é mais que um elo:
é já grilhão pesado.
Três sombras sobre a mesa ora se encurvam:
no prato, a fome crua;
na taça, a sede de escapar ao fado.
À luz de vela, o Vulto
maior chora insepulto.
É uma família, como as têm também
os fungos, os insetos,
os gases e os metais, e as línguas mortas.
E há traços em comum
em todas e entre si.
(22 DEZ 2008)
Na ausência do conforto, me conformo
em ser e estar. Só vivo.
O lar sem vida convida ao inferno,
e o sangue é mais que um elo:
é já grilhão pesado.
Três sombras sobre a mesa ora se encurvam:
no prato, a fome crua;
na taça, a sede de escapar ao fado.
À luz de vela, o Vulto
maior chora insepulto.
É uma família, como as têm também
os fungos, os insetos,
os gases e os metais, e as línguas mortas.
E há traços em comum
em todas e entre si.
(22 DEZ 2008)