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Solaris (idem, 2002)

Eu vi o remake hoje...... :think:

Eu gostei pra caramba..... nota 4/5........ mas ainda vou ver mais uma vez..... provavelmente a nota irá aumentar.

Tenho algumas dúvidas a serem esclarecidas.... por isso quero rever. Fico devendo por enquanto uma análise maior, mas o filme é excelente
 
Eu tinha pego o DVD do Solaris semana passada na locadora, só que não deu tempo de ver. Peguei novamente, na terça. Fiquei sem tempo denovo. Tive que estudar e tal... O único momento livre foi agora. O ruim é que eu acordo cedo. Mas fazer o que? A vontade de ver o filme foi maior que a vontade de acordar bem.

É incrivel como não gostaram desse filme. É incrivel o prejuizo dos produtores. O filme não faturou mais que 20 milhões de dolares... e isso de jeito nenhum cobriu o custo. Pensando bem, isso era de se esperar. Mesmo contando com pessoas badalas de Hollywood, como George Clooney e Steven Soderbergh era muito difícil o filme fazer sucesso com o publico, pois se trata de uma ficção cientifica. Uma ficção que não tem nada de ação, como Alien. Realmente, acabou não tendo uma boa aceitação. Aqui em Curitiba ficou em cartaz no máximo por duas semanas, por isso não consegui assistir no cinema. É uma pena, pois o filme é uma grande experiência visual, com sua bela fotografia e a forma com que foi dirigido.

Apesar de não ter assistido a versão original, sei da importancia do filme de Tarkovsky. É tido por muitos como uma das maiores obras-primas da ficção. Sendo comparado até a 2001: Uma Odisseia no Espaço. Por isso, era essencial o diretor fazer um remake pelo menos da altura do original. Acho que o Soderbergh conseguiu. Ele teve que ter muita coragem pra fazer esse filme. Sou meio contra remakes. Principalmente aqueles que toda cena é praticapmente uma copia da cena do original. E isso não acontece com Solaris. Soderbergh usa a mesma trama, mas a realiza de uma forma difrente. Mais adaptada aos tempos atuais, eu diria.

Chris Kevin é enviado a uma espaçonave, que fica na orbita do planeta Solaris, para tentar descobrir o que está acontecendo com as pessoas lá dentro. Solaris na verdade é um ser vivo. Pode-se pensar que seja uma força superior. Ele consegue matearilizar os desejos de quem está próximo. Esses desejos podem perfeitamente ser uma pessoa morta.

Um dos principais temas abordados pelo filme é o amor. Ele é abordado atraves da relação entre Chris Kevin e Rheya. O amor deles não é só demonstrado pelo sexo, mas também por olhares, gestos e poemas. Você acredita perfeitamente nos sentimentos de um pelo outro, pois a quimica entre os dois atores é realmente muito boa.

Há quem diga que o filme é lento. Eu não achei tão lento assim. Claro que não é algo que te faça perder o folego, mas isso é normaral para um filme de ficção. Para ser tão profundo tem que ter essa "lentidão". Solaris também tem uma certa carga filosofica, abordando alguns assuntos como Deus, etc.

Como eu falei a fotografia é um dos pontos fortes do filme. Visualmente é fascinante. As tomadas, a iluminação, os cenarios. E é claro o planeta Solaris. É algo realmente surpreendente. Ainda mais quando vc percebe que aquilo é um ser vivo e inteligente. A trilha sonora também ajuda. Mas o melhor foram as atuações. Clooney está muito bem e Jeremy Davies também. Nunca imaginei que esse cara conseguria ter uma atuação dessas, pois pelo que tinha visto em O Resgate do Soldado Ryan e Twister ele era bem fraquinho. A direção também é muito boa. Como já foi dito, foi muito interessante o jeito que o Soderbergh usou as cameras. Quando a cena tinha alguma briga a camera tremia, pra dar mais emoção.

Enfim, é quase uma obra-prima. O único problema é que não é facil de ser digerido e também não é muito facil de ser entendido. Mas, isso não chega a atrapalhar. Assistir duas vezes basta. Assim é melhor de assimilar tudo o que Solaris quer passar.

NOTA: ****
 
Wilknot disse:
É incrivel como não gostaram desse filme. É incrivel o prejuizo dos produtores. O filme não faturou mais que 20 milhões de dolares... e isso de jeito nenhum cobriu o custo. Pensando bem, isso era de se esperar.

Tá meio que se contradizendo, né? Eu acho que de forma alguma era de se acreditar que o filme cobriria o seu orçamento ou faria qualquer tipo de lucro, pelo menos no cinema. Afinal, ele é lento comparado a típica merda de Hollywood tipo As Panteras ou whatever. E é um filme de arte. É diversão intelectual, não algo que vai acionar a sua adrenalina. Mesmo assim, ainda há esperanças de que ele consiga fazer alguma coisa com as vendas de DVD...

Apesar de não ter assistido a versão original, sei da importancia do filme de Tarkovsky. É tido por muitos como uma das maiores obras-primas da ficção. Sendo comparado até a 2001: Uma Odisseia no Espaço. Por isso, era essencial o diretor fazer um remake pelo menos da altura do original. Acho que o Soderbergh conseguiu.

Como você sabe que ele conseguiu? Afinal, você acabou de dizer que não viu o original, e a maioria dos reviews aponta uma grande superioridade do filme original ao remake do Soderbergh.

Na minha opinião, apesar de ter uma abordagem mais superficial dos assuntos, e apesar de perder a poesia do filme do Tark, o remake ainda tem um poder visual e atmosférico comparado ao original, que deixa os dois filmes quase no mesmo nível.

Sou meio contra remakes. Principalmente aqueles que toda cena é praticapmente uma copia da cena do original. E isso não acontece com Solaris. Soderbergh usa a mesma trama, mas a realiza de uma forma difrente. Mais adaptada aos tempos atuais, eu diria.

Eu também sou contra remakes que copiam tomada por tomada o original, eu sempre gosto de ver uma nova abordagem da história, e sim, foi isso que aconteceu nesse filme. Mas como você sabe que o do Soderbergh foi diferente se você não viu o original?

Há quem diga que o filme é lento. Eu não achei tão lento assim. Claro que não é algo que te faça perder o folego, mas isso é normaral para um filme de ficção. Para ser tão profundo tem que ter essa "lentidão". Solaris também tem uma certa carga filosofica, abordando alguns assuntos como Deus, etc.

Eu concordo, o filme não foi lento de forma alguma, comparado a filmes de arte em geral. Aliás, analisando bem a estrutura e fácil compreensão desse remake, fica até meio claro que o Soderbergh tava tentando deixar a obra mais acessível para o povão, e comprometendo alguns de seus princípios artísticos (se ele tem algum...). É aí que entra a superioridade do filme do Tark.

E você também notou a abordagem de assuntos como a existência de Deus, e a entrada de Kelvin em Solaris no final pode ser interpretado como uma metáfora para a vida após a morte, e foi isso uma das coisas que o Soderbergh conseguiu deixar menos óbvio, pouco perceptível. Mas, a versão do Tark continua explorando o assunto religião/Deus de uma forma mais interessante.

O único problema é que não é facil de ser digerido e também não é muito facil de ser entendido.

O fato do filme ser desafiador foi, IMO, uma vantagem.


PS: As minhas observações sobre o seu review foram apenas para apontar alguns erros de lógica e não são de maneira alguma ofensivas. No geral, ficou um bom review e é bem vindo ao tópico.
 
Folco:

a) Eu acho que os produtores esperavam ter um relativo sucesso.... George Clooney, bunda de George Clooney, sexo, etc. No trailer oq mais pode ser visto eram cenas "romanticas". Mesmo com isso, era obvio o insucesso do filme, financeiramente falando. Mas creio que os produtores esperavam mais.

b) Eu falei da reputação do filme do Tarkovsky, e que o Soderbergh devia ao menos fazer algo a altura... E pelo oque eu li, tanto aqui no fórum, quantos em alguns sites, o remake foi pelo menos digno do original. Mas eu não afirmei que isso ocorreu, eu disse q achava, justamente por não ter assistido a versão de 72.

c) Eu acompanhei o tópico... E também, o original tem quase 170 minutos de duração. Já do Soderbergh não chega a 100.

d) Sim, é legal assistir a um filme assim. Pq ele não está pronto. Voce fica pensando nas possibilidades por um bom tempo dps de assistir. Mas a maioria quando termina de ver algo como Solaris, desliga a TV e pensa: "Mas que porcaria sem sentido!"

e) Percebi que não fui claro em algumas partes mesmo. Mas dá uma olhada no horario que eu escrevi. :obiggraz:

d) Acho que ele deixou esse assunto menos obvio pra não afastar mais pessoas do filme. Quanto a metafora, é possivel. Mas afinal, "não importa" não é mesmo?
 
d) Acho que ele deixou esse assunto menos obvio pra não afastar mais pessoas do filme. Quanto a metafora, é possivel. Mas afinal, "não importa" não é mesmo?

Não. Importa sim. Pra mim, o que não merece tanta atenção do filme é a trama/história; acho que o filme deve sacrificar o apego a trama e a detalhes do tipo para se concentrar mais ainda no seu tema, personagens e possível subtexto. Isso sim é realmente importante, é claro, além da atmosfera e de como ela vai afetar a sua experiência emocional.

Por exemplo, eu não me importo se o "Campo de Higgs" que eles citam no filme é cientificamente incorreto ou se o Kelvin tem diabetes ou se a Rheya devia estar mais estranha, etc etc etc.
 
Por exemplo, eu não me importo se o "Campo de Higgs" que eles citam no filme é cientificamente incorreto ou se o Kelvin tem diabetes ou se a Rheya devia estar mais estranha, etc etc etc.

Realmente a importancia dessas coisas é quase zero. Entendi seu ponto de vista..

Falando em personagens... Oq vc achou do saudoso Cabo Upham, the Faggy, em Solaris?
 
Oq vc achou do saudoso Cabo Upham, the Faggy, em Solaris?

Achei a performance dele bem excêntrica e divertida. Parecia o Brad Pitt em "Os 12 Macacos", só que em camera lenta. Quando ele dá aquele discurso final dele, em que ele mal consegue terminar uma frase e fica super ativo, é bem cool.
 
folco de tudo que eu li eu soh não concordo com vc qto ao snow.. nao me importa muito qual era exatemente a intenção de Solaris, afinal isso eh bem aberto...

mas vendo o filme eu fico com a clara impressão de que snow-cloni aparece e snow verdadeiro parte pra cima dele... snow-cloni mata slow verdadeiro...

ele ateh diz numa frase algo do tipo: eu sobrevivi meus primeiros trinta segundos de vida matando... a mim mesmo...

ou eu to malcuo? :o?:
haha
 
Carcharoth disse:
folco de tudo que eu li eu soh não concordo com vc qto ao snow.. nao me importa muito qual era exatemente a intenção de Solaris, afinal isso eh bem aberto...

mas vendo o filme eu fico com a clara impressão de que snow-cloni aparece e snow verdadeiro parte pra cima dele... snow-cloni mata slow verdadeiro...

ele ateh diz numa frase algo do tipo: eu sobrevivi meus primeiros trinta segundos de vida matando... a mim mesmo...

ou eu to malcuo? :o?:
haha

Não, você está certo. Eu acho que já comentei isso aqui, mas quando eu revi o filme pela terceira ou quarta vez, eu notei que o Snow falou essa frase mesmo; e se fosse o clone dele morte, teria ressucitado.
 
Finalmente vi o mais recente filme do Soderberg e até gostei. Só que espereva mais, e a comparação com 2001 fica só na comparação pq os filmes estão separados de uma distância tremenda. Solaris está mais para uma ficção que flerta com o drama para contar um romance, tendo como cenário um lugar no espaço. De científico mesmo, no sentido de "reflexão", vi pouco. O Clooney está ok apenas, assim como o resto do elenco. A trilha não tem nada de especial, a direção é eficaz (não achei o filme tão cansativo) e a fotografia sem dúvida, proporcionou imagens belíssimas, sendo um dos pontos fortes do longa. O fato do filme ser curto também ajuda.

tresestrelas.gif
 
Assisti o filme finalmente... Tipow em uma comparação do remake com o original, é claro que o original seria melhor, porque é original, mas tem algumas coisas que realmente eu prefiro no remake, porque ele meio que sintetiza algumas idéias e não écansativo, achei o filme um pouco em algumas horas.
Como resposta soviética a 2001 uma odisséia no espaço, ainda prefiro a dos capitalistas, embora diria que Solaris ainda é uma obra prima, com imagens belíssimas e utilizando a fc como um meio, não como um fim, para chegar a reflexão.
 
Nossa, que belo, belo filme esse do Soderbergh. Já sabia que ele fotografa bem mas aqui atingiu um nível fantástico nesse quesito. Aliás a parte técnica do filme é perfeita, efeitos sem exageros, naturais, juntamente com a cenografia.

Spoilers

O filme não é cansativo, nem tão hermético com diziam, é verdade que o modo como ele aborda o tema existencialista é bem pouco acessível, através de fenômenos metafísicos inexplicáveis, mas a trama inteira corre redonda, levantando muitos questionamentos interessantes como resignação emocional, inteligência divina e imortalidade do amor (isso para mim foi o ponto central do filme). Para mim o trecho mais interessante é quando o pisiquiatra começa a ter a intenção de permanecer para sempre na nave com seu "subconsciente" materializado, essa passagem do filme, que beirou a morbidez (por a mulher estar "triplamente" morta na cabeça do espectador) foi uma carga fortíssima de emoções dos personagens, foi aqui que deu para notar como o pisiquiatra estava destruído e confuso com todos aqueles acontecimentos. "O" Solaris tb representa uma certa icógnita, não é um planeta, é um organismo vivo, mas os efeitos que ele provoca nas pessoas é intecionalmente maligno? Ou tem a verdadeira intenção de ajudar as pessoas? Ou apenas é um efeito natural e inevitável que ele provoca? Gostei tb da forma de meias palavras que o filme se desenvolve, é realmente muito difícil observar um grande estúdio americano produzir um filme caro como este sem forçar a necessidade de revelar tudo nos mínimos detalhes, afinal a dúvida muitas vezes é mais enriquecedora do que as explicações. As atuações tb foram excelentes, me impressionei como Cloney, muito, bom nas expressões, passava uma frieza da profissão do personagem combinada com muita tristeza de maneira totalmente convincente.

Pensando no filme agora observo que ele quase não tem defeitos, talvez ele deveria ter dedicado mais momentos para mostrar a tecnologia futurística do tempo da história, e um pouco mais de tempo para interação entre os tripulantes vivos da nave tb.

Não vi a primeira versão russa do livro, mas se for realmente tudo o que leio nas críticas sobre ele e ainda mais com esse argumento deve ser uma obra-prima e tanto, devo tentar assisti-lo com prioridade. E interessante dizer que esse Solaris americano não é um remake, é uma visão totalmente independente de Soderbergh do livro, como ele mesmo fez muita questão de frisar no documentário do DVD.

É um dos melhores que eu vi nesse ano, na tela grande então deveria ter sido maravilhoso assisti-lo.

Nota: 8,5

Fiquei com uma dúvida no final: A "consciência" ou "fantasma" do pisiquiatra que apareceu materializada na terra no final do filme surgiu diretamente lá, ou foi gerada durante a permanência na espaçonave e escapou para a terra durante a fuga apressada?
 
Eu revi esse hoje pela quarta vez (eu acho), subiu 1 ponto.

76

Eu não lembro do que eu já falei nesse tópico, e o filme já foi bastante discutido, então eu vou me concentrar numa coisa que eu percebi agora, o fato desse filme ser meio Cristão, mais ainda que o filme do Tarkovsky. Estranho, vindo do Soderbergh, e talvez a obra do Lem tenha também esse subtexto cristão, mas está lá, claramente. Solaris é Deus, não um "homem de barba branca" como coloca Gibarian, mas uma forma superior de inteligência, como coloca Rheya (a visão que o filme obviamente defende), uma fonte de poder tão enorme que faz qualquer tentativa de tentar entendê-la ou desvendá-la inútil. O poema do filme, o (absolutamente fantástico) "And Death Shall Have No Dominion", do Dylan Thomas, tem versos sobre amantes que se perderam, e que levantarão novamente, e que o amor não se perderá; Morte é irrelevante em Solaris, no Paraíso. Não é uma questão de estar vivo ou morto ("Nós não precisamos pensar assim mais", diz Rheya no final), é uma questão de existir. A visão do Paraíso de Soderbergh (e talvez Lem) é algo solipsista, construído a partir da memória de Kelvin, visto do seu jeito (um paraíso pessoal), representado visualmente com um foco superficial nos flashbacks (a memória dele) e representado na realização de Rheya de que ela não é ela, ela é a versão que o Kelvin lembra dela (a memória dele). Mas o fato dela entender isso ("de estar consciente da própria mortalidade", Rheya diz num flashback) não o faz dela humana? O que é ser humano, anyway? Os paralelos entre o flashback e o tempo real ficaram mais claros: é tudo uma questão de Kelvin evitar que o que aconteceu com Rheya se repita (ela se matar); sem falar no sentimento de culpa, pois é culpa dele ter lembrado dela como uma suicída -- uma culpa que é redimida no final ("Todos os seus pecados estão perdoados", Rheya diz, novamente, no final). "O que Solaris quer?"; "Por que você acha que ele quer alguma coisa?"; mais um paralelo com Deus, e outro ainda mais claro: "Solaris (aka Deus) me criou, mas eu não consigo me comunicar com ele. Mas eu imagino que ele me escute", dizendo Rheya, ajoelhada no chão, em posição de oração, olhando pela janela para o planeta. Outra imagem religiosa: Kelvin deitado no chão, tocando na mão do Menino (aka Deus) à sua frente, como aquela imagem de Michelangelo da Capela Sistina ("Genesis", é isso?). Coisas intrigantes, potentes, profundas, mas é tudo bastante óbvio e sublinhado, não dando muito espaço pra interpretações ou variações (meio que tirando a sensação de mistério). Mas... ainda existem alguns "mistérios" (ou seriam incoerências), como: o visitante de Snow, que matou o original logo depois de nascer. Como ele permanece existindo? Ele não depende de Snow? Não é tudo parte da construção da memória do Snow? Será que Solaris realmente constrói pessoas a partir de memórias, e não são só imaginárias? Faz sentido, se todos podem ver os clones dos outros. Mas isso não é mais motivo ainda pra acreditar que eles são reais? Será que Solaris representa um Deus infantil (aka O Menino), que cria e brinca de criar? Uma criança sozinha no Universo, dando o que as pessoas querem, para que fiquem com ele? Estranho... Além de tudo isso, Soderbergh dirige, monta e fotografa esse filme como se ele fosse um Deus, pois eu poderia assistir o filme para sempre; é puro prazer visual e sonoro (com uma trilha maravilhosa do Cliff Martinez), lindo de se olhar, ocasionalmente transcendental -- como no flashback da primeira cena de amor entre o casal.



PS: Quando eu crescer, eu quero dirigir igual o Soderbergh.
 
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