-Vê esse sol, filho? Que agride, implacável, essa sua pele jovem. É pra lá que você vai quando morre. Ascende, ou acende, o que preferir. Os dois. E da carne que aqui fica ele também cuida, faz apodrecer antes mesmo que a tenha deixado de vez.
Entende agora porque ele morre? Vê se com essas pobres alminhas se alimenta um sol? Ele vai de ponta a ponta no céu, na carruagem de Apolo, o olho de Rá, o ralo do mund ralo pra onde escoam as vidas.Exige os sacrifícos, não como antigamente. Mas sempre sacrifícios, pagos sem atraso.Forte assim, punindo assim nossa falta de qualquer coisa. Falta de fé. O Sol vai apagar, filho, vai morrer.
Gente morre, deuses morrem, o Sol morre. Alminhas sem fé não alimentam o Sol. Lembra o que ele fez em "O Estrangeiro"? São os extertores daquele que já teve poder e sabe que o fim será o fim como outro qualquer. Como um rei. No fim o Rei Sol espicha e suspira, feito o árabe de Camus. É triste, mas é a morte que imita a vida. Cagada e cuspida.
Entende agora porque ele morre? Vê se com essas pobres alminhas se alimenta um sol? Ele vai de ponta a ponta no céu, na carruagem de Apolo, o olho de Rá, o ralo do mund ralo pra onde escoam as vidas.Exige os sacrifícos, não como antigamente. Mas sempre sacrifícios, pagos sem atraso.Forte assim, punindo assim nossa falta de qualquer coisa. Falta de fé. O Sol vai apagar, filho, vai morrer.
Gente morre, deuses morrem, o Sol morre. Alminhas sem fé não alimentam o Sol. Lembra o que ele fez em "O Estrangeiro"? São os extertores daquele que já teve poder e sabe que o fim será o fim como outro qualquer. Como um rei. No fim o Rei Sol espicha e suspira, feito o árabe de Camus. É triste, mas é a morte que imita a vida. Cagada e cuspida.