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Software Brasileiro - O tesouro Escondido

TT1

Dilbert
Retirado da Exame

Preste atenção nas três histórias a seguir:
· No mundo todo, não passa de dez o número de empresas que desenvolvem sistemas de controle e defesa de tráfego aéreo -- uma das atividades mais dependentes de tecnologia que existem. A brasileira Atech, de São Paulo, integra essa dezena. Seus sistemas controlam 80% dos aviões que cruzam o país -- ela foi responsável pela integração do bilionário e controvertido Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). Na América Latina, a Atech é a única a desenvolver esse tipo de sistema. As demais fabricantes de software de controle e defesa de espaço aéreo são sediadas em países como Estados Unidos, França, Inglaterra e Alemanha.
· Há dois anos, Gérson Schmitt, presidente da Paradigma, de Florianópolis, esperava em Anaheim, Califórnia, diante de 5 000 pessoas de 60 países, o momento de receber da Microsoft a medalha de melhor empresa latino-americana de comércio eletrônico. Surpresa: a empresa de Bill Gates anunciou a Paradigma como ganhadora não apenas da medalha de melhor empresa latino-americana mas também do troféu de melhor empresa mundial do setor.
· Num encontro de segurança pública na Espanha, em 2000, policiais brasileiros perguntaram aos espanhóis de qual empresa americana era o banco de dados que usavam. A resposta: não se tratava de uma empresa americana, mas da Light Infocon, de Campina Grande, na Paraíba. A Polícia Nacional e o Ministério da Defesa da Espanha usam o software brasileiro desde 1999.

Agora ouça o que diz Alice Amsden, professora de política econômica do festejado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT): "A produção de tecnologia da informação no Brasil é um dos segredos mais bem guardados do mundo". Alice chegou a essa conclusão depois de avaliar o desempenho de 57 empresas brasileiras que desenvolvem software e serviços relacionados. A pesquisa faz parte de um estudo que compara as indústrias de tecnologia da informação e comunicações de três países emergentes: Brasil, Índia e China. Para Alice, o Brasil deve ser considerado uma das principais forças do setor entre os países em desenvolvimento. "Mesmo desconhecido no exterior, o software brasileiro está se transformando num tesouro", diz ela.

Para muita gente, essa afirmação deve soar exagerada. E não sem motivo. O cenário é desconhecido não só pelos estrangeiros mas pelos próprios brasileiros. Poucos sabem que, nos últimos anos, a indústria nacional de software deu um salto de capacitação e competitividade. As empresas criaram novas tecnologias, ajudaram a abastecer o mercado interno, aprenderam a competir e, muitas vezes, a ganhar das multinacionais. De 1995 para cá, o setor cresceu à taxa média anual de 11%, índice que equivale a cinco vezes o crescimento do PIB nacional (veja quadro abaixo). Só nos últimos cinco anos, as empresas estudadas por Alice cresceram em média 300%. Recentemente, elas até abriram as portas do mercado internacional.

Na opinião de especialistas, o software brasileiro não faz feio na comparação com o das demais economias emergentes. "Observe a indústria de tecnologia da informação do México, país que vive uma fase de ascensão econômica, é vizinho dos Estados Unidos, pertence ao Nafta e tem renda per capita maior que a brasileira", diz o português Francisco Veloso, professor de gestão e política tecnológica da universidade americana Carnegie Mellon e da Universidade Católica de Portugal. "Teoricamente, o México poderia ser uma potência tecnológica, mas seu mercado equivale a um sétimo do brasileiro." De acordo com Veloso, um dos indicadores fundamentais de desenvolvimento da indústria de tecnologia brasileira é seu tamanho em relação ao PIB nacional: 1,5%. Na Índia, esse índice é de 1,7%, e na China, de 0,6%.


Até pouco tempo atrás, o Brasil movimentava mais dinheiro com a indústria de software que a própria Índia, geralmente citada como a grande potência emergente no setor. Em 2000, por exemplo, o faturamento indiano com programas de computador era de 5,8 bilhões de dólares, contra 7,3 bilhões da indústria brasileira. Em 2001, o Brasil foi o sétimo maior mercado de software do mundo, com 7,7 bilhões de dólares. Mas aí o mercado indiano já movimentava 8,2 bilhões de dólares -- 6% mais que o brasileiro. Não há números fechados para 2002, mas os especialistas ainda registram o Brasil em sétimo lugar, empatado com China e Índia. O governo estima que, no ano passado, a comercialização de software e serviços relacionados somaram 8,5 bilhões de dólares no país. Para este ano, a previsão é de 9,2 bilhões. Tal resultado, quase 1,8% do PIB, colocaria a indústria nacional de software em terceiro lugar entre as 500 maiores empresas brasileiras.

Por que, então, fala-se tanto em software indiano? "A Índia obteve uma visibilidade internacional importantíssima porque voltou sua produção tecnológica para a exportação", afirma Veloso. Enquanto o mercado doméstico indiano consumiu apenas 2 bilhões de dólares de software em 2001, as empresas locais contabilizaram 6,2 bilhões em exportações. Já no Brasil, do total de 7,7 bilhões das receitas produzidas pelo software naquele ano, 6,7 bilhões foram comprados por empresas brasileiras ou instaladas aqui, segundo dados coletados para a pesquisa do MIT pelo Softex, um programa do governo de incenti vo ao setor. As exportações de software brasileiras mal chegaram a 100 milhões de dólares em 2001 (sem contar os programas de computador vendidos com outros produtos, de telefones celulares a aviões da Embraer).

É aí que moram a oportunidade e a necessidade. "Se permanecermos locais, morreremos aqui dentro", afirma Gabriel Marão, vice-presidente da Itautec, empresa do grupo Itaúsa especializada em equipamentos e sistemas de informação. Embora a Itautec esteja presente em Portugal há 15 anos abastecendo o mercado de varejo com sistemas de automação comercial, nunca teve como meta se expandir para outros países, nem pelo restante da Europa. "Só agora os assuntos exportação e internacionalização são considerados uma necessidade clara", afirma Marão.

A razão que levou a Itautec a tentar se internacionalizar é mais do que concreta: trata-se de ganhar ou perder negócios. Todo software hoje precisa rodar não apenas no Brasil mas pelo menos na América Latina. E essa ficha não caiu só na Itautec. Durante a apuração desta reportagem, praticamente todos os entrevistados estavam com viagens marcadas para o exterior com o objetivo de vender seus produtos lá fora. Dois executivos da Atech visitaram a África numa missão organizada pelo Ministério da Defesa brasileiro para apresentar empresas nacionais a governos e empresários de Angola, Namíbia e África do Sul. Laércio Cosentino, presidente da Microsiga, especializada em softwares de gestão empresarial, interrompeu uma entrevista às 17h30 de uma terça-feira para ir às pressas ao aeroporto de Guarulhos rumo ao México, onde teria, no dia seguinte, uma reunião com um potencial cliente. Paulo Sahd, dono da RMS, especializada em sistemas de gestão e automação para varejo, também atendeu a reportagem de EXAME com vôo marcado para o México, onde a empresa tem uma subsidiária desde 2001 (a RMS mexicana foi responsável, no ano passado, por 30% da receita total da empresa, ou 3 milhões de dólares).

CONDIÇÕES DE BRIGA Mas será que essas empresas teriam condições de competir no exterior numa área em que o Brasil não tem a menor tradição internacional? Aqui é preciso abrir um breve parêntese histórico para compreender as características da indústria nacional de software. A reserva de mercado do setor de informática, iniciada no regime militar e encerrada apenas em 1992, foi responsável por um brutal atraso tecnológico. Míope, a reserva foi incapaz de enxergar a natureza da indústria da tecnologia da informação. Com o pretexto de desenvolver a produção nacional de equipamentos eletrônicos, protegeu essa indústria sem dar muita bola para aquilo que, fora do Brasil, era visto como a maior fonte de riqueza no mundo da tecnologia da informação: não os computadores, mas os programas que os faziam funcionar. Por aqui, o software nem era visto como produto. Era dado como brinde pelas fabricantes de equipamentos.

Sem condição de competir em escala internacional, a indústria de hardware que a reserva ajudou a criar iniciou a década de 90 produzindo verdadeiras carroças digitais e praticamente ruiu com a abertura. Mas foram, ironicamente, a capacidade técnica dos programadores e o conhecimento acumulado pelos empresários nos anos da reserva que fomentaram no país, ao longo da última década, uma competitiva indústria local de software, pois programas de computador dependem, mais que qualquer outro negócio, de cérebros para absorver e criar conhecimento. "Hoje encontramos produtos e serviços tecnológicos no Brasil que podem competir em qualquer lugar do mundo", diz Veloso. Ele visitou pessoalmente oito empresas brasileiras durante a pesquisa do MIT.

A afirmação de Veloso não implica, em absoluto, que o software nacional vá sair por aí enfrentando potências como IBM, Microsoft ou Oracle. Mas é preciso entender que a indústria de software é, em certo sentido, tão vasta quanto a de agropecuária, pois praticamente todos os processos de negócios podem sofrer certo grau de automação. Assim como um país é mais competitivo no trigo, outro no milho e um terceiro na soja ou no gado, também pode haver espaço para o Brasil em nichos específicos de programas de computador. O jornal espanhol El País, por exemplo, foi buscar em Belo Horizonte a empresa que im plantou um sistema de busca em seu site, a Akwan (trata-se, por sinal, do mesmo sistema usado pelos sites da Editora Abril, que edita EXAME). A Akwan não está mais no El País, mas, graças às portas abertas na Espanha, tem sua tecnologia em três bancos locais: BBVA, La Caixa e La Caja Segóvia. Esse exemplo mostra que, do ponto de vista estratégico, é fundamental para o país conhecer os setores em que o software nacional pode competir. Eis, segundo nossa reportagem, os principais candidatos:

SISTEMAS FINANCEIROS A era das trocas freqüentes de moeda e dos pacotes econômicos teve um lado bom: os anos de inflação deram aos programadores brasileiros do mercado financeiro uma tarimba invejável. Hoje o sistema financeiro brasileiro, integrado pelo Sistema de Pagamentos Brasileiro, é um dos poucos -- senão o único -- no mundo a fazer transações em tempo real para clientes comuns. Empresas como a EverSystems são bons exemplos do sucesso das inovações voltadas para o cliente do mercado financeiro. De 1991 a 2002, o faturamento da EverSystems foi de zero a 32 milhões de dólares. Ela fez o primeiro home banking do Brasil (para o Unibanco) e depois apostou em inovações, como o envio de informações financeiras por pager ou o primeiro serviço de e-mail banking do mundo (do Citibank). Sua lista de clientes inclui BankBoston, Santander, Bank of America e Lloyd's TSB. No ano passado, 11 milhões de dólares das receitas foram gerados por subsidiárias na Venezuela, no Uruguai, nos Estados Unidos e na Argentina.

GOVERNO ELETRONICO É inegável a repercussão da apuração eletrônica das eleições brasileiras nos Estados Unidos, sobretudo diante do fiasco da recontagem manual dos votos da Flórida. No Brasil, nas últimas eleições, a Justiça eleitoral finalizou a apuração dos 114 milhões de votos em menos de 10 horas. Mas não é só isso. Fora o sistema de entrega de declarações de imposto de renda -- atualmente realizada eletronicamente por 95% das pessoas físicas e 100% das jurídicas --, em 1987 o governo brasileiro tornou-se o primeiro no mundo a pagar todas as contas eletronicamente. Desde então, é possível saber em que é gasto cada tostão do Orçamento da União. Representantes dos governos de 50 países visitaram o Brasil para conhecer o sistema por recomendação do Banco Mundial. O Brasil também foi o primeiro país a colocar online, em 1997, todas as transações de importação e exportação. "O governo eletrônico é uma área particularmente importante, porque o Brasil já tem bandeira no exterior", afirma Veloso. Trata-se de um segmento em que não apenas o governo mas sobretudo as empresas brasileiras podem disputar negócios em outros países. Na área de compras públicas, a catarinense Paradigma, aquela que foi premiada pela Microsoft entre 800 candidatos do mundo todo, depois de ajudar a criar 13 dos 20 portais de compras públicos do país, agora nutre expectativas no mercado europeu. Outra empresa brasileira que atua nessa área, a Vesta também recebeu em 2001 um prêmio na Europa pelo desenho do ComprasNet, portal de compras do governo federal que movimentou transações no valor de 2 bilhões de dólares em 2002. A Vesta já vendeu seus sistemas aos governos da Bolívia e de El Salvador e tem três outros contratos pendentes.

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Derivadas das necessidades tanto do setor financeiro quanto do governo, várias empresas brasileiras se especializaram em segurança de dados. O Citibank, por exemplo, só fechou contrato para instalar os sistemas brasileiros nas subsidiárias na América Latina depois que uma auditoria constatou que a EverSystems trabalhava com um nível de segurança mais confiável do que o utilizado pela matriz americana na época. Um cientista da Scopus, empresa de tecnologia do Bradesco, já ganhou um dos maiores prêmios internacionais de segurança da informação. A carioca Módulo, que atua no monitoramento das eleições eletrônicas, é outra com potencial global no setor, embora já se tenha frustrado na primeira incursão aos Estados Unidos. No ano passado, a Módulo faturou 28,5 milhões de reais e atualmente, com 150 empregados, opera no mercado americano por meio de associações com empresas locais.

TELECOMUNICAÇÕES Essa é outra área em que o Brasil tem competência global. Um exemplo freqüentemente citado é o da Trópico, de Campinas, empresa criada a partir do software para centrais telefônicas desenvolvido no CPqD, braço da antiga Telebrás que ganhou autonomia e se transformou num centro de excelência em pesquisa e desenvolvimento. A central telefônica para pequeno e médio portes comercializada globalmente pela Lucent também foi desenvolvida no Brasil, numa parceria entre o Bell Labs e a Fitec, fundação privada com sede em Campinas, Belo Horizonte e Recife.

Além das centrais, a área de celulares também tem gerado oportunidades para programadores brasileiros. A subsidiária brasileira da Motorola mantém em Jaguariúna, no interior de São Paulo, cerca de 100 funcionários que trabalham na área de desenvolvimento de chips empregados globalmente não apenas em celulares mas também em eletrodomésticos como máquinas de lavar. Trata-se não do processo fabril de produção dos chips (eles são fabricados no Japão), mas da área nobre, a de programação e desenvolvimento. "Não ficamos só com a carne de pescoço", diz o piauiense Armando Gomes, diretor de tecnologia e desenvolvimento de semicondutores da Motorola. No ano passado, a família de chips Nitron, projetada pela equipe de Gomes, foi escolhida como produto do ano pela revista americana Electronic Products Magazine, uma das mais importantes publicações mundiais do setor. Ainda na Motorola brasileira, a área de desenvolvimento de software foi designada como centro de competência de programas que permitem a troca de mensagens instantâneas por celular. "Conquistamos nossa reputação ao entregar produtos de qualidade dentro dos prazos", afirma Rosana Fernandes, gerente de pesquisa e desenvolvimento de software para telefone celular. Desde o início do ano, os chineses usam um programa de troca de mensagens por celular desenvolvido no Brasil pela equipe de Rosana.

SOFTWARE DE GESTÃO Focadas em pequenos e médios negócios, as empresas brasileiras de sistemas de gestão empresarial conseguiram se tornar líderes desse segmento no país. Juntas, empresas nacionais, como a paulista Microsiga, a mineira RM e as catarinenses Datasul e Logocenter, detêm 60% do mercado nacional de sistemas integrados de gestão, os ERPs, de acordo com a Pesquisa de Recursos de Informática, realizada anualmente pela Fundação Getulio Vargas. Mais recentemente, essas empresas também passaram a produzir sistemas de relacionamento com o cliente (CRM) e de inteligência de negócios (business intelligence). "Se conseguimos abastecer o mercado brasileiro, que é o sétimo do mundo, temos condição de ir para fora", diz Cosentino, da Microsiga. "Agora, o negócio é aprender a exportar." Dos 230 milhões de reais faturados pela Microsiga em 2002, cerca de 18 milhões vieram de negócios fechados no México, no Chile e na Argentina.

TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA Foi com o desenvolvimento local de software para clientes estrangeiros, conhecido como offshore, que a Índia firmou sua marca mundial. Depois de abrir o mercado de informática na década de 80 -- dez anos antes do Brasil --, os indianos investiram na transformação de programas criados para computadores de grande porte em sistemas que pudessem rodar em máquinas menores. Em pouco mais de dez anos, a Índia criou uma indústria de mais de 8 bilhões de dólares. Hoje, o setor está em fase de reestruturação e quer assumir também desenvolvimentos mais complexos. "Não é algo que se possa chamar de crise, mas a indústria indiana também está frente a um desafio: tornar-se fornecedora de produtos e serviços de maior valor agregado", diz Veloso. "Esse momento abre uma oportunidade para empresas brasileiras com prática em serviços mais complexos."

Em custos, o Brasil já se equipara à Índia. Estudos recentes do Gartner Group e da International Data Corporation (IDC), consultorias especializadas em pesquisa, afirmam que o custo por hora de um programador indiano é de cerca de 24 dólares. Na China, o valor varia de 10 a 24 dólares e, no Brasil, de 10 a 20 dólares. Várias empresas nacionais já montaram as chamadas fábricas de software para conquistar o filão da terceirização. A Stefanini, por exemplo, fechou contratos nos Estados Unidos para desenvolver programas para Citibank, Goodyear e Kimberly-Clark. Esta última, aliás, nem era cliente da empresa no Brasil. Contratos estrangeiros respondem hoje por 15% da receita da Stefanini, que foi de 172 milhões de reais em 2002.

Pode-se dizer sem receio que se abriu uma nova janela de oportunidades para a indústria nacional de software. Também surgiu, nos últimos anos, uma nova geração de empreendedores pronta para aproveitá-la. Seu grande desafio é construir uma marca que alie o Brasil à tecnologia da informação. "Se o Brasil se concentrar nesses setores, tem grandes chances de dar o salto para o mercado internacional", afirma Veloso. "Mas isso não quer dizer que conseguirá, pois os esforços teriam de começar já." E há pela frente um longo e apressado trabalho (leia a reportagem seguinte).

Por que esse esforço deve ser feito? Por pelo menos dois motivos. O primeiro: o setor de tecnologia da informação e das comunicações é um dos últimos mercados globais de alto valor agregado ainda em formação e que, portanto, oferece oportunidades aos emergentes. Segundo motivo: é nessa área que o Brasil pode diminuir mais rapidamente o seu subdesenvolvimento, porque a tecnologia da informação permeia todos os setores produtivos. Tome-se o caso da Atech, empresa que fez a integração do Sivam e disputa mercado com gigantes americanas e européias. Sua existência é prova de que o Brasil reúne não apenas a capacidade de desenvolver software da maior qualidade mas também a inteligência necessária para entender como a tecnologia pode transformar e reorganizar a economia para obter ganhos reais de qualidade e produtividade.
 
soft brasileiro mostrando q naum eh fraco naum [= :clap: :clap: :clap:


tomara q continue crescendo ainda mais essa area no brasil.
 
Já conhecia matérias similares a esta... Mesmo com este "sucesso" lá fora, não existem ganhos expressivos com a venda de software brasileiro no exterior - é só olhar o nosso ranking de exportações pra ver o quanto nós ainda estamos engatinhando neste processo.

É importante o reconhecimento externo mas faltam ainda incentivos e iniciativas para a venda de software fora do Brasil. O software produzido aqui é na imensa maioria das vezes para ser utilizado apenas e tão somente aqui.

Com relação a Índia, mesmo se os custos do Brasil e da Índia fossem os mesmos, acredito que qualquer softwarehouse estrangeira iria preferir a Índia ao Brasil porque:

1. Eles já têm experiência neste tipo de parceria.
2. Já provaram que são eficientes e cumprem o que prometem.
3. Eles falam Inglês. :mrgreen:

No tocante ao custo da produção de software, entra outro detalhe "distorcido": parcela significativa deste custo refere-se a mão de obra especializada, coisa que, em ambos os países e na China (outro citado), é desvalorizada se comparada a países mais desenvolvidos. Não sei se isto deve ser encarado como motivo de orgulho ou vergonha para a indústria de software de um país.
 

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