Sobre literatura infantil e a questão racial

[Elessar Hyarmen]

Keila Grinberg comenta episódios de reprovação do uso de livros para crianças em escolas brasileiras e norte-americanas por terem suposto conteúdo racista e discute o tratamento dado ao racismo na sociedade atual.




Saiu outro dia no jornal norte-americano The Washington Post: pai de uma estudante negra do 5º ano da região de Detroit, nos Estados Unidos, está processando a escola onde a menina estuda por considerar que ela foi racialmente assediada.

Motivo: o professor teria lido em voz alta trechos de um livro infantil sobre escravidão, durante uma aula em que os alunos preparavam-se para celebrar o Black History Month (mês da celebração da história e cultura negra, comemorado tradicionalmente em fevereiro naquele país).

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É uma matéria muito interessante de ler. Vale a pena

 

[Brunno Zenni]

se o professor tivesse feito brincaderinhas de mal gosto discriminando a menina por ser negra, ai seria motivo pra processo por racismo, mas se o professor estava apenas lendo um fato historico, ele não tem culpa do que aconteceu anos antes de ele ter nascido, é um fato historico a escravatura e não deve ser escondido
é como na alemanhã aonde as pessoas não gostam de comentar sobre o nazismo, tentam esquecer, considerar uma lenda, como se nunca tivesse ocorrido, eu acho isso errado, as pessoas precisam saber o que aconteceu para que não ocorra novamente, é historia do país e deve ser ensinada nas escolas
claro, uma coisa é ensinar historia, outra é fazer uma discriminação racial, coisas bem diferentes, tem que analisar se durante a aula esse professor não teria realmente ofendido a aluna de proposito e discriminando racialmente ela na frente dos outros alunos, ou se ele apenas leu o que estava no livro de historia e ela se sentiu ofendida pelo simples fato de ter existido a escravatura e colocado a culpa no professor