• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Sobre Eru Ilúvatar

Re: → Sobre Eru Ilúvatar

Capaz que o Melkor esqueceu que alguns atributos só eram controláveis por Eru.

Entre essas características de Eru estava a de poder fazer qualquer coisa devido a sua característica de paternidade criadora não precisando interromper sua ação por aí mas podendo continuar a exteriorizá-la sem maiores problemas... Biblicamente para as criaturas apesar de tudo ser lícito nem tudo convém. Para criadores a história é mais ampla.
 
Re: → Sobre Eru Ilúvatar

Concordo que ele tudo podia, por ser ONIPOTENTE. O que isso tem a ver com "paternalidade"???????

:roll::roll::roll::roll::roll:
 
Re: → Sobre Eru Ilúvatar

Paternalidade estabelece um vínculo com uma origem. A origem possui função de pai, não apenas por ser origem, mas por ser historicamente anterior.
 
Re: → Sobre Eru Ilúvatar

E como podemos dizer que Eru se enquadraria em algo 'histórico', 'anterior'. Ele não estaria além da história?

E como dizer se ele existia antes ou depois do mundo, se viveu com ele, ou mesmo se o mundo sempre existiu nele antes mesmo dos Valar nascerem?
 
Re: → Sobre Eru Ilúvatar

Seria então a perfeição de Arda alcançada entre a existência do "Bem" e do "Mau"? Desse modo haveriam renovações da criação o tempo todo, um meio de destruir e outro de reparar tornando a criação perfeita como o criador.
?????
 
Re: → Sobre Eru Ilúvatar

Considero o Bem e o Mal como caminhos a serem seguidos para atingirmos a plenitude do Ser. Esse Ser é a Natureza, o Mundo, o próprio Eru. Ele não foi criado e é o Mundo. É então o Ser-em-Si, não qualquer Ser, senão alguém teria de cria-lo e não seria Eru.
<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p> </o:p>
O Bem seria a estrada natural, está no nosso ser, Ele é Amor, portanto, pois amor significa também fidelidade. Fidelidade ao que? À nossa natureza, que é a natureza em Si, Natureza, Mundo, Eru. Logo, o Bem é natural.
<o:p> </o:p>
Já o Mal é uma perversão da natureza, uma antinatureza. Por que naturaliza o artificial, o falso e convencional poder pelo poder. E desnaturaliza o poder pelo Bem, e o próprio Bem como estrada errada. Mas se o Bem está em nós, o mal é uma afronta à natureza de cada um, de todos, logo da Natureza em si e do Ser em si, que são os mesmos. Por isso, o Mal está fora de nós. Busca-lo é uma ofensa a nós mesmos.
<o:p> </o:p>
Assim, Tolkien é fascinante pela dicotomia leve, bela e simples que apresenta. E é também importante, sempre presente e claríssima tal dualidade. E é algo tão natural que ele não associa a salvação a nenhuma religião ou teocracia. Aliás, nem fala em salvação.
<o:p> </o:p>
Vejamos, não há nada na Terra-Média que fale de religião além dos cultos, funerais e tumbas de Númenor. E, ainda assim, nasceu da angústia pela morte (se bem que alguns viviam até 600 anos), alimentada pela mentira e tornada obsessão. E sabemos o que aconteceu com Númenor não?
<o:p> </o:p>
A religião deveria ser um intermediário, mas para quê? Os Valar forma intermediários da sabedoria da Natureza e sempre estiveram por aí, basta termos tempo e sensibilidade para senti-los. Eru? Ainda mais. Parece mais distante, mas se ele é o mundo, não está aí a Natureza? É só ser capaz de enxergar!
 
Re: → Sobre Eru Ilúvatar

Eru tinha muitas cartas na manga. Ele podia fazer parte da história quando fosse necessário e sair dela quando não fosse mais útil. Conta-se no Silmarillion que Eru criou uma hierarquia de vínculos. As criações comuns como as pedras possuíam um vínculo um pouco "pior" do que o vínculo que unia Eru aos seus filhos. Além da vida livre o vínculo de filiação era um privilégio que concedia dons.

Aulë criou inicialmente os anões com um vínculo de poucos privilégios.Então Eru em conversa com ele decide ligar um sistema isolado (anões) a uma origem (Eru) e os adota como filhos. Na linha histórica de Arda Eru precedia os anões assim como Aulë precedia suas criaturas. A existência dos anões deixaria de isolá-los em um sistema fechado para se abrir ao reconhecimento de sua origem (Eru) e foi concedida a paternidade por adoção.

Existem outras demonstrações de Eru usando o tempo ao ser contada de forma linear a construção da música (e os planos para que ela seja um ensaio para outra ainda mais grandiosa).
 
Re: → Sobre Eru Ilúvatar

Ainda assim, não vejo como colocar Eru dentro desse prisma 'histórico'. Quem ou o que viria antes de Eru?
Ainda tenho em conta Ele como imanente na Natureza e fora de passagem de tempo e ainda fora dessa 'paternalidade'.
A não ser que você considere essa paternalidade como nós sendo filhos da Natureza. Asim, concordo com você.
 
Re: → Sobre Eru Ilúvatar

Era natural estranhar a história de Eru. Eru possuía um atributo de descoberta e estranhamento. Na época que Yavanna contou um pouco da música para Manwe ele estranhou e depois confabulando de forma semelhante a Eru percebeu que um pensamento estranho (ouvido por Yavanna) também estava na música. Os dons dos homens eram considerados estranhos também e só possuíam interpretação de fora dos círculos do mundo, aonde ficaram não o vazio, mas também muitos espíritos que não quiseram confinar sua existência a Arda.

Como Manwë era o que mais tinha a personalidade capaz de alcançar o pensamento de Eru ficamos imaginando o quanto de Eru estava oculto para os outros. Ele se revelava pessoalmente e no momento certo segundo os traços de personalidade de cada um. No final, diante de si mesmo ele também se revelava e originava a si mesmo num comportamento reflexo de um reflexo. As vezes seguindo a história e as vezes além dela, quem sabe vivendo com os Ainur que ficaram do lado de fora dos círculos do mundo.
 
Re: → Sobre Eru Ilúvatar

Entendo. Assim, esse estranhamento é parte da essência do Criador. Se isso é verdade, então não cabe mais a pergunta: de onde Ele veio? ou dizer: tem de ser imanente,senão é um E.T.

Você propõe que ele esteja tanto imanente como fora, que Arda seja alheia a Ele e do mesmo Ser ainda assim, uma permanente fonte de contradições, seguindo a forma dialética de pensamento que a sua análise pelo viés histórico exige.

Fascinante.
 
Re: → Sobre Eru Ilúvatar

E como podemos dizer que Eru se enquadraria em algo 'histórico', 'anterior'. Ele não estaria além da história?

E como dizer se ele existia antes ou depois do mundo, se viveu com ele, ou mesmo se o mundo sempre existiu nele antes mesmo dos Valar nascerem?



huuuuuuuuuuuu... essa foi boa... muito bem dito Caio Paganos!!!!!!

ERU não é passado nem futuro ele é presente!!!!
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo