Roy Batty
"Inconsertável"
Andei pensando aqui comigo se a obra de Tolkien, apesar de sua natureza amplamente prolixa, que nos desperta uma imaginação sem limites, não terá suscitado em alguns a sensação de que já estão se esgotando todas as discussões possíveis sobre os acontecimentos, personagens e significados da obra tolkieniana.
Sinto-me numa contradição, pois, racionalmente, vejo que todos aqui já falaram ou imaginaram praticamente tudo sobre todas as nuances e pormenores da obra de Tolkien; no entanto, tenho um sentimento de que sempre haverá alguma coisa interessante pra se pensar e discutir sobre a obra do professor. Pode ser uma discussão sobre a personalidade do personagem "menos importante" ou sobre como os personagens lidavam com problemas diversos que nós lidamos, como a questão de imaginar que eles pertenciam a um planeta e que haveria outras galáxias, com todos os mistérios nos quais nós pensamos na "vida real".
Enfim, desde que entramos em contato pela primeira vez com a obra de Tolkien, não paramos de aprender mais e mais sobre aquele universo. Mesmo assim, fico imaginando quando terminam todos os assuntos concernentes ao mundo de Tolkien e até aonde vão nossas indagações e imaginações sobre o mesmo. Chego à constatação de que, apesar de mera estória fantástica que está escrita em algumas milhares de páginas, a mesma passa a configurar-se como história escrita a cada dia por cada um de nós.
Todos os dias nos imaginamos dentro daquela obra, escrevendo nosso próprio "Senhor dos Anéis", nosso próprio "O Hobbit" e nosso próprio "Silmarillion", mas não como uma nova história, mas apenas escrevendo-os sob o ponto de vista de cada um, sendo assim, a obra de Tolkien renova-se constantemente...pois lá estamos nós em nossos devaneios tendo algum diálogo com algum personagem ou simplesmente caminhando numa tarde de outono em Valfenda, ou, ainda até, como desejosos de adquirir o conhecimento total e absoluto da obra de Tolkien, a cada dia renovando nossas impressões e conceitos referentes à coisa mais banal que seja, como pensar nos motivos de Ghân-Buri-Ghân em ajudar os Rohirrim etc.
Mas eu queria saber de vcs: vcs acham que o mundo de Tolkien é ilimitado em todos os sentidos para a nossa imaginação ou vai chegar um momento em que diremos: "Ok, já pensei tudo a respeito da Terra-média ou dos Valar, agora vou deixar os livros e os filmes de lado". Ou é mais algo como: "Eu moro na Terra-média, eu respiro o ar do Condado sem o qual não vivo; eu descanso todos os fins de tarde em terras élficas sob a sombra de um mallorn ou toda noite estou sentado numa cadeira dentro de uma toca de Hobbit e escuto bater à porta Gandalf me convidando a ir em busca de uma jornada que nunca acaba".
O que eu sei é que Tolkien nos legou uma obra que faz parte de nós não como mero entretenimento, mas como parte indissolúvel de nossos anseios e valores; objetivo verdadeiro de viver num lugar onde há mais do que sonhos: há renovação de esperança sobre nossas próprias esperanças de que nunca abandonaremos um mundo que nos fez mudar internamente, de algum jeito.
Sinto-me numa contradição, pois, racionalmente, vejo que todos aqui já falaram ou imaginaram praticamente tudo sobre todas as nuances e pormenores da obra de Tolkien; no entanto, tenho um sentimento de que sempre haverá alguma coisa interessante pra se pensar e discutir sobre a obra do professor. Pode ser uma discussão sobre a personalidade do personagem "menos importante" ou sobre como os personagens lidavam com problemas diversos que nós lidamos, como a questão de imaginar que eles pertenciam a um planeta e que haveria outras galáxias, com todos os mistérios nos quais nós pensamos na "vida real".
Enfim, desde que entramos em contato pela primeira vez com a obra de Tolkien, não paramos de aprender mais e mais sobre aquele universo. Mesmo assim, fico imaginando quando terminam todos os assuntos concernentes ao mundo de Tolkien e até aonde vão nossas indagações e imaginações sobre o mesmo. Chego à constatação de que, apesar de mera estória fantástica que está escrita em algumas milhares de páginas, a mesma passa a configurar-se como história escrita a cada dia por cada um de nós.
Todos os dias nos imaginamos dentro daquela obra, escrevendo nosso próprio "Senhor dos Anéis", nosso próprio "O Hobbit" e nosso próprio "Silmarillion", mas não como uma nova história, mas apenas escrevendo-os sob o ponto de vista de cada um, sendo assim, a obra de Tolkien renova-se constantemente...pois lá estamos nós em nossos devaneios tendo algum diálogo com algum personagem ou simplesmente caminhando numa tarde de outono em Valfenda, ou, ainda até, como desejosos de adquirir o conhecimento total e absoluto da obra de Tolkien, a cada dia renovando nossas impressões e conceitos referentes à coisa mais banal que seja, como pensar nos motivos de Ghân-Buri-Ghân em ajudar os Rohirrim etc.
Mas eu queria saber de vcs: vcs acham que o mundo de Tolkien é ilimitado em todos os sentidos para a nossa imaginação ou vai chegar um momento em que diremos: "Ok, já pensei tudo a respeito da Terra-média ou dos Valar, agora vou deixar os livros e os filmes de lado". Ou é mais algo como: "Eu moro na Terra-média, eu respiro o ar do Condado sem o qual não vivo; eu descanso todos os fins de tarde em terras élficas sob a sombra de um mallorn ou toda noite estou sentado numa cadeira dentro de uma toca de Hobbit e escuto bater à porta Gandalf me convidando a ir em busca de uma jornada que nunca acaba".
O que eu sei é que Tolkien nos legou uma obra que faz parte de nós não como mero entretenimento, mas como parte indissolúvel de nossos anseios e valores; objetivo verdadeiro de viver num lugar onde há mais do que sonhos: há renovação de esperança sobre nossas próprias esperanças de que nunca abandonaremos um mundo que nos fez mudar internamente, de algum jeito.
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