Engethor
Son of Jango
Uma das piores coisas que o Brasil importou dos EUA foi o politicamente correto. E pelo jeito não vamos nos livrar facilmente.
Ser pejorativo é uma questão de contexto, de conotação. Uma frase como "você é uma criança" é bem inocente, mas se numa discussão aqui do Forum, por exemplo, alguém disser isso a outro usuário, boa coisa não significa (aliás, adolescentes particularmente se inflamam com uma frase daquelas).
Isso sem falar nas conotações de sarcasmo/ironia, como em:
"Você é esperto, hein?"
"Esses meninos são uns amores!"
Ou seja, dê-nos uma palavra e ela assumirá o significado que quisermos, positivo ou negativo, conforme o contexto e a conotação.
- Dando auto-estima à minoria, para que a palavra não mais intimide.
A questão do racismo e do preconceito contra minorias em geral existe e não vai desaparecer com a mera substituição de palavras. Pois, se a estrutura preconceituosa se mantém, qualquer nova palavra que entre não vai mudar nada. Construções como "só podia ser coisa de <insira algo politicamente correto aqui>" continuarão sendo agressivas.
Ressalte-se o papel de movimentos pela auto-estima, como por ex, orgulho negro e 100% negro, tão mal-compreendidos. Lembrando que o sentido deles utopicamente seria apenas transitório -> numa sociedade igualitária, não haveria motivos para eles existirem pois não haveria preconceito a combater. Até lá, o trabalho continua. Não é motivo de vergonha ser negro, ou gay, ou anão. E nem ser chamado de negro, ou gay, ou anão.
Uma agressão verbal procura intimidar, inferiorizar o outro. Se um anão, por ex, se abala em ser chamado assim, se reage indignadamente, é porque, no fundo, ele vê algo de inferior nessa condição. E o agressor reconhece a vergonha do outro e se alimenta dela. Ensinar a essa minoria que há algo de errado, de feio em ser chamado de anão é um desserviço.
Aliás, comunista também está na cartilha, por ter sido usada pejorativamente no Brasil (afinal, aqui se dizia que comunistas comem criancinhas). O caso é que eu nunca vi um comunista que não tivesse orgulho de ser comunista.
Ser pejorativo é uma questão de contexto, de conotação. Uma frase como "você é uma criança" é bem inocente, mas se numa discussão aqui do Forum, por exemplo, alguém disser isso a outro usuário, boa coisa não significa (aliás, adolescentes particularmente se inflamam com uma frase daquelas).
Isso sem falar nas conotações de sarcasmo/ironia, como em:
"Você é esperto, hein?"
"Esses meninos são uns amores!"
Ou seja, dê-nos uma palavra e ela assumirá o significado que quisermos, positivo ou negativo, conforme o contexto e a conotação.
- Encarando-a de frente, sem ter vergonha ou medo. E não escondendo-a, evitando-a, substituindo-a por algo "adequado".E como se tira o tom pejorativo da palavra que foi enraizada com esse sentido na nossa cultura?
- Dando auto-estima à minoria, para que a palavra não mais intimide.
A questão do racismo e do preconceito contra minorias em geral existe e não vai desaparecer com a mera substituição de palavras. Pois, se a estrutura preconceituosa se mantém, qualquer nova palavra que entre não vai mudar nada. Construções como "só podia ser coisa de <insira algo politicamente correto aqui>" continuarão sendo agressivas.
Ressalte-se o papel de movimentos pela auto-estima, como por ex, orgulho negro e 100% negro, tão mal-compreendidos. Lembrando que o sentido deles utopicamente seria apenas transitório -> numa sociedade igualitária, não haveria motivos para eles existirem pois não haveria preconceito a combater. Até lá, o trabalho continua. Não é motivo de vergonha ser negro, ou gay, ou anão. E nem ser chamado de negro, ou gay, ou anão.
Uma agressão verbal procura intimidar, inferiorizar o outro. Se um anão, por ex, se abala em ser chamado assim, se reage indignadamente, é porque, no fundo, ele vê algo de inferior nessa condição. E o agressor reconhece a vergonha do outro e se alimenta dela. Ensinar a essa minoria que há algo de errado, de feio em ser chamado de anão é um desserviço.
Aliás, comunista também está na cartilha, por ter sido usada pejorativamente no Brasil (afinal, aqui se dizia que comunistas comem criancinhas). O caso é que eu nunca vi um comunista que não tivesse orgulho de ser comunista.