Alagos
Avo 'osto nad... Tíro nín!
*Sorri-Se senta em posição de Lótus*
Agradeço pela oportunidade, meu bom Senhor Lobo Nobre...*Traga-Expira uma lufada de fumaça*
Pois bem...*Inspira*
Creio que todos tenham ouvido, de passagem ao menos, sobre a adoração aos Pés-de-Lótus no Extremo Oriente(Leia-se CHINA)na Idade Média e essa história explicaria o motivo dessa frenesi.
Diz-se que entre os Séculos VI e XI, durante a dinastia Tang, uma princesa, que posteriormente veio a tornar-se Imperatriz, nasceu com uma deformidade óssea congênita nos pés: Eles não cresciam e possuiam um formato arquejado.
Era a Imperatriz Taki.
Os pés da Imperatriz(Que é descrita como uma das mulheres mais belas e graciosas do Oriente)na idade adulta, não passavam de oito centímetros.
Nesta época, para que as mulheres fossem aceitas pela aristocracia e vivessem na Corte, deveriam ser atraentes e delicadas.
Temendo que a filha fosse discriminada, o Imperador determinou que o quesito indispensável para a beleza feminina chinesa, seria então ter os pés muito pequenos, como botões de Lótus.
Senhoras Chinesas e seus "Pés-de-Lótus".
Entre as famílias de maior poder aquisitivo, criou-se então o hábito de comprimir com faixas umedecidas os pés das meninas a partir dos 3 anos de idade.
Os quatro dedos menores eram dobrados sob a sola do pé, em direção ao calcanhar.
Esse procedimento obstruía o crescimento dos pés, acentuando muito a curvatura dos ossos.
As faixas eram retiradas e trocadas, e os pés lavados periodicamente.
Por volta dos treze anos, os pés das Chinesas estariam perfeitos para os padrões.
A prática atravessou as muralhas do Palácio.
A mulher que não tivesse os “Pés-de-Lótus”, era discriminada pela sociedade, não conseguia casamento e era intitulada “Demônio de Pés Grandes”.
Se o objetivo não fosse alcançado pelo modo tradicional, a família procuraria uma profissional.
Havia mulheres que especializavam-se na arte de moldar os pés: Um corte era feito na sola do pé para que o osso do calcanhar fosse empurrado. Os quatro dedos menores, a essa altura já atrofiados, poderiam ser eliminados se o caso pedisse tal procedimento.
O ato de pedir aos pretendentes que medissem seus pés, trazia grande orgulho à garota e à sua família, e desenfaixar os pés da noiva na noite de núpcias era o auge do sensualismo.
Os "Sapatinhos-de-Lótus".
Os pequenos sapatos, os “Sapatinhos-de-Lótus” eram, geralmente, bordados cuidadosamente pela própria garota e não passavam de dez centímetros.
O problema era que os pés, atrofiados irremediavelmente, causavam muita dor e as faixas não poderiam ser retiradas jamais, salvo poucos instantes.
Caminhar sem elas estava fora de questão: Os pés poderiam simplesmente quebrar-se.
Pés e Sapatinhos-de-Lótus... Idolatrados na China...
Então, no ano de 1895 surgiu em Shangai a primeira associação contra a Tradição, que se espalhou pelo país e em 1911, com a revolução de Yat-Sem, a pratica foi proibida.
Ao subir ao poder, Mao Tse-Tung chegou a ponto de enviar inspetores por toda a China, multando as famílias que instigassem as filhas a enfaixarem os pés.
Mesmo após a proibição veemente da prática, ela persistiu durante mais alguns anos.
As próprias garotas enfaixavam os pés secretamente, sem o conhecimento dos pais.
Uma prática milenar como a dos Pés-de-Lótus, não é simplesmente extirpada da mente e concepção das pessoas.
Apenas o tempo pode amainar essa espécie de rastro cultural.
Mas jamais apagá-lo: Ainda há casos de Pés-de-Lótus na China, nas áreas rurais.
E os que os idolatrem também...
Interessante, não? As diferenças culturais tão explícitas em um mundo tão pequeno...*Pensa por um instante*
O próximo? *Estendendo o cachimbo*
Agradeço pela oportunidade, meu bom Senhor Lobo Nobre...*Traga-Expira uma lufada de fumaça*
Pois bem...*Inspira*
Creio que todos tenham ouvido, de passagem ao menos, sobre a adoração aos Pés-de-Lótus no Extremo Oriente(Leia-se CHINA)na Idade Média e essa história explicaria o motivo dessa frenesi.
Diz-se que entre os Séculos VI e XI, durante a dinastia Tang, uma princesa, que posteriormente veio a tornar-se Imperatriz, nasceu com uma deformidade óssea congênita nos pés: Eles não cresciam e possuiam um formato arquejado.
Era a Imperatriz Taki.
Os pés da Imperatriz(Que é descrita como uma das mulheres mais belas e graciosas do Oriente)na idade adulta, não passavam de oito centímetros.
Nesta época, para que as mulheres fossem aceitas pela aristocracia e vivessem na Corte, deveriam ser atraentes e delicadas.
Temendo que a filha fosse discriminada, o Imperador determinou que o quesito indispensável para a beleza feminina chinesa, seria então ter os pés muito pequenos, como botões de Lótus.
Senhoras Chinesas e seus "Pés-de-Lótus".
Entre as famílias de maior poder aquisitivo, criou-se então o hábito de comprimir com faixas umedecidas os pés das meninas a partir dos 3 anos de idade.
Os quatro dedos menores eram dobrados sob a sola do pé, em direção ao calcanhar.
Esse procedimento obstruía o crescimento dos pés, acentuando muito a curvatura dos ossos.
As faixas eram retiradas e trocadas, e os pés lavados periodicamente.
Por volta dos treze anos, os pés das Chinesas estariam perfeitos para os padrões.
A prática atravessou as muralhas do Palácio.
A mulher que não tivesse os “Pés-de-Lótus”, era discriminada pela sociedade, não conseguia casamento e era intitulada “Demônio de Pés Grandes”.
Se o objetivo não fosse alcançado pelo modo tradicional, a família procuraria uma profissional.
Havia mulheres que especializavam-se na arte de moldar os pés: Um corte era feito na sola do pé para que o osso do calcanhar fosse empurrado. Os quatro dedos menores, a essa altura já atrofiados, poderiam ser eliminados se o caso pedisse tal procedimento.
O ato de pedir aos pretendentes que medissem seus pés, trazia grande orgulho à garota e à sua família, e desenfaixar os pés da noiva na noite de núpcias era o auge do sensualismo.
Os "Sapatinhos-de-Lótus".
Os pequenos sapatos, os “Sapatinhos-de-Lótus” eram, geralmente, bordados cuidadosamente pela própria garota e não passavam de dez centímetros.
O problema era que os pés, atrofiados irremediavelmente, causavam muita dor e as faixas não poderiam ser retiradas jamais, salvo poucos instantes.
Caminhar sem elas estava fora de questão: Os pés poderiam simplesmente quebrar-se.
Pés e Sapatinhos-de-Lótus... Idolatrados na China...
Então, no ano de 1895 surgiu em Shangai a primeira associação contra a Tradição, que se espalhou pelo país e em 1911, com a revolução de Yat-Sem, a pratica foi proibida.
Ao subir ao poder, Mao Tse-Tung chegou a ponto de enviar inspetores por toda a China, multando as famílias que instigassem as filhas a enfaixarem os pés.
Mesmo após a proibição veemente da prática, ela persistiu durante mais alguns anos.
As próprias garotas enfaixavam os pés secretamente, sem o conhecimento dos pais.
Uma prática milenar como a dos Pés-de-Lótus, não é simplesmente extirpada da mente e concepção das pessoas.
Apenas o tempo pode amainar essa espécie de rastro cultural.
Mas jamais apagá-lo: Ainda há casos de Pés-de-Lótus na China, nas áreas rurais.
E os que os idolatrem também...
Interessante, não? As diferenças culturais tão explícitas em um mundo tão pequeno...*Pensa por um instante*
O próximo? *Estendendo o cachimbo*
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