Vilya disse:
Anigel, não queiramos que nossos postulados de vida se sobreponham aos fatos, pelo menos não neste clube.
E para todos: não encaremos com desdém ou deboche algo que não se pode provar nada nem a favor nem contra. Não é diferente do que a Anigel fez aqui.
Vilya, em nenhum momento eu quis impor minhas crenças nesse tópico. Apenas citei os motivos que me levam a não acreditar na astrologia.
Para mim a astrologia, mapas astrais e outras coisas do gênero não passam de pura balela. Não creio que tenha sido desdenhosa ou debochada e acredite não tinha por intenção ofender ninguém
Uma coisa é certa, não expus meus motivos de maneira científica. Sendo assim, venci minha preguiça e resolvi postar aqui um pouco da história da astrologia. O texto não é de minha autoria, é apenas resultado de pesquisas.
"Os cientistas de modo geral, não acreditam em astrologia, que é totalmente diferente da astronomia. A astrologia e astronomia só têm em comum as cinco primeiras letras, mas não foi sempre assim. As duas nasceram juntas há aproximadamente 2700 anos atrás.
A partir do Renascimento houve uma divisão entre as duas e a
ASTRONOMIA passou a estudar as propriedades físicas dos astros e a
ASTROLOGIA passou a estudar seus supostos poderes místicos.
Por volta dos séculos VII-VI A.C. os Caldeus imaginaram que calculando as posições do Sol e da Lua seria possível prever o futuro. Eles criaram as primeiras tábuas astronômicas, que mostravam a posição dos astros na eclíptica - o caminho aparente que o Sol percorre ao redor da Terra. Essa faixa foi dividida em doze partes iguais, de 30 graus, chamadas posteriormente casas. As casas foram relacionadas com doze constelações que aparecem na eclíptica.
Até então, a astrologia se preocupava somente com a prevenção dos grandes eventos: guerras, enchentes, terremotos. Apenas quando essa atividade chegou à Grécia, por volta de 250 A.C. é que começaram as previsões de fatos pessoais. Os gregos, tradicionalmente metódicos, passaram a classificar toda a astrologia. Eles criaram os doze signos, símbolos que receberam os mesmos nomes das constelações.
Cada um desses signos representa características específicas da personalidade humana. Seu conjunto também se encontra na faixa da eclíptica, formando o "caminho dos animais", chamado zodíaco. As casas, por sua vez, passaram a representar uma área da vida — infância, família, trabalho, dinheiro, casamento, estudos etc. Cada uma regida por um signo, definido pela constelação que esteja subindo no horizonte no momento em que a pessoa nasce. Essa constelação define o signo da primeira casa, que está relacionada com as características da personalidade. As outras seguem a ordem natural do zodíaco.
Ptolomeu (cerca de 90 - 160 DC) estabeleceu que além da Lua e do Sol, ambém Marte, Vênus, Mercúrio, Júpiter e Saturno — astros que podiam ser vistos em movimento a olho nu e por isso foram chamados planetas ou “estrelas errantes”. em grego — influenciavam o comportamento, conforme seu ponto no zodíaco. Os astrólogos gregos passaram a calcular a posição de cada astro de acordo com a hora e o local de nascimento da pessoa, e assim traçavam o seu mapa astral — uma espécie de retrato do céu visto da Terra naquele momento.
A partir de 1510, o astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) começou a falar, muito timidamente, de uma descoberta que fizera: o Sol, e não a Terra, era o centro do Universo. Ou seja, o Sol não gira em torno da Terra; é esta que, junto com os demais planetas, gira em torno dele. É fácil entender a timidez de Copérnico: sua teoria era revolucionária e não foi à toa que a Igreja resistiu tenazmente mais de um século para aceitá-la como correta. O sistema heliocêntrico mudou tudo na cultura humana — filosofia, ciência, religião foram drasticamente afetadas.
Menos a Astrologia, que, apesar de pretender apoiar-se num meticuloso estudo das posições dos astros, não viu motivo para alterar os procedimentos dos seus sacerdotes.
Hoje sabemos que também Copérnico estava errado: o Sol não é o centro do Universo, mas apenas uma pequena estrela — que viaja pelo espaço dentro de uma galáxia, que não é das maiores —, com seu séquito de nove planetas e respectivos satélites (e não cinco, como acreditava Ptolomeu). Apesar de todas essas novidades, os mapas astrais continuaram — e continuam até hoje — a ser feitos como se a Terra fosse o centro de tudo. “O mapa é feito em função de uma pessoa, não importa onde ela esteja. Se eu fizesse o mapa de um lunático, o centro seria a Lua”, explica o astrólogo Antônio Carlos Boton.
Para o astrônomo Irineu Varella, diretor do Planetário Municipal de São Paulo, “esta é apenas mais uma evidência do egocentrismo praticado por quem considera que os astros exercem alguma influência sobre os seres humanos”. Graças às mais modernas pesquisas da Astrofísica, descobriu-se que há no Cosmo forças, partículas, subpartículas, agindo e reagindo entre si e sobre os astros. Mas nunca se detectou qualquer tipo de energia emanada dos planetas capaz de atravessar o espaço, penetrar na atmosfera terrestre e afetar as características de pessoas nascidas neste ou naquele instante.
Mas, se não acharam necessário mudar métodos e conceitos, os astrólogos pelo menos trocaram de objetivos. Os caldeus, como vimos, se propunham a prever grandes acontecimentos, e os gregos pretenderam usar esse poder mágico ao nível da vida pessoal. Os horóscopos comuns, de jornais e revistas, orientam o comportamento com conselhos suficientemente vagos para se adaptarem a qualquer situação. Tudo isso é rejeitado pelos astrólogos mais modernos. Para eles, o que se pode observar no céu nada mais é do que uma representação do que ocorre no organismo. Ou seja, a nova Astrologia parte do pressuposto de que o macrocosmo se comporta de maneira semelhante ao microcosmo e, como não dá para traçar um mapa do universo interior, o jeito é partir para o Universo estelar.
“O átomo é como o sistema solar, onde corpos se movem ao redor de um núcleo”, explica Boton, certamente desconhecendo o chamado modelo quântico do átomo, hoje aceito pela Física, no qual o elétron não gira, necessariamente, ao redor do núcleo. Para o astrônomo Varella, o postulado aceito pelos astrólogos está longe de constituir uma lei física: “É pura invenção”.
O fato é que as grandes cidades estão repletas desses profissionais, que, por quantias nada módicas, se incumbem de traçar o mapa astral de qualquer pessoa, revelar seu perfil psicológico e prever seu futuro.
A astrologia enfrenta problemas complicados. Por que gêmeos, que nascem no mesmo dia, na mesma hora e no mesmo local. não têm, obrigatoriamente, personalidades idênticas? É que sempre há um intervalo entre um nascimento e outro, explicam os astrólogos, e imaginam que isto vale até para gêmeos que nascem por meio de cesariana. E duas crianças que nascem na mesma maternidade, de mães diferentes, exatamente no mesmo segundo, serão personalidades iguais?
Mas há mais questões. Na cidade de Jakkonen, no norte da Finlândia, pelo menos em uma hora em cada doze (ou seja, duas vezes ao dia) todas as constelações do zodíaco despontam no horizonte ao mesmo tempo. Isso se deve à sua localização — 66 graus e 33 minutos de latitude norte, exatamente no círculo polar ártico (o fenômeno se repete no círculo polar antártico). Como determinar o signo ascendente das crianças nascidas naqueles momentos?
Assim, qualquer esforço para aplicar a lógica ou o conhecimento racional para explicar os procedimentos da Astrologia esbarra numa questão básica — ela opera com a capacidade das pessoas de acreditarem, independentemente de provas, evidencias ou demonstrações."
Vilya disse:
Há algum tempo atrás acupuntura era taxada de curandeirismo, justamente por não se ter explicações cintíficas para a sua funcionalidade e como não era regulamentada, qualquer idiota poderia praticá-la. Como o número de idiotas é sempre maior do que o de sãos, logo esta arte oriental foi denegrida. Mas saliento que hoje ela já foi incluida como uma matéria médica e salvo algumas exceções, prticá-la sem ser médico é exercício ilegal da medicina. O mesmo ocorreu com a homeopatia e com a musicoterapia e está em vias de ocorrer com os tratamentos cromáticos e de florais.
Sou neutra em relação à acupuntura, não acredito, nem duvido. Ainda não tive tempo de me inteirar no assunto. Não acredito em homeopatia (já expliquei o porque no tópico de terapias alternativas) e não há nada em andamento no Conselho Federal de Medicina com o intuito de regularizar florais e cromoterapia, muito pelo contrário.
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