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Sick Sick Sick

Breno C.

Usuário
Bem... mais uma vez eu escrevi um conto baseado em uma música, como fiz em Shadowplay, só que dessa vez que vou postar aqui primeiro e depois no Mojo Books. Gostaria da opinião sincera de vocês e acho que seria bom ler o conto ouvindo a música em questão, porque eu coloquei no conto tudo o que a música me passa e dessa vez tentei soar bem informal, mas quando você ouvirem a música vão entender (eu acho), lá vai a música e o conto:

Clip:

Conto:
[align=justify] A cento e vinte por hora no meu carro vermelho conversível, rodo pela cidade. Sei que estou errado e que o mínimo deslize pode matar alguém, mas que se dane! Não estou nem ai para esses miseráveis que não sabem dirigir. É incrível como a rua está cheia desses velhos que acham que sabem dirigir, com seus carros de merda, feitos para durar. Será que eles não sabem que um bom carro tem que ser rápido? A vida é rápida e não dura nem um segundo se depender de mim. Acho que vou acelerar mais um pouco, antes de ir buscar a gata em casa.

São dez e meia ainda, não tem muito movimento na rua da guria, mas o coroa dela não gosta de mim, então é bom eu ir devagar agora e desligar os faróis. Também não posso chamar pela porta de frente, seria como: “Olá doutor Moreira, a Fernanda se encontra?” E eu não gosto de pagar pau para um infeliz que nem deve dar prazer a vadia da mulher dele. São tipos como o velho Moreira que fazem eu me sentir o cara mais sortudo do mundo. Eles tem vida, ainda tem muita vida pela frente, mas não sabem usar nem um terço dela. O cara tem uns 55 anos, trinta a mais que eu e mesmo assim não viveu metade do que eu vivi. Mas a questão é como eu vou chamar a Nanda sem fazer estardalhaço. É nessas horas que eu penso que devia ter comprando logo uma dessas merdas de celular. Coisas do caralho esses celulares, te mantém ligado com todos. Mas eu sempre fui meio otário nessas coisas de tecnologia.

Foi minha sorte o velho ter mandado ela ir comprar cigarros, isso também prova que ele é bem idiota. Vou por trás e dar um tapinha na bunda dela, ele vai morrer de medo. Não falei? Ela adorou, sempre gosta quando eu faço isso. A gente compra o cigarro de merda do velho dela, cigarro de velho é claro. Depois ela diz para o otário que vai dar uma chegada na casa de uma amiga, mas eu arranco a toda com o carro só para ele saber que foi comigo que ela saiu.

De volta a estrada, agora com a minha mina do lado, e é ai que eu corro mais ainda. Ela também ama quando eu corro assim, fica rindo e dizendo que eu sou maluco, mas eu não acho que seja loucura da minha parte, é só a forma de eu me divertir e louco mesmo é o coroa dessa van na minha frente achando que vai correr mais que eu. O coitado nem imagina que eu sei que no final dessa rua não tem saída, foi lá que eu bati da ultima vez.[/align]
 
Última edição por um moderador:
Gostei muito do conto Breno.

Reflete uma personalidade que é muito comum na sociedade atual: a do rebelde sem causa. Ele odeia tudo e a todos, mas não sabe o motivo.

Não há uma ideologia que o norteie. É absolutamente ignorante de tudo aquilo que o rodeia. Faz um ar de superior, quando na verdade é só mais um. Quer lutar contar o sistema, mas não conhece nem o passado histórico de seu próprio país.

Fecha-se em um mundo próprio, achando ter alcançado a liberdade total, quando na verdade é o mais alienado de todos. Quer viver o "aqui e agora", mas não percebe que o caminho seguido só leva à própria destruição.
 
sammynewton disse:
Gostei muito do conto Breno.

Reflete uma personalidade que é muito comum na sociedade atual: a do rebelde sem causa. Ele odeia tudo e a todos, mas não sabe o motivo.

Não há uma ideologia que o norteie. É absolutamente ignorante de tudo aquilo que o rodeia. Faz um ar de superior, quando na verdade é só mais um. Quer lutar contar o sistema, mas não conhece nem o passado histórico de seu próprio país.

Fecha-se em um mundo próprio, achando ter alcançado a liberdade total, quando na verdade é o mais alienado de todos. Quer viver o "aqui e agora", mas não percebe que o caminho seguido só leva à própria destruição.

Cara, você soube expressar melhor do que eu. É exatamente tudo o que você escreveu. Mas tentei colocar a visão desse personagem como a principal justamente para causar um impacto maior, se fosse um narrador contando a história, ela ficaria muito distante da realidade do personagem.
 
Li primeiro sem a música, depois com a música.. ficou muito bom o conto, o estilo apressado refletindo bem a falta de direção do cara.

Teremos mais um mojo então! Eu tava pensando em escrever um pra eles também, mas não sei nem que música escolher!
 
Wilson disse:
Li primeiro sem a música, depois com a música.. ficou muito bom o conto, o estilo apressado refletindo bem a falta de direção do cara.

Teremos mais um mojo então! Eu tava pensando em escrever um pra eles também, mas não sei nem que música escolher!

Valeu carinha!

Escreve sim, pega uma música que quando você escute imagine uma história, é assim que eu faço, só não sei se fica bom. ^^
 
Breno C. disse:
Cara, você soube expressar melhor do que eu. É exatamente tudo o que você escreveu. Mas tentei colocar a visão desse personagem como a principal justamente para causar um impacto maior, se fosse um narrador contando a história, ela ficaria muito distante da realidade do personagem.

Olá... tem razão, qualquer outro narrador talvez não conseguiria nos fazer entender esse cara...
Parece um desses caras que acham que vivem num filme e estão à espera de um "Grand Finale"...
Não consegui ouvir a musica, infelizmente.
 

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