Ecthelion
Mad
'Dexter' retorna com episódio de luto
Certa vez, a mulher de Stephen King disse a ele que "O Cemitério" (livro que deu origem ao filme "O Cemitério Maldito") não era "coisa de Deus". Claro que não foram estas as palavras, mas o que ela quis dizer - e que, mais tarde, seria corroborado pelo próprio King - foi que o livro em questão era todo "mau", não possuía nada de "bom". Na opinião (que acabou sendo) de ambos, era como se o conteúdo da obra fosse "pure evil": ainda que bem escrito, seria algo que não deveria voltar a ser feito, uma vez que ele só carregava dor.
Pois, no retorno de nosso serial killer preferido - "My Bad" (501) -, tivemos, ao mesmo tempo, um episódio dramaticamente sublime e bastante complicado. Isso porque, mesmo durante os flashbacks, a tensão do luto se fez presente de forma orgânica.
Retomando a trama exatamente do fim da última temporada, "Dexter" teve um recomeço extremamente penoso, ainda que com a qualidade habitual. Sinceramente, não vejo como poderia ter sido diferente, uma vez que já havia sido tornado público que esta quinta temporada seria sobre como o agora viúvo Dexter continuaria tocando sua vida com três filhos pequenos para criar.
Em "My Bad", Dexter tem que lidar com os preparativos do funeral - o caixão, o vestido de Rita - ao mesmo tempo em que deve dar a notícia para Astor, Cody e respectivos avós. Praticamente em choque, ele deve se conscientizar ainda de que está sendo observado. E, mais importante, julgado. Aqui teremos, talvez, um (outro) conflito interessante, com o (outrora-mala-mas-cada-vez-melhor) detetive Quinn naquela que promete ser a sua temporada de Sgt. Doakes da vez - o que me parece ótimo.
Ainda assim, foi um episódio complicado no sentido em que a tensão proporcionada foi ligeiramente diferente daquela a qual estamos habituados. Foi um capítulo excelente, ainda que incômodo, triste e totalmente sombrio. Mas que, dramaticamente, foi perfeito em sua coerência e execução. Este 501 indicou que, mais uma vez, o cerco a Dexter se fechará - e que ele tem que abrir o olho -, ao mesmo tempo em que, no fim, nosso herói demonstra que já está de volta.
Após o luto, é bastante provável - e seria bem pertinente - que, a partir do próximo episódio, a série retome seu ritmo habitual. Só sei que será uma semana tensa, ainda mais porque o segundo episódio de "Fringe" também promete.
http://oglobo.globo.com/cultura/kog...exter-retorna-com-episodio-de-luto-328044.asp
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Não sei se vcs repararam, mas houve um erro feio no 501. Quem fala pro Dexter sobre o vizinho foi a mulher dele, e não o Masuka. O Masuka viu, mas quem fala é a mulher do Dexter. Erro feio na minha opinião.
Certa vez, a mulher de Stephen King disse a ele que "O Cemitério" (livro que deu origem ao filme "O Cemitério Maldito") não era "coisa de Deus". Claro que não foram estas as palavras, mas o que ela quis dizer - e que, mais tarde, seria corroborado pelo próprio King - foi que o livro em questão era todo "mau", não possuía nada de "bom". Na opinião (que acabou sendo) de ambos, era como se o conteúdo da obra fosse "pure evil": ainda que bem escrito, seria algo que não deveria voltar a ser feito, uma vez que ele só carregava dor.
Pois, no retorno de nosso serial killer preferido - "My Bad" (501) -, tivemos, ao mesmo tempo, um episódio dramaticamente sublime e bastante complicado. Isso porque, mesmo durante os flashbacks, a tensão do luto se fez presente de forma orgânica.
Retomando a trama exatamente do fim da última temporada, "Dexter" teve um recomeço extremamente penoso, ainda que com a qualidade habitual. Sinceramente, não vejo como poderia ter sido diferente, uma vez que já havia sido tornado público que esta quinta temporada seria sobre como o agora viúvo Dexter continuaria tocando sua vida com três filhos pequenos para criar.
Em "My Bad", Dexter tem que lidar com os preparativos do funeral - o caixão, o vestido de Rita - ao mesmo tempo em que deve dar a notícia para Astor, Cody e respectivos avós. Praticamente em choque, ele deve se conscientizar ainda de que está sendo observado. E, mais importante, julgado. Aqui teremos, talvez, um (outro) conflito interessante, com o (outrora-mala-mas-cada-vez-melhor) detetive Quinn naquela que promete ser a sua temporada de Sgt. Doakes da vez - o que me parece ótimo.
Ainda assim, foi um episódio complicado no sentido em que a tensão proporcionada foi ligeiramente diferente daquela a qual estamos habituados. Foi um capítulo excelente, ainda que incômodo, triste e totalmente sombrio. Mas que, dramaticamente, foi perfeito em sua coerência e execução. Este 501 indicou que, mais uma vez, o cerco a Dexter se fechará - e que ele tem que abrir o olho -, ao mesmo tempo em que, no fim, nosso herói demonstra que já está de volta.
Após o luto, é bastante provável - e seria bem pertinente - que, a partir do próximo episódio, a série retome seu ritmo habitual. Só sei que será uma semana tensa, ainda mais porque o segundo episódio de "Fringe" também promete.
http://oglobo.globo.com/cultura/kog...exter-retorna-com-episodio-de-luto-328044.asp
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Não sei se vcs repararam, mas houve um erro feio no 501. Quem fala pro Dexter sobre o vizinho foi a mulher dele, e não o Masuka. O Masuka viu, mas quem fala é a mulher do Dexter. Erro feio na minha opinião.