aistano
vulgo Gilvan Borges
estou lendo o volume único da nova edição do Xógum, e fazia tempo não tinha tanto prazer com uma leitura quanto agora. Faço anotações a cada página sobre nomes, termos e costumes, e não me canso de aprender sobre a cultura do japão feudal, é simplesmente única, não consigo tracar paralelo contundente com nenhuma cultura ocidental. James Clavell nos dá uma oportunidade única de ingressar no idioma, política e nos costumes desse povo.
Quanto à analogia de Toranaga com Tokugawa Leyasu, é correta, e pelo que sei, amplamente divulgada. Assim como há a analogia do personagem principal Blackthorn com o famoso navegador ingles William Adams
1 - As atribuições desses títulos variaram de importância ao longo da história do japão, assim considerando a época em questão
- o Shógun, (ou Comandante do Exército, ou Generalíssimo dentre outros nomes) era nomeado diretamente pelo imperador vigente, e estava exercendo o poder de fato, possuia toda a renda(ainda que não o solo em si) produzida pelos camponeses, tinha(ou deveria ter) a lealdade de todos os daimyos(senhores menores) e de todos os samurais(a ''casta'' guerreira). No período de Toranaga, o Seii Shõgun gozava de poderes absolutos, que não foram originalmente imaginados à época da criação deste título.
- O imperador, segundo informa Clavell, deveria ser obrigatoriamente descendente de uma das três famílias com origens "divinas". E, supreendentemente, essas linhagens permaneceram intactas, mesmo durante as intermináveis disputas de poder e guerras civis.
-O Kanpaku, ao menos em teoria, era o título do tutor de um príncipe ou futuro imperador, até que o mesmo atingisse a maioridade. Mas também foi usado para delegar poderes de "primeiro ministro" ou "primeiro secretário de governo", nesses casos atuando como um conselheiro imediato de um imperador adulto.
Espero ter sido útil. Sei que a política japonesa é extremamente sutil e volátil, essa foi apenas uma tentativa de recorte cultural para o período tratado, e considerando o modo como o autor tratou os títulos no livro.
Té
Quanto à analogia de Toranaga com Tokugawa Leyasu, é correta, e pelo que sei, amplamente divulgada. Assim como há a analogia do personagem principal Blackthorn com o famoso navegador ingles William Adams
Bom, pelo que entendi lendo o livro, e depois ao ver alguma bibliografia, é o seguinte:Eu estou no fim do tomo 1 gostei muito desse livro só to meio perdi do nas patentes se puderem explicar?Xógum,Imperador e Kwampaku qual adiferença?
1 - As atribuições desses títulos variaram de importância ao longo da história do japão, assim considerando a época em questão
- o Shógun, (ou Comandante do Exército, ou Generalíssimo dentre outros nomes) era nomeado diretamente pelo imperador vigente, e estava exercendo o poder de fato, possuia toda a renda(ainda que não o solo em si) produzida pelos camponeses, tinha(ou deveria ter) a lealdade de todos os daimyos(senhores menores) e de todos os samurais(a ''casta'' guerreira). No período de Toranaga, o Seii Shõgun gozava de poderes absolutos, que não foram originalmente imaginados à época da criação deste título.
- O imperador, segundo informa Clavell, deveria ser obrigatoriamente descendente de uma das três famílias com origens "divinas". E, supreendentemente, essas linhagens permaneceram intactas, mesmo durante as intermináveis disputas de poder e guerras civis.
-O Kanpaku, ao menos em teoria, era o título do tutor de um príncipe ou futuro imperador, até que o mesmo atingisse a maioridade. Mas também foi usado para delegar poderes de "primeiro ministro" ou "primeiro secretário de governo", nesses casos atuando como um conselheiro imediato de um imperador adulto.
Espero ter sido útil. Sei que a política japonesa é extremamente sutil e volátil, essa foi apenas uma tentativa de recorte cultural para o período tratado, e considerando o modo como o autor tratou os títulos no livro.
Té
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