Leonardo Pastor
Usuário
É incrível como as autoridades no Brasil adoram preservar a moral e inocência dos jovens brasileiros. Vi no Livros e Afins a seguinte notícia: o Governo de Santa Catarina, após comprar 130 mil exemplares do livro Aventuras Provisórias, de Cristovão Tezza, voltou atrás e resolveu recolhê-lo das escolas. O motivo? Existem, no romance, algumas linhas - apenas - que descrevem uma cena de sexo. Isso, claro, foi o bastante para que o livro fosse retirado da frente dos jovens.
Cristovão Tezza - ganhador de vários prêmios ano passado, incluindo Portugal Telecom e Jabuti - respondeu à polêmica em sua coluna na Gazeta do Povo. Usou o título Não me adotem.
Engraçado que, em minha época de colégio, ninguém aparecia para reclamar do sexo em O Cortiço. Lembro, inclusive, de ter lido na 8ª série o romance Crônica de uma Namorada, de Zélia Gattai, no qual, segundo a própria orelha do livro, conta-se, a partir da mistura de personagens reais e fictícios, "fases do desabrochar sexual de uma menina".
Outro exemplo: quando fiz vestibular para a Universidade Federal da Bahia, dos dez livros indicados, quatro tinham claramente cenas de sexo ou incitações sexuais. Entre eles - e o que permaneceu mais tempo na lista - estava Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro, no qual há trechos de estupro e masturbação.
( texto do http://www.viscerasliterarias.com/2009/06/sexo-na-literatura-nao-pode.html )
Cristovão Tezza - ganhador de vários prêmios ano passado, incluindo Portugal Telecom e Jabuti - respondeu à polêmica em sua coluna na Gazeta do Povo. Usou o título Não me adotem.
Engraçado que, em minha época de colégio, ninguém aparecia para reclamar do sexo em O Cortiço. Lembro, inclusive, de ter lido na 8ª série o romance Crônica de uma Namorada, de Zélia Gattai, no qual, segundo a própria orelha do livro, conta-se, a partir da mistura de personagens reais e fictícios, "fases do desabrochar sexual de uma menina".
Outro exemplo: quando fiz vestibular para a Universidade Federal da Bahia, dos dez livros indicados, quatro tinham claramente cenas de sexo ou incitações sexuais. Entre eles - e o que permaneceu mais tempo na lista - estava Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro, no qual há trechos de estupro e masturbação.
( texto do http://www.viscerasliterarias.com/2009/06/sexo-na-literatura-nao-pode.html )