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    87
Porque "blá blá blá genérico", Neithan?

Tudo isso porque vocês tem medo de estar entre os "40% de presos que não foram julgados"?

Muito mais chance você tem de estar entre as vítimas de criminosos. Pode apostar.

Proteger direito de preso com base nessa premissa é montar a regra em cima da excessão. E claro, beneficiar os maus.
 
Como o fato desse auxílio-reclusão chegar a mais de R$1.200,00 reais e o salário mínimo de um trabalhador honesto ser R$937,00. Portanto, MENOR que o auxílio-reclusão.

Gerbur não presta atenção mesmo. Volta lá no post pra ver que o bandido que recebe mais que um salário mínimo só recebe se o bandido contribuiu com o FGTS, ou seja, que antes trabalhava e que recebia mais que um salário mínimo. Qual parte você não entendeu? Mas os posts estão escritos aqui no fórum, qualquer dúvida é só voltar e ler. Ou pesquisa por auxílio-reclusão no Google. É a mesma coisa.

Outro dia no programa da Fátima Bernardes ela perguntou a um grupo de pessoas se tivesse 2 feridos e eles pudessem ajudar apenas 1 quem eles ajudariam? O policial ferido, mas não mortalmente ou o traficante ferido mortalmente? Quem eles escolheram ajudar? O bandido. Eu acho errado. Estou cansado de ficarmos o tempo todo escolhendo o criminoso ao invés dos policiais e das vítimas. Os PMs do Rio de Janeiro fizeram até uma Campanha: "Escolha pelo policial". O que eu apoio. Agora isso não significa que não tenham policiais bandidos também. Claro que existem.

Agora o velho falso dilema. É sério que alguém precisa explicar a falha desse dilema (que nem dilema é)? O policial não corre risco de vida, mas o criminoso sim, então explica aí por que motivo ele deve ser atendido antes. Há regras sobre atendimento. Aqui texto do Anexo I da Resolução 2077/14 do Conselho Federal de Medicina:

No fluxo geral do Serviço Hospitalar de Urgência e Emergência, após a Classificação de Risco, os pacientes poderão seguir três fluxos conforme sua
condição:
1. pacientes graves;
2. pacientes com potencial de gravidade;
3. pacientes sem potencial de gravidade.​

Trechos da mesma Resolução:

CONSIDERANDO que o Código de Ética Médica estabelece os princípios da prática
médica de qualidade e que os Conselhos de Medicina são os órgãos supervisores e
fiscalizadores do exercício profissional e das condições de funcionamento dos
serviços médicos prestados à população;

CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Medicina deve regulamentar e
normatizar as condições necessárias para o pleno e adequado funcionamento dos
Serviços Hospitalares de Urgência e Emergência, tendo como objetivo que, neles, o
desempenho ético-profissional da medicina seja exercido;

CONSIDERANDO o estabelecido na Resolução CFM nº 1.493/98 e o fato de que a
responsabilidade médica é individual em relação ao paciente;
Médico tem apenas um dever, Gerbur, cuidar do bem-estar do paciente, há um juramento pra isso. Se o paciente merece ou não (aí cabe a quem decidir quem é merecedor?) ser atendido a decisão não é do médico.

Um texto escrito por um teólogo:

Escolha entre traficante em estado grave e policial levemente ferido é falso dilema

Por Wagner Francesco

“Quem salvar primeiro? Traficante em estado grave ou policial levemente ferido?”

Essa foi a pergunta que inundou a timeline do meu Facebook. E para a minha surpresa, a maioria optaria pelo policial e deixaria “o traficando se fu…. pra lá”. Para a minha surpresa, porque a maioria da galera que inunda a minha timeline é composta por cristãos. Por incrível que pareça, esse dilema é muito fácil de resolver. Eu nem diria, na verdade, que é um dilema.

Simples, em duas questões:

Primeiro: salvaria quem estivesse gravemente ferido: fazer o bem sem olhar a quem. Ou como dizia Jesus: Porque se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos igualmente assim? (Mateus 5:46).

Segundo: qual a lógica de escolher o policial e deixar o traficante morrendo? Como saber se o traficante é realmente traficante ou se o policial não é mais um envolvido na milícia e que lucra com o tráfico de drogas?

E eu vi pessoas da área da saúde, médicos, enfermeiros e tal, dizendo que salvaria o policial levemente ferido. Um absurdo! Existe, claramente, um dever legal desses profissionais da saúde de defenderem a saúde de qualquer um, sem preconceito ou ideologia.

Existe, aliás, um parâmetro para definir quem ajudar primeiro: Emergência > Urgência. Um policial levemente ferido ou um traficante gravemente ferido? A emergência é atender o traficante. Dizemos isso porque somos comunistas e odiamos policiais? Claro que não! Parem com isso! É porque uma pessoa gravemente ferida é caso de emergência em comparação a alguém levemente ferido.

Como eu disse, é simples demais. Deveríamos optar pelo policial gravemente ferido e não pelo traficante levemente ferido. Ou pelo desconhecido gravemente ferido e não pelo conhecido levemente ferido. É questão de bom senso e inteligência.

Então a resposta correta ao dilema é:

O mais sensato é escolher o mais ferido. O mais inteligente é, na hora de ajudar alguém, não fazer acepção de pessoa. O triste é que, num país que se diz cristão, a gente precise ainda ensinar o óbvio! O que vocês andam aprendendo na igreja?

Essa coisa de que você deveria optar pelo menos ferido, porque é policial, e deixar o mais ferido, porque é traficante, é parte da ideologia de uma galera que quer jogar mais lenha na fogueira em um país onde policiais e traficantes são vítimas do mesmo inimigo: o Estado Moderno, esse comitê instituído para gerenciar os interesses da burguesia.

*Wagner Francesco é Teólogo com pesquisa em áreas de Direito Penal e Processual Penal. Publicado originalmente no Justificando
 
Gerbur não presta atenção mesmo. Volta lá no post pra ver que o bandido que recebe mais que um salário mínimo só recebe se o bandido contribuiu com o FGTS, ou seja, que antes trabalhava e que recebia mais que um salário mínimo. Qual parte você não entendeu? Mas os posts estão escritos aqui no fórum, qualquer dúvida é só voltar e ler. Ou pesquisa por auxílio-reclusão no Google. É a mesma coisa.

Morfindel, eu entendi, fique tranquilo. Vocês ficam dizendo: "Ele contribuiu com o FGTS", "Ele contribuiu com o FGTS", "Ele CONTRIBUIU", "Ele CONTRIBUIU", "Ele CONTRIBUIU", etc.

Meu ponto é o seguinte: se em algum momento da vida dele, ele resolve roubar, matar, traficar, sequestrar, estuprar, etc. Ele está contribuindo com o quê? Pelo amor de Deus. Ele não está contribuindo com mais nada, só está destruindo, só está causando o mal.

Quando a pessoa escolhe o caminho "mais fácil", o caminho da violência para conseguir as coisas, nós temos que ficar olhando para o que ele CONTRIBUIU? Nós temos que olhar para o que ele DESTRUIU, oras!

Quando o cara resolve roubar ou sequestrar porque é MAIS FÁCIL do que trabalhar o mês inteiro para ganhar dinheiro...

Quando o cara resolve estuprar porque é MAIS FÁCIL do que namorar a menina, levar para jantar, etc...

Quando o cara resolve assassinar alguém porque é MAIS FÁCIL do que conversar para resolver os problemas...

Nós vamos olhar para o que ele CONTRIBUIU e pagar o salário desse larápio sem vergonha?

A meu ver isso é AO CONTRÁRIO.

Agora o velho falso dilema. É sério que alguém precisa explicar a falha desse dilema (que nem dilema é)? O policial não corre risco de vida, mas o criminoso sim, então explica aí por que motivo ele deve ser atendido antes. Há regras sobre atendimento. Aqui texto do Anexo I da Resolução 2077/14 do Conselho Federal de Medicina:

No fluxo geral do Serviço Hospitalar de Urgência e Emergência, após a Classificação de Risco, os pacientes poderão seguir três fluxos conforme sua
condição:
1. pacientes graves;
2. pacientes com potencial de gravidade;
3. pacientes sem potencial de gravidade.​

Trechos da mesma Resolução:

CONSIDERANDO que o Código de Ética Médica estabelece os princípios da prática
médica de qualidade e que os Conselhos de Medicina são os órgãos supervisores e
fiscalizadores do exercício profissional e das condições de funcionamento dos
serviços médicos prestados à população;

CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Medicina deve regulamentar e
normatizar as condições necessárias para o pleno e adequado funcionamento dos
Serviços Hospitalares de Urgência e Emergência, tendo como objetivo que, neles, o
desempenho ético-profissional da medicina seja exercido;

CONSIDERANDO o estabelecido na Resolução CFM nº 1.493/98 e o fato de que a
responsabilidade médica é individual em relação ao paciente;
Médico tem apenas um dever, Gerbur, cuidar do bem-estar do paciente, há um juramento pra isso. Se o paciente merece ou não (aí cabe a quem decidir quem é merecedor?) ser atendido a decisão não é do médico.

Um texto escrito por um teólogo:

Escolha entre traficante em estado grave e policial levemente ferido é falso dilema

Por Wagner Francesco

“Quem salvar primeiro? Traficante em estado grave ou policial levemente ferido?”

Essa foi a pergunta que inundou a timeline do meu Facebook. E para a minha surpresa, a maioria optaria pelo policial e deixaria “o traficando se fu…. pra lá”. Para a minha surpresa, porque a maioria da galera que inunda a minha timeline é composta por cristãos. Por incrível que pareça, esse dilema é muito fácil de resolver. Eu nem diria, na verdade, que é um dilema.

Simples, em duas questões:

Primeiro: salvaria quem estivesse gravemente ferido: fazer o bem sem olhar a quem. Ou como dizia Jesus: Porque se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos igualmente assim? (Mateus 5:46).

Segundo: qual a lógica de escolher o policial e deixar o traficante morrendo? Como saber se o traficante é realmente traficante ou se o policial não é mais um envolvido na milícia e que lucra com o tráfico de drogas?

E eu vi pessoas da área da saúde, médicos, enfermeiros e tal, dizendo que salvaria o policial levemente ferido. Um absurdo! Existe, claramente, um dever legal desses profissionais da saúde de defenderem a saúde de qualquer um, sem preconceito ou ideologia.

Existe, aliás, um parâmetro para definir quem ajudar primeiro: Emergência > Urgência. Um policial levemente ferido ou um traficante gravemente ferido? A emergência é atender o traficante. Dizemos isso porque somos comunistas e odiamos policiais? Claro que não! Parem com isso! É porque uma pessoa gravemente ferida é caso de emergência em comparação a alguém levemente ferido.

Como eu disse, é simples demais. Deveríamos optar pelo policial gravemente ferido e não pelo traficante levemente ferido. Ou pelo desconhecido gravemente ferido e não pelo conhecido levemente ferido. É questão de bom senso e inteligência.

Então a resposta correta ao dilema é:

O mais sensato é escolher o mais ferido. O mais inteligente é, na hora de ajudar alguém, não fazer acepção de pessoa. O triste é que, num país que se diz cristão, a gente precise ainda ensinar o óbvio! O que vocês andam aprendendo na igreja?

Essa coisa de que você deveria optar pelo menos ferido, porque é policial, e deixar o mais ferido, porque é traficante, é parte da ideologia de uma galera que quer jogar mais lenha na fogueira em um país onde policiais e traficantes são vítimas do mesmo inimigo: o Estado Moderno, esse comitê instituído para gerenciar os interesses da burguesia.

*Wagner Francesco é Teólogo com pesquisa em áreas de Direito Penal e Processual Penal. Publicado originalmente no Justificando

Eu sei, essa pergunta é capciosa. Sem vergonha mesmo.

É para induzir as pessoas a escolher o bandido.

Mas não é só essa a mensagem dessa pergunta. Não é apenas: "Vamos cuidar da saúde e salvar os que mais precisam independente de qualquer coisa". Olha que coisa linda.

A mensagem subliminar é a da impunidade. Que não interesse o que qualquer capeta faça, as pessoas tem o DEVER de proteger a vida dele.

Porque a pergunta não é feito ao contrário? O policial ferido mortalmente e o bandido apenas ferido? Porque não teria graça, não é?

O policial já representa a Moral, se a questão da Saúde estiver do lado dele também então o bandido não tem nada, certo?

Quando colocamos a Saúde do lado do bandido, estamos induzindo as pessoas a pensar que a questão da Saúde é mais importante que a Moral da pessoa.

Se estiver sei lá, o Fernandinho Beira-Mar, que já matou milhares ferido mortalmente e a Madre Teresa de Caucutá, que já ajudou milhares apenas ferida, você tem que escolher pelo demônio.

A meu ver isso é AO CONTRÁRIO.
 
Eu sei, essa pergunta é capciosa. Sem vergonha mesmo.

É para induzir as pessoas a escolher o bandido.

Não, é pra mostrar a moral distorcida das pessoas, não induz ninguém a escolher o bandido não. Ela serve pra mostrar o óbvio, como você tá fazendo. Escolher o policial é fácil, todo mundo faz mesmo sem precisar. As pessoas escolhem o policial mesmo ele não precisando, se ele precisar elas escolhem ele duas vezes. Independente das categorias das pessoas, médicos devem sempre escolher o mais grave pra ser atendido primeiro. Seja policial, seja médico, seja policial, seja o/a presidente. mais grave antes, menos grave depois.

Mas não é só essa a mensagem dessa pergunta. Não é apenas: "Vamos cuidar da saúde e salvar os que mais precisam independente de qualquer coisa". Olha que coisa linda.

A mensagem subliminar é a da impunidade. Que não interesse o que qualquer capeta faça, as pessoas tem o DEVER de proteger a vida dele.

Porque a pergunta não é feito ao contrário? O policial ferido mortalmente e o bandido apenas ferido? Porque não teria graça, não é?

O policial já representa a Moral, se a questão da Saúde estiver do lado dele também então o bandido não tem nada, certo?

Quando colocamos a Saúde do lado do bandido, estamos induzindo as pessoas a pensar que a questão da Saúde é mais importante que a Moral da pessoa.

Se estiver sei lá, o Fernandinho Beira-Mar, que já matou milhares ferido mortalmente e a Madre Teresa de Caucutá, que já ajudou milhares apenas ferida, você tem que escolher pelo demônio.

A meu ver isso é AO CONTRÁRIO.

Mano, eu não sei porque tem gente que acha que ideologia é só coisa de esquerda. Você claramente está pondo sua ideologia na frente da lógica. E madre teresa não foi tão boazinha não, e não sou eu quem o diz, mas isso foge do objetivo do tópico então deixa pra lá.

Médicos devem colocar o bem-estar do paciente á frente de sua preferência pessoal, exceto se for do tipo que ensina como matar uma mulher doente que sofreu AVC só porque ela foi casada com alguém que eles acham que representa o mal na Terra. Um médico que entendeu sua função, e o juramento de Hipócrates, cura e persegue o bem-estar. Dito isso, ainda bem que você não é médico.
 
Gente, é muito simples:

Porque somos tão preocupados em proteger o direito de quem não se importa com o direito dos outros?

Porque somos tão preocupados em proteger quem só quer fazer o mal aos outros? Com quem quer tirar vantagem dos outros?

Não vejo toda essa preocupação com as vítimas. As pessoas no máximo ficam espantadas, mas não se mobilizam para defendê-las, não criam argumentos para defendê-las, logo as esquecem. Mas para defender preso a história muda.

E madre teresa não foi tão boazinha não, e não sou eu quem o diz, mas isso foge do objetivo do tópico então deixa pra lá.

uhauhauahuahua

O Fernandinho Beira-Mar que na verdade é o santo, certo? Afinal ela não era assim TÃO boazinha como o Beira-Mar, né?

Mas tudo bem, esquece os dois então. Só citei como exemplo. Vamos trazer a conversa para um nível mais próximo:

Você defenderia os direitos de alguém que fez o mal para sua famíla? Ex:

Matou seu pai.

Estuprou sua filha.

Drogou seu irmão.

Sequestrou sua esposa.

Etc. Etc. Etc.

Porque defender esse tipo de pessoa?

Chega no hospital sua filha estuprada ferida e o estuprador ferido mortalmente. Quem devemos escolher? O que vale mais: A Moral ou a Vida de um canalha?
 
Esses testes políticos têm problemas de interpretação que vão para além daqueles da validade dos rótulos de "esquerda/direita" e "autoritário/libertário".

No caso do Political Compass, eu nunca sei se os ítens procuram avaliar minha utopia pessoal ou minha preferência para a eleição de amanhã. Ou ainda, se eu tenho que transportar o quiz para a realidade brasileira ou se eu devo fazer de conta que sou um cidadão anglo-saxão, já que várias das perguntas e quase todos os materiais extras do site são voltados para a anglosfera.

Deve ser um exercício interessante responder esses testes várias vezes, adotando um ponto de vista fixo em cada um deles, e ver se dá alguma diferença.

Anyway, tá o meu aqui (sem tentar fixar uma abordagem):

chart

Pra mim praticamente não teve variação. Fim do Estado é fim do Estado em qualquer cultura. :lol:

chart.png
 
Olha, Gerbur, já que você citou Madre Teresa, vou te dar uma resposta no estilo cristão. Não é questão de defender bandido, e não defender vítima. É questão de defender
TODO MUNDO, porque o mal não se paga com o mal, e não é porque alguém faz algo errado que vamos fazer o mesmo.

Não se trata de passar a mão na cabeça e dizer que o que ele fez foi certo. Trata-se de buscar recuperar as pessoas, e não é colocando numa cela com mais 30, maltratar o cara que ele vai se tornar uma pessoa melhor. Muito pelo contrário, é certeza de que ele se tornará pior. Recompensar o malfeito de alguém com mais vingança é entrar num círculo vicioso.

O sistema penal tem três objetivos: punir, reeducar e proteger a sociedade dos malfeitores. O sistema penal atual não cumpre praticamente nada disso - não reeduca, pois os presídios são escolas do crime; não pune, porque os grandes bandidos tem várias regalias; e não protege, porque os presos comandam o crime de dentro da cadeia. Está óbvio que isso precisa ser mudado, e não é para beneficiar o preso - é para beneficiar a SOCIEDADE.

Me enoja ver pessoas que se dizem cristãs reproduzirem o discurso de "bandido bom é bandido morto", "tinha que matar mais". Me enoja porque os Evangelhos estão cheios de passagens que pregam justamente o contrário: é preciso recuperar a ovelha perdida, buscar aquele que saiu do caminho certo e tentar fazê-lo se recuperar, e não é maltratando e pagando com a mesma moeda que isso é alcançado. Tá lá na Bíblia, ó: quem tá são não precisa de médico. É dever da sociedade sim, tentar "curar" essas pessoas, e não jogar pra sarjeta.

Além do fato de que TODA vida humana deve ser respeitada. Não é questão de "ah, a vítima ninguém defende". Defende sim. O que o estuprador fez foi muito errado. O que o assassino fez foi muito errado. Eles devem ser punidos SIM, mas da maneira correta, tendo sua dignidade respeitada. Da mesma maneira que é difícil pra mãe da vítima perdoar o estuprador, o estuprador também tem mãe e é difícil pra ela ver toda a dignidade humana do filho ignorada por causa de um erro, porque ela conhece todas as facetas do filho.

Toma cuidado se você quiser voltar, Jesus, porque essa "gente de bem" vai te matar de novo.
 
Concordo, Meneldur.

Mas eu não estou defendendo "combater o mal com o mal".

A única coisa que quero dizer é que temos que olhar para as vítimas. Atualmente olhamos apenas para criminosos.

E para mim não tem lógica nisso.

Por exemplo: Como disse lá trás: porque quando morre 160 pessoas por dia (60 mil por ano) o governo não pensa em re-estruturar a Segurança Nacional? Mas quando morre algumas dezenas de detentos o governo imediatamente se mobiliza para fazer a tal re-estruturação.

E essa re-estruturação não é só construir presídio. É prender menos. É colocar mais tornozeleiras eletrônicas para deixar criminosos soltos, etc.

Então será que a idéia é proteger a Sociedade? Ou será que o que o governo e a mídia faz está mais ligado a defender os interesses de criminosos?

Entendeu?

Eu defendo um governo que realmente defenda a Sociedade, defenda a vítima, proteja a vítima primeiro. Pense primeiro na vítima e depois em bandido.

Mas não acontece isso. Não tem filme contando a história dos 60 mil mortos por ano. Mas se morrer dezenas no presídio sai filme, livro, lei, pauta na Câmara, no Senado, etc.

Sociedade do Ao Contrário.
 
Última edição:
Por exemplo: Como disse lá trás: porque quando morre 160 pessoas por dia (60 mil por ano) o governo não pensa em re-estruturar a Segurança Nacional? Mas quando morre algumas dezenas de detentos o governo imediatamente se mobiliza para fazer a tal re-estruturação.
É claro que esse tipo de coisa já devia ter sido feito ao mesmo tempo. Mas não é questão de 60 pessoas x 60 mil. Isso é sinal claro que as coisas saíram completamente do controle, e não porque morreram "só 60 bandidos". A questão é: se o Estado não consegue mais proteger os que estão diretamente sob sua tutela, imagine os que não estão? Reestruturar é preciso não pq 60 morreram, mas pq isso mostra quem ninguém está seguro - nem os que estão dentro do presídio, muito menos os que estão fora.
 
Me ocorreu agora que talvez Jesus tenha morrido por causa do mesmo mal que vivenciamos hoje: na época Dele também escolheram o bandido.
 
Pqp! Queria saber onde existe esse lugar onde se defende bandido e não se defende a vítima? Me diz aí, pois em nenhum lugar que eu conheça existe tal coisa. Pras pessoas, como o Gerbur, prezar pela vida é defender bandido, pqp! De onde conseguem extrair essa conclusão? É caso de estudo. ATé parece que estamos num programa de competição onde só se pode escolher uma alternativa.

Você defenderia os direitos de alguém que fez o mal para sua famíla? Ex:

Matou seu pai.

Estuprou sua filha.

Drogou seu irmão.

Sequestrou sua esposa.

Etc. Etc. Etc.

Porque defender esse tipo de pessoa?

Chega no hospital sua filha estuprada ferida e o estuprador ferido mortalmente. Quem devemos escolher? O que vale mais: A Moral ou a Vida de um canalha?

Quando eu acho que não dá pra piorar. Mano, a justiça deve ser impessoal, eu achar que o criminoso deve ou não ter seus direitos assegurados não tem peso nenhum. Todos os cidadãos devem ter seus direitos assegurados. Ponto. Quem precisar pagar por seus erros ou crimes que pague, mas todo mundo continua merecendo ter seus direitos assegurados.

E apelar pra esse argumento é muito tosco. No momento que a pessoa está mais desesperada é o melhor momento pra se tomar decisões importantes?
 
@Gerbur Forja-Quente , numa boa, eu entendo sua indignação e tudo mais. Eu também me considero indignado com a realidade brasileira, com a violência disseminada, com a insegurança generalizada. Quem não fica puto ao pensar nisso?

Acontece que disso não se segue o discurso fácil e simplista de "privilegiar bandidos" x "privilegiar o cidadão de bem". Os inúmeros problemas estruturais que temos no que tange a essas questões não decorrem de estarmos privilegiando um desses grupos em detrimento do outro. Não são devido a uma suposta seletividade dos direitos humanos. Quem dera a coisa fosse assim simples.

Os direitos humanos não são de caráter seletivo, não são feitos apenas para as "pessoas de bem". Defender tais direitos significa estendê-los a todos, independentemente de ter cometido um crime ou não, de pertencer ao grupo x, y ou z. Eu entendo que certos crimes nos enojam e nos fazem perder a fé na humanidade, e às vezes podemos pensar que aqueles que cometem tais crimes não merecem ter tais direitos. Podemos desejar que eles sejam punidos violentamente, eventualmente até com a morte. Mas não é em cima dos cadáveres desses criminosos que iremos construir uma sociedade melhor. Agir de maneira humana, no sentido positivo (não-neutro) do adjetivo, significa agir com bondade, compaixão, tolerância, dignidade. Nesse sentido, uma sociedade mais humana não será construída com atos desumanos, com sentimentos de raiva e o desejo de retaliação e vingança. Isso significa que precisamos, necessariamente, tratar até mesmo os criminosos de maneira humana, ainda que ás vezes nossos sentimentos nos digam o contrário. O ódio não pode expulsar o ódio, já disse um cara muito sábio aí no século passado.

Defender aqueles que agem de acordo com nossas crenças e valores, que não transgridem as normas sociais e não ferem a lei, é fácil. Basta ver quão disseminado é esse discurso raso de "defender o cidadão de bem", "direitos humanos para humanos direitos" etc. Mas, novamente, os direitos humanos não são seletivos, não são para este ou aquele indivíduo, mas para todos. É a mesma lógica que se aplica quando costumamos falar sobre a liberdade de expressão: defender aqueles que pensam de maneira semelhante à nossa é moleza. Difícil é defender os direitos de expressão de todos, até mesmo daqueles que usam essa liberdade para dizer coisas horríveis. Viu o cara metendo a porrada num neo-nazi outro dia? E ainda tem gente debatendo se é ok socar um nazista. É evidente que não é ok.

Dito isso, eu estive observando como você se valeu de falácias lógicas para construir argumentos, por exemplo:
  • Falso dilema: "privilegiar bandidos" x "privilegiar o cidadão de bem"
  • Apelo à emoção (argumentum ad passiones): "e se o bandido matou seu pai, estuprou sua filha, etc?"
  • Evidência seletiva (cherry-picking): "A Dilma intercedeu pelo traficante, logo o governo prioriza bandidos"
  • Non sequitur: "Auxílio reclusão para o bandido (sic) significa que o bandido é privilegiado em relação ao cidadão de bem"
etc.

É bastante difícil construir qualquer diálogo dessa forma.

Se você me falar que no Brasil o crime compensa, que existe muita impunidade, muitos criminosos que não vão presos e/ou são rapidamente soltos e ficam por aí repetindo crimes, etc.; eu poderei concordar contigo, porque realmente existe muito disso tudo. Se você me falar que a pessoa que quer levar a vida honestamente tem um caminho difícil, que está à merce de sofrer injustiças e permanecer tendo que lutar a vida toda para ganhar o alimento, eu também irei concordar. Não há mentira nisso.

Contudo, disso tudo não se segue que há uma intencionalidade em privilegiar o bandido em detrimento dos demais. Ao menos não o bandido comum que logo nos vem à mente. Ninguém em sã consciência criaria instituições para colocar os interesses desses grupos à frente da sociedade, até mesmo porque seria inviável - não haveria grupos fortes o suficiente para tanto. Na verdade, a lógica de surgimento dos estados se dá justamente em função da proteção contra esses grupos.

Historicamente, se existe alguma intencionalidade em privilegiar alguém nesse país, os alvos do privilégio são as altas castas, as elites políticas e econômicas. As instituições, quando não objetivamente construidas para permitir que estes grupos espoliem o restante da sociedade, são no mínimo mais facilmente por eles exploradas. E são eles que frequentemente saem impunes, muitas vezes sequer sendo descobertos seus crimes. Se você me disser, então, que estes são os privilegiados na terra brasilis, aí não poderei discordar.

Para o resto do sociedade, sobram... os restos. Seja o cara que trabalhou honestamente a vida inteira, seja o que roubou uma galinha para alimentar a família, seja o que matou o outro para roubar um carro. Embora esses indivíduos possam ser diferentes no âmbito da moral, perante o estado eles são essencialmente farinha do mesmo saco. Claro, o estado tentará punir o ladrão de galinha e a o assassino, mas eventualmente falhará. Seja porque deixou o assassino solto, seja porque colocou o ladrão numa cela superlotada, onde ele foi estuprado e degolado. O estado não falha com a sociedade enquanto protege esses bandidos. Ele falha com ambos. Ele só não falha na defesa dos interesses bem estabelecidos das elites e dos grupos de interesse a elas conectados. Acreditar que o estado "protege bandidos" não passa realmente de uma crença que não resiste à primeira inspeção dos fatos: basta olhar para a situação dos presidiários em todo o país. Ou para as vidas que suas famílias levam.

E para cada falha com um desses lados, o outro também sofre consequências. A guerra às drogas e as barreiras a melhores condições de vida de comunidades pobres engendram crimes que afetam toda sociedade. Ao ir para a cadeia, o sujeito fica à merce do crime organizado e da violência policial, em condições precaríssimas, sub-humanas, que tornam ele ainda mais propenso ao crime quando conseguir liberdade. É uma bola de neve para os dois lados. Todos saem perdendo. Menos os senhores do poder e seus amigos.
 
índice.png

Discordo um pouco (eu me diria um pouco menos de esquerda e mais liberal), mas por aí mesmo.
 

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