JLM disse:
[...]
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**Maniaca do Miojo** disse:
Bom, tem o nome dos filhos da Natividade, Pedro e Paulo...
confesso que não entendi, pensei que seria Esaú e Jacó
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[size=xx-small]Acho que o título do livro é por causa da semelhança das histórias. Quando eu pesquisei sobre o livro semana passada, achei umas coisas legais... a mãe de Esaú e Jacó (Os da Bíblia) foi influenciada por um oráculo. O oráculo disse que o mais velho serviria o mais novo, certo?
Substitua Rebeca por Natividade. Esaú e Jacó por Pedro e Paulo (e ainda por cima também são nomes bíblicos né?) Oráculo por Cabocla. e tire a parte do mais velho serviria o mais novo
Tipo, Natividade foi influenciada pela Cabocla, e Receba pelo oráculo, não é? [/size]
[size=xx-small]Tem aquela parte que a vidente diz:
“- Seus filhos serão grandes, oh! grandes! Deus há de dar-lhes muitos benefícios. Eles hão de subir, subir, subir... Brigaram no ventre de sua mãe, que tem? Cá fora também se briga. Seus filhos serão gloriosos. É só o que lhe digo. Quanto à qualidade da glória, coisas futuras!”[/size]
[size=xx-small]edit: Fui pesquisar de novo, para dar fontes... Achei isso aqui. Se não me engano foi o que li.
http://aneliseespindolaescritora.arteblog.com.br/103651/A-INFLUENCIA-DA-BIBLIA-NO-LIVRO-ESAU-E-JACO/[/size]
Kuinzytao diz: Muito boa dica, gostei do texto indicado.
JLM disse:
kuinzytao disse:
[size=xx-small]Achei interessante as questões relacionadas a fé trazidas nesses capítulos.[/size]
[size=xx-small]assim como no livro lido anteriormente, hamlet, notamos uma mistura de religiosidade do escritor. em MA, ele primeiro vai pra uma advinha, depois transita normalmente pra uma missa fúnebre, em q os protagonistas aparecem sempre deslocados, pelo preconceito religioso ou econômico. é interessante notar q mesmo sendo uma escrita do séc. xix, mostra a diversidade cultural sem preconceitos, ao menos, diante de uma crença, pelo narrador. os personagens podem até não gostar, mas vão lá, procuram, olham, pagam. qtos não são assim hj?
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kuinzytao disse:
[size=xx-small]Uma coisa legal, o narrador aconselhar a reler Ésquilo, para fundamentar que o costume de procurar uma vidente é velho.[/size]
**Maniaca do Miojo** disse:
[size=xx-small]Nunca li Ésquilo
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[size=xx-small]já li tudo de ésquilo, o vidente cego é tirésias, do mito de édipo, q previu oq iria acontecer com ele e sua dinastia. tirésias inclusive aparece em outros escritores, como homero e dante. ... [/size]
Sempre que o assunto é fé, uma má vontade surge, e é até comum acontecer. O abuso da boa fé e o lucro com a fé. O outro lado da história não deve ser esquecido, ou seja, o acréscimo que vem com a fé.
Estou aqui no Meia, ponto. Como cheguei? Através de um mágico. Ele utilizava símbolos, agrupava-os, revestia-os de fantasia, magia, encantamento, os fixava em folhas e deixava que o sopro de outros (no meu caso Valinor) os distribuísse para o resto do mundo. Um encantador, que falava de magos, bruxaria má e boa.
Ele resgatou a minha fé, em um momento que o mundo decretava a morte dos livros, da leitura e do falar inteligível. Portanto, sou muito afim de oráculos, oradores e escritores, para mim semeadores de esperança, e a esperança é a semente de uma realidade diferente da atual.
Então, para cada calafrio, para cada susto, para cada curioso que atrair, vamos fazer uma “ola” para “videntes”, “bruxos”, “elfos”, “magos”, “pais de santo”, “sonhadores” e outros como por exemplo, os escritores. Uma grande “ola” para a fé, hora mal usada, hora mal vista, mas cheia de encanto, cheia de sustos, cheia de ... desafios...
A manutenção da curiosidade, as tensões, os conflitos sempre geram a extensão da capacidade de pensar, de sentir, de ousar. Seja para afrontar, seja para pactuar. A ciência utiliza a imaginação dos artistas para direcionar seu olhar analítico, os senhores da guerra, agora, também.
A inspiração, às vezes, é algo que vem quando a crítica é amordaçada. Não posso dizer que seja o caso de Machado, mas a crítica é algo que pode vir depois. Antes, pode ser um cerceador de idéias.
Nesse momento eu pensava, porque Machado deu tanto destaque a cabocla? Até o VIII capítulo, o curioso personagem, a cabocla, está em destaque. E, a tensão sobre o assunto é colocada com um contraponto, a doutrina espírita. Machado tem uma intenção aí, ele
não prega prego sem estopa. Nesse detalhe é que eu vejo o jeitinho Machado de ser. Por um lado mostra o novo o ousado: a doutrina espírita; de outro afirma a tradição que vem desde Ésquilo.
E, como disse a Maníaca, a cabocla dá calafrios, a doutrina espírita é outra coisa, parece mais... ciência. Será? (me refiro ao livro)
Creio que o grande mago aqui é Machado, um bruxo que conquistou minha “atenção”!
Hehehe, não pensou que fosse a minha alma, certo?
Quer dizer, exceto :calado: se minha alma estiver acompanhando a minha atenção...
Credo! Tenho que verificar. T+
Quanto a pergunta Maníaca, já estudei com cuidado todos esses assuntos, o único que ainda não havia estudado é o Judaísmo que é em termos de tradição religiosa o meu foco atual.
[size=xx-small]Minha edição é L&PM Pocket. Esta edição foi revisa e enriquecida com materiais ilustrativos. A grafia das palavras está atualizada, há notas de rodapé, uma pequena biografia de Machado, cronologia vida e obra, panorama do RJ, como: vida cotidiana, diversões, vida social. É uma edição que inclui a gente no imaginário da obra, ficou meio como, um convite a "só deslizar nas mãos do narrador".[/size]