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[SÉTIMO LIVRO] Esaú e Jacó (Machado de Assis)

**Maniaca do Miojo** disse:
Pensei que ela iria ficar feliz com o cargo que o pai dela ganhou, não entendi???
Ela está tão triste...pq será :eek:

pq o cargo q o pai dela ganhou era longe dos irmãos e ela ñ queria se afastar deles. só ñ consegui me localizar direito onde era essa maldita intendência q o batista ganhou... só percebi que eles foram (e voltaram) de barco, daí concluí q ñ poderia ser mato-grosso. alguém ae captou pra onde raios eles foram?
 
JLM disse:
**Maniaca do Miojo** disse:
Pensei que ela iria ficar feliz com o cargo que o pai dela ganhou, não entendi???
Ela está tão triste...pq será :eek:

pq o cargo q o pai dela ganhou era longe dos irmãos e ela ñ queria se afastar deles. só ñ consegui me localizar direito onde era essa maldita intendência q o batista ganhou... só percebi que eles foram (e voltaram) de barco, daí concluí q ñ poderia ser mato-grosso. alguém ae captou pra onde raios eles foram?

Hummm... entendi
Pelo jeito ela gosta deles..
eu pensava que ela dava mais importância ao status social

Ele ganhou o cargo de Presidência da Monarquia,isso?
funciona como um secretário geral o_O
 
Nas minhas pesquisas para o trabalho encontrei umas informações que talvez justifiquem Machado citar "leitora" de forma repetitiva. Talvez fosse uma ironia. Olhem esse texto:
... o historiador Diogo de Castro fala sobre seu livro "Onosarquistas e patafísicos - A boemia literária no Rio de Janeiro fin-de-siécle" (7Letras), no qual apresenta e analisa os grupos de literatos que se reuniam nos bares e cafés do Rio na virada do século XIX para o XX.
Na entrevista, ele revela que autores hoje identificados com o conservadorismo político e estético, como Coelho Netto e Olavo Bilac, já tiveram seus dias de iconoclastas. Eles faziam parte do grupo mais célebre de boemios-literatos do Rio da época, o que se reunia em torno de José do Patrocínio e de Paula Ney, e do qual participaram também Aluísio de Azevedo, Luis Murat e Raul Pompéia. Dirigindo suas críticas aos escritores consagrados, eles "tratavam Machado de Assis por 'escritor para madames', tinham Rui Barbosa por 'lagarto invernado'", e chamavam o crítico José Veríssimo de José "Burríssimo". A boemia literária, afirma Diogo, não era para eles uma dissipação improdutiva, mas uma "dramatização do protesto social". [...] Fonte

Nota: O destaque em negrito não é original ao texto.
 
Legal kuinzytao
Nada como Machado que ama a ironia =D
Poderia ser é que assuntos - romances, só interessavam as "madames", o que não é verdade =)
e ainda tem aquela coisa, "romance é só para mulherzinha"..."macho não chora" :blabla:

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

No Cap. LXX
gostei das frases:

"Tristeza e alegria, agasalharam-se no coração de Flora, como as suas gêmeas que eram".

"Os sucessos vieram vindo, à medida que as flores iam nascendo"

lindo!:lily:

Realmente, para ter um jardim florido, antes temos que plantar e cuidar das plantinhas ^^

No Cap. LXXIV "A Alusão ao Texto"

Nóbrega, O Retorno xD

Ele está com grana agora, como será que ele conseguiu?
das esmolas :eek:

Como falaram aqui, acredito que ele possa desempenhar alguma coisa ainda, esse cap. é curioso.

Com a queda da Monarquia e a instauração da República. Os status sociais da Natividade com o seu marido que são do lado da Monarquia, não mudou???
Pq o Batista foi afetado, com a perda de seu cargo e acaba voltando para o RJ, neh?

Vou ler mais amanhã na biblioteca, está bem legal :traça:
 
.... bom dia....



.... estou aqui para dizer que apesar de não estar participando da discussão sobre o livro no site, venho fazendo a leitura dos capítulos....


... de início me pareceu que esta história seria mais uma entre tantas sobre discórdia familiar. Após alguns capítulos fiquei intrigada com o andamento da trama.


... por favor, reparem-me se estiver incorreta...

... Em um dado momento do desenvolvimento do livro, todos os meus sentidos apontam os gêmeos Esaú e Jacó como sendo um a república e o outro a monarquia. A moça Flora, é o povo. O povo não sabe de fato o que quer. Apesar de sorrir para a monarquia ele continua a flertar com a república.
 
Boa Zafira, não tinha olhado dessa maneira =D
Partcipe aqui, vou vai gostar, assim é pouca coisa para ler por semana e não precisa
ficar postando toda hora :lily:

Vamos Lucas, não desanime, aproveite esse frio e vai ler :cheer::cheer::cheer:

Eu estou muitíssima curiosa pelo desfecho do livro, pois Machado juntou a história do BR com a estória do livro e ficou muito gostosa a leitura =)
E não ficou de nenhum lado, apenas fica narrando os fatos, muito bom ^^

Penso que deva haver alguma desgraça na história, está muito cor de rosa xD
É que apesar das análises bem feitas, eu estou sentindo falta do lado negro da força.
 
Sobre os capítulos 81-91

Vimos que a família Batista saiu da casa dos Santos e retornou à Rua São Clemente. Confesso que gostaria de ter visto essa estadia da Flora na casa de seus pretendentes um pouco mais explorada. Machado poderia ter criado algumas situações para enfatizar o triângulo amoroso.

No capítulo 83, "A Grande Noite", ocorre a descrição de mais um surto imaginativo de Flora. A moça começa a ter alucinações com Pedro e Paulo. Ela experimenta sensações diferentes em cada encontro imaginário com um dos gêmeos. Cada um a completa de uma forma diferente, mas é somente no final do "sonho", quando ambos se fundem em um só homem, é que Flora se realiza por completo em um sentimento "indefinível".

Mas foi o capítulo 90, "O Ajuste", que mais me chamou a atenção. Nele, Aires intima os gêmeos a se definirem de vez em relação à Flora:

"... a moça não era como a República, que um podia defender o outro atacar; cumpria ganhá-la ou perdê-la e vez."

E então ele propõe:
"Não havendo terceiro, e não se podendo prolongar a situação, porque é que vocês não combinam alguma coisa?"

A princípio eles acharam a idéia estranha, mas antes de adormecerem chegaram a um acordo. Isso mesmo, um "contrato com poucas cláusulas":
"... concordaram em esperar por ela durante um prazo curto; três meses. Dada a escolha, o rejeitado obrigava-se a não tentar mais nada"

Nesse pequeno trecho, vemos o fim do romantismo, e constatamos que "Esaú e Jacó" é representante importante do Realismo. O sofrimento da paixão, a defesa e busca pelo amor, a idealização da amada como deusa inalcançável, tão presentes nas obras do período Romântico, são substituídos aqui pelo objetivismo, pelo determinismo/materialismo, pelo racionalismo frio e lógico.

A disputa pelo amor de Flora não é tratado pelos gêmeos como um conceito metafísico, mas sim como uma propriedade. Algo que se resolve em um acordo de cavalheiros "... sem escritura de tabelião, apenas pela aceitação da palavra".

A Maníaca do Miojo citou:
Penso que deva haver alguma desgraça na história, está muito cor de rosa. É que apesar das análises bem feitas, eu estou sentindo falta do lado negro da força.

Estamos chegando ao final da obra. Pela frieza do acordo entre os pretendentes e pela complacência de Flora, acredito que não teremos nenhum evento trágico.

Como a Zafira bem analisou, me convenço cada vez mais que o personagem principal dessa obra é a troca de regime governamental. Os acontecimentos entre essas duas famílias aristocráticas são detalhes, meras alegorias usadas por Machado para representar a Monarquia e a República.

Porém, sobra o mistério das "Coisas futuras", que a cabocla vislumbrou no primeiro capítulo. Ficamos no aguardo para saber se até o final da obra Pedro e Paulo serão realmente "grandes".
 
Pessoal, só fazendo uma propaganda aqui para anunciar que já foram abertas as enquetes para escolher o oitavo livro e o primeiro conto do nosso Clube de Leitura:

http://www.meiapalavra.com.br/showthread.php?tid=3071

http://www.meiapalavra.com.br/showthread.php?tid=3072

:tchauzim:
 
achei meio maçante gde parte da leitura da semana. muitas descrições sobre pensamentos e sentimentos interiores dos personagens, sem q estes se espressassem por palavras ou ações. uma melancolia nítida q passou para mim, como leitor. já tava querendo um fim pra história logo.

mas quem diria, hein? aparecem + 2 pretendentes para deflorar a flora (péssimo trocadilho, mas ñ pude resistir): gouveia, personagem colocado de ultima hora para o desfecho e o nóbrega, sim, o mesmo danado mendigo da nota de 2 mil réis. pelo gouveia ñ me surpreendi, mas pelo nóbrega sim, jamais imaginei. apesar de q ficaria um final mto bem armado pelo destino (e pelo escritor) se ela se casasse com o nóbrega, o tom fúnebre dos capítulos leva a crer q o fim da moça seja sem nenhum dos gêmeos, nem de homem algum.

"tão longo foi o abraço q tomou o resto ao capítulo." (cap. 100)

ri alto aqui. :rofl:

"há pessoas para quem o adágio que diz que 'o melhor da festa é esperar por ela', resume todo o prazer da vida." (cap. 103)

excelente raciocínio. uns filósofos dizem q o melhor da viagem é a jornada.
 
"Não era devota, mais o medo inspira devoção, e ela rezou consigo"...

uma baita verdade:sim:
ou quando precisam de Deus rezam em seu auxílio, porém esquecem de agradecer


"Quem for mãe lhe atire a primeira pedra".


Machado gosta de brincar com os ditados, muito bom :joy:
Mãe é mãe, Natividade estava vendo-calculando uma esposa para cada um...

A disputa pelo amor de Flora não é tratado pelos gêmeos como um conceito metafísico, mas sim como uma propriedade. Algo que se resolve em um acordo de cavalheiros "... sem escritura de tabelião, apenas pela aceitação da palavra".

É mesmo, é briga de irmão para ver quem ganha o brinquedo.

No capítulo 83, "A Grande Noite", ocorre a descrição de mais um surto imaginativo de Flora. A moça começa a ter alucinações com Pedro e Paulo. Ela experimenta sensações diferentes em cada encontro imaginário com um dos gêmeos. Cada um a completa de uma forma diferente, mas é somente no final do "sonho", quando ambos se fundem em um só homem, é que Flora se realiza por completo em um sentimento "indefinível".

Gostei desse capítulo :joy:
Flora acaba por sonhar com os gêmeos numa pessoa só.Ela está realmente fixada neles, a ponta de ter sonhado com eles!
E o mais engraçado, que tudo q ela sente por eles, é em doze dupla.

"a moça não era como a República, que um podia defender o outro atacar; cumpria ganhá-la ou perdê-la e vez."

Aqui Machado uma a figura de linguagem: Metáfora.
Certo?
Usando a Flora como sendo a República, os dois iam lutar para ver quem ganhava e se ela permanecia com um dos dois ou não.

Gostei do Aires botando eles contra a parede...
bah alguém tem que mudar essa inércia dos dois, que já são lerdos :tedio:
 
JLM disse:
mas quem diria, hein? aparecem + 2 pretendentes

Bom saber que estava enganado em relação ao meu post anterior, quando dizia que não haveria mais surpresas no enredo. Como o JLM escreveu temos dois novos pretendentes ao amor de Flora. Um deles, romântico; o outro rico, possessivo e orgulhoso. Qual será a reação de Nóbrega a recusa da moça?

Achei que Machado havia deixado de lado o romantismo nessa obra. Eis que leio essa pérola:
Este mundo é dos namorados. Tudo se pode dispensar nele; dia virá em que se dispense até os governos, a anarquia se organizará de si mesma, como nos primeiros dias do paraíso. Quanto à comida, virá de Boston ou de New York um processo para que a gente se nutra com a simples respiração do ar. Os namorados é que serão perpétuos.

Um pouco utópico, mas não deixa de ser uma bela defesa a eternidade do amor.

Outro trecho interessante e evocando o Romantismo trata do jovem Gouvêa. Ao contemplar Flora à distância, começa a chover:
...o poeta renascia contra as intempéries, sem medo ao mal, prestes a morrer por sua dama, como nos tempos da cavalaria. Guarda-chuva era ridículo; poupar-se a constipação desmentia a adoração.

Flora entra e fecha a janela. Gouvêa então abre o guarda-chuva e vai para casa desolado, "achando a triste consolação da mãe". A prosa de Machado é sublime nesse trecho.

Vamos ver o que os últimos capítulos nos reservam.
 
sammynewton disse:
Outro trecho interessante e evocando o Romantismo trata do jovem Gouvêa. Ao contemplar Flora à distância, começa a chover:
...o poeta renascia contra as intempéries, sem medo ao mal, prestes a morrer por sua dama, como nos tempos da cavalaria. Guarda-chuva era ridículo; poupar-se a constipação desmentia a adoração.

Flora entra e fecha a janela. Gouvêa então abre o guarda-chuva e vai para casa desolado, "achando a triste consolação da mãe". A prosa de Machado é sublime nesse trecho.

sammy, vc percebeu a oposição de idéias desse gouvêa com a leitura da semana passada? lá, flora imaginava os 2 irmãos em um mesmo ser, único, sobrepondo-os. aqui, gouvêa sente como se houvesse 2 dentro dele, o amanuense e o oficial. ela imaginando 2 dentro de 1, e ele, 1 imaginando-se 2.
 
No Cap. 103~Quarto

"Ulisses confessa Alcínoo* que lhe é enfadonho contar as mesmas coisas.Também a mim. Sou, porém, obrigado a eles,porque sem ele a nossa Flora seria menos Flora..."

Os capítulos estão monótonos, só falando dos sentimentos, e o mais irônico que Machado sabe disso hehehe

* Conforme a Odisséia, Ulisses naufraga e é acolhido pelo rei (Alcínoo), que mais tarde, durante um banquete q oferece a Ulisses, pede-lhe q narre as suas aventuras.


Sobre o Nóbrega, não sei ainda como enriqueceu, enfim, Flora se mostra uma guria com valor ao não aceitar o pedido de casamento do Nóbrega, apenas pq ele é rico.

Vou ler o resto esse fim de semana, estou curiosa com o quarteto fantástico :eba:
 
JLM disse:
sammy, vc percebeu a oposição de idéias desse gouvêa com a leitura da semana passada? lá, flora imaginava os 2 irmãos em um mesmo ser, único, sobrepondo-os. aqui, gouvêa sente como se houvesse 2 dentro dele, o amanuense e o oficial. ela imaginando 2 dentro de 1, e ele, 1 imaginando-se 2.

Sim, JLM, achei muito interessante esse "conflito" de personalidades do Gouvêa. Talvez essa dúvida em ser oficial ou amanauense nem seja consciente nele, mas Machado vê além do simples ato de abrir ou não o guarda-chuva.
**Maniaca do Miojo** disse:
"Não era devota, mais o medo inspira devoção, e ela rezou consigo"...

uma baita verdade:sim:
ou quando precisam de Deus rezam em seu auxílio, porém esquecem de agradecer

É mesmo Maníaca, o ser humano é muito mais propenso a pedir e reclamar do que a agradecer. :rofl:
 
Chegamos ao final de mais uma obra.

Machado me surpreendeu pois não esperava que a doce Flora fosse morrer. Não ficou bem claro qual foi a doença que ela tinha, mas se olharmos para trás veremos que as tais alucinações eram sintomas de algo grave.

Sem dúvida os gêmeos amavam Flora, e a morte dela esboçou certa reconciliação entre eles. Mas que não durou muito. Sequer o pedido da mãe, no leito de morte foi o bastante para que os dois se dessem bem por muito tempo.

Tornaram-se deputados, homens de prestígio no cenário político, mas longe da grandeza profetizada pela cabocla. Um homem realmente grande, não guardaria tanto ódio, sem motivo algum, em relação ao próprio irmão.

Até mesmo o conselheiro perdeu as esperanças em uma reconciliação, como mostram as linhas finais da obra:
"Aires sabia que não era a herança, mas não quis repetir que eles eram os mesmos desde o útero. Preferiu aceitar a hipótese, para evitar debate, e saiu apalpando a botoeira, onde viçava a mesma flor eterna."

Uma curiosidade destes últimos capítulos foi a citação de Hamlet, no capítulo 108, coincidentemente o livro que discutimos anteriormente:
"Não cantam, como os de Hamlet, que temperam as tristezas do ofício com as torvas do mesmo ofício"

Uma grande obra, com todas as características machadianas. Repleta de referências históricas, crítica social, e análise profunda da personalidade dos personagens que, certamente, ficarão em nossas memórias. Muitos afirmam que Esaú e Jacó é o apogeu do autor. Eu concordo.
 
Realmente a morte de Flora não estava em meus pensamentos como final para a personagem.
Mas o que me chamou a atenção foi o fato do livro ser sobre dois irmãos mas a história foi contada não com a participação efetiva deles e sim de pessoas próximas. No início destacou-se Aires, depois Flora e somente no final eles foram os protagonistas de fato.
Pensei também que haveria mais ação quando Machado insinuou no início do livro que os dois "brigariam" pela mesma mulher, mas até onde lembre nenhum deles chegou nem a beijar.
Em relação às cousas futuras que a Cabocla profetizou acredito que se baseia nesse fato deles serem "inimigos" e com isso um querer apagar o outro.

Foi uma leitura agradável, surpreendente e com gostinho de quero mais dos livros do Machado.
 
finito

fim do penúltimo livro escrito por MA, q deixa uma pontinha de curiosidade para passarmos logo em seguida para o último. machado usa&abusa do diálogo com o leitor (na gde maioria, com a leitora) e vai revelando mtas técnicas compositivas. uma delas, ele explica no cap. 109, contando simplesmente como dá os títulos aos capítulos.

deixa tb um final aberto (intencionalmente?) sem sabermos oq virou dos irmãos. será esse final aberto um gancho para o px. livro? ou será q é pq a vida nunca tem um final, senão com a morte?

enfim, uma leitura um pouco cansativa, mas recompensadora no final, pela maestria desse q sabe aliar em um mesmo texto crítica, técnica e criatividade. quesitos fundamentais para qq 1 q deseje ser chamado de escritor.

algumas frases q gostei:

"a impaciência sempre faz crescer os minutos." (cap. 112)

"notando que o adjetivo estava comido pelo tempo, pedro disse consigo que o seu amor é que era um substantivo perpétuo, não precisando mais nada para se definir." (cap 113)

"o imprevisto é uma espécie de deus avulso, ao qual é preciso dar algumas ações de graças; pode ter voto decisivo na assembléia dos acontecimentos." (cap. 115)

sammynewton disse:
Machado me surpreendeu pois não esperava que a doce Flora fosse morrer. Não ficou bem claro qual foi a doença que ela tinha, mas se olharmos para trás veremos que as tais alucinações eram sintomas de algo grave.

eu já tava meio q preparado, se vc olhar o meu comentário da semana passada. MA já conduzia lentamente para este desfecho. se bem q sempre há aquela pontinha de esperança no leitor q a história termine com um happy end. natividade morreu de tifo, mas ficou no ar dq teria morrido flora. será q são revelados detalhes em memorial?

a morte não é outra cousa mais que uma cessação da liberdade de viver, cessação perpétua (cap. 107).

sammynewton disse:
Uma curiosidade destes últimos capítulos foi a citação de Hamlet, no capítulo 108, coincidentemente o livro que discutimos anteriormente:
"Não cantam, como os de Hamlet, que temperam as tristezas do ofício com as torvas do mesmo ofício"

tb anotei isso aqui, lembrei na hora do link com o 6º livro do nosso clube. outra lembrança q MA me evocou com suas citações foi citar a lenda grega de cástor e pólux, dois dos meus argonautas preferidos, já q sou viciado em mitologia.
 
Machado me surpreendeu pois não esperava que a doce Flora fosse morrer.[2]

Mas, Flora não queria decepcionar nenhum irmão e arrumar um terceiro pretendente não seria uma idéia bacana.
Então uma saída é matá-la, neh? hehehhe
Eu gostei desse final para a personagem, penso que ela estava tão apaixonada por ambos que para ela, os gêmeos
eram um ser único, e acabou morrendo desse delírio.

Até pensei que após a sua morte os gêmeos se dariam bem, até falei:
-Puxa que legal, pelo menos não morreu em vão.

bah que nada :rofl:

Tornaram-se deputados, homens de prestígio no cenário político, mas longe da grandeza profetizada pela cabocla. Um homem realmente grande, não guardaria tanto ódio, sem motivo algum, em relação ao próprio irmão


É verdade, aí tem ums distinção de sucesso profissional e o moral.
Não adianta estar bem na carreira profissional se é um mau carácter, afinal, como a pessoa
nunca está satisfeita consigo para ela ser deputado não é o bastante e não sabe tirar proveito disso.

Legal Machado citar Hamlet =)

Gostei muito de discutir essa obra e foi umas das melhores debates que já
foi realizado aqui no Clube =)

E ainda mais um livro que dificilmente eu iria pegar para ler =/
O que seria uma lástima, pq gostei muito:traça:
 
sammynewton disse:
Chegamos ao final de mais uma obra.

Machado me surpreendeu pois [...]
Uma curiosidade destes últimos capítulos foi a citação de Hamlet, no capítulo 108, coincidentemente o livro que discutimos anteriormente:
"Não cantam, como os de Hamlet, que temperam as tristezas do ofício com as torvas do mesmo ofício"

Uma grande obra, com todas as características machadianas. Repleta de referências históricas, crítica social, e análise profunda da personalidade dos personagens que, certamente, ficarão em nossas memórias. Muitos afirmam que Esaú e Jacó é o apogeu do autor. Eu concordo.

Marci disse:
Realmente [...]
Mas o que me chamou a atenção foi o fato do livro ser sobre dois irmãos mas a história foi contada não com a participação efetiva deles e sim de pessoas próximas. No início destacou-se Aires, depois Flora e somente no final eles foram os protagonistas de fato. [...]
Foi uma leitura agradável, surpreendente e com gostinho de quero mais dos livros do Machado.

JLM disse:
fim do penúltimo livro escrito por MA, q deixa uma pontinha de curiosidade para passarmos logo em seguida para o último. machado usa&abusa do diálogo com o leitor (na gde maioria, com a leitora) e vai revelando mtas técnicas compositivas. uma delas, ele explica no cap. 109, contando simplesmente como dá os títulos aos capítulos.

deixa tb um final aberto (intencionalmente?) sem sabermos oq virou dos irmãos. será esse final aberto um gancho para o px. livro? ou será q é pq a vida nunca tem um final, senão com a morte?

enfim, uma leitura um pouco cansativa, mas recompensadora no final, pela maestria desse q sabe aliar em um mesmo texto crítica, técnica e criatividade. quesitos fundamentais para qq 1 q deseje ser chamado de escritor.

**Maniaca do Miojo** disse:
Machado me surpreendeu pois [...]
É verdade, aí tem ums distinção de sucesso profissional e o moral.
Não adianta estar bem na carreira profissional se é um mau carácter, afinal, como a pessoa
nunca está satisfeita consigo para ela ser deputado não é o bastante e não sabe tirar proveito disso.

Legal Machado citar Hamlet =)

Gostei muito de discutir essa obra e foi umas das melhores debates que já
foi realizado aqui no Clube =)

E ainda mais um livro que dificilmente eu iria pegar para ler =/
O que seria uma lástima, pq gostei muito:traça:

Fui feliz na indicação desse livro para leitura. Eu sabia que se os olhos curiosos dos meus colegas de fórum se voltassem para essa obra, Machado se tornaria ainda mais admirado.

Estou delirante! Sensibilidade e aprovação a um trabalho de 1904.
Esaú e Jacó foi debatido até o final e aprovado pelo Clube de leitura Meia Palavra.
 

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