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Serra do Cipó e Tabuleiro

Elessar Hyarmen

Senhor de Bri
Essa região é uma das mais bonitas do Brasil, a Serra do Cipó e todo o seu entorno. Uma região com geologia muito antiga, areas compostas por quartizitos. Uma paraíso de fácil acesso e bem próximo a BH, mais ou menos entre 100 e 150 km dependendo as áreas a serem alcançadas.

Eu ja fui várias vezes e este lugar faz parte de um dos trajetos a minha cidade natal (Diamantina). Quem já foi lá sabe muito bem do que estou dizendo e para aqueles que nunca foram recomendo. Existem trilhas desde o pé da Serra no Distrito da Serra do Cipó (antigo Cardeal Mota) em Santana do Riacho onde podemos fazer várias travessias em dias por diferentes regiões do Parque nacional até Tabuleiro por exemplo.

Na minha época da faculdade a minha monografia teve como objeto de estudo a Serra do Cipó, seus impactos ambientais e sua potencialidades como reserva ambiental.


Como chegar ao lugar:

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De carro: De carro pode-se seguir o trajeto que vai de Belo Horizonte pela MG-10 que é o mais utilizado, passando próximo as cidades de Vespasiano, Lagoa Santa, Confins, Almeida até chegar em Cardeal Mota, porta de entrada da Serra do Cipó. Outra opção é seguir pela MG-20, nesse caso, passa-se por Santa Luzia e Jaboticatubas.

De onibus: Empresa Saritur ((31) 3272-8525) e Viação Serro ((31) 3201-9662)

De avião: De avião é possível ir até Pampulha - Belo Horizonte ou Confins.

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Vide algumas fotos do lugar.

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Existe o Canyon da Serra do Cipó dentro da area de preservação. É muito lindo!

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Última edição:
Não conheço o pico (pretendo conhecer esse ano), mas sou apaixonada pela Serra do Cipó. :grinlove:

Semana passada eu ia na cachoeira da Farofa de dentro do parque, mas não deu. Da serra eu sempre vou para o mesmo lado, Véu da Noiva, Cachoeira Grande ou o parque. E não me canso e ainda tem vários lugares bacanas lá.
 
Tinha uma época que eu sempre ia à Serra.

Meu tio é muito entusiasmado e meu padrasto tem família em Conceição do Mato Dentro.

E lá é muito bonito mesmo.
 
Elessar, sabe que cachoeira é essa que a foto tem uma pessoa boiando?

Pearl se eu não estiver enganado esta cachoeira é a do Gavião que fica relativamente perto da cachoeira das Andorinhas. Para vc chegar lá é possível de bike ou a pé. Nesta cachoeira eu estive lá em 1998 ou 99, não lembro ao certo. Lugar é muito bonito, parece que foi desenhado, bem mágico essas quedas.

Se vc não foi aconselho a ir.

ABS!!!
 
Bom, resolvi colocar abaixo algumas informações históricas (foi mal postar dois posts juntos, um atrás do outro).

História da Serra do Cipó

A história da Serra do Cipó remonta às comunidades primitivas que acreditavam no poder sobrenatural ou mágico dos desenhos e por isso deixaram seu registro, através de pinturas rupestres. Para provar a existência dessas marcas basta se adentrar dentro das cavernas e grutas presentes na região, que possuem um acervo rico de figuras entalhadas. Por volta do século XVIII, bandeirantes, tropeiros e escravos atravessavam a serra a procura de ouro e pedras preciosas. Por ali, transportavam mercadorias e davam sustento a base da mão-de-obra colonial.


Pode-se dizer que hoje o acesso facilitado às cidades de Diamantina, Serro e Ouro Preto se deve a boa localização na porção sul da Serra do Espinhaço. Da escravidão resta ainda a trilha percorrida pelos escravos que conduz ao topo da cachoeira do Véu da Noiva.

Origem do Nome Serra do Cipó

Existem duas versões para a origem do nome da Serra do Cipó, desde o século XIX a expressão Serra do Cipó é utilizada para identificar a região onde se encontram localizadas as cabeceiras do rio Cipó afluente do rio das Velhas que pertence a bacia do rio São Francisco, possui um leito sinuoso que se assemelha a um cipó retorcido. E outra versão que diz o nome ter origem em uma mata existente na Serra que conta com uma grande quantidade de cipós.


Importância da região

Marcas em pinturas rupestres deixadas nas inúmeras grutas e paredões rochosos atestam a presença de homens primitivos há mais de 12 mil anos na região, isso fez com que todo esse acervo inestimável fosse considerado um importante sítio arqueológico, conforme constam de inúmeros documentos e pesquisas realizadas principalmente por estudiosos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A serra do Espinhaço inicia próxima a Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, e segue em direção à chapada Diamantina no estado da Bahia, sendo, ao longo desse percurso, o divisor de águas entre as bacias dos rios São Francisco, Doce, Jequitinhonha e Mucuri.


Essa região era utilizada pelos bandeirantes, em busca de ouro e pedras preciosas, no município do Serro, e no cobiçado arraial do Tejuco.


Ao longo do século XIX os viajantes europeus ao percorrerem a serra do Espinhaço, embrenhavam-se na serra da Lapa, hoje denominada Serra do Cipó, não só atraídos por suas espetaculares belezas naturais, mas especialmente para conhecer e pesquisar a sua flora e fauna exuberantes.

Geologia

A base geológica da Serra do Cipó é formada por uma matriz de Quartzito, pontuada por diques e intercalações de Anfibolito, Xistos, Ardósia, Folhelhos e Calcário marmorizado. Predominam nesta região as formações Proterozóicas. Na face leste, borda da depressão interplanáltica do Rio Doce, surgem rochas Gnáissico-Graníticas do Embasamento Cristalino, além de Xistos mais ricos em Biotita.

Os solos da Serra do Cipó, independentemente de sua matriz geológica, da profundidade do perfil e da fitofisionomia que sobre eles se desenvolve, são geralmente pobres em nutrientes e ricos em alumínio trocável. A pobreza química desses solos é devida principalmente à natureza da matriz geológica dominante do sistema e, em parte, às perdas por lixiviação e erosão que o sistema apresenta. Tais perdas estão associadas ao relevo fortemente movimentado, à natureza arenosa dos solos e à pouca espessura do solum (perfil incompleto do solo, formado pelos horizontes A e B, embora nele atuem os principais processos pedogenéticos). Neste ambiente predominam solos rasos e afloramentos rochosos. Muitas vezes o perfil constitui-se de apenas uma camada orgânica sobre a rocha, sustentando uma vegetação graminóide e/ou subarbustiva.

Em áreas pontuais, o controle estrutural pode favorecer o desenvolvimento de solos mais profundos derivados do intemperismo de Quartzito, bem como onde ocorrem rochas Metapelíticas ou Metabásicas, nestes dois últimos ambientes, os solos são bem mais desenvolvidos, argilosos e igualmente distróficos, apresentando horizontes A espessos e ricos em matéria orgânica. Nestas áreas de solos mais profundos, independentemente da rocha matriz, ocorre uma vegetação que grada de arbustiva a arbórea, caracterizada pelos Capões Florestais. Ainda que se observe nestes locais uma riqueza aparente, predominam ali solos extremamente pobres em nutrientes.

Embora alguns estudos tenham revelado as características pedogenéticas mais importantes dos solos em outros setores do Espinhaço, como no Planalto de Gouveia - Diamantina, quase nada se sabe sobre os solos do setor mais meridional desta serra, onde os Capões Florestais, verdadeiras "ilhas" em meio ao ambiente campestre que os envolve, são muito comuns e relativamente conservados, apresentando uma vegetação exuberante, apesar da extrema pobreza química dos solos.

Fonte (Elton Luiz Valente)

O clima

O clima da região é tropical de altitude, com temperatura média anual de 21°C. De abril a novembro, período seco é o melhor período para cruzar os rios, tomar banhos e praticar rapel. No restante do ano, chove mais, as cachoeiras ficam mais cheias e a vegetação, mais florida.

Hidrografia

Se apresenta como divisor de águas entre as bacias do rio São Francisco e do rio Doce. O escoamento das águas é abundante, pois vários são os rios que correm em direção ao rio Mascates e Bocaina que por sua vez formam o rio Cipó, seguindo viagem em direção ao rio das Velhas, na bacia do São Francisco.

Devido ao relevo acidentado da região, várias são as cachoeiras, corredeiras e piscinas naturais formadas, gerando um grande fluxo turístico para a localidade nos meses de verão. Diversos rios têm suas nascentes localizadas dentro da área do Parque, e estudos indicam que as águas desta unidade de conservação podem ser utilizadas como padrão para monitoramento de qualidade das águas na região.

Fonte: http://www.portalcipo.com.br/serra.php?cod_cat=historia
 
Um dia eu tenho que saldar a minha "dívida pessoal" em conhecer mais Minas de BH pra "cima" (norte), pois já conheci e visitei mais de uma centena de cidades mas uns 95% delas sempre pra "baixo" (ao sul) da capital. Culpa de meus amigos e ex-namoradas mineiras.

E nessa região a vegetação que vai predominando mais é o cerrado né? Eu gosto muito por já ter conhecido alguns parques nacionais com essas características em Goiás e Tocantins.

Vou tratar de colocar mais ao topo da minha lista de prioridades ecoturisticas.
 
Um dia eu tenho que saldar a minha "dívida pessoal" em conhecer mais Minas de BH pra "cima" (norte), pois já conheci e visitei mais de uma centena de cidades mas uns 95% delas sempre pra "baixo" (ao sul) da capital. Culpa de meus amigos e ex-namoradas mineiras.

E nessa região a vegetação que vai predominando mais é o cerrado né? Eu gosto muito por já ter conhecido alguns parques nacionais com essas características em Goiás e Tocantins.

Vou tratar de colocar mais ao topo da minha lista de prioridades ecoturisticas.

Acho que por lá predomina o Cerrado na maior parte: há matas de galeria na margem dos rios, de largura variável e, a partir de certa altitude, nos cumes, dominam os campos rupestres.

É aquela coisa de Cerrado, mas com um clima bem mais ameno, pela elevação. E, dependendo da altitude, venta muito
 

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