Terminei de ler
hoje O Oitavo Mago, quinto livro da série Discworld a ser publicado no Brasil.
É o mais bem-escrito até agora. Talvez seja o melhor. Só não digo com plena certeza que é o melhor, porque não tem tantas
idéias novas, pelo menos no que diz respeito ao Discworld. Mas o ritmo e desenvolvimento da narrativa é muito mais bem construído q nos outros livros da série.
A coisa toda flui muito bem, tanto que eu li todas as 263 páginas em seis dias (lendo pouco tempo cada dia). É também o maior dos livros do Discworld até agora (em número de páginas), mas nem tanto. E é um dos mais engraçados.
O humor está mais refinado do que nunca. O legal é que ele nunca se sobrepõe ao desenvolvimento da narrativa, então tudo soa bastante natural, o q deixa as coisas ainda mais hilárias.
As metáforas inusitadas de praxe estão lá, bem como as notas de rodapé (
).
As "viagens" são boas em alguns pontos e brilhantes em outros. A explicação sobre as partículas de inspiração já se tornou o meu trecho preferido entre todos os trechos "teóricos" dos livros do Pratchett.
Mas eu guardei o melhor pro final... esse livro traz a volta de Rincewind e da Bagagem! Embora o melhor uso da Bagagem ainda tenha sido feito no primeiro livro, esse traz alguns momentos memoráveis.
Bom, eu ia falar muito mais, mas como tem um monte de coisa pra eu ver no fórum, vou parar por aqui.
Mas eu poderia dizer que a história envolve personagens hilariantes (a maioria seguindo aquela fórmula irônica do personagem querer ser justamente a coisa para a qual tem menos vocação), uma história que chega até a ser épica, e um clímax que vai pulando de um círculo de narrativa a outro de uma forma totalmente alucinante, que faz você não querer parar de virar as páginas, e a começar a sentir uma sensação de vazio ao notar que o livro está chegando ao fim.
Pratchett acaba de se tornar um dos meus top 5 escritores preferidos de todos os tempos.