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Seres sem nome do fundo da Terra

Como eu disse em outro tópico, resolvi, toda vez que for postar algo gigante, fazer o uso do Spoiler...assim não cansa a visão de ninguém! =)

Estava pensando nos seres sem nome e suas possíveis ajudas aos exércitos de Melkor ou aos Exércitos dos Valar, no Apocalipse tolkieniano, representado pela última batalha, a Dagor Dagorath. Eles lutariam ou continuariam para sempre separados num lugar onde o tempo não é contado?


Nada é afirmado por nenhum outro personagem ou mesmo nas cartas de Tolkien, sobre a natureza deles: se são todos realmente de natureza maligna ou mesmo, existindo a possibilidade de serem seres neutros que não foram conhecidos nem por Melkor. Podendo, inclusive, ser seres que não tomavam partido sob influência alguma, como Ungoliant. Se são subcriações, como os Ents e Águias são, respectivamente, de Yavanna e Manwë, deveriam ter um destaque maior na estória, não?

Embora nada seja dito sobre a possibilidade de vida fora de Arda, é possível que esses seres sejam de naturezas símiles à Ungoliant, que tenha vindo do Vazio, de uma outra "dimensão", fora dos domínios de Eru. Uma teoria que considera, por exemplo, que Eru só fazia prevalecer sua onisciência dentro de Eä, e que no limite dele, existiriam mundos dos quais escapavam seres ignorados, como Ungoliant e esses seres sem nome; ambos, vale ressaltar, sem nenhum indício de que eram inferiores aos poderes dos Ainur ou mesmo que tivessem sido criados durante os temas musicais . Enfim, para a imaginação não há limites.

Se eram seres que não puderam ser impedidos de alguma forma, como Ungoliant, de entrar nos círculos do mundo (pela interferência de poderes ocultos, entendendo aí, os de fora de Eä), talvez Eru tenha delegado somente a Manwë a tarefa de guardar o segredo da existência de seres vindos do vazio. E que, assim sendo, Manwë escolheu justamente o mais sabio dos maiar a guardar o segredo (já que, além de Sauron não saber, provavelmente nenhum outro maiar sabia).


Algumas possibilidades

Poderiam esses seres serem mesmo alguns maiar "rudimentares" que foram corrompidos por Melkor mas que, de alguma forma, "desertaram" e se "arrependeram", e ao mesmo tempo não encontraram lugar entre os outros Maiar.

Apesar de Gandalf mencionar que os seres sem nome são mais antigos que Sauron, presume-se que, no caso, talvez estes seres são mais antigos que o maia no sentido da sua natureza maligna e não de um tempo remoto no qual ele ainda era bom. Ou não?


Se fossem mais antigos que Sauron no sentido de raça, podemos considerar estes seres mais antigos até do que os Ainur (Maiar e inclusive Valar), pois a interpretação não seria de todo errada. Mesmo que seja dito que os Ainur foram as primeiras criações de Eru, pode ter havido outras que fogem dos propósitos relacionados ao que Eru buscava especificamente para a vida terrena em Arda.


Nada é dito sobre a existência destes seres em outros pontos nas profundezas de Arda além das de Moria. Seria até possível deduzir que a Perdição de Durin, quando da fuga da Guerra da Ira, pudesse ter conhecimento destes seres e, assim, pensou que lá estaria mais bem protegido. Ou foi apenas uma mera coincidência? E seria meio absurdo pensar que um mero balrog sabia e o próprio Sauron não.


De repente poderiam ser parasitas da mesma forma que existem bichos desconhecidos no nosso mundo real (aliás, talvez existam milhares de espécies ainda a serem descobertas, tanto as terrestres quanto as marinhas no nosso planeta).

Gandalf diz, ainda, que o mundo é corroído por eles, mas isso não necessariamente significa algo de origem maligna. Pode ser algo como "escavar" suas moradias num ponto remoto debaixo da terra, algo meio parecido com "Viagem ao Centro da Terra" (:eh: ), whatever.


E mais: é dito que nas profundezas onde esses seres vivem o tempo não é contado. Enfim...:think: ...talvez fossem os servos mais antigos de Morgoth, que os enviou para amedrontar os Elfos quando estes tinham acabado de despertar em Cuiviénen.

sil-cuivienen.jpg

Uma teoria que acho plausível é que Melkor criou estes seres concomitantemente junto aos Orcs, durante a dissonância. Embora nem mesmo é sabido sobre a origem dos Orcs
 
Última edição:
Creio que com "mais velhos", Gandalf se referia à existência em Arda. Tom Bombadil, por exemplo, disse estar lá antes de Melkor. Se Tom estava, por que não poderiam outros estar? Tom é o Senhor da Floresta Velha; poderia haver seres assim para as cavernas subterrâneas. Não creio que haja na Obra dimensões exteriores a Eru. Não há menção a elas, nem nenhuma indicação neste sentido; não parece do feitio de Tolkien incluir multi-dimensões no Legendarium.
 
Talvez o conceito de velhice conte apenas com a entrada do ainu no Tempo, é a única explicação que concebo. Não há como alguém ser mais velho que um ainu, afinal os ainur são, em início, exteriores ao próprio Tempo, o próprio conceito de "velhice" não se aplica.

Se assim for, acredito que tais seres são seres simplesmente desconhecidos, ímpares ou até mesmo excêntricos. Eles aparecem no legendário nas figuras de Bombadil ([ame="http://forum.valinor.com.br/showthread.php?p=1773226#post1773226"]acredito[/ame] que ele seja uma manifestação de Eä em seu sentido mais íntimo, isto é, da Chama), e em diversos outros casos são bastante possíveis, se não prováveis: Ungoliant, os espíritos "de muito longe" que Yavanna convocou para compor "espíritos entre os animais e plantas", cujos principais são os ents (podem até serem ainur, mas há a problemática da reprodução conforme mostra-se no Myths VIII), o espírito revoltado no Salgueiro Homem e Caradhras (que, de novo, podem serem ainur ou até mesmo uma sub-criação), etc.
 
Nossa, Roy Batty já colocou nesse spoiler praticamente tudo que eu ia escrever.

Melkor tinha muitos servos, principalmente nesses tempos antigos antes dos elfos e homens, esses seres, talvez de "raças" diferentes aparentemente tinha muitos poderes, podiam mudar de forma, uma coisa que muitos pensam ser exclusivas dos Ainur. Talvez fossem ainur mesmo, talvez até mesmo Sauron fosse um desses cavaleiros que assustavam os elfos.

Seja como for, esses serem deviam ser tremendamente antigos, e já estava praticamente totalmente esquecidos, afinal de contas, até os Ents já estava esquecidos segundo muitos. Talvez fosse servos de Melkor, ou de Aulë, servos que poderiam ser maiar ou outro tipo de criatura, mas o jeito mesmo é imaginar que são ecos da canção, talvez seres que foram imaginados tanto por Aulë quanto por Melkor.

Também podemos pensar que é simplesmente um erro, seja de Tolkien, seja de Gandalf, mas quem quer discutir isso, assim como eu, prefere ignorar "o tal erro de Tolkien" e imaginar que eram ecos, ainur, seres pré-históricos ou o que for. Podemos crer que seja um erro de Gandalf, pois os Istari estavam com menos conhecimento afinal de contas...
 
SdA, As duas Torres Pág. 70 .
“Lutamos muito abaixo da terra vivente, onde não se conta o tempo. Ele sempre me agarrava e eu sempre o derrubava, até que finalmente ele fugiu para dentro de túneis escuros. Estes não foram feitos pelo povo de Durin, Gimli, filho de Glóin, muito abaixo das escavações dos anões o mundo é corroído por seres sem nome. Nem mesmo Sauron os conhece. São mais velhos que ele. Agora, eu andei por lá, mas não farei nenhum relato para escurecer a luz do dia.”

Lembrando que Sauron é um Maiar,como Mélian, espíritos que serviam os Valar.
Sendo um Maiar, ele "chegou" a Arda praticamente junto com os Valar.
Sauron já era servo de Melkor desde o início dos tempos, antes de Angband e seus túneis serem construídos .
Perdoem-me se a suposição for sem sentido, mas se as criaturas são ainda mais velhas, e desconhecidas a ele, aquele que mais idolatrou a obra de Melkor, e usou das rixas que seu chefe criou entre os elfos para posteriormente "dominar" sobre eles, elas não poderiam ser de Utumno. As criaturas de Morgoth eram também comandadas pelo seu maior general, Sauron .
Acredito que sejam criaturas "independentes" de Melkor.
Ora se Ungoliant conseguiu amedrontá-lo completamente, o que diria destas misteriosas criaturas das profundezas que até mesmo Mithrandir receou mencionar.
 
Última edição:
Realmente, quando li esta parte fiquei me perguntando sobre que seres são estes, creio que o fato de tais criaturas serem mais velhas do que sauron pode significar que este tenha chego depois deles e não criado depois deles, não sei...
 
Questão dificil...

Mas vejam essa citação, q ja coloquei no outro tópico:
"...duendes, fadas, pixies, leprechuans, e o que mais que não era nomeado, pois seu número era muito grande... eles nasceram antes do mundo e eram mais antigos que seu mais antigo, e não faziam parte dele, mas riam-se muito disso..."

Essa citação e do Lost Tales, e se encaixa perfeitamente aos seres sem nome... pois muitos desses seres também são sem nome e provem de antes de Ea, podendo então serem mais velhos q Sauron... Só não imagino tais seres rindo la no fundo.

E esses seres eram provavelmente iguais a Ungoliant, serviam só a si próprios, e não a Melkor, e se eles causassem o estrago q Ungoliant causou, aí nem os Valar pra nos salvar... Alias, talvez tal qual Ungoliant eles poderiam "comer" as coisas e absorver seus poderes, e assim estariam corroendo Arda no fundo...
 
Uma breve atualização...

Recentemente fui ler um post de um site que republicou uma lista de conceitos que existem em alguns idiomas mas que não existem em outros que me levou aplicar o mesmo pensamento em relação a importância de haver seres sem nome em um mundo aonde os nomes sejam para lá de importantes (Tolkien dava um peso enorme aos nomes), como que pedaços físicos de cada elemento. A lista derivava de um trabalho sobre emoções positivas, organizadas numa espécie de algoritmo.

Alguns dos conceitos da lista cruzavam duas ou mais apreciações da realidade em um sentimento único como por exemplo:

Ramé (Balinese): something at once chaotic and joyful.

http://www.drtimlomas.com/#!analytic-lexicography/pliik

Sabendo que o mesmo poderia ser feito considerando significados neutros e negativos, é possível considerar que os "seres sem nome" imponham apreciações que não possam ser definidas com o mesmo referencial de Gandalf para com os homens ou sequer para Gandalf, e que dependam da condição de não poderem ser nomeados pelo autor, ainda que ele tenha fontes iniciais de referência.

Quer dizer, a separação entre a inspiração de Tolkien a partir de outras fontes e a realidade dos seres implica numa espécie de obstáculo aparente para o mistério. De sorte que o "terror sem nome" seja mais que um terror anônimo.
 
Última edição:
Creio que essas acima sejam as conexões diretas e evidentes que você mencionou. Na ordem entendo que elas se classificariam como referências diretas que satisfaçam ao lado observável, acessível e público (já estudado) dos personagens. Todavia chama a atenção a consequência da escolha da abordagem do terror de Gandalf para construção do mundo quando decide não entrar em detalhes e não lembrar. Que a característica marcante dos poderes que é fazer questão de se lembrarem das formas e símbolos seja lançada fora como que dando a entender que eram sem nome porque também mereciam sê-lo. (Mereciam na verdade em que sentido e como é possível explorar o problema?)


Nesse âmbito o terror de Gandalf, que é o terror de Tolkien, oferecendo tanto marcadores evidentes (como as mitologias consultadas) bem como outros menos óbvios, desenhados para estimular o terror sem nome. Quer dizer, é interessante ver como o terror inexplicável se encontra diretamente ligado ao fato de os Ainur não terem interesse por abrir um vocabulário para nomeá-los. Novamente em que sentido? Provavelmente por serem intratáveis até ao mínimo contato inicial.


Se a incomunicabilidade desses seres tivesse sido determinada no princípio e se se pudesse receber status físico/concreto (a palavra como “poder”), então teríamos como que uma fronteira(?) com peso de lei (talvez reconhecida, talvez não reconhecida, talvez esquecida) impondo a impossibilidade de integrar um tipo de criatura absurda, ou até mesmo de repulsão entre os seres de baixo e os de cima. Quer dizer, cair no abismo de Moria poderia significar o mesmo que passar dos limites do compreensível... Que seria o “compreensível” do presente e não do passado, talvez elementos representantes de um idioma que não mais fosse usado.
 
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Como conciliar a existência destes seres sem nome com o que é relatado em ''O Silmarillion''?

Simples, basta supor que Illuvatar não estava sozinho antes da criação dos Ainur e que os ditos cujos (e também Ungoliant e Tom Bombadil) habitavam o mesmo plano de existência espiritual. Ou seja, supor que Eru não é o criador de toda as formas de existência.

Muito interessantemente, esta é a visão dos adeptos da cabala judaica, em relação a Javé, como o @Ragnaros. expõe aqui:

http://www.valinor.com.br/forum/top...ucifer-o-anjo-caido.65307/page-3#post-2722214

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Última edição:
Existem algumas características que notabilizam o plano semântico ou das idéias que está a serviço dos Palácios de Eru. Uma delas seria que em sendo um plano aonde "palavra é poder" as formas sejam criadas e escolhidas por seres que detenham o dom da existência própria a partir da matéria prima de sua vontade. Segundo o Silmarillion a fonte remota para essas coisas seria única, apenas Eru. A partir desse plano todo o resto se derivaria como num esquema de classes de palavras:

seo-semantics-word-classes.jpg

Nessa lógica, elfos, Valar, Maiar, Seres sem nome, etc, somos todos elementos simbólicos, de classes diferentes dentro de uma história a ser contada. Que é quando Tolkien interrompe de desbastar as arestas, penso eu. Bombadil e Ungoliant seriam classes solitárias que todavia possuem um processo de diálogo com o mundo. Como se a interação mínima que existe provasse que há sim algum tipo de entendimento ou base mínima de semelhança entre o mundo e eles para que esses seres consigam participar da história. Todavia é muito sutil igual a pequenina magia que faz com que as almas dos homens não percam controle da matéria emprestada de seus corpos.
 
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De minha parte, considero-os bem sem graça, umas coisas que se dedicam exclusivamente a mastigar rocha, sem o charme apocalíptico da Ungoliant.

O interessante aí é especular como o Gandalf tomou conhecimento do que eles eram.

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Relacionado a luta vejo que haveria pelo menos duas oportunidades que também podem ser especuladas, penso eu:

1-Ao chegar ao fundo e sua visão proporcionasse um choque que o fizesse se lembrar de coisas que ele havia esquecido.
2-Depois de lutar e morrer combatendo o inimigo, sua alma é instruída pelos Poderes do Oeste sobre o que houve e sobre aonde ele tinha ido parar.

Relacionado a outros momentos haveria o processo de longa pesquisa (incluindo Aman).
 
Relacionado a luta vejo que haveria pelo menos duas oportunidades que também podem ser especuladas, penso eu:

1-Ao chegar ao fundo e sua visão proporcionasse um choque que o fizesse se lembrar de coisas que ele havia esquecido.

2-Depois de lutar e morrer combatendo o inimigo, sua alma é instruída pelos Poderes do Oeste sobre o que houve e sobre aonde ele tinha ido parar.

Relacionado a outros momentos haveria o processo de longa pesquisa (incluindo Aman).

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Fico com a segunda opção e, se bem me recordo, há uma carta em que Tolkien afirma que Gandalf foi ''ressuscitado'' pelo próprio Illuvatar.

E @Neoghoster Akira, como você curte estudar sobre a relação do significado das palavras e o seu uso, penso que é importante ressaltar que Gandalf, no original em inglês, refere-se aos ditos cujos como ''nameless things'', de onde eu deduzo que eles não tinham aspecto humanóide.

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Última edição:
:D Sim, há no fandom teorias sobre a forma baseando-se em elementos como o guardião da porta de Moria. (triste que não haja outros exemplos iguais para estabelecermos a espécie da mesma forma que os dragões).

Um dado curioso a respeito da palavra usada para eles é que se formos pelo lado do termo "nameless" o fragmento "name" se refere a nome e a fama ou reputação, podendo apontar para um ser que não tenha essas coisas ou talvez para seres que já tiveram função definida e as perderam.

Em todo caso se "nameless" for usado com todo o peso das canções de poder da era pré-rebelião de Sauron poderia significar que no momento estejam trapped, encarcerados pelo encantamento da palavra, com "status" de inclassificável ou talvez de banimento, quem sabe.

Cheguei a ler uma vez um comentário sobre como o inglês era um idioma diabólico em que as palavras são cheias de encantos e armadilhas, como se fosse um campo de provas cheio de recantos ocultos escondidos (algo como um Livro Negro do Direito se bem me lembro). Se formos realmente rigorosos com essa regra os personagens acabariam estimulando pedidos de explicação... Pena que o autor faleceu. ;_:
 
Eu consigo imaginar de onde Tolkien se inspirou para criar esses seres sem nome do fundo da terra. Na mitologia nórdica abaixo da Yggdrasil existe um dragão chamado Níðhöggr que vive em Niflheim, o mundo inferior nórdico. Ele rói as raízes mais fundas da árvore do mundo, Yggdrasil, com o objetivo de a destruir, aguardando o Ragnarök.
Da mesma forma que esses seres roem o fundo da terra abaixo das minas dos anões
 
Eu consigo imaginar de onde Tolkien se inspirou para criar esses seres sem nome do fundo da terra. Na mitologia nórdica abaixo da Yggdrasil existe um dragão chamado Níðhöggr que vive em Niflheim, o mundo inferior nórdico. Ele rói as raízes mais fundas da árvore do mundo, Yggdrasil, com o objetivo de a destruir, aguardando o Ragnarök.
Da mesma forma que esses seres roem o fundo da terra abaixo das minas dos anões

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Congrats, @Eruonel, você encontrou a inspiração mitológica para as tais ''nameless things''. :joinha:

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Minha vez de teorizar e devanear
O Silmarillion dis que no princípio havia Eru, o Único. Tal como o Deus cristão/judaico existe uma pergunta irrespondível que é de onde ele surgiu... eu tenho minhas teorias quanto a Deus (meio loucas, isso que da pesquisar muito sobre tudo), mas a questão aqui é Eru, e se ele não fosse o único? A história eh contada pelos elfos que ouviram a partir do contado pelos Valar que viram Eru, mas eles só conheciam aqueles limites e o que fora contado por Eru, pode se dizer q os Ainur foram doutrinados por seu criador a não esperar encontrar nada além dele por ele ser o primordio de tudo. Como o Universo tende sempre a estar em equilibrio em todas as mitologias, podemos imaginar que existe uma essencia yin e uma yang no universo e a partir da mistura dessas essencias surgiu Eru em uma espontaneidade tal como o big bang (ou por um leve desequilibrio dessa essencias, que tecnicamente seria o esperado, como o universo só pode existir por um desequilibrio da materia e da anti-materia, bem como da materia barionica e da materia negra).

Se Eru representa o processo criativo e a luz, então por regra de equilibrio deve haver uma encarnação do processo destrutivo e da escuridão, mas nenhum Ainur tinha ciencia disso por que eles viviam dentro da morada de Eru e só sabia o que foi passado pra eles e o que eles sabia da parte da mente de Eru, exceto Melkor, que vinha de uma outra parte da mente de Eru, a maior e que por isso sentia a necessidade de sair ao vazio procurar algo tanto por instinto quanto por ambição, assim Melkor não só queria achar a Chama Imperecível como também era impelido por sua consciencia a achar o que Eru escondia que era sua contra-parte.

Podemos então dizer que se há uma contraparte de Eru assim como havia uma Niflheim e uma Muspelheim no princípio do mundo Nórdico antes de haver a Yggdrasil, e havia um Caos e um Éros na mitologia grega (sendo o Caos uma força catabólica, que gera por meio da cisão e Éros uma força de junção e união) havia então um ser divino de classe maior que os Ainur que gerou outras criaturas no Vazio, não se pode dizer que essas criaturas eram nefastas, mas elas apenas cumpriam sua parte no universo de gerar a escuridão e equilibrar a luz e as trevas.

Sobre Ungoliant o Silmarillion reza:
Os Eldar não sabem de onde ela teria vindo; mas alguns diziam que, em épocas muito remotas, ela descera da escuridão que cerca Arda, quando Melkor pela primeira vez contemplara com inveja o Reino de Manwë, e que no inicio ela fora um ser que ele corrompera para seu serviço.

Logo a informação de quem era Ungoliant não foi passado para os elfos, e em nenhum lugar é dito que ela é um maiar ou valar, apenas diz que ela desceu do Vazio, e Melkor a encontrou enquanto vagava pelo Vazio e a convenceu a trabalhar para ele. Logo eu chego a conclusão de que ela não é uma Ainur, e sim um outro espírito vindo do Vazio criado pela contraparte de Eru, sendo ela da mesma classe de poder dos Valar mas vinda de outra essencia, sendo ela mesma uma contraparte de Varda, a Inflamadora. Pois se Elbereth Gilthoniel era aquela que criava a luz das estrelas, que gerava a luz, Ungoliant era aquela que devorava a luz, que destruia tudo que brilhava. Mas sendo ela um espirito de vontade própria e de grande poder, ela não era obrigada a servir Melkor, ela então se voltou contra ele por ele não servir mais aos seus propositos. Ungoliant desceu a Arda do Vazio e assumiu a forma fisica de uma terrivel aranha por que ela quis, assim como os Valar assumiram a forma fisica do Eldar por que eles quiseram.

Sendo assim podemos dizer que nem todas as criaturas existentes tinham que estar presentes na música ou serem ecos da mesma, mas podiam ter vindo do Vazio Primordial, geradas por uma outra entidade Onisciente.

Esses Seres Sem Nome que habitam as profundezas da terra, podem ser isso, outras criaturas, não más, nem geradas por Melkor, mas que apenas cumprem o seu proposito, e que vieram a Arda logo no Inicio dela, quando os primeiros Valar vieram, antes da chegada e conhecimento de Sauron à Arda. E elas cumprem seu proposito de destruir o que foi criado, roendo as raizes das montanhas. E por os Ainur terem sidos doutrinados por Eru a acreditar que tudo que existe é criado por ele, eles não sabem da existencia, ou talvez não saiba do proposito e origem desses seres, apenas sabem que existe. Por isso a relutancia de Gandalf em falar sobre eles, porque ele mesmo não os entende, só sabe que eles existem e que são mais antigos que Sauron.
** Posts duplicados combinados **
Também, complementando, pode ser que assim como o Níðhöggr devora a base da Yggdrasil para a destruição da mesma no Ragnarök, onde o mundo vai ser refeito, também pode ser que esses seres sem nome, devorem os fundamentos de Arda para o Dagor Dagorath, onde o mundo também vai ser reformulado, depois da guerra, se os filhos de Iluvatar e os Ainur vão cantar uma nova canção mais bela ainda, pode se dizer que vão criar uma nova Eä e logo a antiga Arda deve ser desfeita, pois a renovação sempre vem depois de uma destrução, até na biblia a superficie da terra e os inimigos de Deus são destruidos numa Guerra da Ira de Deus (a.k.a Armagedom) para depois ser reestabelecido o paraiso terrestre pelos, e para os humanos sobreviventes escolhidos, em uma renovação.
 

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