Engethor
Son of Jango
Testemunho: um meio não-confiável para validar um fenômeno extraordinário
Uma das formas mais populares de "evidência" apresentada pelos que advogam a crença no pseudo-científico ou paranormal é um testemunho. É o famoso "dá certo, porque comigo funcionou" ou "existe, porque fulano disse que viu". Entretanto, o valor empírico de uma manifestação desse tipo para validar a veracidade de uma crença é praticamente nulo, pois esses depoimentos são fundamentalmente viesados e não-confiáveis. Testemunhos de "deu certo comigo" têm o mesmo valor daqueles comerciais de TV de telemarketing em que aparece o cliente satisfeito anunciando como perdeu peso rapidamente ou como o novo esfregão era tudo o q ele precisava. O "existe porque fulano disse" é o tipo de coisa que é dito sobre sacis, sereias, etc.
Notem que estou falando de testemunhos que alegam coisas extraordinárias, fora da experiência comum. E na ausência de outros modos de verificar a alegação. Testemunhos sobre fatos corriqueiros são mais fáceis de avaliar como absurdos ou não.
O problema para o método científico fazer uso de um depoimento extraordinário é, sem acesso ao evento e sem a possibilidade de reproduzi-lo fica impossível saber se o depoente interpretou adequadamente o fenômeno. É muito fácil o depoente ser iludido ou se iludir (conscientemente ou não). O depoente tem crenças próprias a priori, tem expectativas e não tem noção de como seus olhos podem iludi-lo. As pessoas se iludem, não se dão conta e isso não é difícil de ocorrer. É assim que a classe dos mágicos/ilusionistas e a categoria de místicos em geral ganham a vida. Repetindo, a expressão-chave é: pessoas se iludem.
É muito difícil separar os fatores que contaminem a observação sem acesso ao evento. Um teste em condições controladas seria o necessário. Testes controlados devem eliminar pré-julgamentos, vieses, a tendência de só enxergar as ocorrências favoráveis. Reprodutibilidade é fundamental.
O negócio é ter meios de validação independente para um evento.
Mas, feitas todas essas ressalvas, porque os testemunhos são tão utilizados? O caso é o seguinte: testemunhos fascinam. Apresentam uma carga emocional, que faz com que as pessoas se identifiquem. Aparentam ser sinceros (quando a pessoa não se dá conta de que poderia haver outra explicação). Ou seja, testemunhos convencem porque os ouvintes querem acreditar.
Vejamos... liberar pro debate... o poder dos testemunhos é tão grande assim? Como avaliar uma ocorrência extraordinária, se não dispomos de mais informação que um testemunho (às vezes de segunda mão, "fulano disse que...")?
Inspirado em: http://skepdic.com/testimon.html
Uma das formas mais populares de "evidência" apresentada pelos que advogam a crença no pseudo-científico ou paranormal é um testemunho. É o famoso "dá certo, porque comigo funcionou" ou "existe, porque fulano disse que viu". Entretanto, o valor empírico de uma manifestação desse tipo para validar a veracidade de uma crença é praticamente nulo, pois esses depoimentos são fundamentalmente viesados e não-confiáveis. Testemunhos de "deu certo comigo" têm o mesmo valor daqueles comerciais de TV de telemarketing em que aparece o cliente satisfeito anunciando como perdeu peso rapidamente ou como o novo esfregão era tudo o q ele precisava. O "existe porque fulano disse" é o tipo de coisa que é dito sobre sacis, sereias, etc.
Notem que estou falando de testemunhos que alegam coisas extraordinárias, fora da experiência comum. E na ausência de outros modos de verificar a alegação. Testemunhos sobre fatos corriqueiros são mais fáceis de avaliar como absurdos ou não.
O problema para o método científico fazer uso de um depoimento extraordinário é, sem acesso ao evento e sem a possibilidade de reproduzi-lo fica impossível saber se o depoente interpretou adequadamente o fenômeno. É muito fácil o depoente ser iludido ou se iludir (conscientemente ou não). O depoente tem crenças próprias a priori, tem expectativas e não tem noção de como seus olhos podem iludi-lo. As pessoas se iludem, não se dão conta e isso não é difícil de ocorrer. É assim que a classe dos mágicos/ilusionistas e a categoria de místicos em geral ganham a vida. Repetindo, a expressão-chave é: pessoas se iludem.
É muito difícil separar os fatores que contaminem a observação sem acesso ao evento. Um teste em condições controladas seria o necessário. Testes controlados devem eliminar pré-julgamentos, vieses, a tendência de só enxergar as ocorrências favoráveis. Reprodutibilidade é fundamental.
O negócio é ter meios de validação independente para um evento.
Mas, feitas todas essas ressalvas, porque os testemunhos são tão utilizados? O caso é o seguinte: testemunhos fascinam. Apresentam uma carga emocional, que faz com que as pessoas se identifiquem. Aparentam ser sinceros (quando a pessoa não se dá conta de que poderia haver outra explicação). Ou seja, testemunhos convencem porque os ouvintes querem acreditar.
Vejamos... liberar pro debate... o poder dos testemunhos é tão grande assim? Como avaliar uma ocorrência extraordinária, se não dispomos de mais informação que um testemunho (às vezes de segunda mão, "fulano disse que...")?
Inspirado em: http://skepdic.com/testimon.html