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[Semana da Saudade] Hail To The Kirby!!!

V

Saloon Keeper
Há pouco tempo eu criei um tópico sobre Will Eisner, chamando atenção para o fato deste ter revolucionado a linguagem dos quadrinhos como nenhum outro ser humano jamais o fez e jamais o fará.

No entanto, quando se fala em quadrinhos de super-heróis, ninguém foi mais importante do que Jack Kirby. Responsável pela co-criação da grande maioria dos personagens mais importantes de Marvel (como Hulk, Quarteto Fantástico, Homem de Ferro, Surfista Prateado, Vingadores, X-Men) e inúmeros personagens da DC (Darkseid, Sr. Milagre, Etrigan), nenhum artista teve uma carreira tão prolífica.

Fica até difícil colocar em palavras o quanto Kirby (que tem o merecido apelido "The King") foi influente e importante, de forma que se eu me prolongasse muito acabaria enchendo esse post de superlativos irritantes.

Assim sendo,

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Não tenho muito mais a dizer, exceto isso:

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Fiquei com mais carinhas que o seu post, V :mrgreen:

Pelo menos em algo fiquei superior... 8-)
 
É, e graças a você agora temos uma maldita barra de rolagem na parte de baixo da página. :clap:
 
Eu queria que a gente falasse sobre a obra dele, pra esse tópico não se tornar inútil quando a semana acabar. :mrgreen:

Uma coisa impressionante era o ritmo do cara. Teve épocas em que ele desenhava umas dez revistas por mês.
 
Sua importância e influência dispensam comentários!
Sempre são citados Stan Lee, Frank Miller, Alan Moore e Neil Gaiman como mestres dos quadrinhos (eu sei que eu deixei o Eisner de fora, ams ele dispensa apresentações),mas muitas vezes eu vejo o pessoal esquecendo do Kirby, que teve presente na criação de muitos dos grandes ícones dos quadrinhos de hj em dia. Ta certo que os outros tem sua importância, mas esquecer um dos responsáveis por termos o que temos hj em dia nos quadrinhos é uma baita injustiça!
Uma das criações favoritas do Kirby em minha opinião são os Novos Deuses (que foi de onde surgiu Darkseid e sua turma).

Acho que só palavras não bastam p/ falar desse grande mestre então tb me levanto e aplaudo.

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Eba. Show de Emoticons. :roll:

Desculpa V, mas acho que não sinto Saudades do Kirby. Respeito e reverencio sua obra e contribuição. Mas não vivi a época dele. Não vivi aquele momento em que ele estava no auge. Não sinto saudades do que não vivi.

De qualquer maneira, viva Kirby (em nossas memórias)!
 
Você pode ter saudades de algo que não vivenciou, por que não?

Quando eu vejo algo desenhado pelo Kirby, tenho uma sensação nostálgica indescritível. Aquilo é clássico, no sentido mais puro da palavra.

Eu gostaria muito de ter vivido naquela época, e ter acesso a essas obras em primeira mão. Mas eu já li muita história do Kirby, em republicações. E quando eu leio essas histórias, é como se eu me lembrasse de algo que nunca vivi. Acho que a influência é tão grande que já está no inconsciente coletivo, há um reconhecimento interior em quem lê quadrinhos há muito tempo.

E, claro, o objetivo aqui é uma homenagem mais relativa à saudade que o Kirby deixa no mundo dos quadrinhos, não necessariamente em nós.

Sacou?
 
Sim,

saquei que você queria algo assim, saudades de algo que não vivemos literalmente. Daí pq quis colocar minha visão pessoal do assunto. Só. Mesmo assim ainda disse "viva Kirby (em nossas memórias)!", numa brincadeira meio contraditória, pois fato é o homem é influência, hoje (viva!) e ontem, daí falar em nossas memórias que em grande parte são pós-kirby. Enfim, algo parecido com o q vc disse.

***
Cara, sabia que esse "(em nossas..." não bastaria pra traduzir o que eu queria dizer. O q o sono faz com uma pessoa...
Valeu V pela Mp advertindo (pois este post ainda poderia estar pior do que já está).
 
Kirby, grande mestre. Li muitas histórias do Kirby, e não tenho do que reclamar. :mrgreen: O cara é bom, muito bom, e participou da criação de vários personagens importantes.

Ele merece.

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Sinceridade falar do Kirby é chover no molhado... :mrgreen:
A genialidade com que ele desenhava é uma coisa absurda, tanto que muitos hj procuram se espelhar em sua arte para desenhar......

As vezes, as imagens são melhores do que as palavras

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Hulk

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images



Só posso bater palmas a este mestre do nanquim

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Kirby por Moore

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Alan Moore e Jack Kirby - Moore defende a devolução de seus originais

THE JACK KIRBY COLLECTOR: Quão poderosa a influência de Jack Kirby foi para você?

ALAN MOORE: Bem, eu teria de voltar à minha mais tenra infância para responder isso. Eu descobri os quadrinhos pela primeira vez quando eu tinha quase sete anos; isto teria sido por volta de 1959 ou 1960. Quando eu digo quadrinhos, quero dizer quadrinhos americanos; eu tinha lido os experimentais quadrinhos britânicos antes disso, mas quando eu me encontrei pela primeira vez com os quadrinhos do Super-homem e do Batman daquela época, as primeiras duas aparições do Flash, coisas desse tipo, foi uma revelação. Eu me tornei completamente viciado em quadrinhos americanos, ou especificamente os quadrinhos da DC que estavam disponíveis na ocasião. Eu posso me lembrar que vi seus quadrinhos peculiares, que eu sabia que não eram da DC, pendurado na banca de jornal e eles pareciam muito estranhos. Eu não queria arriscar em gastar meu dinheiro naquilo, já que esse material não era um com o qual eu já estivesse familiarizado.

E então eu posso recordar que um dia, acho que eu estava doente e prostrado na cama - eu tinha sete ou oito anos na época - e minha mãe disse que ela iria comprar pra mim uma revista de HQ para me animar enquanto eu estivesse limitado à cama. Eu sabia que o único quadrinho do qual eu poderia pensar que não tinha de fato comprado era um do Blackhawk, que tinha visto na banca. Assim eu fiquei tentando em convencer minha mãe para que escolhesse essa revista do Blackhawk, e tentei explicar a ela sobre o que era, que era sobre um grupo de pessoas que usavam uniformes azuis. Para minha enorme decepção inicial, ela trouxe a revista do Quarteto Fantástico #3, mas mesmo assim eu a li. Ela fez algo comigo. Era principalmente a arte. Era um tipo de textura e estilo que eu simplesmente nunca tinha visto antes. Dos artistas da DC na ocasião, eu realmente não conhecia os seus nomes, mas o estilo deles eram aqueles com os quais eu estava acostumado: Muito limpo, corpos muito saudáveis, e aqui estava algo com pesadas sombras, quase como um tipo de esboço. foi imediato; literalmente, daquele momento em diante eu me tornei um fã dedicado do Quarteto Fantástico e das outras revistas da Marvel quando eram, em particular, feitas por Kirby.

Quero dizer, era o trabalho de Kirby que eu seguia mais que do que qualquer outra pessoa enquanto eu crescia. Seu trabalho em Thor e “Os contos de Asgard”, o Quarteto Fantástico, durante aquele seu clássico e extenso arco de histórias, e então quando Kirby foi para a DC e fez seu Quarto Mundo. Isso aconteceu durante a época que eu estava chegando a meus psicodélicos anos adolescentes e a temática dessas revistas parecia estar mudando junto comigo. Eu absorvi ativamente toda a linha que ele desenhou por esses anos, ou pelo menos aquelas nas quais eu pude pôr minhas mãos. Havia algo sobre o dinamismo da maneira de contar histórias de Kirby. Pode-se pensar nisso como uma influência. É algo com o que você cresceu, um tipo de entendimento que é apenas a maneira pela qual os quadrinhos foram feitos. Então posso dizer que sim, que posso contar com a influência de Jack Kirby em meu próprio trabalho. É quase como um cenário inicial para o meu próprio storytelling. É como um tipo de exemplo a ser seguido: se você puder contar uma história da mesma maneira que Kirby, então pelo menos ela será uma HQ propriamente dita; você estará fazendo seu trabalho de maneira adequada.

TJKC: O que exatamente fez dessas histórias clássicas da Marvel tão revolucionárias? Será pelo fato de a narração delas ser mais madura do que as da DC?

ALAN: Uma dimensão extra foi acrescentada à narração e à arte. De certo modo os personagens da DC eram, na ocasião, arquétipos em um certo grau. Arquétipo significa que são unidimensionais. Stan Lee e seus colaboradores, em suas histórias, revestiram os personagens com uma segunda dimensão. Eles lhes deram alguns problemas humanos. Eles não eram personagens tridimensionais mas tinham uma dimensão a mais com a qual não estávamos acostumados, e algo naquele tipo de arte correspondeu com isso. Com Kirby, havia um nível de atenção a detalhes e textura e intensidade na arte que parecia dar outra dimensão aos super-heróis - os quadrinhos - mais do que era comum na época. Apenas pareciam ser muito mais viscerais, muito mais reais. O Tocha Humana encontra Namor sofrendo de amnésia em uma vizinhança decadente; aquilo tinha uma realidade visceral, tornando as HQ’s muito mais atrativas.

TJKC: Parece que todo o mundo acha a arte de Kirby, a princípio, um pouco desajeitada. Quanto tempo levou pra você se acostumar com ela?

ALAN: Bem, durante algum tempo, provavelmente sete ou oito páginas, mas sim, havia aquele tipo de choque de encarar algo pouco conhecido. Mas então, como sempre ocorre em minha vida, isso geralmente tem sido um sinal; algo com o que eu quase sinto repulsa, mas que depois começa a se tornar algo com o que eu ficarei permanentemente fascinado. Alguns artistas underground, na primeira vez eu vi seus trabalho, me deram uma repulsa genuína, mas depois eu fui ficando viciado com eles e o mesmo aconteceu, em um grau diferente, com Kirby. Sim, olhando pela primeira vez para a arte dele, há aquele choque de algo que é pouco conhecido, e a princípio, o choque pode ser desagradável, mas logo se adquire um forte gosto e você tem que ter mais daquilo.


TJKC: O que você achou do trabalho de Kirby como escritor? O trabalho dele tem algo de especial?

ALAN: Sim! Há um poder primitivo nele. O diálogo, a pontuação; estas coisas às vezes são um pouco estranhas, mas isso não leva só à energia e sentimento brutos nesses trabalhos e storylines. Ele foi alguém que sempre fazia com o coração. Acho que essa era uma qualidade que vinha dos trabalhos que escreveu.

Mais aqui: http://geocities.yahoo.com.br/alanmooresitebr/osupremoescritor.html
 

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