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Sem título n. 39

Luciano R. M.

vira-latas
E então
ela morreu. Sem
motivos e sem
justificativas.
Pura e simplesmente,
ela morreu. Pendurou
o próprio corpo
em uma corda
e ali ficou, pendendo
pelo pescoço. Sem
poemas e sem réquiens,
ela morreu. E amanhã
o dia vai nascer
como se ela nunca
tivesse existido.
 
Adorei, mesmo. Mas tem uma coisa no seu estilo de escrever que sempre me deixa com uma pulga atrás da orelha. por exemplo:

ela morreu. Pendurou
o próprio corpo


a ideia da mudança de um verso para outro é a da pausa, e deixando algo assim, "pendurando (pausa) o próprio corpo" às vezes soa meio, sei lá, não-fluente. vc faz isso de um jeito intencional, quer realmente que o leitor dê uma paradinha ates da continuação? Qual efeito exatamente você espera causar quando distribui as palavras desse jeito?
 
Obrigado Anica! É bem legal saber que tu gosta!

E assim... A idéia é justamente tentar suprimir a idéia de pausa. Talvez eu ainda não tenha descoberto um jeito realmente bom de fazer isso, mas... A idéia é deixar a coisa toda mais rápida ainda.
 
Sabe a impressão que deu Luciano? Primeiramente, um poema de safra, onde nem nome tem, apenas o reconhecemos pelo número 39. Claro, isso é proposital, pois é bem explícito no escrito que morrer é morrer, sem cerimônias e nada mais que isso. Em outras palavras, somos números, fazemos esses números todos os dias, ou seja, somos apenas mais um por aqui.
 
Luciano vc foi feliz no que escreveu,acertou principalmente no título que passou a idéia de que somos apenas mais um, como disse o Fernando Giacon no comentário dele.Muito bom!!!
 
Gracías!

Um adendo quanto ao título, Fernando: além disso que tu falou, de deixar mais 'anônimo', quando eu comecei com os 'sem título' eu roubei isso da pintura... Em que muitos quadros não tem título, recebem apenas um número, para descaracterizar um pouco a poesia em si: afinal, eu uso um recurso de outra 'forma de arte'.
 

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