Fúria da cidade
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Não chame Peter Shilton e Diego Maradona para um mesmo evento, a menos que você queira irritar profundamente o goleiro da seleção da Inglaterra nas Copas do Mundo de 1982, 1986 e 1990.
Trinta e dois anos depois de sofrer um antológico gol de mão do craque argentino nas quartas de final do Mundial-1986, no México, o ex-arqueiro britânico ainda guarda profundas mágoas do antigo adversário.
E já deixou de faturar um bom dinheiro por causa disso.
Ao longo das últimas três décadas, várias empresas já tentaram reunir Shilton e Maradona em ações publicitárias para um aperto de mão. Mas o goleiro recusou todos os convites de ato simbólico de perdão.
“Isso nunca vai acontecer. Ele foi definitivamente o melhor jogador com quem já estive em campo, mas não tenho nenhum respeito por ele”, afirmou o ex-goleiro, em entrevista ao jornal inglês “Daily Mirror”.
“Eu nunca quis encontrá-lo desde a ‘Mão de Deus’, porque sempre achei que ele deveria ter se desculpado pela trapaça. O fato de nunca ter feito isso resume bem quem ele é. Todo mundo sabe o que aconteceu. Os jogadores trapaceiam em campo, até mesmo os goleiros. Mas quando isso acontece, eles se mostram bons esportistas e pedem desculpa. Mas Maradona nunca teve essa decência. Não importa o que ele fez em campo. O resto mancha essa história.”
Em 2005, quando Maradona apresentava um programa de TV na Argentina, Shilton foi convidado a participar do show. Mas o goleiro não aceitou essa oferta, assim como negou todas as campanhas publicitárias em que teria de “fazer as pazes” com o ex-camisa 10.
Uma em especial chamou a atenção de Shilton. De acordo com a esposa e empresária do ex-goleiro inglês, ele recebeu recentemente um convite “enorme” para estrelar um comercial de TV com Maradona.
“Era uma grande quantia de dinheiro e fiquei bastante empolgada. Mas, assim que levei a proposta para Peter, ele disse não por causa da recusa de Maradona em pedir desculpas”.
Mesmo com as seguidas negativas de Shilton, há ainda quem tente reconciliar a dupla (e faturar com isso). A casa de apostas irlandesa Paddy Power, que é famosa pelo uso de publicidades polêmicas, quer colocar a dupla frente a frente no próximo mês e assegura que o argentino irá se desculpar pelo lance.
A jogada ainda não perdoada por Shilton é um dos lances mais marcantes da história das Copas. Em um confronto extremamente politizado por conta da Guerra das Malvinas, protagonizada pelos dois países anos antes, a Argentina eliminou a Inglaterra do Mundial-1986.
Os sul-americanos venceram a partida por 2 a 1, com dois gols de Maradona, o primeiro com um soco na bola com a mão esquerda, que ficou conhecido como “Mão de Deus”.
https://blogdorafaelreis.blogosfera...nheiro-para-nao-ter-de-cumprimentar-maradona/
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Não foi fácil pro Shilton ter sofrido o gol de mão que caracteriza um dos maiores roubos de todas as copas e ao mesmo tempo o que muitos consideram o gol mais bonito de todas as copas que acabou abafando o primeiro, fora todo um contexto político pós guerra das Malvinas embutido.
Literalmente foi mais fácil fazer os dois rivais de Karatê Kid se reencontrarem no cinema do que esses dois frente a frente novamente.
Trinta e dois anos depois de sofrer um antológico gol de mão do craque argentino nas quartas de final do Mundial-1986, no México, o ex-arqueiro britânico ainda guarda profundas mágoas do antigo adversário.
E já deixou de faturar um bom dinheiro por causa disso.
Ao longo das últimas três décadas, várias empresas já tentaram reunir Shilton e Maradona em ações publicitárias para um aperto de mão. Mas o goleiro recusou todos os convites de ato simbólico de perdão.
“Isso nunca vai acontecer. Ele foi definitivamente o melhor jogador com quem já estive em campo, mas não tenho nenhum respeito por ele”, afirmou o ex-goleiro, em entrevista ao jornal inglês “Daily Mirror”.
“Eu nunca quis encontrá-lo desde a ‘Mão de Deus’, porque sempre achei que ele deveria ter se desculpado pela trapaça. O fato de nunca ter feito isso resume bem quem ele é. Todo mundo sabe o que aconteceu. Os jogadores trapaceiam em campo, até mesmo os goleiros. Mas quando isso acontece, eles se mostram bons esportistas e pedem desculpa. Mas Maradona nunca teve essa decência. Não importa o que ele fez em campo. O resto mancha essa história.”
Em 2005, quando Maradona apresentava um programa de TV na Argentina, Shilton foi convidado a participar do show. Mas o goleiro não aceitou essa oferta, assim como negou todas as campanhas publicitárias em que teria de “fazer as pazes” com o ex-camisa 10.
Uma em especial chamou a atenção de Shilton. De acordo com a esposa e empresária do ex-goleiro inglês, ele recebeu recentemente um convite “enorme” para estrelar um comercial de TV com Maradona.
“Era uma grande quantia de dinheiro e fiquei bastante empolgada. Mas, assim que levei a proposta para Peter, ele disse não por causa da recusa de Maradona em pedir desculpas”.
Mesmo com as seguidas negativas de Shilton, há ainda quem tente reconciliar a dupla (e faturar com isso). A casa de apostas irlandesa Paddy Power, que é famosa pelo uso de publicidades polêmicas, quer colocar a dupla frente a frente no próximo mês e assegura que o argentino irá se desculpar pelo lance.
A jogada ainda não perdoada por Shilton é um dos lances mais marcantes da história das Copas. Em um confronto extremamente politizado por conta da Guerra das Malvinas, protagonizada pelos dois países anos antes, a Argentina eliminou a Inglaterra do Mundial-1986.
Os sul-americanos venceram a partida por 2 a 1, com dois gols de Maradona, o primeiro com um soco na bola com a mão esquerda, que ficou conhecido como “Mão de Deus”.
https://blogdorafaelreis.blogosfera...nheiro-para-nao-ter-de-cumprimentar-maradona/
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Não foi fácil pro Shilton ter sofrido o gol de mão que caracteriza um dos maiores roubos de todas as copas e ao mesmo tempo o que muitos consideram o gol mais bonito de todas as copas que acabou abafando o primeiro, fora todo um contexto político pós guerra das Malvinas embutido.
Literalmente foi mais fácil fazer os dois rivais de Karatê Kid se reencontrarem no cinema do que esses dois frente a frente novamente.