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Se o plebiscito de 1993 (Monarquia x República e Parlamentarismo x Presidencialismo) pudesse ser rep

Se o plebiscito de 1993 pudesse ser repetido HOJE qual seria o sistema de governo que você desejaria


  • Total de votantes
    42

Fúria da cidade

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Baseado num post do nosso Paganinus Ortoduxs Romanus (agora também monarquicus??) no Diário que pra variar pela 1.455.455a vez se disvirtuou e saiu da sua essência. Com a sua permissão...

Eu acho a república brasileira uma vergonha.

Mas... eu tô tão cansado desses conservadores fascistas da TFP, ligados a Olavo de Carvalho, e essa corja de tradicionalismo católico, que pqp, sou obrigado a concordar com o Time. Aqui precisa é de reforma política, urgente, uma nova república, sociedade que se auto-governe, menos interferência do Estado nas nossas vida, menos estruturas políticas caducas e ideologias mofadas. A vida política no Brasil precisa de vida, de mobilidade, maturidade, mas o que mais existe por aqui é repetição de discurso montanista e esquerdoide-stalinista.

Em 1993 houve um plebiscito em que toda a população brasileira teve o poder de decidir no voto escolher o sistema de governo: se continuamos sendo uma república presidencialista ou parlamentarista e até uma possível volta da monarquia. Pra quem nasceu depois ou era muito pequeno na época é incrivel que até hoje encontro gente que acha que aquilo foi uma piada ou um circo, mas aconteceu mesmo de verdade. Aqui abaixo pra deleite do Paganus um trecho da propaganda da ala monárquica:


Um da república presidencialista


Um da república parlamentarista


Achei interessante aqui lançar uma enquete com o seguinte questionamento:

1 - Pros que não eram nascidos ou não tinham idade mínima pra votar em 1993:
Se aquele plebiscito pudesse ser repetido novamente HOJE qual é o sistema que você votaria? O que faz você defender essa posição?

2- Pros que puderam votar em 1993: Você manteria o mesmo voto ou hoje mudaria de posição?

Vou deixar pra comentar mais a frente.

Tópico criado pra assim ser discutido aonde realmente fica mais sensato ser discutido :joinha:

Boa discussão a todos!
 
Última edição por um moderador:
Meus pais e quase toda a minha família tinha votado na monarquia. Mas se voltasse eu apostaria no parlamentarismo, tendo o primeiro ministro como mandatário.

Fúria, quando vc perguntou isso é baseado nas questões atuais da corrupção, falta de conduta dos políticos ou apenas uma curiosidade sobre a posição de cada colega do forum?

OBS: de nada adianta mudar um sistema politico se as leis beneficiam os politicos bandidos vagabundos sem vergonhas.
 
Eu acho que continuaria vencendo presidencialismo. Apesar de ser menos que os EUA, eu ainda acho que o brasileiro atribui maior importancia ao Presidente da forma que é no presidencialismo, talvéz até maior que realmente é.
 
Fúria, quando vc perguntou isso é baseado nas questões atuais da corrupção, falta de conduta dos políticos ou apenas uma curiosidade sobre a posição de cada colega do forum?

É que saiu um principio de discussão legal lá no diário e achei interessante o pessoal trazer a tona essa discussão numa situação de uma hipotética votação se ela pudesse ser feita novamente hoje quase 20 anos depois.

Eu tinha 19 anos quando rolou aquele plebiscito que veio num momento interessante, um ano após a queda do Collor e confesso que até pensei que a monarquia pudesse ganhar muita força e vencer, embora não foi essa a opção que eu votei na época que foi república parlamentarista.
 
EU votaria em monarquia parlamentarista, apesar de saber que seria só fonte de problemas no Brasil.

Mas não dá, o fascínio pela monarquia é muito forte.
 
Se monarquia parlamentarista voltasse minha familia retomaria os títulos que antes eram importantes. Como sou descedente do Barão da Aiuruoca (embora isso não representa nada hoje em dia e também não deixou nenhuma herança kkkkkkkkkk). Mas analisando por este este lado eu gostaria :mrgreen:
 
.

Ao contrário do que fiz em 93, quando votei em república parlamentarista, votaria em república presidencialista.

Teria sido melhor para o Brasil se a república não tivesse sido proclamada (imposta, e foi a primeira de muitas quarteladas), mas agora é tarde e o estrago não pode ser sanado.

.
 
Última edição:
Temos muitoooooooo o que considerar...

Primeiramente é preciso ter em mente que nenhuma dessas formas de governo em si representaria um milagre para a política brasileira, sem que ataquemos uma das bases fundamentais do problema: a nossa cultura política, que disseminou um consenso na sociedade civil de que política e corrupção estão em relação de simbiose. O político é necessariamente maculado. Essa cultura gerou como resposta um alheamento do grosso da população, um desencantamento e mesmo uma despolitização do voto e da concepção de cidadania. Como já discuti em outra oportunidade no fórum, temos um grande problema de formação do cidadão. Está escrito por diversas vezes nos nossos Parâmetros Curriculares Nacionais a expressão "formar o cidadão crítico", o que infelizmente é letra morta. E em parte o é em razão de uma falsa idéia de que discutir política na escola implica em doutrinação. Ora, nada mais errado. Política não é apenas política partidária (como lembra Mario Sergio Cortella e Renato Janine Ribeiro em seu livro "Política para não ser idiota"). Tudo na sociedade se insere no contexto de relações de poder, da macro até a micro-esfera. Assim formamos alunos que não entendem as instituições políticas de seu país, que não sabem, por exemplo, a diferença de atribuições entre o Senado e a Câmara dos Deputados. Formamos alunos que nunca viram nem as discussões mais superficiais da Economia Política. E quando se tornam eleitores nessa nossa democracia compulsória assistem àquelas belíssimas propagandas do Governo Federal: "vote consciente!" E a pergunta que me vem à mente é: "Como?"

Feito esse preâmbulo, identifico como um dos maiores problemas do nosso arranjo institucional o bicamaralismo. Nós não precisamos de duas casas no Legislativo! Isso ferra com o equilíbrio entre os poderes. Porque para que o Legislativo aprove determinados projetos, ele ser discutido em uma casa e votado... e então remetido para passar pelo mesmo processo na outra casa. Ante a inoperância do Legislativo, o Executivo se vê muitas vezes obrigado a governar por Medidas Provisórias. Mas as Medidas Provisórias precisarão posteriormente da aprovação do Congresso, o que atravanca ainda mais o legislativo. Assim, acabamos tendo um poder Executivo extremamente fortalecido, lembrando ainda que cabe ao Presidente da República a indicação dos ministros do Supremo.

Além do mais, nosso sistema eleitoral é profundamente anti-democrático em alguns aspectos. Quem se elege é quem possui dinheiro. Quem possui dinheiro são as candidaturas que contam com o financiamento do grande empresariado e do latifúndio. A injeção de dinheiro do setor privado em candidaturas permite, por sua vez, a ingerência desses grandes capitalistas nas esferas públicas deliberativas. Problema que, na minha opinião, se resolveria com a adoção do financiamento público de campanha, que garantiria aos partidos igualdade de condições.
Além disso, por que no horário reservado à Propaganda Política obrigatória, a candidata petista têm 5 minutos para falar, o tucano um pouco menos e outros partidos menores apenas 45 segundos. Como apresentar um programa de governo em tão pouco tempo? Essa situação de favorecimento produz a reprodução do mando dos mesmos grupos políticos. Onde a igualdade de condições? Onde a democracia?

Entrando finalmente na proposta, apenas para dizer que a reforma política que necessitamos deve ser muito mais profunda e envolve uma série de detalhamentos. Não basta dizer: "quero presidencialismo! quero parlamentarismo!" Temos que nos perguntar: "que presidencialismo queremos? que parlamentarismo queremos?" Dependendo das conformações, a opção presidencialista não me desagradaria, não. Mas gosto da idéia de um parlamentarismo republicano, desde que calcado numa reforma das diretrizes do processo eleitoral, tornando-o verdadeiramente mais democrático.

Uma coisa que me peguei pensando. Lembro aqui que o PSDB é um partido que em seus princípios defendeu o parlamentarismo republicano. E por que isso, me pergunto? O PT tinha o Lula, o PDT tinha o Brizola... que grande quadro político tinha o PSDB para disputar o cargo máximo do Executivo? Nenhum até então. Mas conseguia eleger um número considerável de Congressistas. Um partido que atinja a maioria no Legislativo num sistema parlamentarista se torna situação. É engraçado que com o Real tirando o país momentaneamente dos tempos trevosos da inflação, o nome de Fernando Henrique, então Ministro da Fazenda, ganhou forte projeção. E após o PSDB se alçar ao cargo máximo do Executivo, nunca mais balançou a bandeira do parlamentarismo. Curioso, né?
Bom, não vivemos um momento semelhante? O Tucanato não consegue lançar um nome de peso, alternando entre José Serra e Geraldo Alckmin... dois candidatos que não são digamos os maaaaaais carismáticos. Há quem aposte no Aécio Neves... mas sinceramente, tenho seríssimas dúvidas quanto ao seu peso político. A situação é tal que o FHC disse publicamente: deixa a pobraiada pro PT e vamos focar a Classe Média. Tá, não foram essas as palavras, mas o sentido foi esse. Será que diante do quadro atual, em que o PT parece ter consolidado uma posição favorável à manutenção do poder, num hipotético plebiscito o Tucanato não renovaria a sua bandeira parlamentarista?

Enfim... por agora, acho que é isso... :think:
 
Uma coisa que me peguei pensando. Lembro aqui que o PSDB é um partido que em seus princípios defendeu o parlamentarismo republicano. E por que isso, me pergunto? O PT tinha o Lula, o PDT tinha o Brizola... que grande quadro político tinha o PSDB para disputar o cargo máximo do Executivo? Nenhum até então. Mas conseguia eleger um número considerável de Congressistas. Um partido que atinja a maioria no Legislativo num sistema parlamentarista se torna situação. É engraçado que com o Real tirando o país momentaneamente dos tempos trevosos da inflação, o nome de Fernando Henrique, então Ministro da Fazenda, ganhou forte projeção. E após o PSDB se alçar ao cargo máximo do Executivo, nunca mais balançou a bandeira do parlamentarismo. Curioso, né?
Bom, não vivemos um momento semelhante? O Tucanato não consegue lançar um nome de peso, alternando entre José Serra e Geraldo Alckmin... dois candidatos que não são digamos os maaaaaais carismáticos. Há quem aposte no Aécio Neves... mas sinceramente, tenho seríssimas dúvidas quanto ao seu peso político. A situação é tal que o FHC disse publicamente: deixa a pobraiada pro PT e vamos focar a Classe Média. Tá, não foram essas as palavras, mas o sentido foi esse. Será que diante do quadro atual, em que o PT parece ter consolidado uma posição favorável à manutenção do poder, num hipotético plebiscito o Tucanato não renovaria a sua bandeira parlamentarista?

Já estão fazendo isso. O PSDB já percebeu que o PT racha o sudeste e vence tranquilo no nordeste, por isso estão enchendo a paciência falando dessa porcaria chamada "voto distrital", em que todos os delegados de SP, por exemplo, dariam seus votos para o Serra, ao invés de 25 milhões de votos para o serra e 15 milhões para a Dilma, por ex. Em comepnsação estados menos populosos do nordeste em que o PT leva dariam muito poucos delegados. O tipo de elição bizarra americana que permite algumas distorções, com o Bush ganhando com a minoria dos votos gerais em 2000.
O Serra também já defendeu algumas vezes o fim do multipartidarismo. Ele diz que não ve necessidade da existencia de tantos partidos e que seria necessario "enxugar" o quadro partidario do Brasil e acabar com os "partidos de aluguel". É um babaca completo esse Serra.

Sobre as câmaras do legislativo, qual você fecharia?

E finalmente, sobre o tema do tópico: Acho que a maioria aqui sabe qual a minha tendencia politica. Eu sou marxista, e como marxista vejo tanto no presidencialismo como no parlamentarismo os mesmo vicios de dominação e reprodução do discurso capitalista. Nenhum sistema representativo pode, de fato, atender as necessidades de uma população trabalhadora. Como o nosso Mercucio disse, as campanhas são financiadas por setores produtivos, e são a esses setores que os políticos representam.

Agora monarquia é brincadeira de mal gosto....

PS: Também gostaria de expressar o tão ridículo é um plebiscito para decidir o regime politico. Cara, a politica não é feita assim. A Inglaterra levou anos de revolução e golpes até oficializarem a monarquia parlamentarista de lá, Os EUA fizeram sua revolução, uniram as colonias e fundaram uma federação presidencialista. A própria China teve sua revolução para criarem aquilo que eles tem lá.
Um plebiscito não legitima um regime apenas por ter sido votado. O que legitima é a tradição do regime politico dentro de sua sociedade civil. Não se cria tradição politica da noite par ao dia, muito menos se ressuscita um sentimento monárquico se aprovando em um plebiscito.
 
Já estão fazendo isso. O PSDB já percebeu que o PT racha o sudeste e vence tranquilo no nordeste, por isso estão enchendo a paciência falando dessa porcaria chamada "voto distrital", em que todos os delegados de SP, por exemplo, dariam seus votos para o Serra, ao invés de 25 milhões de votos para o serra e 15 milhões para a Dilma, por ex. Em comepnsação estados menos populosos do nordeste em que o PT leva dariam muito poucos delegados. O tipo de elição bizarra americana que permite algumas distorções, com o Bush ganhando com a minoria dos votos gerais em 2000.
O Serra também já defendeu algumas vezes o fim do multipartidarismo. Ele diz que não ve necessidade da existencia de tantos partidos e que seria necessario "enxugar" o quadro partidario do Brasil e acabar com os "partidos de aluguel". É um babaca completo esse Serra.

Sim, eu ando acompanhando essa virada do discurso. Podre!

Sobre as câmaras do legislativo, qual você fecharia?

Institucionalmente, o senado tem uma natureza mais conservadora, com mandatos de oito anos...
Não precisamos dele...

PS: Também gostaria de expressar o tão ridículo é um plebiscito para decidir o regime politico. Cara, a politica não é feita assim. A Inglaterra levou anos de revolução e golpes até oficializarem a monarquia parlamentarista de lá, Os EUA fizeram sua revolução, uniram as colonias e fundaram uma federação presidencialista. A própria China teve sua revolução para criarem aquilo que eles tem lá.
Um plebiscito não legitima um regime apenas por ter sido votado. O que legitima é a tradição do regime politico dentro de sua sociedade civil. Não se cria tradição politica da noite par ao dia, muito menos se ressuscita um sentimento monárquico se aprovando em um plebiscito.

Concordo! :clap:
Mas tradições podem ainda assim ser construídas. Inclusive tem um texto interessante do Hobsbawn sobre invenções de tradições (se achar a referência, posto aqui). E para quem detém o poder, não é difícil construir um consenso em meio à sociedade civil, dependendo da conjuntura político-econômico-social...
 
Última edição:
Eu sou da opinião que o problema do Brasil não se trata da falta de políticos, independente do sistema que vigore e que ele tem aparecido antes disso, vindo da fraqueza privada e estrutural que sustenta o que é público.

É muito comum que alguém que adquira uma projeção por vencer em algum campo seja apontado pelo público automaticamente como a última esperança louca sem que a pessoa apontada possua perfil, desejo e projeto de vida de entrar na política. Ela sai daquilo que gosta e que faz melhor para forçosamente assumir uma fachada num papel para o qual nunca se preparou. O novo símbolo começa a acreditar na turba e em conseqüência a área privada fica desfalcada de representação.

Um dos meus sonhos é que seja obrigatório que os candidatos eleitos façam curso de administração pública (pelo menos uns 2 meses com os candidatos eleitos na sala estudando com técnicos do TSE), antes de poderem assumir o cargo que a população escolheu para eles. Bastaria sincronizar a saída do último candidato com a entrada dos novos (os antigos eleitos sairiam dois meses depois do curso). Aproveitariam para isso a infraestrutura e logística já existente para as eleições. Elegeu? Sala de aula.

Já que o público serve ao privado e o privado serve ao público, infelizmente quando o privado se enfraquece a anemia da vigilância do cidadão aparece. E começam a faltar pessoas que se alarmem com a situação errada porque quem deveria se alarmar está sobrecarregado servindo aos dois ao mesmo tempo ou servindo apenas a si mesmo (maldita "lei" de Gérson). E essa confusão mental é típica da má comunicação entre os ministérios (e como é difícil e demorado encontrar as informações relevantes nos sites públicos, argh, mas a propaganda oficial diz que estão até preparados para cyber-ataques, eu hein vai mentir assim lá adiante...).
 
Votei na monarquia só para ter a chance e desafio de flertar com um Orleans e Bragança, ser a Kate Middleton brasileira e ascender ao trono por amor, :lol:

Imagina só uma Pim Cortezzi Antônio Maria José Francisco Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Ligne?!
 
Não tendo condições de alterar o resto da Constituição atual, eu votaria na república parlamentarista, porque foi pra ela que a Constituição foi feita. Acho que dá uma flexibilidade maior ao país de escolher qual é a face que ele quer ter.
 
Voltando a comentar mais

Aquele plebiscito principalmente pros monarquistas apareceu como uma enorme esperança de realmente recuperar o terreno perdido, ou melhor o troninho perdido.

Pouco antes, o Collor tinha acabado de cair e eles aproveitaram ao máximo daquela situação "Tá vendo? Primeiro presidente eleito democraticamente pelo povo, depois de tanta luta pelas "Diretas Já" e deu nisso!

Sinceramente por mais que monarquia seja algo chiquérrimo por toda aquela pompa de nobreza e talz e que gerava também outros títulos de status glamorosos (como marquês, visconde, duque, barão, conde, etc) e boa parte dos conhecidos meus que preferem a monarquia a defendem muito por causa disso por achar que existe todo um charme e romantismo nisso tudo, além do que o Elessar mencionou de porquê não cair de paraquedas numa eventual herança de nobreza? "Bom seria bacana ser o duque de Belo Horizonte :mrgreen:"

Mas nem quando o Brasil viveu esse tipo de regime não dá nem pra comparar a daqui com uma monarquia tradicional européia muito bem consolidada como a inglesa. A daqui já nasceu toda torta, muito bagunçada e já fadada a não ter longevidade.

A única coisa que lembro que é se monarquia vencesse assumiria alguém lá da familia Orleans e Bragança, mas nem apontar a pessoa exata a grande midia não se preocupou muito de ir atrás, porque diferente de uma campanha eleitoral pra presidente que tem toda uma enorme cobertura, mobilização, recheada de várias entrevistas e debates eleitorais, pra imensa maioria da midia jamais interessava que naquele plebiscito a monarquia vencesse e o próprio espaço do horário politico destinado a eles não ajudava, pois tinha um conteúdo muito vazio, repetitivo e superficial.

O fato é que aquele plebiscito pra mim apareceu num momento nada oportuno, pois não adiantaria em nada mudar o sistema se ainda existe muita corrupção e sujeira. Num ponto concordo com o Fela, eu acredito que uma mudança é mais eficiente quando ela ocorre através de uma revolução popular.
 
Não vejo problema no plebiscito. O fato de revoluções e guerras decidirem o rumo político das nações não quer dizer nada. Se um povo decide mudar o regime por vontade própria (ainda que partindo dos governantes) ele pode fazê-lo. Não entendo o amor que se tem por resoluções não-pacíficas.

Sobre minha posição política, eu prefiro o regime monárquico por motivos religiosos (monarquia cristão-ortodoxa, como Bizâncio e a Santa Rússia czarista), mas tenho uma visão político-econômica mais libertária. Zero de poder para o Estado, liberdade e 'deixar-correr' da condução econômica da sociedade, sem impostos absurdos e apadrinhamentos. Representantes? O mínimo possível. Sociedade auto-governada, auto-regulada, SEM espaço para domínio ideológico de estruturas e sistemas políticos e econômicos, abertura de espaços de discussão PRAGMÀTICA e debate político sério, sem partidarismos e onde as ideologias enfrentam os problemas conjuntamente, sem colocar seus ideólogos em alturas idolátricas e como princípio de ação.

Acaba sendo contraditório. A monarquia em si é conservadora, monarquia de verdade, não a absolutista nem a parlamentarista. Uma se vende á ditadura dos gostos pessoais do monarca, o Estado se agiganta (irc) em torno de sua figura pessoal, no segundo, o monarca se vende à maioria, torna-se adorno, símbolo, sem um poder real e definitivo. Monarquia que eu prefiro, segundo a filosofia política da minha religião (e da minha preferência) seria a monarquia aristocrática, um monarca que governa um país segundo os moldes da Idade média (bizantina e russa), Estado unido em torno da fé daquele povo mais a lealdade à história do Império, ao próprio Império, e todo o sistema concatenado por lideranças menores, espalhados pelas províncias e outras sub-divisões, ou seja, uma aristocracia preparada, educada para governar segundo o bem comum e a prosperidade do Império, do povo e da fé, abençoados por Deus.

Aristocratas que fornecem imperadores ao Impérios, monarcas menos ligados a clubes reais fechados, dinastias, e sim ligados a órgãos que sirvam como reguladores de suas atividades, que derrubem os monarcas incompetentes e instaurem novos, de melhores famílias, prodígios nas artes políticas e filosóficas, piedosos, e mestres na arte da guerra.

Isso tudo parece bem anacrônico, mas... é fato que esse sistema, ainda que tremendamente enfraquecido, atacado, sobrevive na consciência do povo do Oriente, gregos e eslavos.

Um resumo da minha opinião pode ser encontrados nesses 4 posts do blog Cetro Real, do diácono Marcelo, da Igreja russa:

http://cetroreal.blogspot.com.br/2009/06/monarquia-sacra-crista.html

http://cetroreal.blogspot.com.br/2009/06/monarquia-sacra-crista-parte-ii.html

http://cetroreal.blogspot.com.br/2009/06/monarquia-sacra-crista-parte-iii.html

http://cetroreal.blogspot.com.br/2009/06/monarquia-sacra-crista-final.html

Mas isso é sonho, é como eu digo: isso nada tem a ver com o Brasil. Pra nós eu só posso rezar que consigamos obter uma república presidencialista que consiga sanar os vícios do atual regime.
 
Teoricamente a monarquia é o melhor sistema.
O príncipe (ou princesa, dependendo das leis de sucessão) nasce e é criado pra governar (hoje essa educação duraria uns 30/40 anos). Uma troca de governo a cada 30/40 e não a cada 4/8 anos, sem o circo inútil que é a troca de presidente.
Claro que deve existir uma ferramenta de controle, assim se o rei/rainha for um imbecil completo coloca-se o filho(a) dele ou alguma outra pessoa que seja mais inteligente. O povo poderia votar pra eleger uma câmara de lordes ou algo que o valha, assim fica com a mesma ilusão de escolher os candidatos. Essa câmara poderia ter o poder pra depôr o rei.
Governadores estaduais poderiam ser eleitos a cada quatro ou cinco anos, mas eu seria a favor de que a câmara estadual elegesse o representante do executivo entre um dos seus, primus inter pares ou algo que o valha, além do líder da câmara.

Mas isso nunca poderia acontecer no Brasil, o país de onde Dom Pedro II foi enxotado como um bandido no meio da madrugada enquanto os verdadeiros bandidos espoliavam o patrimônio da família imperial.
 
Última edição:
A ideia que uma família tenha superioridade sobre a demais não me agrada e isso de monarquia é só coisa de quem assistiu muito aos desenhos da Disney, onde a mocinha se casa com o príncipe e viveram felizes para sempre, na vida real não é assim, eu achei muito ridículo quando teve o casamento lá do príncipe inglês os camelôs vendendo a pulseira da Kate e o povo comprando e exibindo como se fossem nobres, prefiro escolher os meus representantes, de preferência pudéssemos até escolher os juízes do Supremo.

O sistema bicameral existe para representar os Estados (Senado, mesma quantidade para todos os estados) e o povo (Câmara, quantidade proporcional), se tivéssemos apenas a Câmara, os estados pequenos não teriam nenhuma representação.

Bel, o congresso escolheria o rei/rainha, está no 1º vídeo.

E como foi dito, a monarquia aqui não tem tradição, assim como estavam pensando em acabar com o presidencialismo por causa de Collor depois de qualquer problema que aparecesse (os ingleses que possuem muita tradição monárquica discutiram o fim da monarquia por causa da reação da família real depois da morte da princesa Diana) imagina no Brasil?

Não sei se República Presidencialista ou parlamentarista, mas monarquia de jeito nenhum. Rei só é legal em desenhos e em obras de ficção baratas, nas sérias nunca são bons.
 
Um rei deve servir ao povo e não o povo ao rei. Não vejo superioridade em servir.
Nunca gostei dos desenhos da Disney, salvo Rei Leão.

E dizer que monarcas sempre foram ruins é apelar pra tua ignorância (Ciro II, Alexandre Magno, Pedro I da Rússia, Catarina, a Grande e deve ter muito mais.
Nenhum foi santo, assim como nenhum político é santo.
 
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