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Se eu Fechar os Olhos Agora - Edney Silvestre

Meia Palavra

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“Ele viu, o russo. o astronauta, viu isso cá embaixo, hoje de manhã, como nenhum homem viu antes dele. E disse: azul. A Terra é azul. Então o que a gente aprendeu até agora nas aulas de geografia está errado.”

Eduardo e Paulo são dois meninos de 12 anos, que crescem em meio a um Brasil da ditadura. Um dia, são expulsos da sala de aula e, para fugir da suspensão do diretor, decidem pegar suas bicicletas e nadar em um lago da região. A narrativa é uma memória contada, anos depois, sobre esse dia, que marcou os amigos.

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seilá, qdo penso em literatura brasileira acho q deve ter algo errado comigo. ultimamente os ganhadores d prêmios ñ têm mexido com minha veia literária. ñ q sejam maus escritores, pelo contrário, escrevem bem. mas parece faltar algo. aquele plus. as histórias ñ me animam, ñ me fazem ter vontade d lê-las novamente, d indicar para os amigos, d citar as frases ou d imitar seus estilos d escrita.

e o livro do edney silvestre se encaixa nisso. ñ me tocou. pra mim é mais do mesmo. assim como o leite derramado, do chico e o minha alma é irmã de deus, do carrero.

talvez pq eu seja 1 homem d literaturas dos séculos passados, pois consigo sentir tudo isso somente nelas. ou estes livros estejam sendo escritos para outras plateias.
 
acho q encontrei o livro em q o ediney se inspirou (plagiou?) pra escrever o dele:

pan negro, da espanhola emili teixidor.

o livro é d 2004, e notei a incrível semelhança nas duas histórias depois q baixei o filme catalão e assisti. depois q vi o filme, foi impossível pensar em ttas coincidências ao acaso. pan negro ñ tá publicado em português, só em espanhol, mas o filme e as semelhanças me deixaram doidim pra ler ele. reparem na sinopse dos 2 livros:

pan negro

Durante os duros anos do pós-guerra, em uma zona rural da Cataluña, um menino chamado Andreu, cuja família pertence ao grupo dos perdedores, encontra um dia no bosque os cadáveres de um homem e seu filho. As autoridades suspeitam de seu pai, mas Andreu tentará encontrar o culpado. Nestas circunstâncias, se desperta em Andreu uma consciência moral que se opõe à mentira como instrumento do mundo dos adultos.

se eu fechar os olhos agora

Numa pequena cidade da antiga zona do café fluminense, em abril de 1961, no dia em que Yuri Gagarin saiu da órbita terrestre, descortinando um universo de possibilidades para a humanidade, dois meninos de 12 anos — de classe média baixa, um filho de ferroviário, outro de açougueiro —, encontram o corpo de uma linda mulher, que foi morta e mutilada, às margens de um lago onde vão fazer gazeta. Eles não aceitam a explicação oficial do crime, segundo a qual o culpado seria o marido, o dentista da cidadezinha, motivado por ciúme. Ele era frágil demais para o ato necessário a tanta devastação. Começam uma investigação ajudados por um velho que mora no asilo da cidade, um ex-preso político da ditadura Vargas. Acabam descobrindo não só a verdade sobre o crime mas também toda a hipocrisia de uma cidade de coronéis que, mesmo numa época em que o Brasil caminha para a industrialização, tentam a qualquer custo manter o poder absoluto. Para os meninos, um terrível caminho de amadurecimento e chegada à vida adulta.

pra quem quiser ver o trailer do filme q botou caraminholas na minha cabeça, tae, com audio original em catalão.

 
Última edição por um moderador:
Tô lendo esse livro agora e olha, se por um lado fiquei entusiasmado com a trama policial, por outro sinto que todo o resto é passível de ser dispensado. É que Edney resolve colocar vários assuntos juntos - racismo, relações interétnicas, puberdade, o contexto político brasileiro pós-Vargas e pré-Ditadura de 1964 - e não consegue desenvolver nada. São dados soltos, que em alguma medida informam as personagens e seu contexto mas que não fazem a menor diferença nem para fins de contextualização - sim, o romance tem uma pegada histórica, mas não é como se o autor estivesse preocupado em tentar entender com essa dinâmica afeta ou impacta os personagens para além de um dado de identidade. E a história fica muito nisso embora não desenvolva tais pontos, e depois de um tempo você já esquece o que que tá sendo investigado afinal. Creio que Edney queria fazer um romance policial que explorasse a vida dos marginalizados e em que um grupo deles toma a iniciativa de expor a hipocrisia das elites, só que ele não consegue vender essa realidade de todo. Além disso, há conveniências muito fortes pra uma trama que não quer ser só de gênero, mas comentário social reflexivo sobre a história. Espero que a minissérie da Globo ou tenta corrigido tais pontos ou ignorado essas falhas e focado só na investigação.
 

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