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Satíricon (Petrônio)

Ligéia

Odi et amo
A edição que tenho comigo faz parte da Coleção Universidade. A grafia é bem antiga, mas não sei ao certo quando foi lançada.

É um romance gostoso de ler, apesar da linguagem rebuscada.As notas de rodapé são bem explicativas e tornam a leitura mais fácil e agradável.

E aí, alguém aqui já leu?
 
Eu li a edição da Cosac Naify.

Eu gostei.

Na verdade, eu o joguei junto com alguns livros eróticos que tenho (não são muitos), pela "capa" com a imagem de Príapo (Um deus romano com um falo tamanho gigante) retirada de Pompeia.

Tem um trecho do Satyricon no qual há um banquete (Na verdade, é a parte mais estudada e falada do Satyricon). Em determinado ponto deste banquete grotesco e bizarro entra uma bandeja com um javali (se não me engano). Os escravos cortam o javali e dentro de seu corpo saem passarinhos que são capturados por estes para serem degustados pelos convidados em seus divãs. De certa forma, foi o que aconteceu com o livro. Só alguns fragmentos sobraram ao acaso e os estudiosos os reuniram de uma forma que se imagina ser a mais coerente.

Ainda assim ficou uma boa história, ainda que comece capenga e termine no ar...

Achei pouco "erótico": embora volta e meia mencione-se sexo e os relacionamentos e as relações sejam realizados sem o peso do pecado cristão, não há muitas descrições. Assim não me "excitei". Mas prepare-se para ver coisas vistas como pesadas hoje em dia... Mas nada que vc não tenha ouvido falar como bondage ou alguém transando com tatus... rs

É mais amoral do que propriamente imoral... É um livro engraçado. Alguns episódios são MUITO, MUITO engraçados. Realmente, é bastante moderno. As pessoas gostam de histórias medievais (Como o do Game of Thrones), mas acho que estas histórias romanas tem um sabor mais apropriado aos nossos tempos.

Eu não sei como são as outras edições... Se eu o entendi bem, nesta edição o tradutor tomou liberdade com relação à divisão em capítulos. Pra mim, não interferiu em nada. Acho que foi melhor.

Leia o posfácio antes ou depois do livro. Não vai fazer grande diferença... E vai ajudar a dar uma ideia melhor do que se "perdeu" da história e torná-lo mais flexível ao que pode encontrar (no sentido de haver alguns buracos, mas nada que tire o prazer da leitura).

Além disso é bom avisar que o livro começa numa aula de retórica, então é um falatório que não acontecerá mais no decorrer do livro. Passe por ele que vale a pena.
 
Petronio - Satíricon.jpg
Aproveito para ressuscitar este tópico, pois fiquei curioso a respeito da publicação do primeiro livro da grande obra de Petrônio, Satíricon, que, segundo a sinopse, trata-se do livro que, até os dias de hoje, acreditava-se perdido.

Algum dos foristas tem alguma outra informação a esse respeito? É verídica essa história?
 
Malandragem de marketing, pra usar de um eufemismo. Não descobriram nada novo. Quem sabe detalhes é o @Mavericco (tentei localizar no FB dele a conversa que tivemos com um latinista que explicou isso aí rs)
 
É isso mesmo! Não há um livro um do Satíricon que tenha sido descoberto. É provável que o autor imaginou como seria esse livro um e escreveu uma espécie de continuação ou algo do tipo. A ideia deve ser bem interessante, mas acho que a editora poderia ser mais cautelosa ao deixar isso muito claro pro leitor :/
 
Essa nova edição que vocês estão comentando é essa da 34? Ou é outra?

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Não, não! Essa da 34 é a republicação da tradução do Cláudio Aquati, que havia saído pela Cosac. Uma tradução excelente, das melhores já feitas do Satíricon entre nós.

Essa edição que o Spartaco postou é da editora Faria e Silva.

Vi no instagram da editora que eles estão fazendo mistério sobre ser ou não um texto original:



Eu sinceramente não estou entendendo patavinas. Acho essa estratégia de marketing uma furada. Se a ideia era criar suspense, pelo menos em mim criou foi o contrário. Vida que segue.
 
Mandei e-mail para a editora Faria e Silva e eles mandaram a resposta abaixo:

"Boa tarde Spartaco. Em relação à suas duvidas sobre Satiricon o autor é um latinista e profundo conhecedor da obra e dos mistérios que a envolvem. O livro original permanece um mistério e a edição apenas supõe o que encontraríamos na obra, mimetizando a escrita do Petrônio. O próprio texto levanta a dúvida e é esta a ideia da edição, ser uma paródia."
 
Ou seja: um embuste.
Vendem na capa — e decerto na ficha catalográfica — como se fosse do Petrônio, traduzido, e escrevem um texto de divulgação como se de fato houvesse havido uma descoberta nova etc. e no fundo é só um exercício de parodiar o estilo, e o Petrônio aí não é mais que um pseudônimo. Que merda hein.
 
Ah, a Coleção Prosa do Mundo chegou a receber novo tratamento, com as capas duras sem sobrecapa, mas já era nos estertores da Cosac e acho que não renovaram muitos títulos nesse formato. Sdds tbm :'(
 

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