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Notícias ‘Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado’, diz diretor do selo Fantasy

Vou falar pro John Green avisar os Nerdfighters pra entrarem em contato com todos os críticos relevantes pra ganhar o Nobel. :lol:
 
Aff... como se essa ondinha nerd fosse durar :lol: (e se durar com ESSA qualidade de nerds, acho que vou ficar uma véia rabugenta falando que no meu tempo nerd sofria bullying).
Não é? Hoje, segundo a wikipedia temos o "mutante caldeirão transatlântico de estilos, gostos e comportamentos", ou o comumentemente conhecido hipsterismo, particularmente, eu chamaria de um pseudo-hipster que posa de nerd, tentando se autoafirmar como um ser ou criatura, OU, como expressou o Calib,
É tipo a mosca da merda do cavalo do bandido morto?
Não, pera. :think:

Re: ‘Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado’, diz diretor do selo Fantasy
eu ia comentar no twitter assim que vi isso aqui >> http://listasliterarias.blogspot.com.br/2012/03/7-razoes-para-comemorarmos-o-surgimento.html mas já q vc falou vai aqui merrrmo. esse listas literárias era legal, mas entre uma lista interessante ou outra, virou jabá literário, tá ridículo. as listas são em sua maioria para divulgar livro/editora, num jabá descarado mesmo (tudo da editora parceira é lindo, bonito, maravilhoso e merece ser lido). e essa avaliação de livros deles?

avaliado+GofT+.jpg

9,3 para a narrativa, porque é tipo correção de redação pra vestibular, né.

peloamor. esses blogs, viu.

Sabe, a respeito de blogs literários etc, tive blog por alguns anos com uma amiga, parcerias, livros pra resenhar e tals. Começou super perfeito, eu criticando e/ou elogiando quando realmente convinha com o gosto. A própria resposta do leitor é positiva quando o fazemos, porém, a impressão depois é: Ou tu tens um blog para leitores, ou um blog para parcerias, satisfazer ambos, a critica e a 'bajulação' fica complicado. Afinal, "de onde se ganha o pão não se come a carne".

Tanto por isso, lembro quando eu comprava um livro por sua critica. Quando autores ficavam lisonjeados por poder fazer o prólogo, e realmente trabalhavam duro para ser impecáveis. Mas o Impecável não no sentido de babar mais ovos, mas de transparecer nas palavras o que o autor procurou fazer, criar e expressar na obra. Hoje a crítica virou um texto padrão, se brincar, acho que teria como fazer gerar automático, um Random de algumas palavras chaves e inserção de dados sobre o livro, e voilá! :no:

Nunca vou esquecer, quando li uma obra de C. Luft, não tenho certeza do livro, acho que era "O Gigolô das palavras", onde, parafraseando um pouco, porque não recordo literal, ele citava a empolgação, o trabalho (por que não árduo?), de um autor que fazia críticas. Não bastava criticar, nem elogiar, precisava existir o limiar do porque, uma causa e efeito, um sentido, ser crítico é ser autor, ser autor é ser crítico.

Hoje não tenho coragem de fazer o mesmo, algumas críticas são ridículas. Perdão da palavra, mas anda uma "babação geral de ovos". Ninguém mais critica ninguém, é tudo maravilha, só há críticas quando já existe algo como uma 'carreira' estabelecida, e vira parte do projeto falem bem ou mal, mas falem, sempre ajuda na divulgação.
E então vem o jovem autor Pop Star, com vida social super-ativa, e diz que autores com características de reclusão já não terão lugar no futuro? Talvez isso tratando-se do público alvo dele, mas enfim...
 
Última edição:
Não sei o que é pior também. A desculpa de que Raphael Draccon não teria "dado autorização" para os seguidores/fãs de Carolina Munhóz fazerem essa campanha sem noção (quer dizer que precisa de autorização?), ou o Edney Silvestre acreditar nisso...
 
Última edição:
Não sei o que é pior também. A desculpa de que Raphael Draccon não teria "dado autorização" para os seguidores/fãs de Carolina Munhóz fazerem essa campanha sem noção (quer dizer que o precisa de autorização?), ou o Edney Silvestre acreditar nisso...

Então, pensei isso também.
Como assim "autorização"? quer dizer que o cara comanda os leitores e a carreira da tal Catarina Carolina?

Se é assim então a coisa é pior do que parece. :think:
 
Opinião: Sim, é possível viver como escritor no Brasil
Autor contesta opiniões sobre dificuldades do mercado editorial veiculadas em texto de capa da Ilustrada (27/12)

RAPHAEL DRACCON
ESPECIAL PARA A FOLHA

05/01/2015 03h16


Meu pai foi a primeira pessoa a quem revelei que seria escritor e a primeira que disse que eu morreria de fome. Ele viu meu primeiro livro ser publicado, mas morreu sem saber que eu ganharia com livros mais do que ele juntou a vida inteira como corretor de imóveis. Faz sete anos que ele morreu, mas o mantra ainda é repetido a qualquer um que queira viver da escrita.

É positivo se revisar esse discurso para não restar apenas a impressão de que o autor brasileiro está destinado a viver um fardo. Para isso, é preciso concordar, antes de mais nada, que escrever é uma profissão.

Outro ponto é que na literatura ainda existe o mito de que um escritor deveria ter receio do sucesso comercial.

Encontraremos autores que preferem "ser lidos", mas "não vender muito" ou "ganhar dinheiro". É um relato curioso. Quanto mais lido um autor for, mais livros venderá, mais dinheiro ganhará e mais tranquilidade terá para viver da escrita.

Além disso, existe o velho discurso de que a "boa literatura" e a "literatura comercial" não podem andar de mãos dadas. Esse argumento atravanca o crescimento do mercado editorial, ao contrário de outros nos quais tal raciocínio foi superado, como o de cinema e de games.

Ter a escrita como profissão envolve disciplina e paciência. Não se vive de literatura de um dia para o outro, como em qualquer profissão. Demora-se anos e várias obras. Para cada jogador de futebol milionário existem centenas ganhando salário mínimo. Mas os holofotes costumam focar os que saíram do nada e venceram. Opta-se pelo exemplo, não pelo desestímulo.

Nas livrarias, brasileiros e estrangeiros disputam o mesmo espaço. O maior obstáculo era o preconceito com o autor nacional. Hoje temos nomes que vão de Eduardo Spohr a Leandro Narloch, de Paula Pimenta a Laurentino Gomes, de Carina Rissi a Isabela Freitas, de Carolina Munhóz a Raphael Montes. Uma geração que se comunica diretamente com seu público e seduz novos leitores. E nem é preciso citar gigantes como Paulo Coelho, Pedro Bandeira, Augusto Cury, Mauricio de Sousa e tantos outros.

Nunca se leu tanto. É pouco ainda para um país gigantesco, mas é mais do que em qualquer época. Olhe ao redor: as pessoas estão obcecadas em telas portáteis, lendo e escrevendo o tempo todo. Leitores acampam na frente de Bienais. Temos algumas das maiores bases mundiais de fãs de sagas literárias, que também se apaixonam por livros brasileiros.

Um escritor brasileiro tem o direito de dizer que não sabe como se comunicar com esse mercado. Mas não que ele ainda não existe.

Recebemos e-mails emocionados, somos parados nas ruas, chegamos às outras mídias e negociamos contratos de seis dígitos. Mas, quando tudo era um sonho, foi preciso desafiar o mantra e descobrir que viver disso é diferente de viver isso. E essa geração hoje vive isso. Por isso, a cada dia mais, ela vive disso.

RAPHAEL DRACCON, 33, é escritor, autor de "Cemitérios de Dragões" (Rocco) e da série "Dragões de Éter" (Leya), entre outros, e vive de livros.
 
Queria ver era o texto da Ilustrada pra entender o contexto em que ele coloca essa possibilidade.

EDIT: Achei:

Pesquisa informal mostra do que vivem escritores no Brasil
SANTIAGO NAZARIAN
ESPECIAL PARA A FOLHA

27/12/2014 02h03
Do que você vive? É a pergunta que todo autor ouve com frequência. Eu mesmo, nos malabarismos das contas do mês, sempre me pergunto como meus colegas conseguem se sustentar num país em que se lê tão pouco.

Como padrão internacional, para cada livro vendido o autor recebe em média 10% do preço de capa. O restante é dividido entre editora (que arca com custos de edição, publicação, promoção), distribuidora e livraria.

Considerando que a tiragem média de edição de literatura contemporânea no Brasil é de 3.000 exemplares, um autor com um livro a R$ 35 que, numa projeção otimista, consiga vender essa quantidade em dois anos ganharia R$ 5.250 por ano, menos de R$ 500 por mês.

Editoria de Arte/Folhapress
14360407.jpe
Escritores
Editoria de Arte/Folhapress
14360408.jpe
Escritores
Apesar disso, a multiplicação de eventos literários -a participação num debate paga em média R$ 2.000- e alternativas de escrita abertas pela internet, pela TV e pelo cinema têm possibilitado a autores "estabelecidos" viver da escrita, embora não da venda de livros.

"Nunca houve tanto interesse em autores, mais do que em livros", diz Andrea del Fuego, 39, autora de "Os Malaquias", que em 2014 teve como principal fonte de renda as oficinas literárias.

Numa pesquisa informal com 50 autores de diversos perfis e estágios na carreira, obtive dados sintomáticos das formas de sobrevivência de escritores no Brasil. Os autores responderam a questões como "qual sua maior fonte de renda" e "o quanto a venda de livros representa da sua renda" -muitos sob a condição de que seus dados individuais não fossem divulgados.

VENDAS

Só quatro dos 50 escritores, três deles no campo da literatura juvenil/de entretenimento, apontaram a venda de livros como principal componente de sua renda.
Tammy Luciano é uma autora desse perfil, que levanta a bandeira da literatura comercial; seu romance "Claro que Te Amo!" vendeu 10 mil cópias em 45 dias. "O jovem consome muito. O livro para esse público pode ser vendido em larga escala", diz.

No geral, as principais fontes de renda decorrem de atividades relacionadas à escrita, como dar aulas ou palestras, realizar oficinas literárias, traduzir livros, trabalhar com jornalismo e criar roteiros de cinema e televisão.

O gaúcho Paulo Scott, 48, lança em abril, pela Foz, seu próximo romance, "O Ano que Vivi de Literatura", no qual aborda essa realidade.

"É uma abordagem ficcional que acabou envolvendo o quadro 'escrever um livro' que, caso repercuta, levará o autor a ser convidado a eventos literários, indicado a premiações, adaptado para o cinema e o teatro", discorre.

Apenas 11 dos 50 entrevistados disseram ter profissão sem relação com atividade artística e, desses, dez apontaram essa outra ocupação como principal fonte de renda.

"Não ter de cumprir expediente faz diferença para quem precisa de tempo, ou ao menos administrar o tempo com mais liberdade," diz Michel Laub, 41, que teve como maior fonte de renda em 2014 as vendas de direitos de seus livros para o exterior.

OUTROS TEMPOS

O escritor que cumpre expediente como funcionário público -ocupação, em outros tempos, de nomes como Machado de Assis e Lima Barreto- já não parece comum.
Apenas três dos consultados fazem ou fizeram parte desse grupo. É o caso de Marcos Peres, 30, autor de "O Evangelho Segundo Hitler" e técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Paraná. "É burocrático, nada glamoroso, mas necessário", diz.

Dos autores pesquisados, a maioria considera a situação do autor brasileiro hoje melhor que há 20 anos.

"Naquele tempo não havia escritor 'profissional' (com as exceções de sempre), coisa comum hoje em dia. Muita gente vive da escrita hoje. O escritor não precisa mais se submeter a um emprego fora da sua área", diz Ivana Arruda Leite, 63, que estreou na literatura em 1997 e se dividiu entre a escrita e o funcionalismo público até 2013, quando se aposentou.

Alguns autores não souberam opinar. Só Ricardo Ramos Filho, 60, escritor e cronista, neto de Graciliano Ramos, apontou a situação hoje como pior: "Embora o governo compre mais hoje, no geral as edições diminuíram em volume. Houve época em que era comum imprimir 5.000 livros numa primeira edição. Proporcionalmente, estamos lendo menos."

Nesse cenário, discussões recentes como a envolvendo a lei do preço fixo para livros (que impossibilitaria grandes redes de dar descontos nos lançamentos, protegendo assim as pequenas livrarias) é uma questão mais para editoras e livreiros do que para os autores; a maioria dos pesquisados afirmou não ter ainda uma opinião formada.

"Ganhar dinheiro" com literatura não chega a ser ambição confessa nem de metade dos entrevistados -20 deles marcaram a alternativa, entre diversas opções listadas. Menos ainda "vender muito", com 15 respostas. As opções mais citadas foram "fazer boa literatura", "contar uma história" e "ser lido".

Bem ou mal, das mais diversas formas, os autores sobrevivem. A questão parece ser como reproduzir leitores. Que as vendas mais expressivas se deem principalmente para as novas gerações talvez seja motivo de esperança na existência de um mercado para a literatura nacional.

SANTIAGO NAZARIAN é escritor, autor de "Biofobia" (Record), entre outros, mas vive principalmente de tradução.

AUTORES QUE PARTICIPARAM DA PESQUISA
Adrienne Myrtes, Ana Paula Maia, André Sant'anna, Andrea del Fuego, Anita Deak, Antonio Prata, Antônio Xerxenesky, Beatriz Bracher, Bruna Beber, Cadão Volpato, Carlos Henrique Schroeder, Carol Bensimon, Cintia Moscovich, Clara Averbuck, Claudia Tajes, Cristhiano Aguiar, Cristovão Tezza, Daniel Galera, Eliane Brum, Eric Novello, Ferrez, Giulia Moon, Gregorio Duvivier, Ivana Arruda Leite, João Silverio Trevisan, Joca Reiners Terron, Laura Conrado, Lourenço Mutarelli, Luisa Geisler, Luiz Braz, Marçal Aquino, Marcelino Freire, Marcos Perez, Maria Alzira Brum Lemos, Michel Laub, Paloma Vidal, Paula Fabrio, Paulo Scott, Rafael Gallo, Raphael Montes, Ricardo Lisias, Ricardo Ramos Filho, Ronaldo Bressane, Simone Campos, Socorro Acioli, Tailor Diniz, Tammy Luciano, Tatiana Salem Levy, Tiago de Melo Andrade, Xico Sá.

Fonte: http://tools.folha.com.br/print?sit...ustentam-pela-venda-de-livros-no-brasil.shtml
 
Última edição:
Gente, nunca vi tanto ódio destilado num tópico, aqui na Valinor.
Até me deu vontade de ler alguma coisa desse Draccon só pra conferir. Se ele for tão bom quanto é pretensioso... :lol:
 

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