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Notícias ‘Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado’, diz diretor do selo Fantasy

Re: ‘Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado’, diz diretor do selo Fantasy

E falando no nosso amigo, eis que vejo isso:

5 Livros de Raphael Draccon para ter na estante

Mas peraí... o cara só tem 5 livros mesmo! E é assim que descobrimos um puxa-saco de plantão.

eu ia comentar no twitter assim que vi isso aqui >> http://listasliterarias.blogspot.com.br/2012/03/7-razoes-para-comemorarmos-o-surgimento.html mas já q vc falou vai aqui merrrmo. esse listas literárias era legal, mas entre uma lista interessante ou outra, virou jabá literário, tá ridículo. as listas são em sua maioria para divulgar livro/editora, num jabá descarado mesmo (tudo da editora parceira é lindo, bonito, maravilhoso e merece ser lido). e essa avaliação de livros deles?

avaliado+GofT+.jpg


9,3 para a narrativa, porque é tipo correção de redação pra vestibular, né.

peloamor. esses blogs, viu.
 
Re: ‘Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado’, diz diretor do selo Fantasy

eu ia comentar no twitter assim que vi isso aqui >> http://listasliterarias.blogspot.com.br/2012/03/7-razoes-para-comemorarmos-o-surgimento.html mas já q vc falou vai aqui merrrmo. esse listas literárias era legal, mas entre uma lista interessante ou outra, virou jabá literário, tá ridículo. as listas são em sua maioria para divulgar livro/editora, num jabá descarado mesmo (tudo da editora parceira é lindo, bonito, maravilhoso e merece ser lido). e essa avaliação de livros deles?

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9,3 para a narrativa, porque é tipo correção de redação pra vestibular, né.

peloamor. esses blogs, viu.

Mano, isso é que é excesso de puxa-saquismo. Bora chamar o Felagund pra explicar pros editores da Leya como faz pra amputar, porque tá num ponto crítico a coisa. :lol:
 
Tava pensando uma outra coisa agora...

Eu não conheço Rubem Fonseca, mas pelas reações aqui, ele deve ser bom... Então, se o que o nosso queridão ai falou é verdade, seria uma decadência do mercado literário e algo a ser combatido, não acham?
 
Na minha opinião,o problema do Draccon foi querer vender "o mapa da mina" pra aspirantes a escritores. Felizmente, nem todo mundo pensa como ele e a perenidade da obra independe de uma campanha de marketing.

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RAPHAEL DRACCON: “EU AMO RUBEM FONSECA”

O texto poderia ter começado com um "Então, veja bem..."

TL;DR: Ele disse que quis dizer o estilo de reclusão do Rubem Fonseca, aplicado ao cenário específico em que o selo que ele dirige trabalho. Se foi isso mesmo que ele quis dizer ou algo assim, não saberemos.

Vocês que têm maior conhecimento de causa sobre o status da literatura fantástica brasileira, procede isso?
 
Vocês que têm maior conhecimento de causa sobre o status da literatura fantástica brasileira, procede isso?

Não que eu tenha grande conhecimento de causa no assunto (embora logo mais alguém lembrará que eu gosto do Eduardo Spohr), eu acho que faz algum sentido isso que ele disse. O cara ter uma presença pessoal, além da própria obra, agrega valor pra editora. Ser 'famoso na internet' e publicar um livro é se aproveitar de uma base de fãs já existente, o que facilita a disseminação do produto, boca a boca, etc etc. Fora que especialmente se for algo voltado pra um publico mais novo, que tenha a tendência a formar um culto mais em volta do autor do que da obra, é ainda mais interessante.

Nada disso faz realmente diferença na qualidade do livro, mas do ponto de vista do mercado, tem lógica.
 
Não que eu tenha grande conhecimento de causa no assunto (embora logo mais alguém lembrará que eu gosto do Eduardo Spohr), eu acho que faz algum sentido isso que ele disse. O cara ter uma presença pessoal, além da própria obra, agrega valor pra editora. Ser 'famoso na internet' e publicar um livro é se aproveitar de uma base de fãs já existente, o que facilita a disseminação do produto, boca a boca, etc etc. Fora que especialmente se for algo voltado pra um publico mais novo, que tenha a tendência a formar um culto mais em volta do autor do que da obra, é ainda mais interessante.

Nada disso faz realmente diferença na qualidade do livro, mas do ponto de vista do mercado, tem lógica.

Acho que o problema está justamente nesse "culto" - de repente a palavra do cara é lei e há mais interesse nele que na obra. Contudo, acho que não me expressei direito: queria saber se isso faz alguma diferença dentro da literatura fantástica brasileira, um Lodi-Ribeiro, uma Devir da vida, sabe? Certas editoras apostam na divulgação da obra através de seus próprios canais, promovendo o sujeito mesmo quando ele não é ativamente participativo nas redes sociais - e isso funciona!
 
Re: ‘Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado’, diz diretor do selo Fantasy

Eu entendi o que o Draccon disse sobre o Fonseca e nem o recrimino por isso.
Eu entendi também o que ele quis dizer sobre ser um carinha pop nas redes sociais, e sei que isso ajuda na venda do livro etc.
O problema foi ele achar que somente escritores assim terão futuro.
Tipo como se ele fosse o arauto de um novo tempo.
Como se editores sérios não analisassem melhor os originais de um livro além de futricar no perfil dos candidatos.
 
lógica

escrever 1 bom livro e n estar ativo no bambambã das redes sociais e mídia pode prejudicar as vendas.
invertendo a lógica, estar ativo no bambambã das redes sociais e mídia ajuda bastante a vender mesmo q vc tenha escrito 1 livro ruim.
draccon fez a escolha dele, o rubem tb. :poke:
 
Re: ‘Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado’, diz diretor do selo Fantasy

Que deprimente, ridículo e absurdo isso... E apesar disso, concordo com ele.

Não sei se por inocência ou cinismo (no meu caso é por cinismo mesmo), mas até certo ponto, ele só está expondo uma tendência, a do escritor marqueteiro ou do artista marqueteiro (se pensarmos nas artes em geral). Concordo com o Estranho. Como dizer que a vida do escritor não importa na época das celebridades e do culto a elas? Quando a crítica às obras é confundida com crítica ao autor e aos consumidores da arte dele? Quando a propaganda, preenche (e fala mais alto que) qualquer vazio de conteúdo? Sinceramente, pouco importa a "posteridade" para a arte hoje. Como em tudo o mais, o que importa é ganhar dinheiro aqui e agora.

Quanto ao ridículo são as afirmações dele de que o autor é que deve criar o seu público antes de ser publicado por ele (se ele não ouviu falar, não merece publicação) e que analisa os perfis dos possíveis autores ([comentário maldoso]Faltou falar que para ser publicado por ele, basta casar com ele também. [/comentário maldoso]). Como que o escritor vai viver uma "história de vida impactante" e escrever e estar nas redes sociais ao mesmo tempo? E se o escritor já é conhecido, o editor/a editora faz o quê? E quer dizer que a função do editor não é analisar livros, mas perfis? Que editor é esse? E qual o trabalho que ele faz na/pela obra?

Acho que estamos bem servidos de literatura fantástica...
 
Última edição:
Re: ‘Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado’, diz diretor do selo Fantasy

Quanto ao ridículo são as afirmações dele de que o autor é que deve criar o seu público antes de ser publicado por ele (se ele não ouviu falar, não merece publicação) e que analisa os perfis dos possíveis autores ([comentário maldoso]Faltou falar que para ser publicado por ele, basta casar com ele também. [/comentário maldoso]).

:issoaih:

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Como que o escritor vai viver uma "história de vida impactante" e escrever e estar nas redes sociais ao mesmo tempo? E se o escritor já é conhecido, o editor faz o quê? E quer dizer que a função do editor não é analisar livros, mas perfis? Que editor é esse? E qual o trabalho que ele faz na/pela obra?

Com um editor assim, acho que estamos servidos de literatura fantástica.

Me lembrei de um post meu sobre isso no tópico do Raphael Draccon aqui no fórum:

Acho que a fama dele - e da namorada - resultam do mesmo processo que levou muita gente a gostar de Harry Potter/Crepúsculo/O Senhor doss Aneis, etc., sem nem ter lido o livro ou refletido sobre tudo - a possibilidade de criar um grupo coeso (um fandom) por conta do amplo universo criado pelo autor - e brasileiro!, pensem nisso.
 
Existem outras formas de se publicar literatura fantástica no Brasil. Existem outros selos - e até uma editora especializada (a Dracco, não conheço outra). Eu ando explorando o acervo da Dracco, e estou gostando do que li até agora. A Não Editora tem livros de lit. fant. nacional no catálogo, a Arte e Letra também. E vários desses autores não são exatamente onipresentes em podcasts e eventos nerds. São editoras pequenas, mas quem gosta ~mesmo~ de literatura fantástica e quer ~mesmo~ valorizar a produção nacional dá uma rápida busca no gúgol pelo Spohr mesmo e descobre editoras a partir de contos dele.

Ou seja: o Draccon é um idiotinha iludido pelas tantas mil cópias vendidas e pelos convites de podcast que recebe. E esquecido de uma coisa: se for pra avaliar autor de literatura fantástica pelo carisma, ele tá falando o que? Que nerds old school não tem chances de serem publicados?? Justamente os que alimentaram a literatura fantástica por décadas antes dele fazer o sucessinho dele? Ah pela amor.
 
Vou fazer um link com o que postei no tópico sobre o fim da Bravo. Para tal, cito:

De um lado, verifica-se um movimento intenso na área da literatura, em particular, e da cultura, em sentido amplo. Festivais literários se multiplicam; jovens leitores criam blogs e vlogs para discutir suas leituras; autores se desdobram em oficinas e palestras; pequenas editoras surgem com propostas ousadas; o fenômeno da auto-publicação se firma no cenário das letras brasileiras, etc. etc..

http://rascunho.gazetadopovo.com.br/jornalismo-cultural-promessas-e-impasses-1/

Enfrentemos a real dimensão do problema: a publicidade impressa importa cada vez menos para a movimentação do mercado literário. As editoras anunciam ativamente através de seus sites, assim como se beneficiam de um relacionamento novo e produtivo com blogueiros, que se multiplicam com grande rapidez e vitalidade. Em alguma medida, a disseminação de festivais em todo o país realiza um trabalho de divulgação de autores e títulos que, num passado recente, dependia consideravelmente dos cadernos e suplementos culturais e literários.

Ora, a forma de legitimação tradicional do jornalismo cultural tende a esgotar-se rapidamente, se é que já não pertence de todo ao ontem da vida literária.

http://rascunho.gazetadopovo.com.br/jornalismo-cultural-promessas-e-impasses-final/

Não tiro totalmente a razão do Draccon. Ele está olhando a coisa a partir de um ponto de vista editorial. É claro que a imagem do autor e sua disposição em vender sua obra contam. É importante que ele participe de podcasts, que vá em sessões de autógrafos, que esteja metendo a mão na massa. Não pode querer ser um escritor recluso. Isso pode funcionar com Dalton Trevisan ou Thomas Pynchon, mas Dalton Trevisan e Thomas Pynchon são nomes consolidados. Eles vendem porque ninguém vê uma foto do Pynchon há anos.

E é aí que o Draccon tem razão: vivemos num enorme fluxo de informações que, sem espanto nenhum, envolve a privacidade alheia. Os leitores querem saber mais ou menos da vida do escritor, e não necessariamente no nível de acompanhar o que ele está comendo. Como existe um fluxo muito grande de pessoas sendo publicadas, especialmente com ferramentas de auto-publicação, está muito mais difícil você conseguir um passo de notoriedade. E o Draccon, que agora está no meio editorial, sabe bem que o autor ajudando e não colocando apenas nas mãos da editora o serviço sujo é de fundamental importância. Ele não vai jogar o dinheiro fora num mais-novo-Thomas-Pynchon que não aguenta nem sair pra fora de casa, que tem pavor de jornalistas, entrevistas e esses chiliques.

O artista literário hoje em dia tem que ter ser um pouco marketeiro, queira ou não. Não a ponto de almejar sair na capa da Caras ou nas páginas de Ofuxico; isso é um exagero que não se aplica. Mas, no mínimo, buscar trabalhar por aquilo que está sendo investido pra sair do anonimato, isso é fundamental. Acho que ainda mais num gênero tão em alta como o que o Draccon está vendendo.
 
Esse autor introspectivo, que passa o dia dentro de casa escrevendo, não existe mais. Rubem Fonseca, hoje, não seria publicado. Ele é de outra escola, outra época.


Me lasquei então, eu passo o dia inteiro em casa escrevendo, na maquina de escrever ainda mais. Ai meu deus! Eu nunca vou ser publicado.
:disgusti:
 
Tolkien então não seria lançado pela Fantasy, se ele fosse brasileiro e tivesse nascido hoje.

Eu acho que a internet é importante, mas no meio de tanta informação, como separar o joio do trigo? Só participação em podcasts e eventos adolescentes fazem vender? A internet é importante, fundamental, mas assim como existem os podcasts, existem sites dedicados às OBRAS de literatura. Sim, o fim da Bravo é um sinal dos tempos, mas o público da Bravo não vai migrar pra podcasts falando do último sucesso adolescente do momento.
 
Última edição:
Acho que a fama dele - e da namorada - resultam do mesmo processo que levou muita gente a gostar de Harry Potter/Crepúsculo/O Senhor doss Aneis, etc., sem nem ter lido o livro ou refletido sobre tudo - a possibilidade de criar um grupo coeso (um fandom) por conta do amplo universo criado pelo autor - e brasileiro!, pensem nisso.
Não tinha sido só (ou em grande parte. benefício da dúvida...) por causa da divulgação no podcast (e site?) dos amigos? Não sei da história.

E vários desses autores não são exatamente onipresentes em podcasts e eventos nerds.
Posso estar errado, mas talvez por isso não sejam (muito) conhecidos, lidos e vendidos, quanto o Draccon, não é? Provavelmente as editoras deles gostariam que eles fossem onipresentes.

se for pra avaliar autor de literatura fantástica pelo carisma, ele tá falando o que? Que nerds old school não tem chances de serem publicados?? Justamente os que alimentaram a literatura fantástica por décadas antes dele fazer o sucessinho dele? Ah pela amor.
Acho que ele não falava de carisma, mas de "fama". E não exatamente que eles não tenham chances de serem publicados, mas não têm chances de venderem e de serem lidos.
 
Última edição:
Mas, Jorge, ELE vende. O Spohr vende. Os dois são carismáticos, já vi falarem ao vivo. A mulher dele é a famosa esposa-do-Draccon. Sabe o nome dela, sem olhar em site nenhum? Sabe de alguém mais da Fantasy de cabeça, sem olhar? E nós somos o público alvo de literatura fantástica. Vai lá no site da Fantasy. Tudo bando de famoso-quem. Aliás, o próprio Draccon, fora do círculo internérdico, é famoso-quem. Tanto quanto os outros autores de outros selos e editoras.

A internet é importante? Claro que sim. Mas daí a ter essa importância de elemento diferenciador para um editor...
 
eu li o link do estranho qdo não estava em casa, aí não deu pra comentar, e vcs continuaram um ótimo diálogo e todo o mais. mas vou deixar isso aqui registrado só pq né, é mais forte do que eu:

Primeiro, eu amo Rubem Fonseca. Acho que ele é um dos escritores mais viscerais e desde o anúncio da lista dos escritores brasileiros em Frankfurt, defendi veemente que ele deveria estar lá.

mas geeeente, eis que o cuenca arruma um concorrente para maior ego do brasil. do tipo "eu, dracon, com meu super selo fantasy e meus milhares de livros vendidos defendi que ele deveria estar lá". como se alguém ligasse pra defesa dele. argh.

ok, podem continuar a discussão =*
 
só eu achei q o draccon defendendo o fonseca soou falso bragarai?
do tipo o cara nunk ter lido nadinha do outro e dizer 'eu amo' só como forma d dizer n foi bem isso gente.
nessas horas dá vontade d entrar no skoob do draccon e ver os livros lidos dele, hehehehe.
mas é claro q ele n tem sas coisas. e se tiver, vai jurar q esqueceu d marcar os livros como lidos e o fonseca como autor favorito.
 

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