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/rr/

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Deriel

Administrador
Muitos problemas com o /rr/, mas depois de uma série de pesquisas e consultas estarei utilizando o [r] para representá-lo (vibrante alveolar). A variação diletal é muito, muito grande em todos os locais que falam Português e passam de vibrantes a fricativas e alveolares a velares e uvulares com grande facilidade.

No final das contas todos esses sons serão representados pelo mesmo tengwa, portanto precisamos pelo menos encerrar esse problema.

Vou apoiar essa decisão com base em (CÂMARA JR, 1953), (CALLOU, 1987), (VIANNA, 1973) e (CUNHA, 1986).Utilizando como citação o seguinte trecho do livro Iniciação à Fonética e à Fonologia de Dinah Callou e Yonne Leite, "Capitulo III Descrição fonológica do português", "O Sistema Consonantal" item "A interpretação do vibrante":

a realização ápico-alveolar continua sendo considerada a forma padrão básica para a linguagem de rádio, teatro e televisão (na última com menor rigidez), sendo considerada a variante de maior prestígio

É a que menos soará estranha ao conjunto geral, embora os cariocas falem sua fricativa velar e assim por diante.
 
Última edição:
Eu sou gaúcho e eu falo com a fricativa velar. Eu diria que a cada 100 pessoas que eu ouço falar, umas 5 falam [r], mesmo aqui, todas beeeeeem do interior do Estado, isso quando não falam com sotaque do interior de SP.

Acho que as fontes que você usou são muito antigas para definir o "uso padrão" — o mais novo é da época que o Sérgio Chapelin e o Sid Moreira apresentavam o Jornal Nacional, dois anos depois do Tancredo Neves ter sido eleito, quando eu tinha 3 anos (e não os quase 23 que eu tenho agora)...

Já esculachei o livro o suficiente? :lol:

Resumindo então: Acho que o padrão mudou e a mudança não é necessária, tomando como base as pessoas que eu ouço falar. Se houver ao menos duas fontes mais novas (1995 para mais) que contestem isso, eu mudo de opinião.


Tenn' enomentielva!
 
O ônus da prova cabe a você, uma vez que é quem está contestando as fontes. Não quero parecer agressivo nem nada, mas precisamos de uma base um pouco mais forte do que "eu acho" pra defender uma ou outra escolha no MTP =]

Nos meus estudos recentes o problema do "R forte" é o mais chato. Ele varia nos Potuguês, entre apico-alveolar múltipla [r], uvular vibrante [R], fricativa velar [x], fricativa velar [χ] e fricativa glotal [h] e de fato estudiosos mais recentes defendem que está ocorrendo um processo de relaxamento e comodidade articulatório saindo da vibrante para a ficrativa. Alguns afirmam que mesmo o sotaque carioca está mudando de fricativa velar para fricativa glotal. Além do que a diferença de um para outro dos R fortes não é tão grande assim (este site é ótimo em termos de pronúncia) O falar está em permanente mutação, mas não uma mutação assim tão rápida (são meros 15 anos, não dá nem uma geração).

Ainda me alongando demais, colocarei a citação completa do livro que já citei antes (grifos e itálicos meus):

Não há dúvida que essas consoantes [os R fortes] suscitam várias questões na nossa língua:
a) parece ter havido uma mudança na norma da pronúncia da chamada vibrante forte, não só do ponto de articulação (de anterior para posterior) mas também no modo de articulação (de vibrante para ficrativa);
b) as diversas pronúncias já coexistiam no final do século passado [XIX] e concorrem ainda hoje;
c) a realização apico-alveolar continua a ser considerada a forma padrão básica para a linguagem do rádio, teatro e televisão (na última com menor rigidez), sendo considerada a variante de maior prestígio);
d) o falante não se dá conta da variante que ele próprio utiliza ou seu interlocutor;
e) existe uma tentativa de relacionar regionalmente as variantes;

E a questão não é de vida ou morte. Todos os sons de R forte serão representados pelo mesmo tengwa, só precisamos escolher um único caracter IPA para representá-lo a acredito que as fontes que eu citei são suficientes para defender o uso do [r] como esse caracter, em uma citação curta (mesmo pq é um livro sobre MTP, não IPA), do tipo: a pronúncia do R é bastante diferenciada, desde o [r] clássico ao [x] carioca e o [h] que parece ser a tendência. Optamos, nessa obra, por [r] para representar todos estes sons com base em <cita base acadêmica>. Mas atente que possivelmente você pronúncia de outro forma. Apesar disso, todos os R fortes do português são representados pelo tengwa Rómen

Eu não encontrei uma base acadêmica forte que permite defender tão fortemente as fricativas.
 
Última edição:
Se essas são as melhores fontes disponíveis que podemos encontrar, então vamos utilizá-las como base. Como você mesmo falou, o ônus da prova cabe a mim, e eu não tenho qualquer tipo de recursos disponíveis para contestar as suas fontes.

Sobre a sua citação, está muito boa. Eu só peço que ela seja uma nota de rodapé, ao invés de parte do corpo do texto, mais como uma ressalva do que como uma observação.
 
Se essas são as melhores fontes disponíveis que podemos encontrar, então vamos utilizá-las como base. Como você mesmo falou, o ônus da prova cabe a mim, e eu não tenho qualquer tipo de recursos disponíveis para contestar as suas fontes.

Na verdade eu também não encontrei, no material que tenho acesso, um,a base forte pra usarmos [x], embora eu concorde que a tendência são mesmo as fricativas. Sei lá, ou estamos adiantados ou os pesquisadores tão meio lentos.

Tem uma seção no MTP que... bom, vocês verão com a nova formatação que eu fiz :cerva:
 
Eu não sou brasileiro, e como tal não tenho modo de saber. Mas a questão é, na verdade, bastante irrelevante. A tengwa é a mesma, independentemente do som; uma pequena nota explanatória chegaria para esclarecer o assunto.

Obs: E eu sei que isto não tem muito a ver, mas /rr/, [r] e <rr> são coisas bem diferentes. O primeiro é uma representação fonemica do "r" geminado (ou [r:]) o segundo é um som e o terceiro, um grafema ou no caso, um dígrafo.
 
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