O preconceito ao RPG às vezes surge porque vários jogadores não conseguem discernir o limite entre REALIDADE e JOGO. Afinal, vê se tem cabimento
* Ficar desenhando pentagrama no caderno daquela aula chata;
* Ou comentar num ponto de ônibus lotado que vai fazer um ritual de ressureição no fim de semana pra reviver o ladrão do grupo;
* Ou ainda dizer que se envolveu num tiroteio com a polícia porque o ponto de drogas que o seu personagem de Vampiro controla foi denunciado;
* Andar de sobretudo preto num calor de 35 graus;
* Falar só de RPG 100% do tempo (e as vezes não falar, mas sim comer RPG, viver RPG, respirar RPG, essas coisas...)
Gente, RPG é bom! É do KCT! Mas lembrem-se que outras pessoas não conhecem (e nem têm a obrigação de conhecer!) E isso leva a uma coisa que a Yumi-Chan falou, que está coberta de razão:
o q eu ouvi foi uma coisa parecida com " é da natureza humana criticar/ter medo do desconhecido "
Ou seja, se não conhecem RPG (e se não tiverem uma mentalidade aberta), é claro que vão criticar. Especialmente porque não é comum comentarmos em aberto todas as coisas acima.
Jogador de RPG tem que parar de achar que é melhor que os outros só porque joga RPG. A arrogância citada na msg do Pavanelli é real - e acaba ocorrendo até um lance de "gueto" entre os jogadores. Os grupos se formam (grupos? Ou panelinhas?) onde ninguém de fora entra, ninguém sabe o que está acontecendo (às vezes nem mesmo os pais).
Ou seja... atitudes suspeitas. Por mais que a gente jure que o nosso hobby é inocente (e ele é!), não adianta nada ter uma postura de esconder aquilo que você faz ou ser muito diferente da sociedade em geral.
Claro que podemos dizer "Putz, cara, eu tô me lixando pra sociedade". Normal. Então não reclama de preconceito quando você falar isso.
A melhor forma de eliminar o preconceito é fazer com que o RPG seja integrado na sociedade de forma natural, com mais e mais pessoas (em especial formadores de opinião) dando o seu aval a esta saudável prática. Pois, no final das contas, quem torna o RPG um bicho de sete cabeças, às vezes, são os próprios jogadores.